Ervas Daninhas
E nada muda, só a tristeza cresce
Ervas daninhas afloram livremente em terrenos inóspitos.
Jamais flores.
E para dizer que não falei de flores....
As ervas daninhas iludem a muitos criando em seus caules lindas e cheirosas flores....
Mas é preferível o espinho de uma rosa sem perfume do que a flor de uma erva daninha.
O espinho pode até causar pequenos ferimentos mas a beleza de uma flor venenosa pode ser letal.
As pétalas da rosa com espinhos curam e as pétalas da flor daninha envenenam, intoxicam.
Não troque sua rosa, que por tão sensível que é, precisou ter espinhos, pela beleza enganosa e sinistra da flor de uma erva venenosa, que costuma ser intrusa em quase todos os jardins!
No teu caminho surgirão muitas pedras e entre elas ervas daninhas que obstruíram tua passagem, mas ao invés de te preocupares em retirar as pedras, tente tirar a ervas daninhas primeiro, verás que o trajeto ficará mais limpo e mais leve (retirando esses resíduos de mágoa e ressentimentos) o corpo ficará tão leve que tua alma volitará sobre as pedras.
Já vi uma rosa morrer.
Ela estava sozinha no jardim e todos as ervas daninhas diziam a ela que ali não era o lugar dela.
Começaram pela raiz, corpo e cabeça.
Ela não resistiu.
A maioria ganhou.
E menos uma rosa no mundo teremos.
Era uma flor,
em meio a um jardim de ervas daninhas,
todos a admiravam,
mas não entendiam...
como resistira em um meio tão árduo e ameaçador a sua fragilidade?
...
É que era tão esplêndida, que nem mesmo aquelas ervas
ousavam-lhe causar dano algum.
Quem - planta - não cuida de si mesmo, permite ervas daninhas a lhe assolar. Sempre se pode fazer certo.
A paciência é um dos maiores valores que temos, porque aquela erva daninha que um dia te ofereceram...você levará em forma de rosas no último suspiro ao seu maior inimigo!
"Tudo depende de como se vê, a mesma chuva que faz crescer a erva daninha, faz florescer o jardim..."
Quando as ervas daninhas te incomodarem (…) olhe para elas com doçura!
Cristo também sofreu: e nunca espezinhou nenhuma.
O amor surgi como um estalo, como uma erva daninha, se alastra sem proporcões. Não apenas o coração, mas o corpo a alma se vê tomado, dominado, sem reações. Uma doença em que o antidoto é a pessoa amada, é o alivio, refugio, o suspiro profundo que se dá, ao notar que o amado estás fora do alcance das mão, o contado, o calor, o suspiro, a segurança e o conforto que nos traz. É se sentir fora de controle como se tudo estivesse acabado, como se tudo o que fez poderia ser melhor, só para o agrada-lo, é sentir falta se arrepender, frustar-se em não ter certeza que ele voltarás. E olhar o relógio e se assustar, pois apenas se passaram alguns segundos depois que ele saiu, sem razão, sem motivo, sem precisar, sem ter necessidade se poem a chorar esperando o tempo passar e o amado reencontrar.
Tudo o que tem vida, cresce; Até uma erva daninha cresce. Se o Amor parou de crescer, é porque ele já não está mais vivo. Chegou a hora de cultivá-lo em outro lugar, onde ele possa ressuscitar e crescer.
Sobre flores, ervas daninhas e mergulhos indevidos
“Joga pra cima: se voltar, é seu”. Num dia desses, estas poucas palavras foram repentinamente lembradas e conseguiram prender minha atenção enquanto eu andava apressada no caminho de casa, querendo chegar logo nalgum lugar que pudesse trazer pelo menos um pouquinho de paz àqueles dias conturbados.
Já faz tempo que tenho essa vontade de passar. Queria te jogar pra cima, te deixar ir – e assim, me libertar também. Mas meu coração parece que integrou você a mim, parece que você se camufla aqui dentro e não me deixa te achar – nem quer sair. Vai ver é essa estranha morada, que mesmo tão cheia de marcas, você adotou como sua. Coração instável, inquieto, incompleto, incansável. Coração tão cheio de “ins”, prefixos de ausência, negação. Coração esgotado, mas que você – sabe-se lá como – ainda consegue plantar alguma coisa.
Ando tão cansada de ser pra fora. Mas ainda acredito que assim somos mais verdadeiros, justamente por possibilitarmos mais facilmente o toque, o “ser tangível”. É quase como se fosse possível pegar os sentimentos, tocá-los, sentir a forma mais pura, quente e simples. Cansada de ser teimosa, também. Porque pegaram meu coração, deram uns apertos, chegou a machucar, e ainda continuo querendo ser tocável; mesmo estando tão cansada que até chego a pensar, mais de uma vez ao dia, em me trancar do lado de dentro.
Preciso me organizar, jogar fora o que é velho e parar com essa mania de lembrança dos cancerianos; mas quando penso em ser pra dentro, lembro como, quase nunca, vale a pena ser tão pra fora. Gosto como tudo se torna tão intenso, de como você chega tão perto do meu coração. Não consigo desgrudar de nada, nem sequer de você, erva daninha que cresce junto às flores que cultiva com esse estranho carinho.
Eu é que não me deixo passar, e por essas e outras, tenho que tomar cuidado comigo mesma: é nessa de tanto me lembrar das coisas boas e filtrar as ruins, que acabo esquecendo a facilidade com que os que vivem pra fora têm de cair. Por mais que os momentos que quase nunca acontecem sejam mais importantes na minha contagem, preciso lembrar-me das quedas. E foi por isso que desisti de te procurar aqui dentro.
Fica, meu bem... eu preciso de você. Eu preciso me lembrar daquela euforia que senti ao mergulhar no rio dos teus olhos pela primeira vez. Principalmente, eu preciso me lembrar o quanto doeu sair daquela água gelada e, ainda assim, ter coragem o suficiente de colocar o coração do lado de fora de novo.
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