Diagnóstico
Para ciência, a cura do que se faz maligno é vista apenas como um diagnóstico errado.
Para a fé, a cura do que se era maligno é vista como um grande milagre.
Você passa uma vida toda esperando a “tal felicidade”e do nada, você recebe um diagnóstico de uma doença grave. E aí? O que você faria vendo seus sonhos não podendo mais serem realizados? Como olhar para aquela vida que você idealizou e ter que deixar tudo para trás?
Será que temos todo o tempo do mundo mesmo? Será que deixar tudo para depois, é uma boa alternativa?
A questão é: todos vivemos diante do risco de morte iminente, afinal, para morrer basta estar vivo.
E eu te pergunto: Você aproveita a vida ou simplesmente a vê passar?
É como a história da criança que ganhou patins de Natal e não os usou com medo de quebrar. Quando decidiu usar, os patins não serviam mais.
E então, você vai continuar vivendo da forma que vive? Vai continuar tratando as pessoas como você as trata? Vai desistir dos seus sonhos?
Você não precisa esperar a iminência da morte para fazer uma lista de desejos ou para valorizar as pessoas que estão ao seu lado.
Repense sua vida enquanto há vida.
Angela C Brand
Psicóloga CRP 08/04889
DIAGNÓSTICO NÃO É RÓTULO, É MAPA.
Sem mapa, como saber onde ir?
Porém, isso não significa que se deva revelar um diagnóstico a qualquer um. Nem todos farão bom uso da informação.
PRESERVE-SE.
Diagnósticos falsos, ditos, ouvidos, aprendidos, difundidos e confundidos em um mundo de aflitos e malditos.
“Ninguém é só o seu diagnóstico. Fragmentos também constroem realidades inteiras.”
Nina Lee Magalhães, autora de “Fragmentos da Realidade”
Diagnósticos sem medida matam a subjetividade.
Na pós-modernidade, traços de personalidade viram enfermidades.
O verdadeiro desafio não está em entender o diagnóstico, mas em enxergar, com amor, e aprender, todos os dias, novas formas de sentir, compreender, cuidar e acolher.
"Nosso papel como Enfermagem é ser a ponte entre o diagnóstico e a liberdade de ser quem a criança é."
Conversando a gente se entende sobre o que afeta. Adjetivos, rótulos e diagnósticos são passageiros, relativos e mutantes. O que fica é só essência.
No universo contemporâneo, o guarda chuva do diagnostico cresceu muito em toda sociedade, e com isto vários comportamentos diferentes nas crianças, jovens e adolescentes são erroneamente vistos e taxados como sinais de bipolaridade e autismo. Mas na verdade não são, são apenas defesas e desvios comuns da personalidade que ainda responde perguntas.
Somente após um diagnóstico preciso e cirúrgico da nossa realidade, podemos focar na única coisa que realmente irá gerar o maior impacto positivo sobre as outras!
"A dor e a delícia" de ser diagnosticado
Inicialmente ressalto que não utilizarei termos acadêmicos porque a minha atenção neste texto é que ele alcance um número de pessoas que entendam, de forma simplória, o que eu quero dizer.
A caminho de seis anos me interessando por assuntos voltados para a psique, diariamente me deparo com a proporção que tomou o uso de diagnóstico pelas pessoas. Muitas se "autodiagnosticam" visitando sites, respondendo a uma bateria de testes sem algum embasamento teórico-científico, conversando com um amigo que está cursando - visitando a sala de aula de - Psicologia ou uma matéria chamada "Psicologia alguma coisa" em um determinado curso. Enfim, pessoas querem se enquadrar a uma psicopatologia ou estrutura psíquica.
Saber o que/quem se "é" em tempos onde todos têm de se mostrar "cult" é chique. E "ser" "bipolar" ou "boderline", então? Moda-psi. E acreditem, estes são diagnósticos dificílimos de serem identificados, e eu ousaria dizer que levariam no mínimo dois anos, com ajuda e controle profissionais, para então a confirmação do que se trata.
O fato de a pessoa ter em mãos seu próprio diagnóstico, quando provindo de um profissional qualificado, não me incomoda. Mas eu ter a convicção de que exista um medicamento ou uma fórmula de "cura" para uma psicopatologia que ainda não foi sequer divulgada, bom, aí já é demais. Comportamentos da nossa era atual estão sendo ditos como doenças, déficits e síndromes em uma velocidade assustadora e isso me preocupa. Por quê?
