Cronica Escolas Gaiolas Escolas Asas Rubem Alves
Algemas
Triste ecoa o pássaro veloz
enjaulado asas condenadas
no cárcere seu canto lamenta
coração silente regido por algoz
sonha com suas presas afiadas
rasgando nuvens sem tormenta.
Anúncio da presença de Deus
cativo a liberdade pressente
passivo espreita a hora do adeus.
A espera do impiedoso ausente
a voz do silêncio será ouvida
grita o pranto que nele habita.
Silêncio! Um pássaro cantará
se liberto num dia de felicidade
asas tem para seu vôo alçar
a voz de Deus o algoz tocará
num momento de sobriedade
liberto ecoa o mais belo cantar.
(Bia Pardini)
Asas
Meu coração tem pressa
acelera os momentos
o passo mais lento
peço um tempo
Meu coração tem pressa
rouba-me o ar
descompassado
faz-me silenciar
Meu coração tem pressa
aciona as asas
esperança finda e confessa
que não atrasa
Meu coração tem pressa.
o ritmo acelera
até tropeça
nem pondera
Meu coração tem pressa
um tempo é o que peço
sinto a ameaça
e me despeço.
(Bia Pardini)
Cortaram minhas asas...
Eu era livre, sonhadora, romântica
e me apaixonei...
Achei que era amor
Mas era ilusão...
Não queria acreditar
Insisti, aceitei migalhas...
Fiquei, me tornei mãe...
Achei que agora ele
Fosse me amar...
Mas ele cortou minhas asas
e me prendeu
Junto com meus dois passarinhos
E eu fiquei lá pressa por eles
cuidei, amei me sacrifiquei...
Tentei reagir muitas vezes
e me libertar
Mas era agredida
fui ficando cada
vez mas fraca e
mesentindo incapaz
Perdi minha identidade
Foram anos assim...
Mas mesmo pressa
no sofrimento na dor
Não deixei de cantar
Meu louvor chegou a Deus
Que veio ao meu encontro
Nos socorrer,
Curar minhas feridas
Nos libertar...
Ele me disse:
Te dou novas asas
Asas espirituais
que nada , nem ninguém
Poderiam tocar.
Venha! Não tenha medo.
Eu vou te segurar.
Vc é livre para voar...
A
Um ser ideal
E o ser humano.
As asas foram.
Deixam me meio
Um questionário.
E os amores
As vezes esvoaçantes
Planam me. Ser só.
B
Um ser só.
E o ser esvoaçante.
As asas e os amores foram.
Deixam me
Um meio de questionar.
E os amores
As vezes humano
Planam me ser ideal.
C
Deixam me as asas esvoaçantes.
Planam me as vezes os amores.
Um questionário humano.
Ideal é ser meio só.
Luiz Carlos Coelho (Calíu Oh)
#ASAS
Reparto-me entre as flores...
Entre as folhas caídas ao chão...
Sopradas pelo vento...
Sem destino certo, ao léu...
Reparto-me entre as estrelas...
No brilho do luar...
Que clareia minha estrada...
Para eu poder passar...
Reparto-me entre as taças de vinho...
Em olhares de encontros inesperados...
Entre sorrisos...
Em tudo que sinto...
Tudo me envolve...
Sonho a sonho...
De minha alma a vida foge...
E o que mais posso esperar?
Quando assim me divido...
Crio asas para voar...
E as asas que Deus me dá...
Feliz, fazem-me mais sonhar...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Mente ativa e você...
Junto comigo baby ,buscando asas para voar
E a liberdade para sonhar
Enfrentamos todo o horror
E juntos para sempre seja onde e como for
Aonde você for
Seja com quem e como for
Mas isso Baby ,se você comigo for
Além do corpo e como loucos
Vivendo tudo isso que é para todos
Asfaltamos nossa própria estrada
Um brinde ao novo
A toda nova criatura
Segure firme baby ,
Nos corremos sem parar
Sinta o vento limpando a fumaça no ar
Avisa aos outros ,isso nunca mais irá acabar
Minha querida butterfly...
