Crônicas

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⁠O Coelho e a Tartaruga

Uma crônica de julho de 2006 - Copa da Alemanha

O coelho desfrutava da fama de ser o mais veloz entre todos os animais. Todos diziam que não havia quem pudesse vencê-lo em uma corrida. Um dia, como acontecia de tempos em tempos, apresentou-se um desafiante: a tartaruga, é claro. Marcada a data do desafio, todos voltaram sua atenção para o coelho, que fazia apresentações públicas, executando piruetas e outras peripécias diante de multidões. Na tartaruga poucos apostavam; na verdade, só as tartarugas mesmo.

Chegado o momento da competição, a tartaruga, careca, como são as melhores tartarugas, posicionou-se na linha de largada, ajeitando-se dentro do seu pesado casco. Ao lado dela, o coelho, dentuço, como são os melhores coelhos, usando a sua tradicional e temida camisa amarelo-pamonha e uma tiara no cabelo. A tartaruga saiu na frente. Os comentaristas diziam que o coelho precisava de 10 ou 15 minutos para atingir o seu melhor desempenho.

Passados os 15 minutos, a tartaruga continuava na frente e ganhando distância, dando o melhor de si. Alguns diziam que o coelho, cinco vezes campeão mundial, não era atleta de se preocupar com os adversários e que sua vitória viria naturalmente, dada a sua superioridade sobre o oponente. Um comentarista de uma floresta hermana dizia que “cuando comenzar a correr, no habrá quien lo detenga”. O público assistia a tudo em suspense, aguardando o momento em que o coelho mostraria o seu verdadeiro potencial e tomaria a frente da tartaruga rumo à linha de chegada. Mas, inexplicavelmente, o dentuço não parecia páreo para o seu adversário. No futuro, alguns animais diriam que ele estivera dormindo na pista.

Chegando à metade da prova, ponto que a tartaruga já tinha há muito ultrapassado, o coelho fez uma rápida (não muito) parada para trocar os tênis prateados pelos dourados, mas o seu desempenho não melhorou absolutamente nada. A tartaruga já se aproximava da linha de chegada quando os comentaristas lembravam que ainda havia tempo para que o coelho vencesse a prova. Segundo eles, a alegria, a ginga, a irreverência... coisas assim do coelho, poderiam colocá-lo à frente da tartaruga, sabe-se lá de que maneira.

Nos últimos instantes, quando a tartaruga já se aproximava dos metros finais da prova, e o público, em silêncio, constatava a última oportunidade para uma reação espetacular, o coelho parou para ajeitar as meias e nem viu quando o seu adversário cruzou a linha de chegada, triunfante, conquistando para o reino das tartarugas o título de “animais mais velozes do planeta”. Mais tarde, na entrevista coletiva, o dentuço diria que se sentia muito triste por não ter dado aos coelhos a alegria que eles tanto esperavam – o título de campeões naquilo que eles sabem fazer melhor –, mas que desde que comprara uma Ferrari, perdera o hábito de correr com as próprias pernas.

Inserida por CarlosAlbertoSilva

⁠Procura-se...


Procura-se uma semente para semear;
Procura-se uma crônica para contar;
Procura-se uma farda para vestir e honrar;
Procura-se uma criança para educar.
Procura-se água filtrada para beber;
Procura-se almas para acalentar;
Procura-se flores para regar;
Procura-se alimentos para saciar a fome dos que choram.
Procura-se retalhos para fazer cobertores;
Procura-se a inspiração para escrever;
Procura-se um poema para inspirar;
Procura-se uma natureza para contemplar.
Procura-se uma savana verde para caminhar;
Procura-se um sonho Real para viver;
Procura-se uma cama macia para adormecer;
Procura-se um animal para cuidar;
Procura-se uma fera agoniada para acalmar.
Procura-se um peixe para ensinar a nadar;
Procura-se uma poesia para ler e encantar;
Procura-se lágrimas para enxugar;
Procura-se uma boca para risos dar.
Procura-se se uma estrada sem espinhos, onde eu possa trilhar meus caminhos.
Nas estradas da vida quem me guiará é Deus.

Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

⁠Li uma crônica de Martha Medeiros hoje sobre a felicidade de uma criança e parei um tempo para refletir sobre isso. Essa escritora realmente parece profetizar alguns momentos da minha vida.
Viva Martha, que sempre me arranca lágrimas no canto do olho ou gracejos quando me ensina coisas sobre as mulheres, sobre a vida, sobre a humanidade, sobre a alma humana.
Logo eu, que já convivi com tantas pessoas sem alma, que fizeram dos filhos seres estranhos ou objetivos cumpridos de um "projeto de vida" mal rebuscado.
Observei de perto pessoas que "faziam filhos", semelhantes aos conceitos de "a fábrica - de Flusser" ou "ter filhos", modo aquisitivo de vida discorridos por Erich From em Novo Homem e Nova Sociedade.
Filho não pode ser projeto. Filho não é um objeto. Filho é "fruto" que sai de dentro, foi a união de duas sementes, de duas almas...
Aquele filho será terá sempre uma unidade com os outros dois corpos que o semearam, mesmo que se distanciem, seja por consenso, seja por desavença.
Deveria ser hediondo o crime de um genitor que tenta afastar o filho do outro, deveria cumprir pena todo aquele que faz alienação parental, que causa mais sofrimento à criança do que ao alvo que pretende atingir.
Porque o mundo ainda não descobriu o valor do amor? Que amor lançado é semente que germina facilmente, e o coração da criança será sempre uma terra fértil.
Os pais que amam os filhos relevam as barreiras existentes entre si e constroem pontes de amor, que os levam ao coração dos seus filhos. Mesmo que entre si não haja manifestações de amor aparente, quando amam os filhos com atitudes, já exercitam o amor mútuo entre si, inclusive! O amor é o elo invisível, acima das palavras...

Inserida por jozedegoes

⁠se você tem vontade
de escrever sobre o assunto
y quer imagem pra criar um texto
uma crônica
uma poesia

(seja lá qual for o gênero literário)

você pode
contar um pouco da sua vontade
dá uma moral
parado no tempo
até as coisas voltarem
quando puder

(sei lá)
(não sei)

seria a forma mais simples
fazer alguma busca
cotidiano...fotos na janela
quando sou pego de surpresa

fico assim:

aca
nha
do

Inserida por FabricioHundou

⁠⁠CRÔNICA AO COTIDIANO:
Há momentos que pensamos em um só instante Pluft... Jogar tudo para o alto e desaparecer... Evaporar em brumas e só!
Você ainda não se sentiu assim? Como se estivesse dentro de um quarto fechado sem entrada nem saído? Como uma roupa justa, justíssima, sob sol a pino. Feito uma gravata sufocando-lhe a respiração?
Quiçá o sapato mutilando seu quinto dedo.
É certo dizer que assim nosso mundo desaba sobre nossas cabeças deixando transparecer não ter fim todo esse sofrimento que sucumbe nosso bom humor em um contexto que propõe empatia.
Ah! Você não se liga? Ou nunca vivenciou?
Certamente és o pensamento de que as estações são mutáveis. De maneira seleta e glamurosa. Ah! Como é assustador esse nosso momento de ausência.
Ora! Quem nunca viveu esse tédio e suas maluquices em seu cotidiano de outrora?
Então, mirem-se nas Marias/Marias – Fateiras do nosso sobrevivente Araçagi que nas tardes de sexta-feira cantarolavam em suas margens enquanto lavavam seus “fatos” vendidos no dia seguinte na feira livre da “Esperança”.
Tais quais as lavandeiras do romântico Tejo, do imortal poeta português Fernando Pessoa que também foram vítimas dessa famigerada pantera austera.
Não obstante, só depois de crescidos convivemos com esse mal.
Todavia, só há um lenitivo para a cura desse Mal Agouro que assola a humanidade. Renascer... Deveras renascer.
Será? Ou quem sabe se espelhar nas Marias/Marias do Araçagi ou nas lavandeiras do Téjo que além de lavarem seus “Fatos”, deixavam fluir naquelas águas correntes seus tédios para aflorar a vida.

