Crônicas e Autor
Procura-se...
Procura-se uma semente para semear;
Procura-se uma crônica para contar;
Procura-se uma farda para vestir e honrar;
Procura-se uma criança para educar.
Procura-se água filtrada para beber;
Procura-se almas para acalentar;
Procura-se flores para regar;
Procura-se alimentos para saciar a fome dos que choram.
Procura-se retalhos para fazer cobertores;
Procura-se a inspiração para escrever;
Procura-se um poema para inspirar;
Procura-se uma natureza para contemplar.
Procura-se uma savana verde para caminhar;
Procura-se um sonho Real para viver;
Procura-se uma cama macia para adormecer;
Procura-se um animal para cuidar;
Procura-se uma fera agoniada para acalmar.
Procura-se um peixe para ensinar a nadar;
Procura-se uma poesia para ler e encantar;
Procura-se lágrimas para enxugar;
Procura-se uma boca para risos dar.
Procura-se se uma estrada sem espinhos, onde eu possa trilhar meus caminhos.
Nas estradas da vida quem me guiará é Deus.
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Crônica: Brasil que resiste a rumores e dissabores.
Sistema bruto, quem mergulha no preâmbulo pode ficar maluco, pátria dez, ou mil, que resiste ao mercado febril, aqui onde a lei é forte e vigorosa, para quem pode, poder, dinheiro a que torna harmoniosa, corrupção não vale, será, se a conta bancária abre as portas das prisões, onde a mídia a repetição consistida, a manobra ilusória elege a liderança, mas o Brasil continua de pé, minha água doce, minha terra fértil, um povo pacífico, acomodado talvez, o medo, a covardia, quantas chibatadas aí de suportar, que diga os escravos, as mulheres massacradas, os inocentes que nascem com rigor de um horizonte negro, me perdoe o negro, deveria ser parte de nossa bandeira, que repele com manchas vermelhas de sangue ordinária, desigual e maldoso, um hábito rancoroso do destino, mas meu, nosso Brasil resiste, dissabores tantos, mas a água doce não falta e o Brasil resiste.
Giovane Silva Santos
Crônica: Brasil e as angústias presentes.
Olhando pelo superficial, não se nota, não se percebe, da fome, da carência, da falta de estrutura é grande a porta, a briga pelo pão, o sonho da realização, a sociedade enferma, as famílias em abandono, reinado sem trono, que dor pela miséria, as guerras, as perseguições, a insanidade do poderio, a febre do dinheiro, o preconceito, as indiferenças, quanta mazela e meu Brasil angustiante, cheio de ambição, corrupção, penúria, lamentos e uma pesada bagagem, angústias mil a febre do meu Brasil.
Giovane Silva Santos
Poema-crônica de presente para Yara Drumond
Simplesmente Yara
Victor Bhering Drummond , 22/01/2013
Ela vem sempre assim
Pra você e pra mim
Olha, quanto sol-verão
Em seu cabelo dourado
Que requebra e desenha
Curvas de belos sentimentos
Ela vem com seu perfume doce de menina
Sua voz meiga e forte
Se faz criança, se faz mulher
Mas muito mais: requebra o intelecto
Para nos ter sempre por perto
Pois gosta de ter no coração um cafuné
Yara, espécie tão rara
Quanto às mais azuis das araras
Pedaço da natureza
Da borboleta que voa colorida
Na imensidão de flores e jardins
Yara Jasmim
Pra você e pra mim
Provando que é possível colher
Coloridos das pedras
Yara mãe das águas de nossos olhos
Pois os comove de alegrias
E compartilha as tristezas
Como forma de empatia
Com-paixão
Voz de flauta doce
Ritmo de violão
Yara que cuida e se faz presente
Para Marias, Nazinhas e Nanás
Para Kikas, Valdis e Cristianes
Para Victors, Flávios e Joões
E rodopia, roda, roda
Como um carrossel
Ou como a simplicidade dos peões
Soltos ao chão e deslizando em mel
Yara brisa nas tardes geladas
Yara bonequinha
De Maria Chiquinha
Yara pura química
Alma do mais puro dos farmacêuticos do passado,
Que colecionava frasquinhos e ervas
Para a cura dos problemas da cidade
Nos faz olhar para escorpiões sem medo
E desvenda os seus segredos
Como o doce veneno capaz de trazer vida
Quando só enxergamos o óbvio de nossas lidas
Ela é irmã, amiga, tia, filha, parceira, cúmplice
Amor de e para todos
Cantinho de ternura e acalento
Com seus cabelos ao vento
É bom que também voe
Para que espalhe aos quatro cantos
O pode e a força do seu encanto
Crônica de uma vida de ilusões
Onde podemos viver a vida que sonhamos? Onde podemos despejar nossas ilusões e emoções sem se preocupar com as pedras que serão jogadas sobre nós?
