Emmanuel Marinho Pao Velho
#Dizem #que #burro #velho #prefere #capim #fresco...
Esse é o meu dilema...
Prefiro tudo mais arcaico...
Museu...Teatro...
A coroa do que o cetro...
As rugas com histórias...
O cabelo branco...
Barriguinha é um luxo...
Topete acho feio...
Prefiro aprender...
Não recuso ensinar...
Mas acho muito mais bonito...
Quem tem história para contar...
Um rosto marcado me fascina...
Também tem seu brilho...
Dele não me esquivo...
Lânguido me entrego...
Da carne firme passo batido...
Nela não escorrego...
Acho tão tola essa juventude...
Pouca paciência tenho...
Tudo tão repetitivo...
Enfadonha...
Pode ser que algum dia...
Espero que demore bem...
Deixe de gostar da sombra e da água fresca...
Que só a maturidade tem...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Pizzaria Romanella.
#Qual #desejo #que #vale #o #ensejo...
De um tempo sonhado...
Da esperança que pouco alcança...
De um adulto ainda criança ?
Quantos anos foi de vida...
Horas, dias, décadas breve...
Sonhas ainda ou já sonhou?
Ilusão que me mantinha...
Sou mais velho do que sou...
Ponho em mim todos os choros...
E sorrisos em meu bojo...
Hoje no tempo...
Não faço anos...
Soma-se dias...
Em outrora perdido...
Lágrimas vertidas...
Noites mal dormidas...
Dia transcorrido...
Aconteça o que acontecer...
O tempo e as horas sempre chegam ao fim...
Guardo dentro de mim...
Bem lá no fundo...
A certeza da incerteza...
Tal qual flor a renascer...
Quando sopra o vento...
E a chuva desaba...
A luz, em fração de pensamento...
Segue para a eternidade...
Tu és... também sou...
Sandro Paschoal Nogueira
O Fim do meu Tudo
.
Colchas desarrumadas,
Travesseiros ao chão,
Um bilhete mesa,
Tremor forte na mão,
.
Leio e releio atento,
Vejo turvo, úmido e sofrido.
Não há mais um alento,
Não sou mais seu marido,
.
E as juras, não eram eternas?
A juventude já me passou,
Mas viestes com suas pernas,
Nem afeto mais demonstrou.
.
Será que tens outro alguém,
Por que me abandonaste?
Não valho mais que um vintém,
Um frio bilhete deixaste,
.
A vida segue adiante,
Mas que vida, de quem?
Esse velho sofredor e amante,
Não quer mais ter outro alguém,
.
Aos prazeres rasos me entrego,
Aguardente e meu cigarro,
Sem destino sigo e me levo,
A vagar com o meu carro.
.
A menos notícias me dê,
Me faça entender por favor,
Ter certeza que não vou te ver,
Que acabou o eterno amor.
Tanto idoso quanto velho têm aspectos relacionados ao biológico.
No entanto, velho tem uma conotação pejorativa associada à perda de vitalidade, enquanto idoso está relacionado à idade cronológica.
Um Organismo Humano assume vários nomes ao longo do seu desenvolvimento.
Esses nomes são:
1. Zigoto.
2. Embrião.
3. Feto.
4. Bebé.
5. Menino.
6. Adolescente.
7. Jovem.
8. Adulto.
9. Idoso.
10. Velho.
A velhice em si não me assusta, o que me assusta é envelhecer só o corpo e ter uma alma jovem aprisionada em um corpo ancião.
Às vezes parece que isso não acontecerá nesta vida. Há uma grande vontade, mas pouca conexão. As lembranças dos tempos líquidos, como explicou Bauman, desanimam.
Até que alguém aparece e a sensação é de que vocês já se conheciam há algum tempo. O toque arrepia, coisas que nunca foram planejadas se tornam planos, você reconhece seu próprio jeito de amar no outro. Não foi buscado, ele simplesmente surgiu, como se fosse destino. Paixão? Conexão? Nomes não são encontrados. No final das contas, você ama e é amado, em um século onde isso parece incomum. Que sorte!
Homem é igual uísque, quanto mais velho melhor, mulher velha é igual dinheiro velho, você pega e logo quer passar.
Ninguém fica velho porque viveu X anos ou y anos. As pessoas ficam velhas porque perdem o encanto pela vida. As pessoas ficam velhas porque olham para a vida com o olhar viciado de quem vê sempre as mesmas coisas. É no olhar que mora a idade de uma pessoa e não na quantidade de anos que ela viveu. Enquanto houver brilho no olhar, a velhice não ousa se aproximar.
Cavo,
Lavo,
Peneiro,
Nenhum erro cometi...
Corre o mundo em degredo...
Abrem-se as portas das prisões...
Bruxo velho tem segredos...
Sonhos e visões...
Teimoso aventureiro da ilusão...
Criatura do Criador...
Sem achar o que procura...
Encontra até o que não procurou...
Mundo torpe...
Em transição...
Um cego amor encontrou...