Inserida por NICOLAVITAL

⁠A poesia crônica que consegue sentir o Brasil
Mapeando o alcance das palavras, a quem nelas dão patadas, uma pena, pois é uma sinfonia, engloba razão e poesia, veja essa crônica, literatura dolorida e um pouco de fantasia, mas no fundo é real, profunda e sem demagogia, minha, eu, a poesia alcança as chibatadas sofridas, escravos modernos e das antigas, o índio e sua delicada situação desde primórdios começo então até hoje, sinto, grito, sofro, o Brasil estuprado, meu povo, o drone mais poderoso não consegue alcançar, biometria que não explica nenhum DNA, o que dizer dos rios volumosos e das ingazeiras, genipapos, tudo se transforma, o trem bala, o esgoto a vala, o podre tietê que nenhum político quer saber, Tóquio, Veneza, Paris, meu manjerona, deitado na lona a cicatriz, de lembrança e lambança que a elite empina o nariz, e minha poesia grita nesse silêncio, que a letra vem formar, o propósito, o sonho, se ando em rebanho, sozinho não sei falar, mas o que se sente , não pode ser indiferente, que o amanhã nos permita e ensine a lutar.
Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

⁠Consultando a consciência
Porque?
Eu escrevo poesias, frases e crônicas.
Coloco gente, Sentimentos e diretrizes.
Não sou eu a espada da justiça.
Mas estou a ferir alguns narizes.
E eu?
Bem.
Demorei tanto tempo para perceber.
Que falho diariamente com meu próximo.
Não reconheço meu pecado.
Até que confesso.
A Deus eu peço.
Mas a morte da paz é viva.
Sacode minha mente.
Mostra me toda minha covardia.
Deveras um medo anormal.
Aceitar que tire meu sono.
Eu bebi uma temperada.
Da inconsciência.
Da vaidade.
Da intransigência.
Se faço cobrança de mim.
Porque a esperança grita.
Do conserto.
Do resgate.
Do que posso contribuir.
Meus filhos e meus irmãos que sejam.
Mão de obra barata.
Mas no peito e no jeito ninguém mata.
O orgulho sagaz da integridade.
Uma riqueza de caráter.
Onde a voz terá liberdade.
De não se por escravo.
Vejo esse retrato.
Pois onde se caminhou e não viu.
Escasso está a consciência do Brasil.
Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

Crônica O VÍRUS QUE CONTAGIOU

O silencioso casal conversou.
O desligado amigo ligou pro outro.
Os vizinhos do prédio se conheceram.
Deu saudade da família.
A gentileza contagiou.
A fé se fortaleceu.

E de repente um isolamento social aproxima os que estavam distantes. Pessoas. Sentimentos.

Reconecta.

Nos faz refletir vulnerabilidades.
Nos faz pensar a empatia.
Nos faz valorizar a vida.

Mas, sobretudo, nos faz enxergar:

dentro de casa,
o outro lado da moeda (capitalista),
adentro.

Hoje você cuida de si.
Hoje você cuida dos seus.
Hoje você fica em casa.

Num amanhã a gente se abraça.

Cuidem-se!

