Eu sou uma Menina Levada mas Quietinha
Não sou um sonhador mais sou teimoso a sonhar contigo, mesmo em sonho acordo e vou te desejar um feliz bom dia.
Sou feliz por ser contemplado por muita ingratidão, descobri que sou bom o bastante para não atrasar a vida do próximo, sou humano suficiente pra entender valorizar o que convém o mas Deus abençoa.
Sou fugitivo do meu orgulho remanescente por ignorância por não admitir o meu fracasso, de cabeça ao chão preso no vômito do caos nem a esperança perde um tempo pra julgar o meu silêncio fracassado.
Sei que não vou ficar aqui parado, olhando pra frente, chorando de lado, não sou poste esperando a tempestade chegar.
RETOQUE
Poderia começar dizendo que sou um romântico,
Tudo que você sabe de mim ou de ouvir falar...
Na verdade eu vivo de retoques, só que as vezes dou cores demais
ao que era apenas preto e branco...
mas quando eu amo... pelo menos quando eu amo eu sou sincero...
bem, acho que não sou um bom partido
hoje em dia, as pessoas precisam mais de status do que de sonhos
e se você tivesse de escolher entre queijo e amor...
sem querer dizer que você é um rato,
acho que você escolheria queijo.
Isso não lhe deve deixar constrangida,
O que você pensa ser monólogo pode ser uma ratoeira,
Mas se você saiu ilesa, se você saiu inteira
Você realmente é um roedor...
Claro que isso é só mais um retoque...
Desculpe o mau jeito de um semeador de sonhos
Desta desvirtude você não sabia nem ouviu falar
Mas quem pode saber tudo de um romântico?
As vezes ele se confunde com suas fantasias e coisas tão abstratas...
As pessoas precisam apalpar, as pessoas precisam de chão como apoio...
Os céticos aproveitam as coisas até onde terminam
E nos românticos sabemos que, onde termina para eles
Para nós apenas começa e tem o infinito como limite...
É como voar como uma gaivota, não se debater como morcegos,
Desculpe a insistência, voltando aos ratos...
Fica esse devaneio em forma de verso,
O verso em forma de beijo,
O resto é o que você não pode saber do sonhador;
Fantasias... coisas tão abstratas...
AUTOBIOGRAFIA
Uns me chamam de vagabundo...
Outros me chamam de anjo...
Não sou isso nem aquilo
Pelas esquinas do mundo
Eu vivo tocando banjo
Fingindo que estou tranquilo...
sonhei contigo a noite toda
e acordei faminto,
as vezes penso que sou adolescente,
que sou um menino...
e toco e toco e canto e grito o teu nome
princesa toma um banho
lava o rosto, esquece o mal jeito
sou um sujeito desprezível
mas te desejo, doce, accessível
mas não uma cadela
me diga não sempre que for possível,
sempre que for possível não cuspa não
o amor é meio sujo
mas não é intragável nem perecível
sonhei contigo a noite toda,
foi foda acordei sozinho...
Tons de outras luzes em outros firmamentos,
avestruzes em coberturas de grandes apartamentos,
sou quase criança e as danças induzem ao sentimento,
minha terceira face, mamute com asas de borboleta
minha terceira face borboleta com presas de mamute
seios grandes, seios pequenos, seios de todos os anseios,
amo as mulheres tristes e as alegres
eu as torno tristes para amá-las
pernas finas, pernas grossas
, pernas para todos os palermas,
tons de outros horizontes, de outros ontens , de outros totens
minha terceira face na primeira margem do sétimo céu
meus primeiros beijos com desejos de lua de mel
SAMBA ENREDO
Porque fico mudo
Às vezes me iludo
E sonho,
Componho o absurdo que sou
Barracão vazio com teto de zinco
Fantasias despidas em abstrações,
Um samba silente
Num ritmo dolente
Tocando em mil frustrações,
Vagalumes são os lumes das estrelas
Que entram pelas frestas do zinco,
O que sinto não presta,
O que presta não sinto,
Absinto me traz teu olhar,
Licor de tangerina a me embriagar...
Enredo a saudade às minhas mágoas
E tenho medo,
Meu samba enredo usa fraldas,
É uma criança, choraminga
Versos, estrofes e rimas
Sem nenhuma esperança,
Mas fala de amor
latifundiário
Não tente entender o que sou
O mar é o mar e quem vai entender
Tanta profundidade, tanta imensidão..
A solidão tem seus próprios motivos
apenas navegue, navegue e assim mistérios
deixarão de ser mistérios...
navegar é preciso o poeta falou,
não tente entender as flores
por mais belas que sejam, os espinhos lá estão
não tente entender o que sou
o tempo é o tempo, a história o provém
o fato é a história feita no tempo
mas tempo eu não tenho
não sou escravo nem senhor de engenho
não tente entender o que sou
o verbo amar no gerúndio
se querer é quintal, amar é latifúndio
não queira entender o que sou
não sou malandro nem otário
sou latifundiário...
FELINO
Subo no telhado as vezes
Só pra não esquecer que sou gato,
Mio lembranças
Só pra não esquecer que sou criança
Mio meus medos
Mas não conto meus segredos
Tomo banho de lua e de estrelas
Porque tê-las, porque contê-las
É a amplitude de um felino
Mas essa tristeza, essa perda,
Esse desatino é o meu destino
Alguma coisa entre nós aconteceu
Mesmo que não tenha acontecido coisa alguma
Alguma coisa se perdeu nessa lacuna
Reviro telhas, essa centelha ainda periga um incêndio
Não sei de tudo não sou compêndio
Sou só um bicho no teto olhando uma ave no castelo
Contemplando em silencio
O que não é bonito só por ser belo,
É ansioso não por ser aflito,
É sereno e suave não por ser passivo
É perene não por ser perpétuo
Mas por ser completo e extenso
Sou totalmente responsabilidade de Deus. Não quero de maneira nenhuma, que pensem com isso que sou uma cristã em estágio avançado. Ainda sou uma pecadora que precisa de Jesus a qualquer hora para entregar novamente as rédeas dos selvagens cavalos de minha personalidade.
Sou humana, cristã, sensível a dor do outro, que crê na misericórdia de Deus e na Salvação através do Único capaz disso: JESUS!
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