Suas asas são tão belas
Seus olhos são minhas janelas
Adoro o lindo colorido delas
É tão leve ,livre e solta
E eu mais pesado que o ar
Queria prende - la para sempre
Mas não serei o teu carrasco
Sou só mais um
Por teu esplendor apaixonado
Mas eu fico morbido ao teu lado
És Diana
Minha Diana Butterfly
Beijos que inquietam o meu ser
Tão reluzente meu caminho é você
Metade noite ,metade um lindo amanhecer
E o vento de suas asas
Refrescam -me e acalma
Toda a agonia que eu sentia
Não coleciono mais
Você me basta ,eu encontrei A que é mais rara
A mais bela meio Bruxa
Meio fêmea ,meio fada
Eternamente minha borboleta
Então Diana, Minha Diana Butterfly
Seu colorido irradia os meus dias
Contemplando todo o meu ser
Mas posso apenas ficar te olhando
Contemplando a beleza única...
Oh minha Diana Butterfly
Triste pássaro negro,
Já o vi mais feliz a ponto de rir.
Outrora batiam forte suas asas,
Hoje velho corvo, nem sabe voar!
Triste pássaro negro!
Com ansias por uma vida cruel.
Ovelha desgarrada! anda dissoluto;
E com olhos de pássaro triste.
Triste pássaro negro!
Teu olhar traz o presságio
De uma violenta dor abstrata,
Triste pássaro negro!
De dor em dor, anda sem amor
E pairando sobre a desgraça.
O Aviano após ganhar asas voa sozinho;
Mas com a esperança no peito;
A esperança de encontrar outro Aviano.
Que homens são esses;
Que olham para um túmulo;
E veem crianças morrendo nos guetos;
Da felicidade prazerosa;
De estriparem os túmulos dos camelos e leões;
A certeza é de que nunca estaremos certos.
Dormindo -
A escuridão de uma longa estrada
Onde apenas o eco do bater das asas de Um louva-a-deus me acompanha
A lua se arroja pelas nuvens e manda um sinal
Quando, assim,
Numa sucção em vórtex
Ao ritmo de Chopin
Eu voltava a realidade;
Acordado -
O reflexo do sol sobre a água atrai minha atenção
Me disparo
E mergulho até o fundo do mar
Direto nos seus lábios,
Onde me encontro com a paz
“Asas de cera, a certeza da morte e o sonho de Ícaro"
Ô vida arriscada, nossa quanta besteira, viver sonhando com a morte, sonhando em tocar a Estrela.
Estrela, linda Estrela, Estrela da minha cidade, arriscaria perder as ceras das minhas asas em busca de reciprocidade.
Estrela, bela rainha, se as ceras que colam as asas dos meus sonhos, suportassem só por segundos o imenso poder dos seus raios, arriscaria sonhar mais alto e nessa peça protagonizar.
Estrela, voar em direção aos raios, que chamo de braços, mesmo significando a morte, seria um prazer eterno, mas vivido em apenas segundos.
Chama-me Estrela, mais vale ser pulverizado pelo calor de suas entranhas do que viver no labirinto, onde as pedras dizem me amar.
Deixe-me queimar a cera das minhas asas e morrer feliz.
Estrela, há prazer em olhar para ti só de relance, ou através da parede de desilusões, pois o humano pode viver sonhando com o céu, é direito, mas não pode experimentá-lo ainda vivo.
Oh Estrela de beleza única e existência infinita, me perdoe em sonhar tocá-la, logo eu que tenho os dias possíveis de serem contados com as mãos,
Chama-me, quero ser dissolvido pela poeira do tempo, só por pensar em uma aproximação, mas, alegre em saber que se fosse possível tal acontecido, seria aceito.
Chama-me Estrela, os dias estão passando!
Se me chamar Estrela, ou quando o fizeres, e as ceras das minhas asas derreterem, isso, antes de atingi-la,
permita que o odor das minhas penas, queimadas por seu calor, se aproximem de ti, a ponto de confundir a quem pensar sobre o assunto,
não permitindo entender se foi meu cheiro que chegou a ti, ou seu raio que me tocou.
De qualquer jeito morrerei.
Sorte minha, Estrela, no labirinto mundano onde as pedras interagem, resta-me o risco de queimar as ceras das minhas asas na pretensão de a encontrar. Olha pra mim Estrela, pois a morte é certa.
Estrela, brilho da minha vida, não fuja, fique onde estás, pois quando as nuvens se interpuserem entre mim e ti, quero apenas a certeza que a conheci, e que você não está longe, está ali.
Sonhar é como ter asas de cera, se o destino não for bem traçado, não nos leva muito longe, ainda mais se o objetivo for o sol com apelido de Estrela. Mas porque não sonhar se a morte é certa?
Estrela seu mundo é frio, mas cheio de eventos diferentes, chama-me para aquecê-la, espero que minhas asas aguentem. Mesmo assim, ainda morrerei.
