Coleção pessoal de ferpapa

Encontrados 14 pensamentos na coleção de ferpapa

Falta-me ar
Penso mal, entre transparência e escuridão,
Mas é só a velha nostalgia de hoje,
Sufocando meus pulmões

Não sei de onde respirar
Penso bem, e acabo escolhendo o amanhã
Ao ontem empoeirado

Penso melhor
E percebo
Talvez a poeira do caminho
Possa me ajudar,
Caso eu me perca.

Afundo em olhos perdidos
Encontrando essências
Que se transformam em fissuras

Confluindo
Num mar confuso
De paixões insensatas
Redondamente incertas

Me atraio pelas alegrias repentinas
Daquelas que vão e voltam
E curam a ressaca
Com doses de poesia

Nos corredores da loucura,
Abrem-se as portas da louvada sanidade.

Divagar,
Penetra a rotina,
Enrijecendo os que passavam
Correndo, dançando, pensando,
Param.

Agora já não passam,
De uma utopia mal passada

XIU!
Tá ouvindo?
São suas memórias.

Gotejando lá fora,
De pingo a pinga,
Nadando todas juntas,
Num mar ácido de saudades.

Corre lá!
Sinta o que um dia foi suor
Escorrendo em sua pele

Ora forte,
Ora garoa.

Soou o ponteiro das horas,
Vagarosa.
Co-movida por minutos,
Rápidos e abundantes,
Como olhares de segundos,
Terceiros, quartos ou quintos...

Há quem diga dos infernos

Que perpassam-me,
Alimentando o desconhecido e atemporal,
Eu.

Abre, surdo
Suas cordas vocais,
Do tempo fugaz,
Que almejaste a paz

Arda na fogueira,
Sua dívida corriqueira,
De abandonar-se a cegueira,
Certeira em seu olhar

Turvo,
Curto

Surto!

O empoeirar dos anos
Corro eu
A integridade de minha juventude

Caduca,
Num domingo
Às póstumas vésperas do tempo
Brigavam
Por motivações
Embriagados

Corriam contra si
Armados
Da ideologia conectada
Massacrando antigas paixões
Gozavam alto escalão,
Míseros,
Fadados a si mesmos

Riu-me Hume
A inconsistência
De se comparar
A memória do mar,
Com o verdadeiro
Luar

Sob o cheiro da
Tempestade assim
Seria:
Digna vossa
Histeria

Então, me apaixono pela noite. Quando a música irrompe a inércia provocada pela impossibilidade de meus olhos serem abertos, me apaixono pela noite. Começo a dançar cegamente a desordem de minhas ideias, como um choque. Elas me contorcem, distorcem, até que se arrancam. Deixam em mim um mal-estar, a paixão pela noite.

O bom de ser ignorante, é que ninguém espera nada de você, além de ser ignorante.

A vida vai além do que você vive.

Umas coisas nós lembramos, já outras, guardamos no coração.

As pessoas mais difíceis de se encontrar são as mais fáceis de se perder.

Nosso corpo se move, e nossa alma dança;