Era
Ele era capaz de ver pássaros voando, mas também enxergava anjos; ou leões rugindo, mas também dragões.
Ontem a noite eu vi uma sombra em meu quarto
Não sei explicar o que era aquilo
Mais sempre que iluminava ali sumia
Eu tentei achar algo que estivesse refletindo aquilo mais não tinha nada ali
E eu estava no meu quarto a noite TD e aquilo apareceu na HR que me deitei
Se isso significa algo eu não sei
As sombras estão ao meu redor
Elas estão saindo de mim através de mim
Estou me preparando para algo maior
De tanto olhar pro outro lado
O outro lado está falando comigo
Eu já era dela, antes de ela decidir que também seria minha.
Ela não percebia...
Mas, já éramos um do outro desde o primeiro dia.
Não era uma distância longa entre um olhar e outro. Mas longe o bastante para que os olhares se deturbassem, uma distância suficiente para que fosse agregado ao olhar certa subjetividade e interpretação um tanto ousadas. E foi isso que aconteceu.
Dia após dia os olhares se encontravam, abraçavam-se, mas nada diziam. Talvez porque não achassem que ali estaria se criando visões de algo, de alguma coisa. E em linha reta, a conversa continuava. Não em palavras, mas na subjetividade dos olhares. Não é preciso dizer nada para que fosse percebido que ali por meio dos olhos a comunicação se fazia. E seus interlocutores sempre certos de que estavam sendo compreendidos. Será?
Talvez sim, talvez não. Os olhos não são muito claros, vejam o trocadilho, quando se trata de sentimentos. Alerta de espolie. Sim, um sentimento nascia por meio daqueles olhares. Pelo menos da parte do dono de um dos pares de olhos. De uma pequena semente por trás daqueles olhos nascia um sentimento. E alimentado pelo imenso terreno fértil da carência cresceu tanto que já não cabia mais no corpo. Começou a transbordar.
Saia por todos os poros da pele. Fugia pela respiração. Os olhos, porém, pareciam não saber transmitir essa mensagem. O olhar não tinha a força de levar à compreensão desse sentimento a pessoa a quem estava endereçado. E a dona do outro par de olhos não recebeu essa informação. Não imediatamente, apesar dos olhares continuarem ininterruptos.
E eis que entra nessa história um terceiro par de olhos. Na verdade, um par de ouvidos. Ao escutar a confissão do amigo, não crer. Ele que acompanhou e ouviu todos os cochichos daqueles olhares, percebeu de imediato que os olhos daqueles dois jovens não estavam falando a mesma língua. E a dona do segundo par de olhos ouviu da boca do amigo o que o dono dos olhares interpretou.
Ela não acreditou. Mas ficou calada, pois nada a boca tem a ver com a conversa dos olhos. E deixou então que os olhares fugissem e que ficassem calados para que não fossem mal interpretados. Mesmo assim, vez por outra eles se encontram, pois estão sempre no mesmo caminho, desviam-se e vão embora. E o terreno fértil da carência continua suprindo o amor que o dono de um dos pares daqueles olhos pensa existir. Olhares são perigosos. Eles falam muito, no entanto, nada escutam.
Corações angustiados, às vezes dão espaço a pensamentos errados
Já não sabiam se a vida era sorte ou se era melhor a morte
A esperança seria uma mera ilusão? Ou a força em meio a guerra, ao caos e a confusão?
De medo estavam cercados, perderam tudo e foram obrigados a viver como refugiados.
HISTÓRIA CURTA
•••••Gilberto•••••••
Tinha foguete nos pés
Era isso que os amigos diziam.
Quando descia a ladeira
Era tão rápido
Nenhum dos amigos
Conseguia alcança-lo!
Aroudo, o amigo mas velho.
15 anos.
Negrito, 13 anos
Batista, 14 anos
Eliza, 13 anos.
Gilberto, o mais novo
12 anos.
Visto pelos outros
Como o mas esperto.
O mais rápido.
Quem conseguia alcança-lo? Ninguém.
De repente a ideia do roubo.
Cabia a Gilberto a função
De deixar a porta da loja aberta.
Os amigos chegariam em seguida.
Dito e feito.
Gilberto, foguete nos pés.
Deixou a loja aberta.
Chegaram os amigos
Aroudo, Negrito, Batista e Eliza.
Gilberto, corpo franzino
Pernas finas, rápido na corrida.
Esperou, esperou...
Dormiu.
Os amigos chegaram
Não viram Gilberto.
Pegaram o que puderam.
Na saída, Aroudo, o mais velho.
Deixou o gás do fogão ligado.
Pela manhã...
Ao abrir a porta
A explosão...
Entre os destroços
O corpo franzino de Gilberto.
Me disseram um dia, que aquilo era coisa de homem, eu não acreditei e me propuz a fazer tal coisa, pois bem, consegui!
hoje conheço um bocado de "não homem".
A Lagarta e a Borboleta.
Era uma vez uma Lagarta. Bem pequenina e verde.