Viver o simples é viver tranquilamente,mergulhando profundamente em nossas ilusões,há ilusões! Ilusões essas, que nos sufocam tentando tirar nosso último oxigênio armazenado em nossos pulmões e dilacerando o que resta de nossa alma.
Dizem que uma pessoa não vive sem amor,carinho e companhia,mas na verdade,ela não vive sem as suas ilusões,porque é bem mais fácil alimentar uma fantasia,do que encarar uma dura realidade.
Às vezes,ficamos em cima de uma corda bamba,e quando menos esperamos, a vida nos derruba no meio do vão,impossibilitando que continuemos nossa caminhada e jornada das ilusões criadas pelo nosso subconsciente.
e é aí que nos damos conta que,de tantas ilusões criadas e alimentadas por nossa mente atormentada,acabamos deixando de fazer o mais importante na vida,viver!
Li uma crônica de Martha Medeiros hoje sobre a felicidade de uma criança e parei um tempo para refletir sobre isso. Essa escritora realmente parece profetizar alguns momentos da minha vida.
Viva Martha, que sempre me arranca lágrimas no canto do olho ou gracejos quando me ensina coisas sobre as mulheres, sobre a vida, sobre a humanidade, sobre a alma humana.
Logo eu, que já convivi com tantas pessoas sem alma, que fizeram dos filhos seres estranhos ou objetivos cumpridos de um "projeto de vida" mal rebuscado.
Observei de perto pessoas que "faziam filhos", semelhantes aos conceitos de "a fábrica - de Flusser" ou "ter filhos", modo aquisitivo de vida discorridos por Erich From em Novo Homem e Nova Sociedade.
Filho não pode ser projeto. Filho não é um objeto. Filho é "fruto" que sai de dentro, foi a união de duas sementes, de duas almas...
Aquele filho será terá sempre uma unidade com os outros dois corpos que o semearam, mesmo que se distanciem, seja por consenso, seja por desavença.
Deveria ser hediondo o crime de um genitor que tenta afastar o filho do outro, deveria cumprir pena todo aquele que faz alienação parental, que causa mais sofrimento à criança do que ao alvo que pretende atingir.
Porque o mundo ainda não descobriu o valor do amor? Que amor lançado é semente que germina facilmente, e o coração da criança será sempre uma terra fértil.
Os pais que amam os filhos relevam as barreiras existentes entre si e constroem pontes de amor, que os levam ao coração dos seus filhos. Mesmo que entre si não haja manifestações de amor aparente, quando amam os filhos com atitudes, já exercitam o amor mútuo entre si, inclusive! O amor é o elo invisível, acima das palavras...
Tempo ao Tempo.
Chatice crônica.
Não reclamemos da vida, por motivos banais e corriqueiros.
Assim procedendo, nos intoxicaremos de "chatice crônica".
Nossos parentes e pessoas próximos gradativamente se afastarão.
Nós, certamente, iremos pensar; essas pessoas somente querem saber delas.
O processo se agravará, de forma cíclica, a cada reclamação.
Portanto, não reclamemos aqui !
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Crônica dos Desiludidos
Os desiludidos do amor
Estão desfechando ilusões no peito
Do meu quarto, escondido, ouço a paixões
Os amados torcem-se de gozo
Oh, quanta matéria para os jornais
Desiludidos mas apaixonados
Escrevam cartas de amor
Tomaram todas as emoções
Para o remorso dos amados
Pum pum pum adeus, emocionado
Eu vou, tu ficas, mas nós veremos
Seja no claro céu ou turvo inferno
Os jornalistas estão fazendo a matéria
Dos desiludidos que se mataram
Que grande emoções eles tinham
Poemas, sob o seu diário e cartas de amor cheia de dor
E uma história cheia de intensidade
Agora, vamos para o jornal local
Levar as matérias dos desiludidos
Lidas com emoções e sentimentos
(Histórias de primeira e de segunda classe)
Crônica de quem não tem nada para falar
Eis me aqui, em meio aos pensadores e sem pensamentos para oferecer.