Estrela, seu amor é a cicuta que aspiro tomar, tudo pelo prazer de saber que, se ingeri-lo, morrerei, mas, se afastarem de mim esse cálice não sobreviverei.
Minhas pernas foram arrancadas
meus braços jogados de lado
Minha língua decepada
e minhas asas mutiladas
Eles removeram meus olhos
Cobriram meus ouvidos
Nem mesmo mais consigo emitir meus gritos
Eu sinto raiva
Eu sinto mágoa
Eles levaram tudo
e não deixaram nada
Desde aquele dia
vago pelas ruas sem rumo
Abaixo a minha cabeça
e observo meu peito
Não há nada aqui
Somente um espaço vazio
Um grande buraco
sem dor, sem nada mais
Agora eu sinto somente paz
Natureza Morta
A natureza morta
Viva no teu olhar
As asas cortadas
O céu a se despedaçar
As vozes estão caladas
Não há porque lutar
Nós somos lembranças
De um passado
Que ninguém vai lembrar
E a velha canção de guerra
Não irá mais tocar
Você se apaga
Antes mesmo de queimar
O destino está traçado
Ninguém pode mudar
As cartas foram marcadas
No nosso jogo de azar
Esse deve ser o fim
Mas você disse que não acabaria assim
Esse deve ser o fim
Você continua o vazio dentro de mim
E a velha canção de guerra
Não irá mais tocar
A chuva lava
Mas não pode te salvar
E a natureza morta
Volta pra se vingar
De tudo o que fazemos
Ao invés de amar
SENHOR DE MIM
Quando você aparece...
Meus pensamentos criam asas quando vejo esses lábios lindos, e voam ainda mais alto quando você me fala palavras doces...
Olho através desses olhos brilhantes em tom café, e me perco em um mundo fantástico onde você é o senhor dos meus desejos e eu sua rosa menina, entregue em seus braços para me fazer mulher.
Sua pele macia, seu perfume, suas mãos... por um momento me roubam as palavras e sou incapaz de descrever o que eu sinto.
Te desejo e te quero cada vez mais. Ainda que as palavras me faltem, meu corpo confirma.
Ouça o chamado
permitir-se à loucura é o dar asas onde a razão nos condiciona à um arrastar-se pesado em um chão aparentemente seguro, mas que logo tal peso no arrastar de cada passo fará com que os pés sangrem
neste chão "seguro", o choro evitado, a dor que não chega, a tristeza que se mantém ao longe, são apenas abreviadas
não há viver e sentir no Amor que tenha chego ao nosso conhecimento que não tenha nascido através da loucura de desprendendo-se de toda a razão dar asas a si mesmo quando tudo que se vê é a impossibilidade de voar
e mesmo neste céu imenso contemplando nuvens que não deveriam ali estar, nuvens de chumbo que não caberiam em nosso céu, que se nos chocarmos com elas inevitavelmente cairemos abatidos, no entanto, na loucura a que nos permitimos se nos faz acreditar que o bater de nossas asas a seu tempo afastará para longe tais nuvens de chumbo não permitindo que nos toquem, e por acreditar tão fidedignamente, assim acontece
sentimos, ouvimos nossas asas batendo...
tememos, imaginamos um choque nas nuvens de chumbo...
há um chamado ào céu da liberdade através da loucura do sentir
há um chamado à permanência do chão da segurança através da racionalidade do medo..
Homem Águia
Vá Poeta voador,
Vá...
Suas asas são longas,
Ainda existem muitos continentes para tu explorar.
Oh ! Homem Águia,
Asas te dou para o teu inspirar,
Terra,
Oh! terra infinita,
Campos, jardins e lavouras,
Rios, mares e oceanos,
Vá contra a maré,
Nas plumas do tempo perdido,
No primor da cada imaginação tua,
Faz questão de elevar o teu olhar,
Nas poesias e canções,
Você chora sem querer,
Pássaro do vento,
Vai misturando e compondo,
Com as nuves na tua ilusão,
Candeia tu e também o poema ave pequena,
Na fúria da canção emoção,
Nos sonetos grafados por ti,
Sempre terá uma pedaço do teu coração,
Ave sem ninho,
Voa alto e baixinho como um solitário passarinho,
Rasga o teu pensamento,
Deixe vazar os tormentos,
Pois no outro dia você chegará,
Para expor o que te donima,
As sentinelas da tua vida nunca se apagam,
Se algo te maltrata agora,
Amanhã tudo passará,
E as lágrimas tu devoras e joga fora...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Asas quebradas
amontoei escritos
de versos diversos
todos rotos
e sem rimas
fugi para as palavras
em busca de habitat
no âmago do verbo
Amar
quem sabe no verbo
possa te encontrar
me ver livre da prisão
de mim mesmo
onde as asas que
me deste no sonhar
se quebraram
por não te encontrar
e agora me arrasto nos corredores por entre as celas da solidão..