Inserida por mtacarvalho

Primeira crônica


Neste dia, eu estava muito feliz porque eu estava indo ao museu de arte do Rio de janeiro no meu oitavo ano, no dia eu não consegui nem dormi de tanta ansiedade, mas eu não ia sozinho, eu fui com minha cunhada, pois eu não podia ia sozinho.
Quando eu terminei de me arrumar fui direto para o colégio junto com a minha cunhada e logo que fui pisar na rua achei 5 reais no chão, não tinha ninguém e pensei durante uns minutinhos de quem era esse dinheiro, bom como eu era um menino bonzinho, deixe-o no chão.
Como o colégio era perto da minha casa, nós fomos a pé, e chegamos em 10 minutos, cheguei lá e muitos dos meus amigos de classe perguntaram se a minha cunhada era meu irmão e disse que era minha cunhada, bom jurava que eles iriam rir dela, mas ninguém fez um tipo bullying a favor dela.
No ônibus, nós sentamos nos primeiros lugares e ficamos escutando música e tomando café que a gente não tomou em casa, logo chegando na avenida Brasil, eu e meus amigos começamos a brincar da brincadeira de quem roubou pão na casa do joão, e estava tão animada que até o motorista brincou com a gente e ficou rindo a beça.
Chegando lá, o motorista mandou nós descermos um de cada vez, para a gente não cair, enquanto o ônibus partiu, nós tivemos fazer uma fil indiana para que os seguranças do MAR (Museu de Arte do Rio de janeiro) visse nossas carteirinhas de estudante para nós entrarmos.
Logo quando acabou a revistação das carteirinhas, entramos no museu e vimos todas as obras de artes dos pintores, como eu era tão fanatico pela arte brasileira, eu tinha gostado mais do abaporu, obra da Tarsila do Amaral, nesse dia, nós tiramos tantas fotos que eu já estava tirando algumas no automático.
bom, essa é a primeira crônica.

Inserida por daniel_barboza

⁠Crônicas de um diaristas
Hoje me sinto triste, confuso, decepcionado, perdido, aborrecido e com um alto teor de me recusar a viver. Podia considerar Isto como um diário, mas não é o caso. Diário é para adolescentes que não compreendem nada ainda, não sabem quem são, para onde vão, o que precisam e quais as suas prioridades. Embora haja nisso uma semelhança muito alta, pois ainda sinto estes sentimentos e dúvidas pairando na cabeça e, confundo-me às vezes se de fato passei dessa fase de reclamações e imaturidade, na verdade há fases que um homem nunca passará. Quero compreender a razão disso... Nada que façamos nos fará adultos e responsáveis, somos uma metade de tristeza sem razão, decepção constante e perdas que provocamos. Acho que nesse momento estou mais perto de considerar estas escritas como o preâmbulo de um diário, infelizmente, prova que, há “adolescência em mim ainda, há irresponsabilidade, há perdas constantes, há amor sem conhecer , há ódio sem nunca ter visto e desejo de algo que não terei”. Mas tudo bem!
Quem quiser ler-me como alguém que escreve a um diário, tudo bem, entendo que tudo nessa vida vagabunda, não passa mesmo de um diário.

Inserida por aurio_rodrigues_ar

⁠"CRÔNICA".
Um diálogo com o povo. 1

Eu sei das tuas circunstâncias, da tristeza e da euforia, e dai? Dai sabes caros amigos, o título de democracia, não é teu próprio interesse, aliás não visita teu endereço, quando participas da patifaria.
Submeter, jeitinho, peixada, conchavos, obras mil Brasil, licitação arranjada.
És, e não admito, coparticipadores dessa saga que traz aflito, tá certo, respeito a livre arbítrio, quieto, no âmago do silêncio, grito, não admito.
Reino calado, ninguém escuta meu grito, Deus é nosso lado, não podemos submeter, o opressor é inimigo, fere, aplaca, destoa, constrange, crê, você consegue, eu consigo.

Deus abençoe a todos.
19/07/2022 .. 20:36hs.

Rei: Giovane Silva Santos.

Inserida por giovanesilvasantos1

⁠"CRÔNICA".
Um diálogo com o povo parte 2.

Povo meu, meu povo, destrinchar o ninho de cobras Brasil, quem mexe nesse ovo, inocente tua voz, e, ou muitas vezez algoz.
É verdade, na pele a opressão estabelece, convence e manobra tece, submetes, participam deste campo feroz, esta é a razão que perdes a voz.
Gente ferida, aquecida pelo teor sórdido e descabido, o Brasil é um complexo umbigo, livre e atrevido em vozes restritas, uma elite quer vê las sucumbidas, manifeste sim, pela vida, por Cristo medida, faça dela um ente feroz, cale se o barulho opressor, ganhe ti povo, tua voz.