Bom, acredito sim que toda pessoa tenha o direito de saber o que se passa, tanto no adoecer físico quanto psíquico. Mas o problema maior é a forma em que é passada, e para além disso, o jeito com que a pessoa internaliza a forma que a disseram que ela é/está no mundo. Uma forma que não tem salvação, como se a aprisionasse dentro do seu "ser". E com isso, tem muita gente utilizando o "seu diagnóstico" (o que eu sou, o que eu tenho?) como desculpas a ações absurdas, como a própria obrigação de ser feliz a todo e qualquer custo, ou como desculpas para não se ter responsabilidades. Pessoas estão fazendo mal umas às outras, aos ambientes em que convivem, e no final dão a desculpa do diagnóstico. E isso acontece num tempo de urgências, antes que tudo se acabe, já que para todos a vida tornou-se algo breve.
Para que tenhamos clareza da seriedade do que é diagnosticar, em estágios e acessos a prontuários da Psicanálise e da Psicologia eu vi muitos "psicóticos" ou "obsessivos" sendo enquadrados como "perversos". Psicóticos sendo chamados de "histéricos" ou "neuróticos". "Melancólicos" e "depressivos" sendo chamados de manhosos. "Pessoas fóbicas" ou com "TOC's" tendo direito somente ao uso de medicamentos, e não de se perceberem nas suas dificuldades. E em todos esses casos, é como se tirassem o sujeito da doença e a pessoa tornasse apenas uma telespectadora do sofrer.
Eu aprendi que o diagnóstico psíquico é de uso do profissional no campo da Psicologia ou da Psiquiatria ou da Psicanálise. O que o paciente é ou o que ele tem não é retirado de uma CID ou de um DSM, mas de uma história de vida. Manuais são um caminho, não uma solução. E o tratamento, embora muitas vezes eu concorde que deva sim ser medicamentoso, parte das possibilidades apresentadas pelo paciente ao profissional, e é claro, na busca pela forma que o adeque, por vontade e liberdade dele, a um estilo de vida suportável e feliz.
Acredito que as pessoas não deveriam se preocupar tanto com o que têm ou são no adoecimento psíquico, mas sim com o que podem fazer para cuidarem de si e das pessoas aos seus arredores. Não se trata de parar de dizer qual o diagnóstico, mas de mostrar ao paciente que ele é bem mais que qualquer nome. Não podemos deixar de acreditar na mudança dos sujeitos, na responsabilização dos sujeitos, tampouco superação das limitações dos sujeitos. Todos nós temos limitações. Mas se superar e se autoconhecer são pontos importantes que também fazem parte de uma terapia. Por fim, a terapia é um momento de parar, refletir, recuperar forças... e seguir em frente. Coisas que um diagnóstico não proporciona a ninguém.
Consulte um psicólogo.
Diagnosticado com um caso irreversível de velhice, no seu túmulo vai constar: Morreu ativista, iluminista, simbolista, resiliente e magro. Curtiu a vida como se fosse um ano sabático
E derrepente quando ela está em seu melhor momento, descobre algo que pode mudar a sua vida para sempre. Diagnósticos inesperados.
Se eu pudesse me dar um conselho, se eu pudesse voltar lá atrás, e ser aquele eu que me abraçou enquanto eu chorava no banho, eu diria:
"Eu sei que o seu mundo deve estar parecendo sombrio agora, mas eu quero que você saiba que você não está sozinho/a. Você ainda é a mesma pessoa incrível, cheia de sonhos e desejos, e você tem uma vida cheia de possibilidades pela frente. O diagnóstico do HIV pode parecer assustador, mas é importante lembrar que é uma condição tratável e muitas pessoas vivem vidas longas e saudáveis com o vírus. Você não precisa enfrentar isso sozinho/a, há uma comunidade forte e solidária de pessoas soropositivas que estão dispostas a apoiá-lo/a. Por favor, não desista de seus sonhos, nem se sinta envergonhado/a ou isolado/a. A vida continua e você pode e irá superar isso. Eu estou aqui para você, e juntos vamos enfrentar isso."
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