Embriaguez
Anteontem
me embriaguei de realidade
e - frágil -
acordei para mim
com uma forte ressaca
ontem
senti saudade de mim
daquela ternura do meu olhar e daquela doçura do meu sonhar
daquela minha coragem timida e daquela minha timidez corajosa
daquela minha bondade inata e daquele meu querer acreditar no mundo
daquela minha sensibilidade estupida e daquele meu chorar por tudo
hoje
depois da ressaca terrivel
acordei de novo em mim
naquele mim
que agora
acredita somente em mim.
O empoeirar dos anos
Corro eu
A integridade de minha juventude
Caduca,
Num domingo
Às póstumas vésperas do tempo
Brigavam
Por motivações
Embriagados
Corriam contra si
Armados
Da ideologia conectada
Massacrando antigas paixões
Gozavam alto escalão,
Míseros,
Fadados a si mesmos
Pra suportar os rigores da vida, é necessário que estejamos sempre embriagados, seja de vinho, arte ou de amor.
Um sorriso embriagado passa rápido, mas um sorriso sereno, esse vale muito e pode se tornar inesquecível.
Maior que eu
Talvez eu esteja sonhando alto,
ou até mesmo esquecendo meus asfaltos.
Por que eu me embriaguei?
Uma dúvida bate a minha porta,
me sinto nublado nessa noite ensolarada.
Não precisa nem ter sentido.
Eu sei que eu serei grande e o que me falta é apenas tamanho.
Me jogue fora e eu me reconstruirei.
Me diga que essa voz dentro da minha cabeça não é apenas uma carta aberta ao fracasso.
Eu sei que isso é maior que eu.
Me diga que eu não sou mais um nesse mar de sonhadores que apenas se perde na maré.
Não me afogarei na água rasa nem que seja a...
Eu não me afogarei na parte rasa.
Não estou dizendo que me afogarei em algum momento crucial.
Só estou refazendo os meus planos que estavam juntos a mim todo o tempo.
Talvez eu esteja mesmo louco.
E eu sei que o meu lado mais obscuro vai me salvar
Diga me com quem tu andas, e eu o julgarei.
Que chuva gostosa, nem sinto as gotas me rasgarem como antes.
O que me diz de experimentar a minha pele?
Me diga que essa voz dentro da minha cabeça não é apenas uma carta aberta ao fracasso.
Eu sei que isso é maior que eu.
Me diga que eu não sou mais um nesse mar de sonhadores que apenas se perde na maré.
Não me afogarei na água rasa nem que seja a última coisa...
Eu não me afogarei na parte rasa.
Tão clichê, tão bobo, tão belo e tão feio.
Nem sei se ao menos eu sei que caminho trilhar,
e nem ao menos que caminho desviar.
Me sinto numa encruzilhada, e eu nem me direcionei até isso.
Se eu me render, você me dá alguma chance?
Por que eu continuo falando comigo mesmo?
Se alguém ouvisse essa conversa eu estaria preso.
Me diga que essa voz dentro da minha cabeça não é apenas uma carta aberta ao fracasso.
Eu sei que isso é inspiração.
Me diga que eu não sou mais um nesse mar de sonhadores que apenas se perde na maré.
Não me afogarei na água rasa nem que seja a última coisa que eu faça antes de parar de respirar.
Eu não me afogarei na parte rasa.
Não aqui...
Hoje a saudade me tomou de salto e me fez em ti chegar. Sentiste algo como amor em estado de embriaguez, do tipo que nos tira o chão e nos faz levitar? Um entorpecente forte que nos tira o ar e ao mesmo tempo nos entrega à vida em ares fascinantes de lucidez? Foi a brisa que te mandei. Sente o perfume dos ventos? Sua essência se chama saudade e ela chega dominando o tempo, ocupando os espaços, perfurando o vazio da sua ausência. E se nada mais te comove, calo-me. Deixo-me seguir ouriçando as folhas, mexendo nos galhos, agitando o mar. Concedo-me à sorte dos abandonados que vagueiam por aí sem destino. E quando tudo não mais for, vitimado por um reles existir, dou-te as flores. Ainda existem as flores! E é do sentir delas que há de te fazer em mim, lembrar.
Uma opulenta dose de esperança por certo que te deixará sóbrio, mas jamais adicione impaciência e a embriaguez irá se manifestar
Madrugada de Junho
Chamam-me Zé, da terra do rei. Apesar disso, um humilde plebeu.
Cidadão orgulhoso, hébrio eventual e desafortunado, estudante bem sucedido e intelectual fracassado.
Há dias não durmo. Não muito. Não.
Soluções das mais diversas foram-me apresentadas. Como meu caráter, contudo, são falhas.
Como ciência, deixam a desejar. Como técnica, ineficazes. Como crença, continuam no plano imaginativo. Um fracasso.
Ontem testei um remédio. Dormi junto ao despertar do sol.
Hoje foi diferente. Álcool. A alvorada se foi há horas e ainda escrevo estes versos.
A agonia já deixou de ser amante. Casei com ela e a traí. Raiva, minha nova paixão.
Desespero será o meu futuro. Desesperança, após ele.