Deus abençoe a todos.
21/07/2022 .. 20:45hs.

Rei: Giovane Silva Santos.

Inserida por giovanesilvasantos1

⁠"CRÔNICA".
Um diálogo com o povo 3.

Meu povo, povo meu, eis que a liberdade pode ser contestada, embora seja um direito seu e meu.

Liberdade em bradar pela dignidade, pelo espaço a conquistar, a liberdade de cruzar os braços, na medida que seu regaço, veio a fadigar, ser livre seus passos, salve bagunçar, daí a contrapartida algemada, a liberdade pode ser contestada.

O homem pela honra, a mulher pela dignidade de escolha, respaldo pelo livre arbítrio, que seja pleno e sensato o grito, que escrevam seus destinos, quebre o crivo dos desatinos, redija na memória a tua história na árvore da vida, és folha, prisão em uma bolha, sim, as labaredas da bebedice, os prostíbulos vivos a arregaçar, contenha se a não bagunçar, a mente torna se aprisionada, tua e ou a minha liberdade pode ser contestada.

Deus abençoe a todos.
23/07/2022 .. 21:01hs.

Rei: Giovane Silva Santos.

Inserida por giovanesilvasantos1

⁠A CRÔNICA DO AMOR

O amor quando é mútuo, supera todos os limites da humanidade, ultrapassa todas as camadas da atmosfera. Transforma-se em algo inenarrável, indispensável e profano. Amar é vagar constantemente rumo ao paraíso. Entretanto não se enganem, esse fenômeno se desfaz. Pois a privação mundana é inerente ao egoísmo que promove a emulação. Assim todo encanto, e toda aquela beleza cósmica transforma-se num caos. É assim que o amor morre, porque ele só é perene quando é regido pela confiança e na cumplicidade sem fim!!!

030822III

Inserida por J6NEMG

SER MÃE (crônica)

Ah, tá bom! Então eu sou mãe, a querida, delicada, que ama incondicionalmente ( in-con -di-ci-o-nal-men-te), que faz a comida preferida de cada filho, vai ao mercado, àquela feira lá do bairro nos confins para comprar a pamonha mais gostosa que seu querido adora.

Faz cara de paisagem quando ganha um presente que não gosta e já tem certeza que não vai usar, mas não demonstra, senão a doadora pode se ofender. Compra roupas pro marido, mas tem que ficar dando dicas para ver se adivinham o que ela está “precisando”.

Faz um esforço danado pra se entender com a empregada, que por sua vez é mãe até com mais filhos, contrata jardineiro, eletricista, encanador e ai se algum deles fizer serviço porco! Importante, jamais pode bater o carro ou levar multas.

E por aí vai o rosário de penas que vou desfiando... pronto, já me distraí, isso é um trecho da música que a Amalia Rodrigues cantava, mas ninguém me deixa ouvir porque é chata e das antigas - de novo mãe, ah não!

Ah, sou mãe, o pilar da casa, mas eu nem comecei do começo, quando nascem os filhos, pediatra, vacina, escola, virose, aniversário do coleguinha, [......] colegial... dá licença, vou pular esta parte minha, a fase é deles, só mãe sabe.
Pulei, esqueci, nem sei mais quantos anos foram!
Onde eu estava mesmo? Sim, na família já formada, filhos grandes; vem os empregos, casamentos, genros, noras, netos...abortos...(doi, sempre dói de novo)

Alguém deve estar pensando, onde ela quer chegar com essa conversa, tudo igual, conheço esta história.
Aí é que está a questão:
Você que conhece esta história então me escuta. Mais...me ajude a contar tudo, não saia de fininho, somos iguais, não somos?

Dando continuidade, antes que citem a famosa frase - Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães, preciso fazer várias perguntas, questionamentos que não consigo solucionar sozinha. Você também não consegue! Vamos?