Será que conseguirei atiçar a curiosidade de alguém que virá até aqui e se debruçará sobre estas mal-traçadas linhas?? Será que tenho algo a dizer??
Pensando bem, acho que todo mundo tem algo a dizer. Por outro lado, nem tudo que pode ser dito é algo que deva ser manifestado.
Supondo, então, que tenho algo a dizer e que posso dizer esse algo, como dizer?? Basta eu jogar palavras sobre a tela do computador?? Já ouvi falar que o papel aceita tudo, então a tela deve aceitar também...
Mas não... Se eu começar a banalizar minha escrita, em que ela diferirá de qualquer redação do primeiro grau?? Talvez eu até esteja sendo presunçoso, afinal de contas quem me garante que o que eu escrevo é melhor que uma boa redação do primeiro grau?? Não devo ser mesmo o melhor juiz para essa análise.
Tenho então de deixar aqui uma mensagem, algo que faça as pessoas pararem e pensarem, algo que as toque no mais íntimo de seu ser.
Mas, tenho eu acesso a esse conhecimento iluminado?? Há algo que eu possa dizer que já não tenha sido dito de todas as formas possíveis??
Terei de me conformar em reciclar velhos pensamentos, enfeitando-os aqui e ali com algum recurso de linguagem, tentando dar a eles uma nova forma, mais atrativa, mais cativante.
Mas sou eu quem vai fazer isso?? Logo eu ??!!
Eu sou tão pouco afeito ao uso de figuras de linguagem que só consigo imaginar um resultado pobre e pouco inspirador de qualquer coisa que saia da minha pena. E o que sair, infelizmente, dará pena.
Então, meu caro leitor, que me aturou até aqui e que esperava de mim, ao final, uma mensagem ou pensamento inspirador, só tenho a te dizer nesse momento um conselho que ouvi de minha amada mãe : "se vc não tem nada para falar, é melhor ficar calado".
E falei demais...
A CRÔNICA DO SONHO
Demétrio Sena - Magé
Acordei assustado. Sonhei que tinha escrito o texto abaixo, e ao abrir os olhos, ele pulsava inteiro em minha mente. Palavra por palavra. Não quero "sobrenaturalizar". Existe uma explicação simples e plausível para isso. Apenas não a tenho. Segue.
"É tanta construção truculenta e vertiginosa de um futuro promissor... é tanta busca - sem pausa - de garantias pessoais excessivas, status, admirações externas...
É tanto empenho extenuante na escavação de "um lugar ao sol", que a noite chega sem se ter vivido em essência e sem se ter conquistado afetos verdadeiros; pessoais... apenas admiradores de nossas trajetórias e conquistas... do que temos... independente de quem somos, que se perdeu no turbilhão do processo precipitado e desumano de podermos nos auto recompensar pelas perdas em prol dos ganhos.
Podemos viver bem, ter conforto, afetos e reconhecimento, sem abrirmos mão da vida. É que a vida está em nós e não sentimos. O amor nos ronda e não vemos. A saúde se presenteia para nós, não abrimos a caixa e partimos em busca de podermos pagar por ela, quando a perdermos nos excessos do sonho que não administramos.
Tanto tudo, que o nada cresce por dentro. A solidão se agiganta entre nossas multidões. A morte, um dia tão distante, chega quando pensamos em começar a viver".
... ... ...
#respeiteautorias Isso é lei.
Nossa Biblia.
Nós somos a Bíblia que o mundo vê!
Podemos ser um texto dramático ou uma crônica com uma mensagem feliz.
Podemos ser um poema de romance ou uma piada de momento que fazem os outros sorrir.
Podemos ser uma música para a vida,
Podemos ser uma receita de valor.
Podemos ser um conto elegante,
Podemos ser uma história de amor.
A forma como vc quer ser interpretado, depende do que vc vai escrever!!!
Muitas pessoas se questionam: E eu sei escrever uma crônica? Isso é tão difícil!
Nem sei sobre o que falar, não tenho inspiração.
Ah, sei!
Vamos lá!
Você já fez alguma mensagem para seu namorado se desculpando por algo, mostrando-se arrependido? Já fez alguma mensagem de aniversário bem emocionante para sua mãe, com uma linda reflexão?