Quero chorar. Também desejo vomitar. Tristemente, não tenho mais controle sobre o próprio corpo.
Minhas mãos tatilografam amontoados de rabiscos estranhos, os quais a autoria negarei pela manhã.
A falta de memória será a prova.
O sono não vêm. A angustia bate frenética a porta de meu coração. Descobriu a traição e agora cobra seu preço.
Suspiraria de alívio se ela apenas pegasse as malas, preferisse meia-duzia de ofensas, desse meia-volta e só voltasse meia quinzena depois, com um oficial de justiça e uma intimação. A dor de cabeça séria menor.
Decadência.
Ao menos não estou sozinho. A tristeza é companhia fiel. Durmo com ela às vezes, mas durmo.
Mal posso esperar pela próxima visita.
Niilista? Não, não tenho tanta sorte e nem tanta esperança assim.
Ó, Tristeza, quando voltarás? Desejo-te, fiel amiga. Se quiser-tes, caso-me contigo. Aceitarei teus egoísmos, desejos e tuas traições.
Sono, eis o que quero em troca. Apenas isto. Aceitas a proposta?
Fico feliz...
Habitados e Controlados Pelo Espírito Santo
Sabemos que o Espírito Santo está conosco porque a Palavra de Deus nos diz assim (Jo 14.16-17; Ef 1.13). Todo crente verdadeiramente nascido de novo é habitado pelo Espírito Santo, mas nem todo crente é "controlado" pelo Espírito Santo; há uma diferença distinta entre os dois. Quando andamos na nossa carne, não estamos sob o controle do Espírito Santo, mesmo sendo habitado por Ele. O Apóstolo Paulo usa uma ilustração para nos ajudar a entender: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Muitas pessoas leem esse versículo e o interpretam como se o Apóstolo estivesse falando apenas contra a embriaguez com vinho. No entanto, o contexto dessa passagem fala também da caminhada e a luta do crente que está cheio do Espírito Santo. Portanto, nesse versículo, há algo que vai mais além do que uma simples advertência contra a embriaguez com vinho.
Quando pessoas estão embriagadas, elas exibem certas características: elas cambaleiam, o seu falar é arrastado e seu discernimento é prejudicado. O Apóstolo Paulo faz uma comparação aqui. Da mesma forma que há certas características que nos permitem enxergar quando alguém esta sob o controle do álcool, também deve haver certas características que nos permitem ver quando alguém está sob o controle do Espírito Santo. Lemos em Gálatas 5.22-24 sobre o "fruto" do Espírito. Esse é o Seu fruto, e é exibido pelo crente que é nascido de novo e que anda sob o controle do Espírito.
O tempo verbal em Efésios 5.18 indica um processo contínuo de estar cheio do Espírito Santo. Já que é uma exortação para estarmos “cheios do Espírito”, isso indica que também é possível que não estejamos "cheios" ou controlados pelo Espírito. O resto do capítulo 5 de Efésios nós dá as características de um Cristão cheio do Espírito Santo: "falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo" (Ef 5.19-21).
Portanto, o crente que é nascido de novo não deve ser controlado por nada mais além do que O Espírito Santo. Ser cheio ou controlado pelo Espírito é o resultado de andar em obediência ao SENHOR. Esse é um presente da Graça de Deus para todos que creem.
"Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gl 5.16-25).
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba, Marcelo Rissma.
Há quem se droga da droga. Há quem se droga da medicação que é também droga. Há quem se droga da ira e dos maus sentimentos, que envenenam e que são sempre uma droga. Há quem se droga da melancolia que o leva à droga. E há aquele que, de súbito, se droga do irresistível amor platônico, que embriaga e que entorpece mais do que a droga do que poderia – efetivamente – ser a própria droga.
Tem cerveja? Certeza que tem. Um mercado sem cerveja numa sociedade embriagada como a nossa, faliria. Tim-tim.
Beleza é o que fica depois que aquilo tudo que nossos olhos capturaram e nos embriagou é consumido e peneirado pela frieza da rotina, pela insistência do tempo e pela verdade dos atos que "falam" mais alto que palavras.
Preciso beber. Preciso de algo quente e forte… Cerveja? Não. O organismo precisa equilibrar as coisas internas… Tudo aqui dentro ferve muito...Chega a queimar. Além disso, tenho precisado espairecer um pouco!
Não vem sendo fácil todo esse atropelo que a vida faz… Tudo acelerado demais…
Preciso de algo que me transporte, metaforicamente.
O álcool tem esse poder!
Ele é permissível. Alterador de sentidos.
A rotina atropelada do jeito que é, permite algumas desestabilidade... nem tudo permanece organizado...
As lágrimas desenfreadas fragilizam. Que horror! E para esquecer tudo isso, ou REorganizar... o que nos resta é um gole. Uma dose. Ou, varias dela.
"Há momentos que precisamos de duas coisas: um bom livro ou um bom vinho. O vinho lhe deixará num estado de embriaguez relativamente momentânea e o livro lhe trará uma embriaguez eterna"
De tudo, a não observância na efemeridade da vida, torna-nos uma geração embriagada com o ópio da eternidade da juventude.
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