Firmamento
018 - "Nem o mar, nem o firmamento, nem o universo são mais profundos do que a mente humana."
Idemi®
Nasce uma nova esperança, um novo despertar, mais uma aurora se desenha no firmamento, do alto do Iracema se percebe uma manhã calma, silenciosa, a alma e o corpo pedem para ficar, mas tudo bem, a missão, parcialmente cumprida, o coração pede para ficar, a insurgência do Corpo, o néctar da alma, calma, logo tudo passa.
Lembranças:
Hoje é o dia em que muitos acordam e olham na imensidão do firmamento e tentam aplacar as suas dúvidas, a maior delas, por onde andará o seu ente querido que se foi. Em que lugar do universo eles estarão?
E tentam sentir o vento. Quem sabe, de repente, uma porta bate forte e o estampido da batida seja um sinal de que estaria ali, bem próximo...
Passam o dia entre lembranças, saudades e dúvidas. Os sorrisos acalmam a alma pelas boas lembranças e é possível entender que a presença real está impregnada dentro de si, na mente - pelas lembranças, no coração - pelas emoções, sorrisos e lágrimas.
E quando a noite cai, fitam um olhar vago no céu escuro procurando as estrelas, firmam o olhar na mais brilhante e logo vem um largo sorriso: "É você, são vocês..!"
Chão de Estrelas:
Olho o firmamento,
Em noites de lua cheia
No clarão luzindo
Bordando o céu.
A beleza majestosa
Daquelas luzes efêmeras
Que n'alma clareia.
São estrelas faiscantes,
Mostrando seu explendor
Afagando e inspirando
A alma dos poetas.
Afastando as angústias
Regando os corações
Inspirados nos sons da Noite.
Vestindo de mistérios e Alegrias,
Na espera do amanhecer,
Alegrando a vida,
Com seus mágicos raios.
As luzes que florescem,
Os campos, e vales,
Com cores Predominantes,
A luz do " Rei Sol".
Se para ver as estrelas os olhos miram o firmamento, é preciso que lágrimas não lhe atrapalhem a visão.
sete -
Sete facas se perfilam
à luz do firmamento
e sete feridas me fuzilam
no vazio do pensamento!
Sete anos se passaram
no passar dos dias vãos
e sete mortos me falaram
com sete pedras na mão!
Sete amores me deixaram
foi verdade sem razão
e sete vidas me largaram
no vazio da solidão!
Sete ausências me ficaram
do sabor de sete bocas
e outras bocas me beijaram,
mais de sete, foram poucas!
Foram sete desilusões
tinham gosto d'acidez
e ai dos sete corações
que perdi de uma só vez!
Sete orgulhos engoli
como o mar engole o rio
e sete versos escrevi
na demência do vazio!
Eram sete horas da tarde
sete dores eu senti
no meu corpo sem alarde
sete facas e morri!
OCASO
O sol cansou-se do firmamento
(todas as tardes se cansa)
Precipitou-se sobre o mar
dando ao mundo a impressão
de que iria se afogar
Um nadador (parece) pretendeu salvá-lo
Foi nadando ao horizonte
com suas braçadas de sete léguas
Foi também se pondo (como se fosse um astro)
até que se concluísse
seu próprio ocaso
E sumiram,
sol e nadador, no pretérito da noite
O Sol, no entanto
(e na manhã seguinte),
ergueu-se por trás do mundo
enquanto o nadador
não teve fôlego para tanto ...
[Publicado pela revista Simbiótica, vol.8, n°2, 2021]
Fortificação
Na imensidão da vida, firmo o firmamento
Meu passado me degrediu, me sustento com o momento
Na visão exterior, o futuro é avançar
Na perspectiva interior, apenas um recuar
Disseminando cada instante da vida
Imaginando a morte, poderia pensar em um novo ponto de partida?
Se o remorso nos leva ao ápice do pandêmonio
Quero viver e disseminar amor, amar e ser seu matrimônio
Não seja eu um homem monótono
Nem submisso a ser heterônomo
Tampouco serei ansioso, gosto da caridade e da esperança
Proporcionalmente harmonioso, ser um adulto e ser uma criança
Ser o Sol e ser a Lua
Saber torcer e saber jogar
Ser o que abraça
E o que é abraçado
Dessa vida só quero amar e ser amado
Assim poderei morrer realizado
Depois dessa vida, só desejo ser cremado.
Os olhos de Van Gogh ainda pairam sobre a terra, pincelando as luzes do firmamento de uma maneira inédita, como se só aqueles olhos fossem capazes de enxergar a beleza soterrada pela escuridão desse mundo, lugar onde a sensibilidade e a insanidade andam de mãos dadas, onde quem é diferente nomeia-se de louco, e quem não se encaixa vive sua vida acreditando em seu fracasso.
Como disse Don McLean, "Eu poderia ter te falado, vicent. Este mundo nunca foi feito pra alguém tão bonito como você."
É admirável como cada momento de sua vida era especial, convertia sua solidão em alegres e lindos amarelos girassois, almejava provar ao mundo que era um homem de verdade, o mais sensível dos homens.
Quantos Vicents Van Goghs andam por aí, oprimidos pelo mundo sem o reconhecimento merecido, acreditando que o erro é um fardo carregado por eles quando na verdade o erro está neste mundo cruel, continuem de olhos abertos vendo "noites estreladas" mesmo em dias nublados.
