Galhos
AS FOLHAS 🍁
As folhas secaram, agora nada resta
Só ficou a saudade nos ramos, galhos
Entre as palavras que dita a minha alma
Na música que foge nas notas dos lábios
Que humedecem na lânguida voz
Néctar que se alimenta entre os frutos
Que a árvore dá durante todo o ano
A vida cresce sem dúvida aos poucos
Alimentado-se no caminho encantado
Para se aninhar nos ramos entre as folhas
Libertando aromas num belo olhar, o teu
Cores garridas nas palavras bonitas de ti.
ALMA INQUIETA
Quem o cerrado dirá à alma inquieta no vazio?
De tortos em tortos galhos queixas soltas no ar
De estrelas em estrelas o pensamento a voar
Num calafrio, recolhido e só, eu, aqui sombrio...
Ergo os sonhos do chão seco, do pó a jorrar
Jorro angústias murchas do peito sem feitio
Cheio de desagrado, de pecado. E mal gentio
Que saudade doída! - Recordação sem paladar.
Pra purificar a sensação, um coração piegas
Livre da ingratidão, livre da trava indiferença
Onde, em perpétua quimera, devaneio cativo
Não posso então ter na ilusão as tais regras
E tão pouco nas lembranças cética crença
Amor e esperança vivem no cárcere que vivo!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
OUTONO
Vejo o amarelado das folhas
Desprendendo-se a cair dos galhos
Eis que chega o outono de mansinho
Mudando a cor da paisagem
As folhas com o vento, fazem redemoinhos
Ensaiam um lindo bailado
Outono estação do aconchego
Do carinho mais quentinho
Outono de nossas vidas...
Com sabor de um novo ninho
Teus abraços são fortes galhos
Teu Ser meu agasalho
Mais um outono que passa
Cobrindo de folhas o chão
Deitamos nesse tapete
Revelando a natureza
O quanto de amor, contem
Esse outono, que nos tem
Que nos faz florescer como
Gerberas, tulipas e camélias
Num jardim particular,
Mais um outono a vivenciar.
Admirando o bailado das folhas
Em pequenos redemoinhos
Com o vento a brincar...
A árvore genealógica do brasileiro tem raízes africanas, galhos e folhas com influências americanas e tronco indefinido entre nativos e europeus; daí, ser uma planta espinhosa, rastejante... Mas, em compensação, é excelente trepadeira.
ESTAÇÕES SENTIMENTAIS
Os finos galhos da ilusão
penetraram minhas entranhas
na esperança de ganharem corpo,
folhas e flores na primavera do amor.
Lentamente, o tempo constrói com fios de ouro um reluzente ninho de estrelas em cima dos galhos das horas; onde pequenas estrelas azuis aguardam o cair da noite para voar no negro céu.
O ser humano deve bater suas asas para sobrevoar seu universo interior em busca dos galhos da sua autoestima, da flor da sua motivação, da resina da sua dignidade, da terra das suas esperanças e da água morna do seu amor próprio.
Tudo o que fazemos responde a algo que provavelmente nem temos consciência.
Somos pontas de galhos, milhares, milhões, bilhões de galhos de uma árvore enorme.
Cada galho enxerga-se autônomo, mas estão ligados uns aos outros alimentando-se da mesma raiz.
As Tipiunas -
RUA FERNANDO SIMAS
Ao passar por seus túneis verdes,
os galhos se enroscam,
entrelaçam - se,
tricotam, formam redes
e se abraçam no céu.
Ao cair da tarde entristecida,
os olhares através das persianas,
insistem a esperar por seus sonhos.
Desfolhe-se.
Descubra teus galhos que por folhas amerelas estão cobertos.
Renove tuas folhas.
Deixe-as ir.
Novas folhas virão;
Brotarão;
Balançarão;
Teus velhos galhos de folhas novas.
Se fosses uma árvore, diria: Perca folhas, até alguns galhos, mas não permita que te cortem as raízes, desta forma morrerias. Humano és, portanto digo-te: O vento removerá de ti colegas, levará para longe a conhecidos, mas não permita jamais que afaste de ti os velhos amigos, pois perderás tua identidade!
Eu queria morar numa árvore
passear por seus galhos
sentir-me protegida em sua sombra
alimentada pelos seus frutos
refrescada pelo vento
ser pousada de pássaros
secar ao sol
molhar-me toda na chuva
Ver a todos… E a tudo mais!
Indo e vindo sem parar
E eu ali, abrigada
Protegida
Escondida em sua sombra.
Uma própria arvoriz!
de: Arvoriz
Em meus voos pela vida não tenho medo que os galhos quebrem, que a areia não esteja fofa, não me preocupo se que estou voando muito alto ou dando mergulhos rasos. A única coisa que me vem é: confio em minhas asas!
Assim sigo em frente na confiança do que preciso para seguir cada vez mais longe!
Uma folha ao se soltar dos galhos de uma arvore frondosa ou não, torna-se uma obra de arte nas mãos de um artesão ou simplesmente adubo para alimentar com a sua decomposição a nova ou velha arvore que ainda persista em viver.
Os galhos de uma árvore não se encontram diretamente, mas quando morrem as raízes, todo vigor desaparece.
Um viva ao vento!
O vento sopra os galhos finos e longos do cajueiro,que por sua vez esbanja o chão com seus frutos,matando a fome de um pobre menino que ali estava.
O vento empurra a maré contra a areia,formando ondas longas e tubulares e assim garantindo a diversão dos surfistas.
Até mesmo em um dia de verão quando o sol parece não dar trégua,ele aparece e dar uma sensação de frescor ao pobre pedreiro que no sol trabalha.
Sim,um viva ao vento que com toda sua grandeza empina a pipa no ar...
A velha cerejeira...
As folhas secas cairam
e muitos galhos secaram.
Foram podadas as arestas
e um novo ciclo se iniciou
dando vida nova ao velho tronco
que ao longo dos anos,
foi enfraquecendo
e suas flores e frutos,
escasseando.
by/erotildes vittoria/
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