Já viu aquela cena na rua que te deixou indignado? Que injustiça!
Já observou alguém se despedindo da pessoa amada?
Já observou suas lutas diárias, sua força de vontade, seus medos ou, até mesmo, em algum momento, sua vontade de desistir?! Ou melhor, a nossa!
Já observou que essa vontade passa, as tempestades cessam e depois vem a bonança?
E que muitos dos nossos "eu não sei fazer isso"; "Isso é difícil" acontece pela falta de uma antítese. Ouse trocar o não pelo sim, o difícil pelo fácil. Ou ainda, fazer valer a metáfora "abra a porta do seu coração e mantenha-se firme a ela, Se os ventos chegarem, resista! Isso fará a diferença e verá que sua perseverança te levará longe".
E olha que coisa perigosa. Acabo de fazer a crônica, só para mostrar que cronicar é como vivenciar fatos do cotidiano, colocando-os no papel, fazendo rir ou chorar, com o poder do linguajar.
A poesia crônica que consegue sentir o Brasil
Mapeando o alcance das palavras, a quem nelas dão patadas, uma pena, pois é uma sinfonia, engloba razão e poesia, veja essa crônica, literatura dolorida e um pouco de fantasia, mas no fundo é real, profunda e sem demagogia, minha, eu, a poesia alcança as chibatadas sofridas, escravos modernos e das antigas, o índio e sua delicada situação desde primórdios começo então até hoje, sinto, grito, sofro, o Brasil estuprado, meu povo, o drone mais poderoso não consegue alcançar, biometria que não explica nenhum DNA, o que dizer dos rios volumosos e das ingazeiras, genipapos, tudo se transforma, o trem bala, o esgoto a vala, o podre tietê que nenhum político quer saber, Tóquio, Veneza, Paris, meu manjerona, deitado na lona a cicatriz, de lembrança e lambança que a elite empina o nariz, e minha poesia grita nesse silêncio, que a letra vem formar, o propósito, o sonho, se ando em rebanho, sozinho não sei falar, mas o que se sente , não pode ser indiferente, que o amanhã nos permita e ensine a lutar.
Giovane Silva Santos
SER MÃE (crônica)
Ah, tá bom! Então eu sou mãe, a querida, delicada, que ama incondicionalmente ( in-con -di-ci-o-nal-men-te), que faz a comida preferida de cada filho, vai ao mercado, àquela feira lá do bairro nos confins para comprar a pamonha mais gostosa que seu querido adora.
Faz cara de paisagem quando ganha um presente que não gosta e já tem certeza que não vai usar, mas não demonstra, senão a doadora pode se ofender. Compra roupas pro marido, mas tem que ficar dando dicas para ver se adivinham o que ela está “precisando”.
Faz um esforço danado pra se entender com a empregada, que por sua vez é mãe até com mais filhos, contrata jardineiro, eletricista, encanador e ai se algum deles fizer serviço porco! Importante, jamais pode bater o carro ou levar multas.
E por aí vai o rosário de penas que vou desfiando... pronto, já me distraí, isso é um trecho da música que a Amalia Rodrigues cantava, mas ninguém me deixa ouvir porque é chata e das antigas - de novo mãe, ah não!
Ah, sou mãe, o pilar da casa, mas eu nem comecei do começo, quando nascem os filhos, pediatra, vacina, escola, virose, aniversário do coleguinha, [......] colegial... dá licença, vou pular esta parte minha, a fase é deles, só mãe sabe.
Pulei, esqueci, nem sei mais quantos anos foram!
Onde eu estava mesmo? Sim, na família já formada, filhos grandes; vem os empregos, casamentos, genros, noras, netos...abortos...(doi, sempre dói de novo)
Alguém deve estar pensando, onde ela quer chegar com essa conversa, tudo igual, conheço esta história.
Aí é que está a questão:
Você que conhece esta história então me escuta. Mais...me ajude a contar tudo, não saia de fininho, somos iguais, não somos?
Dando continuidade, antes que citem a famosa frase - Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães, preciso fazer várias perguntas, questionamentos que não consigo solucionar sozinha. Você também não consegue! Vamos?
Aí a mãe faz o que pode para agradar a família, aguenta desaforo, vai perdendo os abraços, a beleza, a agilidade, surgem as artrites, com o colar de ites que o médico diz que é da idade, o pior, os “ais” verdadeiros e os costumeiros que ninguém quer ouvir.