VoAndo
No meio das minhas dores, desde tenra infância, eu fingia ter asas, pensava que era capaz de voar dali, e abandonar os seres terrenos que me machucavam.
No passar do tempo, no muito alçar vôos, enfrentar tempestades, perder penas e afiar as garras, meu ser voador preferiu as alturas. No alto era mais fácil bater as asar e ver despencando dissabores, traições, e deixar cair da plumagem as lágrimas contidas, as cascas das feridas, e lá esperar cicatrizar as carnes rasgadas pelas pedradas.
Aprimorei os sentidos, no alto.
Aprendi ver melhor, conviver com os infortúnios, e seguir o fluxo da ventania para relaxar.
Tracei rotas para as fugas, conheci desfiladeiros, grutas e cavernas, sempre mirando do alto, almejando o pouso certeiro, longe das presas, trazendo no bico cura para os doentes, liberdades para os cativos, carinho aos solitários, alegria para os tristes...e para os abandonados, que caminhavam a esmo, ensinava voar comigo, já que pleno vôo, o câncer não podia nos alcançar. Nem incredulidades, falta de fé, falta do amor.
Em liberdade de vôo, minha melhor companhia chama se milagres!!
G.M.
ALGO MAIS
Deixe de esperar dos outros a felicidade que você quer sentir. É preciso abrir as asas e tentar voar. Não importa de onde você vai tentar, começa que tudo vai dando certo. Seja sempre você a parte mais interessada em fazer acontecer. Faça o que é possível sem atropelos e do melhor jeito. O que se busca a qualquer preço não se consegue por inteiro, e o que se tem pela metade não significa felicidade. Viva para ser feliz sem diminuir a alegria de ninguém e acrescentando sempre um pouco de novidade na vida de alguém. Tente um sorriso bonito por mais difícil que seja o momento atual da sua vida. Quem tenta, insiste e não desiste consegue sempre algo mais (Nelson Locatelli, escritor)
Látex
Sentado,
Me vejo um passista onde não tem samba,
Me vejo uma ave no céu sem asas,
Me vejo numa escola onde a presença dos professores são as mais altas ilusões,
Me vejo nas ruas sem caminhar,
Me vejo no deserto onde não tem areia,
Me vejo no rio navegando onde não sei onde irei parar,
Me vejo no mar aberto e olho para os lados e vejo ilhas neutras sem vidas,
Olho para as indústrias onde não tem funcionários,
Olho para os projetos,
Vejo uns tão bem elaborados,
Vejo sede e fome,
Vejo pessoas desempregadas,
Vejo mães fazendo filhos,
Vejo avós em desespero,
Vejo crianças querendo brincar e o parquinho que era para ser para todos,
Apenas os mais ricos podem participar,
Vejo escolas particulares,
Umas com a folha de pagamento á naufragar,
Vejo instituições de fachadas,
Secretarias por vaidades a prosperar,
Vejo talentos desperdiçados,
Longe da mira dos que podem ajudar,
Vejo alimentos desperdiçados,
E não custa nada para alguém doar,
Vejo a Internet,
Parace fios eletromagnéticos que se ligam em nossas residências querendo algo nos roubar,
Vejo a mata tão bela e verde,
Um equilíbrio da fauna e flora a se degradar,
Vejo vielas e esgotos,
Sem alvoroços ficarem sem soluções,
Levando doenças e fazendo vítimas sem ninguém isso olhar,
Vejo o que meus olhos me mostram,
Vejo e começo a pensar,
Penso e analiso,
E é analisando que continuo a enxergar,
Vejo lixos e moscas,
Seria bem mais fácil se todos se dedicassem a não jogar tanta sujeira por um mundo melhor,
Vejo também rachaduras no caule,
E essa árvore somos nós mesmos,
Alguém nos feriu e poucos viram e sentiram,
E nessas rachaduras o látex não para de escorrer,
Por enquanto é somente um látex,
Quando tudo se transformar em borracha,
Quero ver quem vai escapar......
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.