Aí a mãe faz o que pode para agradar a família, aguenta desaforo, vai perdendo os abraços, a beleza, a agilidade, surgem as artrites, com o colar de ites que o médico diz que é da idade, o pior, os “ais” verdadeiros e os costumeiros que ninguém quer ouvir.
Sem contar com o celular lindo de seu filho que ele lhe dá, bem intencionado, quando troca por outro bem melhor, e você não sabe usar bem, porém eles não tem tempo para ensinar. E tem aquela blusa que você ficou namorando na vitrine, quando criou coragem para comprar, chega em casa, vem a filha - ai que linda mãe, posso usá-la hoje? Aiaiai...

Não posso me esquecer: “mãe é a rainha do lar”. Fala agora, o que ela faz com o peso desta coroa enorme que colocaram em sua cabeça?
Como desfazer-se dela para aliviar os conflitos que ficaram presos pela força que ela engrenha comprimindo seu cérebro?
E os seus sonhos, seus medos, suas loucuras, seus tédios, seus planos interrompidos pelas diarreias caseiras?
Tem aquele filme que ouviu dizer que era ótimo, mas quando deu fé, já tinha acabado a temporada?
Onde será que ela guarda estes afetos, desafetos, inquietações, lágrimas de
banheiro, insônias, segredos íntimos, remédios sem receita, unguentos que a vó deixou a receita como herança?

Quem tiver alguma ideia, por favor me elucide, porque, como você, faço parte deste emaranhado de responsabilidades que a sociedade colocou em minha vida, sem perguntar se eu iria aguentar.
Por mim, eu colocaria tudo num baú (decorativo, para que não mexam), junto, um daqueles aparelhinhos de som made in china, com um pen drive tocando sem parar aquela música que me fascina desde o ano passado:
“Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós......”]

melanialudwig - maio/ 2018

Inserida por MelaniaLudwig

⁠Muitas pessoas se questionam: E eu sei escrever uma crônica? Isso é tão difícil!
Nem sei sobre o que falar, não tenho inspiração.
Ah, sei!
Vamos lá!
Você já fez alguma mensagem para seu namorado se desculpando por algo, mostrando-se arrependido? Já fez alguma mensagem de aniversário bem emocionante para sua mãe, com uma linda reflexão?
Já viu aquela cena na rua que te deixou indignado? Que injustiça!
Já observou alguém se despedindo da pessoa amada?
Já observou suas lutas diárias, sua força de vontade, seus medos ou, até mesmo, em algum momento, sua vontade de desistir?! Ou melhor, a nossa!
Já observou que essa vontade passa, as tempestades cessam e depois vem a bonança?
E que muitos dos nossos "eu não sei fazer isso"; "Isso é difícil" acontece pela falta de uma antítese. Ouse trocar o não pelo sim, o difícil pelo fácil. Ou ainda, fazer valer a metáfora "abra a porta do seu coração e mantenha-se firme a ela, Se os ventos chegarem, resista! Isso fará a diferença e verá que sua perseverança te levará longe".
E olha que coisa perigosa. Acabo de fazer a crônica, só para mostrar que cronicar é como vivenciar fatos do cotidiano, colocando-os no papel, fazendo rir ou chorar, com o poder do linguajar.

⁠CRÔNICA: OS RICOS NÃO AMAM

Os ricos não amam, eles copulam com a perspectiva da procriação, além de saciarem o ensejo libidinoso intrínseco dentro de si.
Por isso, eles não sofrem, porque não lhes faltam quase nada. São todos detentores do dinheiro, da auto estima, do prazer, do reconhecimento social, até mesmo da capacidade de praticar a indulgência.
Lhes faltam quase nada: Só o amor!!!

151222

Inserida por J6NEMG

⁠Crônica da lealdade

A lealdade é algo que nutre o relacionamento,
Como a seiva que alimenta o caule, este que produz os ramos, ramo que retribui com a flor!
Assim é a lealdade, a verdade e o amor.
A flor gera frutos, os filhos vem do amor!
Os frutos produzem a semente
A verdade fortalece o amor.
As sementes que serão histórias ...
O filho? Este é o mais puro presente do amor.
Afinal! O que é o amor ?