Sem contar com o celular lindo de seu filho que ele lhe dá, bem intencionado, quando troca por outro bem melhor, e você não sabe usar bem, porém eles não tem tempo para ensinar. E tem aquela blusa que você ficou namorando na vitrine, quando criou coragem para comprar, chega em casa, vem a filha - ai que linda mãe, posso usá-la hoje? Aiaiai...
Não posso me esquecer: “mãe é a rainha do lar”. Fala agora, o que ela faz com o peso desta coroa enorme que colocaram em sua cabeça?
Como desfazer-se dela para aliviar os conflitos que ficaram presos pela força que ela engrenha comprimindo seu cérebro?
E os seus sonhos, seus medos, suas loucuras, seus tédios, seus planos interrompidos pelas diarreias caseiras?
Tem aquele filme que ouviu dizer que era ótimo, mas quando deu fé, já tinha acabado a temporada?
Onde será que ela guarda estes afetos, desafetos, inquietações, lágrimas de
banheiro, insônias, segredos íntimos, remédios sem receita, unguentos que a vó deixou a receita como herança?
Quem tiver alguma ideia, por favor me elucide, porque, como você, faço parte deste emaranhado de responsabilidades que a sociedade colocou em minha vida, sem perguntar se eu iria aguentar.
Por mim, eu colocaria tudo num baú (decorativo, para que não mexam), junto, um daqueles aparelhinhos de som made in china, com um pen drive tocando sem parar aquela música que me fascina desde o ano passado:
“Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós......”]
melanialudwig - maio/ 2018
Crônica O VÍRUS QUE CONTAGIOU
O silencioso casal conversou.
O desligado amigo ligou pro outro.
Os vizinhos do prédio se conheceram.
Deu saudade da família.
A gentileza contagiou.
A fé se fortaleceu.
E de repente um isolamento social aproxima os que estavam distantes. Pessoas. Sentimentos.
Reconecta.
Nos faz refletir vulnerabilidades.
Nos faz pensar a empatia.
Nos faz valorizar a vida.
Mas, sobretudo, nos faz enxergar:
dentro de casa,
o outro lado da moeda (capitalista),
adentro.
Hoje você cuida de si.
Hoje você cuida dos seus.
Hoje você fica em casa.
Num amanhã a gente se abraça.
Cuidem-se!
Primeira crônica
Neste dia, eu estava muito feliz porque eu estava indo ao museu de arte do Rio de janeiro no meu oitavo ano, no dia eu não consegui nem dormi de tanta ansiedade, mas eu não ia sozinho, eu fui com minha cunhada, pois eu não podia ia sozinho.
Quando eu terminei de me arrumar fui direto para o colégio junto com a minha cunhada e logo que fui pisar na rua achei 5 reais no chão, não tinha ninguém e pensei durante uns minutinhos de quem era esse dinheiro, bom como eu era um menino bonzinho, deixe-o no chão.
Como o colégio era perto da minha casa, nós fomos a pé, e chegamos em 10 minutos, cheguei lá e muitos dos meus amigos de classe perguntaram se a minha cunhada era meu irmão e disse que era minha cunhada, bom jurava que eles iriam rir dela, mas ninguém fez um tipo bullying a favor dela.
No ônibus, nós sentamos nos primeiros lugares e ficamos escutando música e tomando café que a gente não tomou em casa, logo chegando na avenida Brasil, eu e meus amigos começamos a brincar da brincadeira de quem roubou pão na casa do joão, e estava tão animada que até o motorista brincou com a gente e ficou rindo a beça.
Chegando lá, o motorista mandou nós descermos um de cada vez, para a gente não cair, enquanto o ônibus partiu, nós tivemos fazer uma fil indiana para que os seguranças do MAR (Museu de Arte do Rio de janeiro) visse nossas carteirinhas de estudante para nós entrarmos.
Logo quando acabou a revistação das carteirinhas, entramos no museu e vimos todas as obras de artes dos pintores, como eu era tão fanatico pela arte brasileira, eu tinha gostado mais do abaporu, obra da Tarsila do Amaral, nesse dia, nós tiramos tantas fotos que eu já estava tirando algumas no automático.
bom, essa é a primeira crônica.
Se eu acredito em Ovnis, Et's, na cura da burrice crônica, ou da ignorância adquirida?
