Dor Fracasso
Embora te fira, nem sempre há dor
E embora estragado, nem sempre mal cheira
E o tempo, que cego destrói
Também reconstrói as antigas barreiras.
Sinto a dor no brilho daquele olhar,
vejo ele a chorar sem derramar uma lagrima
sinto o tempo passar, e confesso que cansado estou.
pronto para bilhar como o sol.
Como as nuvens de chuva no verão, serei leve e passageiro, mas derramarei meu amor sobre aqueles que amo.
É compreendível porque as pessoas se cortam, é porque a dor que elas carregam no coração é tão grande que elas se cortam pra ter que prestar atenção em outra dor pra ver se isola a do coração.
Minha cura para tristeza se resume em colocar um riso no rosto de alguém, minha dor ameniza quando me embalo na alegria de fazer rir, de fazer graça, de ser palhaça até mesmo nos dias cinzas.
A sinceridade pode ferir por um instante mais logo ela cicatriza ,
Mais a dor de uma mentira é como uma doença que não se ve , sabemos que existe mais demoramos para descobrir , e quando descobrimos é dificil curar e sempre deixa sequelas.
Dor chamada "Esperança"
-Todas as coisas que dissemos um ao outro, não foram o bastante pra mostrar que ficaremos juntos pra sempre. Por isso decidi não falar mais nada. Estou cansada de brincar de ser donzela- disse Beatriz, vulgo “Bia estrela”.
-Mais essa agora? O que você acha que eu venho fazer aqui todos os dias? Eu não quero apenas ir pra cama com você! Se for pra ir, que seja na NOSSA cama. Já te falei. – disse Petrus.
Beatriz começou a trabalhar cedo. No início, para ajudar a mãe nas costuras que fazia. Cresceu acostumada a trabalhar. Até que sua mãe ficou doente e ela se viu num beco sem saída, sendo a única pessoa que podia lhe oferecer algum amparo.
Depois dos dezessete anos de idade conheceu os ‘prazeres da carne’ e achou que trabalhar com aquilo não deveria ser tão ruim. Pois, ela gostava e diziam que se ganhava muito dinheiro em pouco tempo. Ela ficaria apenas o suficiente para pagar as dívidas de remédios.
Petrus foi um de seus primeiros clientes. Moço bem de vida- não chegava a ser rico-, bem aparentado e, além de tudo gentil. “Onde já se viu: ser gentil nessas coisas?” pensava Bia.
A verdade é que ela não tinha conseguido ficar apenas o suficiente. Foi forçada a vender-se por mais tempo do que imaginava. Petrus tornou-se uma espécie de “Happy- hour”, só um intervalo entre sua vida de tantos desprazeres.
Agora o moço queria tirá-la de lá. Ora essa! Depois de quatro anos usufruindo de seus serviços, agora ele lhe vinha com essa estória de casar.
Naquele pequeno quarto “Bia Estrela” passou (e ainda passava) as piores noites de sua vida. E, em contraponto os melhores momentos também.
Qual o ser humano que nunca pecou? Pois que atire então a primeira pedra. Mas ela se sentia imbuída de pecados. Sem perdão: havia estabelecido o preço a se pegar. E pagavam. Mas era tão pouco... O valor era tão menor que ela, tão menor que seus sonhos.
-Querido, eu estaria mentindo se dissesse que não é isso o que todos procuram. Onde você pensa que está? Heim? Aqui está cheio de “frutos proibidos”. Você pode escolher o que quiser: são todos iguais.
-Está bem, senhorita. Se você não acredita o problema é seu. Você acha que se eu não quisesse nada sério, perderia meu tempo e meu dinheiro falando, quando na verdade deveríamos estar fazendo outra coisa? Eu poderia escolher qualquer uma dessas que cobram bem pouco e que nem sequer se importam em saber nosso nome. Afinal, segundo você, são todas iguais. Não é?
Ali estava uma mulher que havia se acostumado a não tomar mais as rédeas da própria vida. O preconceito estava em si: caso se casasse realmente, o que diria a família de Petrus? Nunca a olhariam com respeito. Ela nunca deixaria de ser uma qualquer.