A pé andou...
O que construiu...
Foi o que plantou...
Toda gente sabe disso...
E falam o que não sabem...
De onde vem...
Para onde irá...
Ninguém nunca pensou no que há para além...
Para onde vai...
Ou o que fará...
Julgado em pouco preço...
Onde não há o entendimento...
Corrilho de megeras...
Turba insincera...
Visto que tudo passa...
Não ergais alto a taça...
Tempo passa...
Sempre passará...
Toda a gloria é pó...
Toda a fortuna é vã...
O que é hoje...
É de hoje...
Já não será de amanhã...
Quando a fortuna...
De inconstante aviso vai embora...
Vem assentar morada...
Desventura sorte...
Seja no claro céu ou turvo inferno...
Os desiludidos seguem iludidos...
Por esse mundão de Deus a fora...
Este mal que não tem cura...
Este bem que me arrebata...
Da fortuna aos favores...
Tenho amor, sem ter amores...
Enche-me os olhos d’água...
E nela lavo minha alma..
Sempre adiante...
Em mais alta busca...
Pela minha estrada...
Por este mundão de Deus afora...
Sandro Paschoal Nogueira
RONDÔNIA: TERRA DE TODOS OS BRASILEIROS
Mente quem diz que o povo rondoniense não tem cultura.
Estufo o peito e aumento a voz para dizer justamente o contrário:
Rondônia é um caldeirão de cultura!
Mas, não é uma cultura regionalista, centrada no próprio umbigo,
com dialeto próprio e singular.
Rondônia é multicultural!
Cosmopolita, universal!
Aqui é possível ouvir a moça dizendo
que ‘viver em Rondônia é bão demais, uai’,
e o amigo dela a confirmar ‘arre, égua, e como é arretado de bom!’,
e então um terceiro amigo convida todos pra tomar um chimarrão
ou um tereré nas margens do rio,
que é tri bonito ver os botos nadando.
É o mineiro, o nordestino, o gaúcho, o paranaense,
o goiano, o mato-grossense,
os descendentes de mais de 50 nações que por aqui passaram
construindo o desenvolvimento desta terra,
que deixaram sua marca nos costumes
e no caráter deste povo tão rico, trabalhador e hospitaleiro.
O rondoniense não sabe só brincar de boi.
O rondoniense coloca a bota, o chapéu
e bate o pé no chão nos bailões das exposições agropecuárias,
e depois vai comer o típico acarajé nordestino
nas diversas festas juninas tradicionais no Estado.
O rondoniense toca tambor, mas toca também saxofone,
flauta, a guitarra e o violino.
Toca o carimbó, o rock, o pagode, o clássico e o sertanejo;
dança o jazz e dança o axé,
porque todas estas coisas o rondoniense tem, vive, respira,
e encontra aqui, no quintal de casa.
Não bastasse ser tão rico culturalmente,
e ser agraciado por uma natureza exuberante
que uma gente ignorante diz que é só mato,
mas que possui fauna e flora riquíssimas,
vales de cachoeiras, balneários e outros tantos encantos
de cinco biomas diferentes que possui em nosso Estado,
o rondoniense não se contenta e TRABALHA.
O rondoniense trabalha muito!
É um dos povos mais trabalhadores e empreendedores do Brasil,
e este trabalho é transformado em qualidade de vida
e progresso pra nossa gente,
transformando Rondônia numa estrela que brilha cada vez mais alto,
sendo apontada como exemplo de trabalho, produtividade
e boa governança em nível nacional.
E, se em algum momento, o digno povo rondoniense
andou de cabeça baixa,
hoje pode dizer com orgulho que está longe de ser um povo sem cultura, porque o rondoniense tem é cultura demais,
trabalha demais,
e apesar de ter cada vez mais motivos para andar de nariz empinado, continua sendo este povo alegre, humilde, amável e acolhedor
que recebe de braços abertos aqueles que vêm para o bem
e ajudam a fazer de Rondônia
a terra de todos os brasileiros!
CÂNION DO XINGÓ
Vou seguindo no meu barco
Nesse curso correntio
Águas verdes, Velho Chico
Muito amor por esse rio
Esse Cânion do Xingó
É um tela de Miró
Um lugar que é ouro-fio
VELHO ....
O tempo, e com ele a trôpega velhice
Vai se indo como a vida vai mandando
Gritando, calando, caindo, levantando
Hora austera, e também de sandice
É lenta, silenciosa e cheia de chatice
Ou não, cada qual com o seu mando
Se ainda for viável estar no comando
É o ápice do homem na sua meninice
E no espelho, o cabelo branco, a ruga
Pesando na idade, amadurado fruto
É a juventude numa derradeira fuga
A rua mesma, o sonho outro, apatia
Tudo é frágil em um cuidado bruto
Na chance de velho, madura poesia! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2021, 14’11” – Triângulo Mineiro
Sempre que buscar sua evolução, você estará substituindo o velho pelo novo. Esse é o caminho para ser mais feliz!
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