Respondo: __ Só perdi a minha fé, nessa gente, com tanto ódio sendo destilado;
Nessa hipocrisia barata, espalhada na cara, feito creme hidratante. Sem filtro solar.
O que fica difícil, é acreditar em Seres Humanos, porque a "humanidade"; está entrando em extinção.
PROSIGA RONE!...
CRÔNICA
Parece que foi ontem, numa reunião de lançamento da primeira e oitava edição das coletâneas ALB/ANELCA, antes do início do cerimonial, encontrei-me com Rone –confrade, que fora abrilhantar o evento com sua presença. - Como “prata da casa” não poderia estar ausente.
Conversa vai e conversa vem...
-- Rone, o que aconteceu contigo, removeste teus textos do Face book? Amava e lia-os com muito gosto e, de repente não mais os vi!
- Sim. Sim. Fiz isso. Os removi. Ah, sabe,... Muitos não curtem, criticam... Sei lá, ando meio desanimado!
Imediatamente lembrei-me, das palavras de um dos ícones da poesia brasileira, o saudoso poeta Manoel de Barros no seu texto “O Poeta”:
“Vão dizer que não existo propriamente dito. Que sou um ente de silabas.
Vão dizer que tenho vocação pra ninguém.
Meu pai costumava me alertar: Aquele que acha bonito e pode passar a vida a ouvir o som das palavras ou é ninguém ou é zoró. [...] Mostrei a obra a minha mãe. A mãe falou: agora você vai ter que assumir a suas irresponsabilidades [...].”
É sempre assim: toda vez que nos propusermos a fazer alguma coisa útil, virão críticas de todos os lados. - Pra nos desanimar. Até mesmo dos nossos entes queridos mais próximos como pai e mãe - que costumam subestimarem a nossa capacidade; como no fragmento do texto acima nos deu a entender isso.
Como se não bastassem as críticas dos de fora...Não há como estar imune à elas. Sempre irão estar presente em tudo o que fizermos ou até, o que não fizermos.
Muitos críticos,hoje,dariam tudo que têm para retirar uma crítica que o fizeram no passado,a alguém.
Devemos então,aceitá-las de bom grado, pois na realidade, as críticas são até necessárias para nos fazer crescer, e seguir em frente com o nosso propósito de melhorar sempre.
A perfeição é uma tarefa impossível ao ser humano, mas buscar sempre o melhor para cada produção que nos propusermos a fazer, é possível.
Todo texto, por pior que seja, ainda pode ser muito útil, tem a sua importância pedagógica; mesmo que não seja bom, ele servirá como um espelho, para que outras pessoas não cometam os mesmos erros cometido nele.
Alguns não irão gostar de nossas produções, – isso é óbvio – mas, outros irão amá-las; tanto que sentem a falta delas quando não postamos.
"Caso alguém não as goste, nós o gostaremos: eles,os textos, são como os nossos filhos. São feitos com a alma.
Antes de querer agradar aos outros, eles nos agradam primeiro. E, assim sendo, nosso trabalho não será em vão". - Disse à Rone. Isso nos motiva a prosseguirmos garimpando palavras para tecer as nossas ideias e expor o que pensamos, o que sentimos,o que cremos.
"Insista um pouco mais!" - Reforcei...
Surtiu efeito:
Não demorou muito e meu amigo Rone voltou com os textos para a página do Face Book;
Criou também um grupo fechado para que outros escritores compartilhassem também seus trabalhos. LETRAS E PENSAMENTOS,título de uma obra sua.
Mais recentemente, publicou outra grande obra literária cujo título é “INSISTA UM POUCO MAIS.
Ao longo do tempo pude perceber o seu crescimento, a sua evolução no que escreve. Isso nos deixa feliz, e nos enchem de orgulho!
Parabéns colega Rone, pelo dia do amigo e por ter insistido um pouco mais,nesse ofício de escrever coisas necessárias para o nosso enlevo!
(20.07.15)
Crônica de um pateta;
E olha o que me veio em mente
a lembrança de um amor eloquente,
lembro deste período 15 anos atrás
e logo várias rizadas solto sem
pestanejar, o prologado riso continua
no ar.
Lembrei de uma paquera 5 anos mais nova.
papo vai papo vem, teclando como ninguém no
meu curso de informatica estou me preparando
para encontrar a Carolina.