Porém, não se engane, ela era pequenina mas a sua fome era grande.
Ela gostava muito de comer folhas verdes como couve, alface e almeirão.
Um dia, rastejando por alguns alfaces em uma plantação a lagarta encontrou uma borboleta que costumava voar pela imensidão.
-Olá Borboleta -disse a lagarta
-Oi Lagartinha, tudo bem?-perguntou a borboleta
-Não, não, Borboleta. Eu estou muito triste. Hoje é só mais um dia comum, como todos os outros da minha vida de lagarta. - Falou a Lagartinha com uma carinha tão, mas tão tristinha.
-Oh não, pobre Lagartinha- disse a borboleta batendo as suas asas toda cabisbaixa e solidária a dor da amiga pequenina.
A Lagarta quando percebeu que tinha a atenção da Borboleta desatou a falar:
-Desejo ter asas tão bonitas quanto as suas desde muito tempo.
Sonho em poder voar tanto quanto aguentar só para conhecer toda a beleza desse mundo que é tão grande. -Ao dizer aquilo os olhos da Lagartinha brilharam só de imaginar como seria voar como uma borboleta.
A borboleta porém não pensava igual a lagartinha, ela não conseguia entender por que a lagartinha queria tanto ter asas se poderia aproveitar a vida que tinha.
Então, resolveu alertar a amiguinha dizendo:
-Lagartinha, não se engane. Ter asas não significa ter a felicidade.
A Lagartinha ficou olhando para a borboleta sem entender o que ela queria dizer.
De onde estava, a lagarta via a borboleta toda linda batendo as suas asas coloridas e só conseguia pensar em como queria ter aquelas asas para sair voando pela imensidão.
A Borboletinha percebendo que a Lagarta não havia entendido o que ela queria dizer, resolveu então se aproximar da amiguinha rastejante para falar:
- Lagartinha aproveite a sua vida como ela é, não fique pensando nas mudanças que poderiam ou não acontecer. Neste momento você pode comer quantas folhas de alface aguentar e, veja só, você também pode sentir a textura das folhinhas quando rasteja sobre elas. Apenas aproveite e seja grata pelo que você já tem. Quando isso acontecer você conseguirá ir muito mais longe do que as minhas asas jamais foram.
A Borboletinha depois de dizer aquilo se despediu e voltou a voar pela imensidão da plantação. Porém, a Lagartinha não lhe deu ouvidos e continuo tristinha, sempre pensando em como seria bom ter asas como as da Borboleta.
Anos depois, bem velhinha rastejando por uma plantação de almeirão a Lagartinha já bem cansadinha decidiu parar para respirar.
Ela respirou bem fundo uma vez, depois outra vez e depois outra. Depois de respirar bem fundo três vezes a Lagartinha percebeu como aquela plantação era cheirosa e gostou daquele aroma. Ela então lembrou do que uma borboleta tinha falado para ela anos atrás e decidiu rastejar um pouquinho sentindo a textura das plantinhas...
Depois de um tempo a Lagartinha percebeu que as folhas das plantas faziam cócegas no seu corpinho e começou a dar risada. Foi nesse momento que ele se deu conta de que o que a borboleta havia falado era verdade.
A Lagartinha voltou para casa toda feliz, sentindo a textura das folhas e os cheiros das plantações.
Ao chegar em casa ela se sentiu muito cansada depois de um dia tão longo então resolveu dormir para que no outro dia pudesse aproveitar tudo que a natureza tinha para lhe oferecer.
No dia seguinte...
Assim que a Lagartinha acordou sentiu que algo estava diferente, ela se sentia mais leve e bonita mas ainda não sabia por quê., Resolveu então começar a fazer o que havia prometido no dia anterior.
Ela se preparou para sair da casinha rastejando como sempre fazia mas, dessa vez ela teve uma surpresa!
Ao invés de sair da casinha rastejando a Lagartinha saiu voando... Agora ela havia se tornado uma BORBOLETA.
Outras borboletas esperavam por ela fora da sua casinha e quando ela apareceu as borboletinhas voaram para perto dela todas animadas com a nova amiguinha.
A lagartinha que agora não era mais lagarta, não entendia o que tinha feito para se tornar uma borboleta mas, uma das suas novas amigas tratou logo de explicar.
- Quando você parou de se importar tanto com o que não tinha e começou a valorizar tudo o que já tinha acabou mudando a sua essência e isso fez com que você se tornasse uma borboleta. Não por que queria muito ser uma, mas, por que compreendeu que o que importa não é só o SER e sim o VIVER a vida aproveitando,valorizando e desfrutando de forma responsável de tudo que ela tem para lhe oferecer.
Moral da história: Aproveite a vida que você já tem, seja mais feliz e grato pelo que já conquistou, trabalhe pelo que você quer sem diminuir, destratar ou humilhar os seus semelhantes. Quando isso acontecer talvez você saia do casulo, vire uma borboleta e comece a voar pela imensidão que é a vida.
Desejo a todos boa sorte nessa jornada.
