Dor Fracasso
Não sei por que doem às vezes ...
As cicatrizes de quando em quando
Latejam.
Ora só essa...
Tão saradas, tão antigas...
Despertam de repente,
Sem avisar
Só para mostrar que estão ali.
Me vingo.
Não ligo.
Afinal...
Cicatrizes não sangram
Mais.
A Essência da Hipocrisia
Canta a voz amarga, rasgando a ilusão,
Dos campos sombrios de um chão corrompido,
Onde a lama é trono, em negra ascensão,
E o poder se vende ao mais atrevido.
São caçadores de luzes vazias,
Artistas do engodo, da falsa glória,
Tecem com jactância suas vilanias,
E maculam a pátria com má memória.
Carrapatos vorazes, sugam a vida,
Em fisiologismo pútrido e vil;
Tergiversam em trama torpe e fingida,
Erguendo um império de escárnio febril.
Aloprados em tronos de tirania,
Boçais que governam com mão opressora,
Desalmados que abusam da democracia,
Transfigurando a lei que outrora consola.
Prevaricam, usurpam, em podridão,
Onde a dignidade jaz enterrada,
Fraude e mentira moldam a nação,
Por mãos imorais, brutalizadas.
Mas mesmo no caos que a ética rasga,
Ergue-se ainda o brado de integridade;
Valores inegociáveis brilham,
Contra a ferrugem que o mundo invade.
Pois no oceano da fome e da dor,
No mar de corrupção corrosiva,
A utopia resiste, clama amor,
E a esperança jamais se esquiva.
Em nossa trajetória de vida, partes de nós morrem às vezes, o que não compreendemos...é que elas precisam morrer para que nasçam outras mais fortes. Só morre em nós o que é mais frágil, mais vulnerável, dando espaço para força e coragem. Dói? É claro, mas a dor também é uma chave, te faz compreender coisas incríveis e antes despercebidas.
A ressurreição é a parte mais linda da sua história, não tenha medo dela!
Quando, porventura, olhardes o fundo de meus olhos ímpios, vereis, então, o que esconde o buraco em minh’alma.
E é demasiado.
Dia 5
Como se pode ter certeza antes de ter certeza?
Foi assim com a gente,
Mais que Mega da Virada, acumulada,
Eu te amo nos detalhes,
Na forma como nossos olhares em cores se misturam,
Como arte abstrata,
Tudo se espalha como se não houvesse explicação,
Mas, o sentimento é a maior força,
Isso não se explica,
Se vive,
Se preenche,
Nao vejo a hora de estar contigo novamente,
Com você todos os melhores momentos,
Os sorrisos dos presentes de simplicidade,
Feitos à mão, mas, de todo o coração.
Dia 8
Cápsula criogênica,
Bola de pelo na garganta,
Um monólogo,
Não opcional,
Eu só queria ser amiga do tempo,
Falar pra ele passar correndo,
À nado,
Ou, fazendo um triatlon,
Te espero como uma criança que anseia muito por um passeio prometido,
Te espero de braços abertos e olhos descobertos para que possa eu te cuidar...
Não quero o efêmero,
Então, quero dar continuidade na nossa jornada,
Te guardo cada beijo,
Toque e carinho,
São todos seus,
Assim como eu.
A saudade é um espaço vazio que insiste em não ser preenchido. Tentamos seguir em frente, mas ela nos acompanha como sombra, lembrando que há coisas que não voltam, mas nunca realmente partem.
Há sentimentos que desafiam o tempo, sobrevivem ao vento impiedoso dos anos e se escondem nas sombras do inconsciente, florescendo inesperadamente em um suspiro ou em uma lembrança fugaz. O amor que carrego por ela é assim: uma chama que arde, mesmo sem combustível aparente, alimentada por memórias que já não sei se são reais ou apenas fragmentos embaçados pela saudade.
Não sei mais por que a amo, mas a verdade é que essa pergunta já perdeu o sentido. Amo porque é inevitável, porque está tatuado na minha alma, como um eco que ressoa mesmo quando o mundo silencia. Ela vive em mim, entre as palavras que não foram ditas, entre os gestos interrompidos e as promessas que ficaram suspensas no ar.
Há dias em que esse amor me aquece, envolvendo-me com um calor suave, quase nostálgico. Mas há outros em que ele me corta, trazendo uma dor sutil e persistente — a dor da ausência, da impossibilidade, daquilo que o tempo levou, mas jamais apagou. A saudade é uma presença constante, um fio invisível que me puxa para o passado, mesmo quando tento avançar.
Quase vinte anos se passaram, mas o coração não entende de calendários. Ele apenas sente. E eu sinto — o amor, a dor, e a saudade entrelaçados em um nó que me mantém vivo, lembrando-me de que algumas histórias não precisam de um final, porque continuam a ser escritas dentro de nós.
O amor não se mede pelo tempo que durou, mas pela liberdade que deixou. Se um término te aprisiona, não era amor, era ilusão.
Eu...
Eu me odeio por te amar,
Me odeio por não conseguir tirar você dos meus pensamentos e sentir sua falta a todos tempo.