181217

Inserida por J6NEMG

⁠..........Crónicas de Adonis Silva.........

Assinatura do desconhecido
O vento passa,deslumbrante alterando o nosso penteado,sinto,apenas a brisa ultrapassando entre o meu corpo
Neste sítio, eu espero,aguardo tudo a que tenho direito
Olhando para os lados e para trás,difícil de descrever,apenas o meu olhar se concentra em algo que quis sempre captar
Deixo a alma absorver este silêncio
Sei que as minhas retinas se abrem ao desenrolar de um sorriso estampado neste céu
Aguardo
Escuto
E simplesmente me concentro em estar vivo,desfrutando,apenas em silêncio,saborando que este céu estique as suas mãos e o sinta abraçar,e sentir o seu aconchego até ao coração
Sou um condutor de imagens,sou quem faz o caminho, sou eu o intermediário capaz de fazer chegar o oculto á realidade....
Assim respiro....
( Adonis Silva )☆

Inserida por flavio_lindermann

⁠⁠A crônica da curiosidade

Aos trinta e um dias do mês de julho de dois mil e dezenove, um helicóptero sobrevoava aos redores da escola e eu esperava meu esposo, que havia acabado de me ligar dizendo que o trânsito estava tumultuado. Sentada em minha cadeira giratória estava em silêncio quando de repente a curiosidade:
- Já bateu o sinal, você não vai embora? Indagou a diretora.
- Estou sem o carro hoje. Respondi - lhe. Ela como se quisesse dar - me atenção começou argumentou se eu estava igualmente a ela:
- Como assim? Questionei.
Ela continuou e dissera que estava sem o carro dela e que no último dia dezenove havia se envolvido em um acidente na avenida São Paulo - Rio. Um senhor portando de muletas atravessava a rua à frente de um carro na frente ao dela. Ele freia bruscamente e ela bate e vai parar num poste, um carro que vinha atrás, sem ter como desviar bateu na traseira do carro dela. Outros carros foram batendo, ocasionando um efeito dominó. O carro dela havia dado PT. Ouvi curiosamente o relato que ela fazia e acrescentei algumas perguntas se houvera vítimas, se estava sozinha. Na graça de Deus nada lhe acontecera, exceto o susto e uma dorzinha no peito. Depois da narrativa disse - lhe que sorte que não se ferira. É. Disse ela e foi embora. Eu ainda a aguardar meu esposo, fui ao banheiro, depois peguei a minha bolsa e fui aguardar no portão da saída. O helicóptero ia e voltava. A vice diretora da tarde e a coordenadora estavam lá e comentaram que deveria ter acontecido alguma coisa, se eu estava a par.
- Não, mas sei que está tudo parado na avenida Ítalo Adami, meu esposo ligou e disse que está preso lá. Argumentei. Logo meu esposo chegou e ela disse:
Se tiver novidade era para contar para ela, mas meu esposo não sabia, então eu nada disse. Entrei no carro e um senhor estava junto, apenas cumprimentei e seguimos ao som do helicóptero que sobrevoava ainda o local. Soube que o homem era o funileiro que fez um reparo no arranhão de nosso carro, ocorrido em uma rua em Caraguatatuba. Uma moça simplesmente veio em nossa direção batendo a bicicleta do lado da porta do motorista. Desequilibrou - se. Prestamos socorro, mas fora somente um susto. Ocorreu no verão do ano passado. Deixamos o funileiro próximo a padaria e voltamos ao local do trabalho de meu esposo, para pegar nosso filho que havia ficado no salão de cabeleireiro. Nosso filho entrou no carro e meu esposo foi pagar o corte: R$ 45,00, cabelo e barba. Mas, por curiosidade lá ficou por dez minutos e voltou com a seguinte narrativa:
- No posto em frente à escola Nova Itaquá, um funcionário do posto estava trocando o óleo de um carro, estourou o compressor e a plataforma desceu esmagando o funcionário. O helicóptero sobrevoava para transmitir ao vivo na televisão.

Inserida por marialu_t_snishimura