Texto de uma lagarta que quer ser borboleta mas que ainda está passando pela metamorfose.
Agradeço por terem acompanhado a pequena saga da lagarta e da borboleta até o final.
Muito obrigada.
Criei-me à tua volta.
eras o meu futuro,
o meu presente.
As minhas ideias,
os meus sonhos.
Eras a minha alma,
quem me completava.
Agora, vou seguir a minha vida...
Mas sou só metade.
Só aprendi, porque permiti que meus professores me ensinassem. Quando era corrigido em meus erros aceitava a sua disciplina. Políticos que não valoriza o trabalho de um professor nem deveriam se candidatar, pois estariam confirmando a sua cegueira política.
Hoje acordei e durante quase duas horas, fiquei olhando para o teto branco do meu quarto, e não era um olhar de admiração, não era. Era um olhar para o nada ou para tudo. Faltava-me força para levantar. As dores eram horríveis. Não sentia firmeza nas pernas, meu coração batia descompassado e num ritmo tal qual a bateria da Mocidade Independente. Meus olhos ardiam. Calafrios sequenciais. Sentia minha boca seca e meu corpo queimando em brasas. Resolvi consultar um médico, e lá fui eu sentar em frente ao computador, porque, afinal de contas, quem tem Google, não precisa de um médico real, ou precisa? Então, sentada com meu “médico”, disparei as pesquisas na página de busca, coloquei todos os sintomas, e ele, o Google, ou meu doutor, em segundos me deu inúmeras possibilidades: Chikungunya, dengue, zika, malária, pneumonia e tantas outras. Acreditei ser meu fim. Voltei para a cama e achei que chamar um padre para a extrema-unção seria o melhor a fazer, não custa nada estar preparada, mas, não o fiz. Por alguns instantes parei para pensar na vida, na minha vida, vida essa que não me deixa viver. Que me faz refém da rotina que eu mesma criei. Rotina essa que me consome dia após dia; falta de tempo ou de uma organização que não me deixe tempo hábil para fazer coisas prazerosas das quais preciso tanto: dançar, ir ao parque, cinema, teatro, rever amigos. Coisas que, por conta da correria, acabo deixando para depois, só que esse depois nunca se torna agora. Após essa breve análise, descobri que não tinha doença nenhuma para aquela imensa fadiga, desânimo, dores da alma. Realmente não era nenhuma patologia. Eu não estava doente: o que eu tinha era vida. Ou não tinha! Esse é o meu mal: não viver, só sobreviver. Esse é o mal desse século, temos tempo para tudo, menos para VIVER
O que vinha nascendo entre eles era muito mais poderoso e profundo que luxúria. O que ele ainda não sabia, no entanto, era se aquilo era destino, os primeiros sinais do amor ou uma daquelas paixões raras e ofuscantes com que a maioria dos homens sonhava e poucos experimentavam.
Eles me queriam no inferno
Era vera
Essa data marca o fim do inverno e o início da primavera
É a floração de cerejeiras
Momento raro
É a floração das minhas ideias e custa caro
Então tudo somado, Sofia acreditava que sua vida era ótima.
Quando amava, amava.
Quando se entregava, se entregava.
Quando gozava, gozava de verdade.
Não fazia nada pela metade.
O Golpista - Sofia - Livro 1
Perdeu-se
Sumiu-se
Foi
Que nem
Que se era vento
Não viu-se
Se era pipa de papel
Ou
Se pedaço de papel
de catavento
Voou-se de repente
Perdeu-se, lentamente
Fez um traço lá no céu
do espaço lento
Quando inteira
Era eternidade
Em pedaço
Chamou-se momento
Num momento se passou
Se foi no vento.
Edson Ricardo Paiva.
Por um bom tempo, eu achei que se não conseguíssemos realizar um sonho, era porque não merecíamos tal coisa.
Se eu ficava enfurecido? Quem não fica?Depositamos muitas expectativas, por vezes nos jogamos de cara, e o resultado não chega nem perto do que desejávamos.
O que eu conclui? Bom, com umas tantas experiências, eu fui observando meu itinerário de vida, e percebi que aquelas coisas que eu achava ter perdido, eram substituídas por outras - que apenas tempos depois eu fui entender - muito melhores pra mim. Os sonhos não são inalcançáveis, é que nós temos mania de nos limitar e não enxergamos que merecemos bem mais do que planejamos a nós mesmos.
Então... No jantar a moça era tão linda, mas a cada palavrão que ela proferia,a sua maquiagem e o encanto dela caia.
A questão toda era que a vadiagem era uma aceitação feliz e passiva da falta de alternativas. Ter alternativas estragava tudo.
Você ...
Quem era você?
Quem eu não inventei?
O que você fez comigo?
Eram tantas perguntas sem respostas
Eu sentia um vazio tão grande, que eu preenchi com alguém que não cabia lá.
E ficou sobrando espaço.
O espaço do amor ficou sobrando.
Depois que te conheci melhor eu vi que, eu não sentia nada por você.
Você não era o cara B.
Mas como eu queria que fosse você.
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