Desumano
"Nesse mundo tão desumano, minha alma vai se tornando inerte, sem vida e sem emoção qualquer. Eu até tento não me machucar, não me envolver, mas é tão inevitável. Sempre vem algo ou alguém, que derruba minhas estruturas, me atingindo onde mais me dói. E isso vai me consumindo dia após dia, porque o meu coração tão sensível é obrigado a ser indiferente pra poder tentar sobreviver a tantas decepções e isso me dá uma vontade louca de sair desse mundo.
Então percebo que não sou tão forte como imaginei ser."
-Roseane Rodrigues
Vai e vem
É humano
Ou desumano
Acostumar-se
Com a falta
De alguém?
É humano
Ou desumano
Viver nesse
Vai e vem?
Não dar valor pra quem sempre lhe estende a mão é desumano, mas as vezes essa mesma mão lhe empurra as costas rumo á escuridão
Cheguei atrasado na fila da paciência ao reencarnar. Muito desumano da alma, mas muito humano, como humano.
Viver sob as ordens coercivas de um sistema desumano é morrer aos pouquinhos sob tortura do mesmo...
DESUMANO HUMANO
É deprimente pensarmos na semelhança
entre a mente humana de agora
e a mitológica Caixa de Pandora (na verdade um jarro).
Na perseverança do homem
o jarro já se via derramado
e apenas a esperança
nele ainda contida
segurava-se em cada lado.
A boca do homem
é a boca do jarro
e delas saíram
todos os tipos de escarro.
A crítica humana
quase sempre anestesiada
é demasiada desumana.
Com pouco tato
destruímos a firmeza moral de um bom caráter
por um único ato.
A hombridade
que leva anos para formar-se e consolidar-se
desfaz-se de imediato
aos olhos do humano nato.
Temos o julgamento e a condenação prontos
antes mesmo do fato
e tampouco nos pautamos
pelo sensato.
Basta uma pequena e infeliz ação
para devolvermos em pesada e desproporcional reação.
Não foi assim que Newton
o gênio
não obstante humano
nos ensinou.
Desumano é sonhar contigo, acordar e não ter você ao meu lado, é saber que está tão longe que meus braços não podem alcançá-la.
Desumano
Riqueza por todo lado
Cadê o meu pedaço?
Leis para tudo
Justiça, quase nada
Bilhões calam o povo
Copa
Bolsa
Comida
Esmola
Bilhões faltam ao povo
Saúde
Transporte
Segurança
Escola
Desumano!
Leva se a vida
Correndo
Sofrendo
Sorrindo
Pedindo
Tudo igual, muito desigual
Realidade irreal
Verdade que até parece mentira
Desumano!
Certo ou errado?
Quem sabe?
Já banalizado
Desumano!
Nesse caminho e descaminho
Acordo calado
E na garganta
Um grito sucumbido
Desumano!
Acredito no ser humano
Não acredito no desumano
Esse caos urbano é tão desumano, sub humano, suburbano e animalesco. Feras rugindo suas palavras de ordem, arrotando seus planos futuros.
Porque o mundo tem nos imposto um ritmo desumano.
E a gente tem tentado se adaptar a isso.
Acelerados pelo poder da tecnologia e, na tentativa de acompanhar a capacidade de processamento instantâneo de terabytes de informações das máquinas, na era da comunicação, sofremos por passar despercebidas aos nossos olhos comunicações e informações tão importantes, sensações tão cotidianas e necessárias para aprender o sentido da nossa existência e, quem sabe evoluir.
A criança chora pedindo ajuda e atenção;
o idoso caminha vagarosamente para atravessar a rua, carregando além do peso das lutas o das sacolas que vai alimentar os filhos e netos; o pobre continua suplicando um prato de comida; o marginalizado nos suplica no silêncio e na exclusão um banho e um prato de atenção e carinho.
Não obstante ao que suplica fora de nós e de nossas casas, ainda existe súplica na nossa convivência, aquelas que gritam aos nossos ouvidos surdos.
Aquele amigo que se cala, mas precisa da nossa ajuda para descobrir o motivo da dor que torna seu grito mudo; o pai que se isola no medo de sentir-se ignorante diante de tantas mudanças de valores; o filho que na tentativa de chamar atenção da falta de tempo se recusa a seguir ordens ou ignora os conselhos; ou ainda, a própria natureza, que clama por misericórdia dos homens que esbanjam do consumo desenfreado de recursos.
O mundo grita em silêncio e nós permanecemos surdos.
Os olhos estão fixos nos aplicativos e, nas telas enquanto tantos passam, chorando em silencio do nosso lado.
A alegria do filho que tirou uma melhor nota, ou da filha que se destacou na apresentação do balé passou despercebida porque algo foi compartilhado naquele instante no aplicativo do seu celular. Era um vídeo que mostrava a maldade alheia que é usada para zombar a desgraça que abala a estrutura política do país.
E a gente segue despercebido enquanto o mundo pede paz!
Enquanto a vida pede vida.
O carnaval, que antigamente era um festejo para dizer adeus a carne onde se agradecia pela fertilidade do solo e pela produção ( visto que na quarta-feira se inicia um período de jejum e abstinência) esse já perdeu o sentido e o valor.
Aliás, é isso que vem acontecendo com a gente também.
Tudo é velocidade, tudo é mudança necessária para se alinhar com o que o mundo prega....tudo para nos 'adaptar'!
Ainda que gente lá no fundo não concorde.
Ainda que a gente não se sinta bem e não se adapte.
E a vida vai passando e no ano inteiro, vamos fantasiando nossas próprias emoções e tornando a vida um grande festejo de carnaval.
Mais ainda falta falar do maior clamor, esse que vive em nós, que agita nossa consciência e nos questiona a noite quando colocamos a cabeça no travesseiro e lembramos do quanto a vida poderia ser diferente se ...
Ah... esse clamor, a gente ignora...a gente não tem tempo para pensar, afinal estamos muitos cansados e ocupados.
A modernidade tem nos exigido muito e a gente precisa repousar o corpo cansado.
E a gente dorme.
A vida inteira.
E vai se esquecendo que somos SERES humanos!
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