Escrever poesia

⁠Eu escrevo pra esquecer,
E a vida ignorar,
Só de ilusão viver,
O real esfumaçar!
Num mundo de ficção,
Eu vivo dizendo não
Ao mal pra não se chegar!

⁠Dom ativado



Sem conseguir dormir

De repente

Algo me incomodou

Algo simplesmente inesperado

Que nunca me aconteceu

Palavras na mente

Incômodo

Cancelamento?

Sim! Pega a caneta e o papel

Sem questionar

Comecei escrever

Até o primeiro poema nascer!

Oxi que estranho!

Poeta eu não sou

Foi aí que me lembrei

Que uma coisa eu falei

"Meu Deus me diga o que devo fazer"

Deus me deu a resposta

Ele me mandou escrever

Depois disso outro poema surgiu

E outro e outro...

Questionei

"O que está acontecendo Senhor?"

Se poeta eu não sou

Não questione o criador!

Eu te criei

E também te salvei

E o que Deus lhe ordenou

Você deve fazer

Continue a escrever

O dom fui eu que dei

Eu apenas ativei!

PALAVRAS ALADAS (soneto)

Os juramentos jurados nas palavras aladas
Entrelaçadas nas promessas do amanhecer
Envolvam nosso afeto no firmamento de ser
E não somente ao vento, ao serem faladas

E se vão ficar, que permaneçam no haver
Cheias de magia e quimera, encantadas
Fazendo parte de carícias, tão camaradas
Soprando brisa afrodisíacas no bem querer

E nos atos ardentes das frases chamadas
Que nos queime de fascínio e de tal prazer
Que possamos crer, nas vontades elevadas

Firmamo-las no doce leito e, ali então a reter
A paixão no peito, e seduções apaixonadas
Que só palavras aladas, de amor, podem trazer

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, abril. 05'40"
Cerrado goiano

⁠EM BRANCO ...

Olho-te devaneando, arranjando, e aí tento
No vácuo do teu vão, da palidez e alvura fria
A poesia que transvaze do meu pensamento
E, somente rabisco uma fisionomia tão vazia

Mas, insisto no carente, inteirar o anseio lento
Com feito, fantasia: - nessa sensação sombria
E assim, então, criar solenidade no momento
Para ver se abranda a minha solitária melodia

Em branco, a imaginação no papel em agonia
Escreve e apaga, retira e devolve, cria e recria
Que zombaria, e a desordem devora o escrito

Ó solidão, fala alto, deslustrando cada ensejo
Tudo revelado, nada mostrado, e pouco vejo
Neste curto desejo, só um versar mais aflito! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/02/2021, 11’42” – Triângulo Mineiro

Sentada na varanda, tento escrever a melhor poesia para afagar teus ouvidos, busco as mais lindas palavras para lhe compor uma canção, procuro pelo tom que melhor se encaixa na minha voz para sussurrá-la no teu ouvido. Isso não é possível, você é acidente e é grave, você é tormento, nunca calmaria. Você se invade em mim e congestiona meus sentimentos. Você viola meus pensamentos mais certos. Você é profano. Do jeito que eu gosto.

A morte pra mim é apenas uma poesia triste. Quando chegar a hora de eu escrever a minha, tenha certeza que nesse dia estarei mais inspirado do que nunca.

Ela não sabe, mas em cada curva de seu corpo quero escrever uma poesia. Só para fazer do corpo dela minha obra poética favorita.

A música é a tinta que possibilita ao corpo, leve como uma pena, escrever uma poesia em um salão tao liso quanto o papel

Tentei escrever-te um poema,mas, fui surpreendido ao perceber que você já era a mais linda poesia que pode existir.

Escrever poesia em algumas ocasiões, é como tomar uma garrafa de vinho barato num quarto úmido onde a saudade é nossa única companhia.

"Sobre estar apaixonado: É uma poesia atrás da outra. Ainda vou escrever um livro de poesias e o título será o seu nome."

Uns vivem a poesia que não conseguem escrever; outros escrevem a poesia que não se atrevem a viver.

A poesia nao se resume em apenas escrever palavras bonitas e sim em escrever bonito palavras que tocam o coração das pessoas.

Só posso escrever sobre a sociedade usando poesia. Sobre o amor, a religião, a arte e a política usando poesia. A poesia é o meu lápis.

Escrever poesia é uma ato que faz o poeta colocar no papel aquilo que ele sente no lado esquerdo do peito.

Escrever para si mesmo ainda é poesia. Quem escreve para si mesmo tem os braços grandes e pode se abraçar com força.

Falar dela é como escrever poesia.Tão difícil de começar, as vezes horas engolidas sem ao menos um letra rabiscar, mas quando a caneta começa a ser movida não nada que possa parar, pois o combustível é amor e este é infinito .

A boca fica mais perto do cérebro do que do coração. Escrever poesia é a eterna luta para dividir a distância.

Escrever poesia é como revelar a um desconhecido aquilo que passa por nossa cabeça, no momento em que a escrevemos.

A poesia é algo que arde em mim, preciso escrever, mesmo que para mim não tenha sentido, sei que algum amante entenderá...