Jairo Oliveira
Jogar a corda para alguém nem sempre significa ajudar. Há quem use-a para se salvar, mas há quem use-a para se enforcar.
As fases da vida não voltam se as confrontarmos. Elas sempre serão o que são, tal como todos temos de aprender a andar e viver por nós mesmos pela grande lei da natureza.
Uma das maiores evidências de que uma pessoa se encontra consciente, por mais surpreendente e absurdo que pareça ao senso comum, é a capacidade de estar diante de terríveis dramas e não se entregar ao desespero.
Por meio do silêncio se dá a maior evidência de intimidade que um indivíduo é capaz de estabelecer com ele mesmo.
Reconhecer que a negatividade energizada é uma doença de raiz psíquica e emocional, mas tão transmissível quanto qualquer virose, nos permite reavaliar os discursos que proferimos e ouvimos.
A ausência de tolerância em situações de conflito, seja qual for o contexto, ofusca ou elimina quaisquer indícios de racionalidade, além de invalidar outros atributos como a educação, o respeito e a maturidade que se espera dos indivíduos, principalmente tratando-se de adultos.
O posto de insatisfação é o que impossibilita ao homem perceber o princípio da gratidão. Ser grato é uma conduta virtuosa no processo vivido, não uma réplica discursiva pós-recompensa.
O diagnóstico é a porta para livrar-se dos padrões, tal como o autoconhecimento é a cura para uma mente que adoeceu na programação autodestrutiva.
Muitos conflitos que geram grandes perdas e fracassos irreparáveis estão propícios a nascerem de pequenos hábitos.
A superfície do indivíduo é fortalecida mediante a autoindulgência. Mergulhar em sua própria profundeza para conhecer, rever ou restaurar seus conceitos, no entanto, é um exercício árduo porque fere o Ego.
É imprescindível abrirmos os olhos da Consciência, se quisermos encontrar um modo mais responsável de como nos sentir diante da finalidade de nossa existência.
Quando a origem da frustração é a expectativa que depositamos nas coisas, nas pessoas e em nós mesmos, há que se repensar as referências que nos fazem creditá-las.
A felicidade é impagável e inalcançável quando unicamente associada ao ter, mas é gratuita e facilmente atingível quando nasce do verdadeiro Ser.
Por viés espiritual ou racional, refletir é um dever inerente a todo e qualquer indivíduo, ainda que por quaisquer razões o recuse. A consciência é também uma responsabilidade preestabelecida pelo nascer.
A insatisfação é sinônimo de sofrimento causado pela ausência de algo que está sempre vinculado ao exterior. Se o passado juntar-se à causa, será difícil superar o presente, quiçá impossível projetar um futuro.
Portanto, aquilo que você se predispõe a fazer com a sua passagem pelo mundo, ainda que sem ter escolhido nascer e como nascer, precisa estar inteiramente ligado à divindade que habita em seu interior.
O “novo” que vem trazer uma lição a nível de crescimento pessoal é sempre um incômodo, mas em maior proporção para a mente de algumas pessoas que de outras.
Passamos mais tempo fora de nós mesmos travando essas batalhas do que do lado de dentro, onde genuinamente existimos. E ainda fomos ensinados e programados, inconscientemente, para colocar um sorriso no rosto e chamar isso de felicidade.
Não espere que as coisas melhorem para que você possa ficar bem. Fique bem e as coisas naturalmente irão melhorar. É a lei do tempo.
A fúria delimita o discernimento. Aceite que ela é apenas uma emoção, respire por um minuto, até que a razão retome o seu lugar e, então, você poderá tomar decisões mais assertivas.
Não fique à espera de gestos sensíveis e leais de outras pessoas. Eles podem não vir. Prefira ser você mesmo essa gentileza e esbanje lealdade com vida porque ela, por si só, se encarregará das devolutivas.
A culpa é apenas uma emoção inativa pós-consciência dos fatos e, por isso, o pedido de desculpas - por mais sincero que seja - não anula os estragos do passado. O que interessa, portanto, é o que e como tudo será feito adiante, é o que se muda a seguir.
É muito fácil ostentar gratidão quando ela está meramente vinculada às `hastags´ e em prol do impressionismo da era digital. Difícil é ser grato quando as portas se fecham, quando o mundo te diz não e quando o pão falta à mesa.
Quando você aprende o verdadeiro sentido de `olhar para frente´ não há mais nada que te desvie dos teus ideais.