E o tão esperado encontro seria para o
dia seguinte As 15:00 horas exatamente no curso
da jovem garota.
E no dia do encontro as 10:00 horas da manhã já
estava em pé eufórico, tive que segurar a ansiedade
5 horas, contando os minutos e segundos por segundos
parecia que o tempo parava as vezes, única coisa que
eu pensava era naquele encontro.
A hora então chegou, pensei comigo mesmo vou me produzir
passei Desodorante rolon nas Axila e não parou por
aí tudo tinha que estar perfeito, decidi ir mais profundo
com rolon e passei alguma camadas no pescoço queria estar
para lá de cheiroso, sei que garotas adoram dar uma fungadinha no pescoço.
Fui até o endereço do encontro e lá estava a bela Carolina,
toda linda, com belos traços indianos, e um lindo e comprido
cabelo preto, Foi além das minha expectativas nunca imaginei
que a jovem Carolina era tão linda. Nos cumprimentamos com
beijinhos no rosto, e eu sempre mantendo o bom humor, falava
coisas hilárias para a jovem Carol sorrir, como era fascinante
o sorriso da jovem Carolina. Sabia que estava próximo de uns
demorados amassos, porém também sábia que precisava manter a calma para não assustar a jovem garota.
Um clima então rolou e beijamos euforicamente
foi até mais animado, estava para lá de exitado, a jovem Carolina me deixava derretido como uma margarina.
Carol então falou; Mais calma queridinho estamos indo rápido
de mais!! E eu respondi; Carol linda, estava tão ansioso em te
ver, veja agora não temos tempo a perder.
Os amassos foram ficando quentes de mais, o senhor que estava ao nosso lado todo vermelho e muito envergonhado fez uma cara de safado deu dois passinhos a frente,.
A Carol toda carismática também sorriu, beijinhos
no pescoço, como tudo aquilo era tão gostoso, poucos encontros em minha vida foram tão bons, de repente feito um camaleão a jovem Carol começou a se a baixar e dobrar a língua, ela falou que coisa estranha é essa no seu pescoço, esta modificando meu gosto!
meu Deus
sem ela perceber lembrei e pensei comigo mesmo foi o amaldiçoado
desodorante Carol agora com a boca bem melhor perguntou; O que foi aquilo querido?
Respondi; Não liga não Carol me preocupei tanto com
o visual que acho que esqueci do meu pescoço, a Carol então sorriu.
Depois desse episodio namoramos 9 meses, aprendi a beijar como ninguém com a jovem Carol que beijava muito bem, passou o tempo Carol foi embora
e nunca mais nos falamos, a doce Carolina boas lembranças você me deixou, agora lembrando do episodio do desodorante nada podia ser diferente.
Depois das gargalhadas terem se esgotado agora fica essa hilaria historia quando estivermos velhinho é claro se você ainda lembrar, podemos repetir e repetir consecutivamente a historia muitas vezes contando para nossos
netinhos....
REVAl II
CRÔNICA
Reval,por um tempo andou meio fraco da cabeça. Morava sozinho num quartinho de uma casa antiga, na Rua Sete de Setembro, anexo à alfaiataria de Corcino - seu parente -, um dos primeiros alfaiates de Campos Belos. - De vez enquando sumia; mas sempre voltava.
Trajava à mesma roupa ensebada de sempre.Sapatos às vezes,soltando a sola.
Moreno forte, de estatura mediana, usava cabelos quase aos ombros, que nunca viam pentes e água. Ostentava um bigode entrelaçado à longa barba.
Medo a gente não sentia de Reval: alguma sisma somente. Arriscava conversar com ele. Mas a prosa era pouca,só respondia aos arrancos,jeito desconfiado,olhar distante.
Nunca se soube de agressividade dele, às pessoas. Andava lentamente pelas ruas da cidade, com as mãos nos bolsos da calça, mastigando um possível alimento. Ficávamos curiosos para saber que iguaria degustava.
No percurso que fazia pelas ruas andava e parava, andava e parava...pondo sentido em tudo que seus olhos viam. E o de mais relevância, pra ele,observava mais ainda; imaginando coisas.
Em seus observatórios diários, nada passava despercebido do seu olhar. Olhava os mínimos detalhes daquilo que mais lhes chamasse a atenção. - Como se tivesse fazendo uma profunda análise.