Esta chuva
Lá vem a chuva
do firmamento
rasgando o espaço
seguindo o vento
trazendo a paz
quando em calmaria
ou preocupação
se em demasia...
mel
Ultimamente eu tenho me constatado muito com o firmamento, sabe?
Com sua amplitude toda e todo o seu "vazio" ele tende a permanecer preenchido, mesmo que o seu preenchimento seja o próprio vácuo ele permanece admirável e poucos são os que o compreendem. Ele é recôndito e sempre tem o seu fenômeno que poucos são os que prezam.
Anoiteceu, contemple o firmamento, um céu estrelado, o manifestar da vida e agradeça o criador pela lei universal que mantém todo esse equilíbrio perfeito e extraordinário.
Quando olham para o firmamento
Esperando alcançar as respostas
Se asseguram naquilo que contemplam
Enquanto tudo ainda está na órbita
Voam tão alto, sem sair do lugar
Com todos os versos, mais pesados que o ar
EU SEI
Que o sol brilhará em seu halo ancestral ao percorrer a grandeza do firmamento
Que as direções tomadas, impingidas ou precipitadas nos levarão ao apogeu da glória ou ao poço do esquecimento
Que cada segundo é único, raro e precioso de se viver
Que o tudo pode ser nada e o nada tudo pode ser
Que o passado nos pressiona mas não tem o poder de nos acorrentar
Que o presente é tudo que temos e tudo que podemos esperar
Que o futuro está no colo dos deuses e seus asseclas imortais
Que o repicar sonoro na nossa caixa torácica é a melodia da eternidade ressoando lindamente em inícios e finais
Que um sorriso pode ter um efeito sobrenatural
Que um abraço vindo do lugar certo é sem igual
Que um toque é capaz de nos fazer bailar pelos despenhadeiros mais belos
E que um beijo transporta os sabores da vida e dos céus em úmidos elos
Eu não sei ...
A razão do acaso dos mundos gritando seus apelos lúgubres aos meus ouvidos
O motivo do ser, estar ou parecer que desencanta e maravilha o berço dos perdidos
O que esperar ao subir trôpego as dificuldades de existir que se elevam em íngremes montes
Se a luz que me ilumina me trespassa ou se crio sombras no horizonte
Se a balança de Anúbis suportará o sopro da minha existência
Se meus castanhos olhos se perdem onde deveriam ou se meus lábios dançam com quem tem a mesma cadência
Se aqueles aos quais estendi a mão foram dignos de as pegar
Se o portador do meu cálice poderá seguramente dele provar
Onde caminhar? Em meio às luzes das mais belas mentiras ou nas sombras da seca verdade
Perder a mim mesmo sendo o que se espera que eu seja ou a tudo mais para alçar a liberdade
Encantar a um em um encontro não predestinado ou abraçar a todos no suprassumo da mortandade
Remar em lagos tranquilos e opacos ou se lançar no êxtase de uma bela tempestade
Sei que não sei e que ao fim saberei menos do que suponho agora saber
E que a ausência do saber é a ausência do fim e o nosso ápice como ser
Não sei de tudo mais e não tenho a pretensão de saber
A incógnita perdura no tempo e a certeza se esgarça no tule arrogante do parecer.
"Ando devagar,olhando os passos que vou trilhar,debaixo do céu que é meu firmamento.Mil anos vou ter,sem me conformar ou conter com tantos e tantas que dormem nas ruas ao relento!".
(Rodrigo Juquinha)
ECLIPSE
No firmamento o astro-rei eflui sorridente
e pela aurora cavalga o dorso da galáxia,
mas no crepúsculo, as trevas da matéria
espessa ocultam seus raios furtivamente.
Tudo se turva ao breu, corpos em eclipse
descrevem órbitas na conjunção de linha
para coroar a sedutora lua como a rainha
da noite ataviada por um diadema tríplice.
Porém, no universo, as estrelas fulguram
a todo instante sem remanchar do passo,
há na aurora e crepúsculo o doce encanto.
Soberano, o sol volta iluminar no espaço,
a lua sorri radiante e seus flashes atiçam
a Terra, daí os poetas a flertam em cantos.
Do seu Livro "Cascata de Versos" - 2019
Eternidade
No arrebol da poesia
entre o ocaso e a aurora
No coração do firmamento
espetáculo divino!
O sol cansado oculta- se
envolvido pelo manto da noite
dando lugar à lua e as estrelas.
Depois da noite, sublime alvorada.
O sol descortina-se e acorda a vida
Celebração de um novo dia!
Raios austrais de luz e cor
tapete vermelho em cima do mar
que alonga- se no horizonte.
Da tinta escorrem lágrimas
em forma de palavras
do mar se faz sol.
da vida, eternidade!
Não há mais de voltar...
Vento frio soprou...
Firmamento abriu...
Sob lágrimas do céu...
O poeta partiu...
Vontade do Supremo se fez...
Infinitamente...
Sempre...
Mais uma vez...
Anjos entoam cânticos alegres...
Uma nova estrela no firmamento a despontar...
Mas, para nós que aqui ficamos...
Sobrou pranto a rolar...
É difícil suportar...
A despedida de quem nunca mais voltará...
No contar das horas em que não mais estará...
Ficam as lembranças de quem muito soube amar...
O tempo passa...
E no vazio do peito...
Quando o silêncio muito diz...
Compreendemos que foi feliz...
Partiu amando...como quiz...
Sandro Paschoal Nogueira
Muito além do firmamento
A vida se estende no ato
Na carência do esquecimento
Sem deixar nada no prato.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp