Sayonara T.
E tudo o que eu sei sobre amor eu aprendi em livros, filmes e letras de música.
E ainda assim eu teimo em ignorar a licença poética.
O botão mais sábio, mais doloroso, mais libertador e mais impulsivo do mundo - DELETE.
Sayonara T.Valsando com a tristeza. Ela dá um passo pra frente, eu dou três passinhos pra trás. Na vida.
Sayonara T."Se controla, menina" - ela repete, na esperança de que, dessa vez, ela ouça.
Sayonara T.Tem coisas que são bem mais fáceis quando faltam, mas ainda assim faltam, e faltar nunca é bom.
Sayonara T.Pela primeira vez eu queria que o mês de agosto não acabasse nunca.
Mas me conformei a dizer adeus há muito tempo pra me demorar com despedidas.
É o meu nome.
Vai nessa.
Aprender não significa o fim da dor ou da mágoa. Significa assimilar os fatos e só.
Sayonara T.A boa notícia é que eu tô me acostumando com o fato de estar levando pedradas na cabeça.
A má noticia é que eu continuo levando pedradas na cabeça.
Ansiosa pelo dia em que tudo isso não vai fazer mais sentido algum.
Sayonara T.Tem coisas que eu nem tenho coragem de escrever aqui.Tem coisas que eu não tenho coragem de escrever em lugar algum, evito até falar em voz alta.
Sayonara T.Afundar em filme e livro, viver a vida de outras pessoas, porque são os amigos que me restam.
Sayonara T.Pagaria o valor que fosse, venderia a alma, sei lá, pra sentir menos as coisas, pra não ter imaginação nenhuma e pra querer nada da vida.
Sayonara T.Às vezes parece que eu vou morrer de algum tipo de vazio.
Do mesmo modo como buracos negros funcionam, sabe?
Se consome.
E você quer esquecer, e você quer que vá embora, e você quer redenção, mas você deita na cama e espera amanhecer.
Sayonara T.Eu sou sempre a que levanto a asa das pessoas e tento me encaixar lá embaixo, e na maioria das vezes, acabo na ponta, meio descoberta, passando frio mas com medo de reclamar e perceberem que eu não pertenço ali.
Sayonara T.Isso não é choro, é só água caindo; gravidade.
Eu não sinto mais nada.
Deus do céu.
Eu não sinto mais nada.