Eu Errei me Perdoa Poesia
Sempre me questiono, te peço desculpa se eu estraguei, é que me ferrei ao te ver passar, estava ali jogado sem rumo e sem vento, eu e meus pensamentos a deriva no mar.
"Eu era o leão do circo, que fazia careta para não servir de treta, nessa multidão eu andava assustado, com aquela moda de usar mascaras para tampar o atordoado"
Eu devo ser muito corajosa, pois, mesmo tendo muitos medos, escolho ter a coragem de seguir em frente...
Eu estou aprendendo a fazer sentenças, eu estou curando a ESMESC, eu sou advogada, eu sou formada, eu sou escritora, eu sou eu e eu sou feliz da maneira como sou, com cada detalhe, cada cicatriz, cada queda que me conduziu até aqui. Eu sei que estou ainda no começo de uma longa jornada até a magistratura, mas sinto que neste ano eu subi alguns degraus importantes. Então, se eu fosse falar sobre minha versão de novembro, eu diria que ela é determinada. Capital inicial canta: “ são águas passadas, escolha uma estrada e não olhe pra trás” e a música está certa. Eu escolhi minha estrada e sou muito grata a tudo e todos que me trouxeram até aqui. As coisas boas eu vou guardar comigo e levar sempre , mas as ruins , as dores, ansiedades, aflições e traumas apesar de importantes para minha evolução, são águas passadas , eu não me prenderei a sentimentos ruins de impotência, baixa-autoestima e culpa. Eu escolhi minha estrada e não olharei para trás.
Eu quero poder ter dar o amor que não te deram, quero ser para você o sorriso que te tiraram, a alegria que você não teve, o abraço para te aquecer nos dias frios, para juntar todos os pedaços que estão quebrados dentro de ti. Eu quero ser para você a companhia quando estiveres se sentindo sozinha, um alguém que pegue em suas mãos quando todos se forem. Quero cuidar de ti, te beijar, te dar carinho, te amar como nunca amei alguém antes. Eu sei que é difícil para você ter alguém com a minha idade ao seu lado, mas não se preocupe, com o passar do tempo isso será só um detalhe e apenas o nosso amor será suficiente, quando você perceber, estaremos vivendo felizes, como uma verdadeira família. Venha, venha logo, não se demore, pois quero te dar o amor que nunca te deram.
Você me deixa vivo, me mata e traz a vida ,e ceifa, retorno logo, já estou indo e num EU TE LOVE tudo volta ao ciclo.
Se eu tenho raiva ou ódio das pessoas ? Claro que não, porque me considero grande para discutir coisas pequenas com gente minuscula de caráter e sabedoriai
Eu participava de uma festa de crente,quando do meio da multidão, uma mocinha me olhava diferente, um olhar quente com fogo de paixão, que me incendiou o coração,por causa deste olhar apaixonado, eu estou até hoje casado, 47 anos de união.e o incêndio não apagou não.
De letra eu nem queria sentir o cheiro. O trabalho que Ponciano mais apreciava era o andar na poeira de um bom rabo de saia, serviço que ainda hoje é de minha especial inclinação.
Se eu tivesse que escolher hoje entre o princípio, meio e o fim, ficaria com o princípio onde tudo nunca acabou.
As vezes eu choro, mais por menos do que por mais, as vezes imploro talvez salgado e não sagaz, vôo no horizonte sem asas mas fugaz, em qualquer tempo momento sem intento. Sou eu me buscando no meu próprio eu.
Eu não quero me confundir com essa sociedade. Eu quero ajudar a criar um novo modelo de sociedade, que parta da fissura, do quebrado. É interessante notar que, na arte japonesa, a fissura valoriza o objeto que se quebrou. Depois de ser restaurado com pó de ouro, o objeto é mais valioso. Nossas vozes e nossas ideias são pó de ouro.
Precisamos trazer nossas vozes para reconstruir. Eu falo que me interessa a fissura. E acho que estamos nesse momento de fissura. Kintsugi, a arte japonesa, é uma metáfora de onde eu quero trabalhar, sobre o que eu quero falar. Quando a cerâmica quebra, eles fazem uma mistura de laca com pó de outro e colam aquilo, deixando muito visível que a colagem aconteceu. Esse, para mim, é o papel do artista contemporâneo. É aquele que cola, liga, mas não faz desaparecer. Permanece ali como incômodo, com trauma, como relevo. Ele não se incorpora ao tecido mais. Na verdade ele é a marca de que aquelas rupturas aconteceram.
Muriel, você não é uma conveniência. Eu atravessaria uma milha de vidro cortado com os pés descalços para segurar sua mão e conversar com você por uma hora. Você é tudo para mim.
Eu falo do amor como se fôssemos velhos amigos, mas a gente só se conhece por amigos em comum. A gente meio que ouve falar um do outro, e eu ouço tantas coisas sobre ele que sinto como se ele e eu nos conhecemos por muito tempo.
Todos os negros cantam a mesma coisa. Eu não sei... É a nossa maneira de falar, de reclamar da vida. Lá nas plantações, enquanto trabalhávamos, éramos forçados a cantar para não termos tempo de pensar.
Certa noite, meu pai perguntou se eu gostaria de me tornar uma noiva fantasma. Perguntar talvez não seja bem a palavra.
Eu estava feliz – quer dizer, eu sentia que, objetivamente, deveria estar feliz – mas, honestamente, eu estava desolada.
Ela veio com uma sutileza e delicadeza que eu nem anotei chegando, agora estou preso em sua armadilha torturante e sem conseguir ver a saída ela me consome gradativamente e cada minuto que passa fico sem força para luta me sinto em uma areia movediça, me deixa angustia.