O tempo já estava acabando e Bia começou a chorar enquanto falava para Petrus o que sentia:
-Desculpe, eu sei que tenho andado um pouco sentimental, mas é que dessa vida eu tento me esconder. Não quero tirar você de perto de mim, pois sem você já não sei viver. Não estou dizendo que você é o meu mundo, só que sem você ele não vai acontecer. De que adianta ficarmos juntos se o meu passado vai comigo? Não dá pra deixar ele aqui.
Petrus, ao olhá-la, via que o tempo em que ficara ali havia feito de Beatriz uma pessoa sem perspectiva e que ele não podia fazer mais nada a respeito. Ele já havia lutado demais. Vestiu-se. Beijou-a e falou que era uma pena aquele amor ter acabado daquele jeito. Enquanto calçava os sapatos continuou:
- Não pense que eu quero que você se esqueça do tanto que sofreu. Saiba que durante todo esse tempo eu te amei de verdade. E que esse nosso mundinho fechado, dentro desse apartamento, poderia caber em qualquer lugar. Bem longe daqui.
-Você sabe que eu nunca vou mudar não é? Essa é minha vida, entenda.
-Não pense que eu quero te concertar. Você não está quebrada.
Ele se levantou com uma idéia na cabeça: nem sempre duas pessoas que se amam têm o bastante para continuarem juntas. É a condição da continuidade: amor não basta.
Ao abrir a porta, virou-se para ouvir o que Bia falava:
-Acho que nós dois concordamos que eu não sou nenhuma estrela, não é mesmo? Que tal você me sugerir um novo nome? Assim sempre vou lembrar de nós dois.
Depois de pensar um pouco respondeu:
-“Hope”.
-Achei que soou legal. Petrus, você ainda me ama?
-...
-Sim ou não?
-Acho que não dá mais pra te amar.
-Então não daria certo.
-Por quê?
-“Ou o amor é eterno ou não era amor”.
Bia e Petrus ficaram se olhando por alguns segundos, até que ele tomou coragem e, depois de um sorriso doído, fechou a porta. Ela então correu para a janela do prediozinho decadente e, antes que ele entrasse no carro perguntou:
-O que quer dizer “hope”, querido?
-Quer dizer “esperança”.
Petrus entrou no carro e foi embora.
“Hope” se endireitou e deitou na cama. Triste, para cumprir com mais uma hora de trabalho. Pura ironia para quem acabava de ser batizada com o nome “Esperança”.
Existe dor pior do que aquela sensação de quando não somos mais necessários na vida de alguém que ainda é necessária na nossa ?
Dor no coração é você ver uma pessoa indo embora aos poucos sendo que ela te disse um dia: “Eu prometo nunca te deixar”.
E a gente sempre chora numa cama quente e embaixo do cobertor, sem que ninguém veja, a dor que traz um amor.
Dores ficarão pra trás,
Felicidades não sairão da minha cabeça.
A dor do tapa de uma mãe
Não há criança que não esqueça.
Então vivo sem medo do meu passado me derrubar,
Vivo para viver e não para ganhar.
Vou ao encontro do amor
Sempre seguindo minhas vontades,
Pois sei que não há dor
Que exista de verdade.
As partidas inesperadas deixam sempre em nosso mundo uma dor aguda, chamada saudade. Algumas vezes enxergamos essa dor como algo irremediável. Mas não há nada que permaneça eternamente no mesmo lugar. Essa certeza é o que faz a gente continuar seguindo,
E toda essa dor, que flutua num mar de lágrimas, empurradas pela desilusão de um orgulho ferido, num pulso descompassado, a enfermidade de um sentimento perdido, trazendo do meu passado as dores de um coração partido. Aquele encanto agora ausente, não passava de uma vingança reprimida, suas atitudes se justificam pelo rancor de uma paixão não respondida. Por desafeto, por desabafo, para sua felicidade singular, assumo o meu fracasso, pois tudo que eu vivia para amar, nunca esteve nos meus braços.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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