Eu me odeio, não só por ter você dentro do meu coração, mas por não ter forças de tirar você de lá.
Por não conseguir me amar como mereço e por dedicar cada momento meu a você, sim eu me odeio.
Eu me odeio por ser tão dependente e carente da aprovação alheia, mas principalmente por depender tanto de você para estar bem.
Eu me odeio por me importar tanto com você, por te colocar em primeiro lugar em tudo, mesmo sabendo que você não faz o mesmo por mim.
Eu me odeio por te idealizar, por criar expectativas em cima de você, por esperar algo que você nunca vai me dar.
Eu me odeio por me iludir com suas palavras, com seus gestos, com seus sorrisos, que me fazem acreditar que você me ama, mas que no fundo são apenas ilusões.
Eu me odeio por ser tão fraco, por não conseguir te esquecer, por não conseguir seguir em frente, por continuar te amando mesmo com toda essa dor.
Eu me odeio por ser tão tolo, por acreditar em contos de fadas, por esperar um final feliz ao seu lado, mesmo sabendo que a realidade é bem diferente.
Eu me odeio por ser tão eu, por ser essa pessoa que te ama incondicionalmente, que te perdoa em todos erros, que te aceita como você é.
Eu me odeio por ser tão seu, por te entregar meu coração de bandeja, por te dar todo o meu amor, sem esperar nada em troca.
Eu me odeio por ser tão apaixonado, por te amar com todas as minhas forças, por te querer ao meu lado para sempre, mesmo sabendo que você nunca será minha.
Eu me odeio por ser tão sonhador, por acreditar em milagres, por ter esperança de que um dia você vai me amar de volta, mesmo sabendo que é apenas um sonho.
Eu me odeio por ser tão eu, por ser essa pessoa que te ama, que te odeia, que te quer, que te esquece, que te perdoa, que te idealiza, que te espera, que te sonha, que te ama.
Amar não dói, desde que o amor seja correspondido. O que dói em uma relação amorosa não é o amor, é a carência dele por uma das partes envolvidas.
Assusta me saber q quando morrer posso n apenas morrer mas posso existir... posso existir numa dimensão onde seja punido por apenas existir com coisas ridiculas q neste mundo nunca serei jamais punido
Esperando um remédio para curar minhas feridas. Afinal, dizem que é o tempo, o amor ou alguma esperança remota. Não, acho que é mais profundo e não se pode curar com utopia aquilo que causou tanta disritmia! A cura para uma ferida profunda começa na troca do endereço de partida! Eu não tô falando de lugares, mas sim de pessoas.
Não posso acreditar que o universo inescrutável gira em torno de um eixo de sofrimento; certamente a estranha beleza do mundo deve repousar em algum lugar na alegria pura.
Eu não posso amar-te.
Porque amar-te seria trair-me,
arrancar pedaços do que ainda resta de mim só para te oferecer migalhas que tu nunca soubeste segurar.
Seria dobrar a coluna até partir, moldar-me à tua ausência, aprender a respirar no vazio que deixaste.
Se eu te amasse, teria que fingir que não dói.
Que o peito não arde quando penso nas vezes em que estive ali, inteira, enquanto tu apenas pairavas, leve, sem nunca pousar.
Teria que fingir que não vi os teus olhos cheios de tudo, menos de mim.
Que não percebi a tua pressa em ir, mesmo quando prometias ficar.
Eu não posso amar-te, porque amar-te seria continuar a pedir calor a um corpo que só me dá frio, seria alimentar-me de esperas, construir castelos em cima de areia seca.
Seria encolher-me até caber no espaço que nunca me deste.
Se eu te amasse, teria que mentir para o meu reflexo, dizer-lhe que um dia serás o que nunca foste, que um dia as tuas mãos deixarão de ser vento e aprenderão a segurar o que eu ofereço.
Mas eu sei que não.
Eu sei que o teu toque só conhece despedidas e que a tua boca já nasceu a saber dizer adeus.
Eu não posso amar-te...
Porque amar-te seria morrer devagar e chamar isso de viver.
Mas eu quis.
Eu quis amar-te com tudo o que havia em mim,
quis acreditar que a minha entrega algum dia seria suficiente para te fazer ficar.
Eu quis ser um porto seguro para quem nunca soube ancorar.
Mas eu estava errada.
Eu fui tempestade a tentar abraçar um barco sem velas.
Eu fui lume a tentar aquecer quem já vinha do gelo.
Agora só me resta este vazio de quem tentou ser casa e só encontrou ruínas.
Só me restam as noites em que me pergunto se, em algum momento, sentiste algo próximo do que eu sentia.
Se alguma vez o teu peito pesou com o medo de me perder.
Se em algum momento os teus olhos me procuraram sem que eu estivesse ali.
Mas não, eu não posso me enganar.
Eu sei que fui mais para mim do que alguma vez fui para ti.
Que eu te amei numa intensidade que nunca teve eco.
Que eu fui fogo, enquanto tu foste cinza a desaparecer com o vento.
Por mais que doa, eu preciso aceitar,
que eu não posso amar-te,
porque o amor que eu te dei nunca encontrou onde morar.
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ig: @leticiaduartee._