Parecia discordar com mais contundência algumas irregularidades que via: ao coçar a cabeça acima da orelha e balançar a mesma num gesto negativo; sempre fazia isso quando o objeto da observação não atendesse suas expectativas de normalidade.
Belo dia...
Como há de ter acontecido... Reval saiu de casa e subiu à Rua BH Foreman, mais calado do que nunca. Triste, de cabeça baixa, olhos inquietos. Atravessou a Av. Desembargador Rivadávia e ganhou o calçadão, em frente à Prefeitura Municipal. Parou, e colocou a mão direita atrás da orelha, em forma de concha, para ouvir melhor o sino repicando à sua frente, na Igreja Matriz.
Era o sacristão chamando os fiéis, para a encomendação de um corpo. Ele não atendeu o apelo sonoro da paróquia naquele dia: adentrando-se ao santuário.
Nuvens cor de cinza se agarravam ao Morro da Cruz e das Almas; não demorou muito a cair pingos de chuva como lamentos, na grama verde da praça. - Quando uma pessoa boa morre a terra recebe o insumo e o céu sela com água, o fim deu ciclo.
Reval aproximou-se daquela casa de oração católica, e tomou a benção ao seu vigário, que estava posicionado à entrada principal, recebendo o povo, para a cerimônia fúnebre.
Riscou o dedo polegar direito na testa, repetida vezes, e inclinou-se levemente para frente, em sinal de respeito ao pároco, ao santuário e ao falecido. Beijou um enorme crucifixo metálico, preso num grosso cordão e olhava ao longe, o esquife num ataúde bonito...
Em rogos,de longe, desejava um bom lugar ao finado.
Missão cumprida...
Deu as costas ao Reverendo, sem se despedir, e desceu a Rua do Comércio, enxugando com a manga da camisa, algumas lágrimas sentidas.
Teve fome...
Com a barriga nas costas, entrou na padaria de Zé Padeiro. Pediu um lanche, sem dinheiro.
A atendente lhe deu um pão com manteiga, e um café com leite num copo descartável. - "Capricha que é pra dois tomar." Disse, à moça, que colocou mais um pouquinho. Ficando sem entender: pois, não o viu acompanhado de mais ninguém.
Ao retornar a sua casa, pelas mesmas pisadas, Reval parou diante de um caminhão de transporte de madeiras; quebrado e cheio de laxas de aroeira, na porta do Armazém de Seu Natã.O proprietário já havia pedido ao papai que olhasse o mesmo; pois, teria que se deslocar até a Capital Federal ou Goiânia, para comprar uma ponta de eixo. Pois não a encontrava na região, para a devida reposição.
O sol, queimando, e não havia mais uma nuvem sequer, nos céus, para atenuar a sua intensidade. Reval, por sua vez, continuava parado diante do veículo, dando andamento na prosa...
Depois de ter observado por muito tempo aquela situação; de todos os ângulos possíveis. Continuava olhando, olhando,olhando... E, balançando a cabeça de um lado para o outro. Como quem não concordando com aquela situação. - Conversava baixinho com o caminhão, de maneira que só os dois ouviam, mais ou menos assim:
- Isso que estão fazendo com você é um absurdo, é uma desumanidade muito grande! Como é que pode tanto descaso, com um ser tão indefeso[...] - Coitadinho, quanta judiação[...] Quanto tempo sem comer e sem beber; cheirando mal, e cheio de poeira; com esse calor que está fazendo, não pôde até agora, tomar um banho sequer, para refrescar um pouco; como tem sofrido você ...continuava:
- Não tenho mais tempo a perder: preciso fazer alguma coisa e continuar com essa caridade por mais um tempo...
Deu o lanche que trazia consigo para o caminhão comer...
Antes de despedir-se, daquele pobre necessitado, balbuciou quase imperceptivelmente mais algumas palavras:
- Tenha um bom apetite!... Voltarei amanhã para ti ver...
Foi-se embora balançando a cabeça, desaprovando aquele estado de coisas.
Possivelmente repetiu o gesto de alimentar ao caminhão por mais de quinze dias. - Período que esteve lá.
Toda vez que retornava ao local não havia nem vestígio de lanche.
Como se sabe: a “fome é negra”.
Reval tinha um bom coração. Aquela piedade demonstrada devia ser um reflexo da criação que recebera de seus pais. Que por sua vez, eram pessoas muito religiosas e bondosas.
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