Coruja
Coruja no Deserto
Conflito ocasional
Resquícios de um dia jogado
Aos ventos do silêncio
No horizonte
Decide envolver
Silenciar, sutileza da alma
Resisti tenebroso horrores.
(...) Você não está condenado eternamente a ser o "Toco da Coruja" descansar, afinal, a coruja é o símbolo da sabedoria, já o toco não tem alma, portanto, logo não tem sentimentos e emoções. Você vai ficar aí esperando a sorte do lenhador derrubar o toco? A VIDA te espera na linha do tempo de braços abertos.
Madrugada fria, lá fora a coruja pia, meu gato aqui dentro mia, no meu peito uma agonia
Pela janela vejo morcegos, nas redes vejo amores cegos, pela tela de meu celular
Pensei em te ligar, mas olhei pro relógio, muito tarde, melhor não incomodar
É, nossa ultima briga foi tensa, o encontro de um tornado com um vulcão, cara, pensa
Quando percebo já e de manhã, fiquei pensando nela, ouvindo blues e Djavan
Deito-me no colchão, celular modo avião, na minha mente só desilusão
A BORBOLETA
Uma borboleta bonita
Parecia uma coruja
Pintada por artista
Nas azas da figura
.
Vinha vinda da Atlântida
Pousou naquele jardim
Soube: era da criança
Que passava o dia ali
.
O menino tinha uma vaca
Ela pousou na Formosinha
O menino tinha uma casa
Ela entrou na casa vizinha
.
A borboleta não queria graça
Com aquele pequeno fazendeiro
O menino não recebeu congraça
Ficou irritado, chorou no travesseiro
- Loren Vencce
"Inelutável é o sentimento. Enquanto pia a coruja na noite, tiritando de frio, eu sucumbo ao teu abraço. Dá-se o milagre: beijas-me. O tempo, impassível, cobiça libertinagens nossas."
Uma coruja veio a mim
Vermelha como rosas
Velha e sábia
Preenche minha cabeça com sonhos e me encontra
Sempre se aproximando
Penetrou direto a minha juventude
Eu aprendi seus modos do vazio e da tristeza, invejei seu senso
Que veio tomar o seu lugar
Mas não precisava de nada que ela tivesse
Não me de amor
Não me de fé
Sabedoria ou orgulho
Ao invés disso me dê inocência.
NOITE
Amo a noite.
Como uma coruja que nos espreita camuflada.
A noite trabalha com o lado mais interno de nossas imaginações.
À noite nos aprofunda.
Quando falamos sobre assuntos que as criaturas do dia desconhecem, conversando sobre filosofias excêntricas e concluindo sobre todas as questões que abalam a humanidade.
Quando comemos aquele lanche magnífico, surpreendente, num “podrão” da esquina, ou mesmo quando um assalto noturno a uma geladeira soa tão divertido e agradável quanto a primeira vez que se anda de montanha russa.
Durante as madrugadas o mundo muda.
Os gênios tem idéias geniais.
Os cientistas descobrem curas.
Os militares decidem o melhor momento para o combate.
As paixões se tornam saudade.
Os desafetos viram passado.
Bons livros.
Boas bebidas.
Diversão sem hipocrisia.
Abajur, meia luz.
Velas, roupas espalhadas pelo chão.
À noite me basta.
Sou da noite, gosto das estrelas, da lua, dos planetas distantes, da possibilidade de avistar uma luz vagando pelo céu estrelado das pequenas cidades.
Dou uma olhada na janela para verificar se nenhum alienígena está disposto a me pegar para dar um rolê pelas galáxias e sem querer, vejo um vaga-lume piscando por entre arbustos da casa ao lado.
Infelizmente não era o que eu esperava, mas sinceramente, eu me sinto particularmente bem essa noite.
Espero que estejam se sentindo da mesma forma!!
Então, até acho que vou ficar para ver o dia nascer.
Pois na noite temos soluções pra tudo!
Coruja, em sua majestosa sabedoria!
Olhos na escuridão, inteligente...
Mistério em filosofia...
Ave, soberana, noturna...
Caçadora exímia...És...
Mistério e soberania!
Contentar-se
É que a mamãe coruja se alegra
quando o filhote aprende a voar
Mesmo sabendo que talvez, um dia,
Ele irá voar pra longe e nunca mais voltar
Contentar-se
unicamente com um abraço,
mesmo quando se quer o todo,
Contentar-se
apenas com um breve sorriso ao longe,
mesmo que se queira por perto a vida inteira;
É o sinal de um sentimento que é feito de verdades.
DESABAFO DE UM PASSARINHO
Oh, inculta Coruja, ave de rapina,
Nascida em luto - parto doloroso -
Para saudar-te ave da escuridão
Esgalhou-se o canto tenebroso
Dos vitrais estilhaçados ao chão.
Oh, triste sina tua vir ao mundo
Com alma cinza, sem esperança...
Teu trilar em noites sem estrelas
São apenas blasfêmias, murmúrios
Chorados pelo nascer da aurora.
Saibas a cegueira que te ofusca
Das luzes, risos e primaveras,
É a mesma que sorve da lama
O horror de tuas dores severas:
Espinhos mortos em chama!
No cárcere das plumas imundas
Da fina neblina que te vestes
Cobres em vão, farsas bramidas:
Mágoas e desilusões reprimidas
No deserto de teus fracassos!
Por que, oh triste rasga mortalha,
Teimas cuspir tua cicuta amarga
Nas águas dos rios que tu bebes?
Por que aprisionas na clausura fria
Turíbulos de flores, germes alegrias?
Abre-te ao mundo feito girassóis
Lanças-te aos crisântemos da vida
Deixa-te entrar a luz, florescer paz!
Pintas em arco-íris os lírios de risos
No mosaico dourado que te cerca!
Afasta-te do vil e ridente anjo caído,
Da podridão mentirosa e desmedida
Da ignorância traidora que te vela!
Deixa-te chover flores de estrelas,
E, ao partires, a saudade te saudará...
... in, Girassóis (di)versos, e outras flores - 2016
CHANURA
Lua cheia sobre as telhas
poço no rio, peixe na fileira
a cumeeira tem lá a sua coruja.
Luz baixa sobre a curva turva
apito de um sentido, sentimentos
grito... Uma falha no tempo.
Se solte, solte a sua vontade
mas não deixe a euforia
entornar as suas verdades.
Nem todo dia é dia de acerto
se segure, segure o seu cesto
não coloque seu plano no espeto.
Antonio Montes
ROENDO UNHAS
Em noite escura...
Urro de lobo
olhos de coruja
vulto nas sombras
figuras sujas.
Em mundo surreal
o medo urra.
Revoar de morcego
cochicho nos ouvidos
na bochecha um segredo
que contasse sem duvido
roendo as unhas dos dedos.
Antonio Montes
O vento sopra devagar
A duna muda de lugar
O amor pleno a ocupar
A coruja aninhada lá
É protegida pela duna
No seu lugar de aconchegar.
O Sol beija a duna
A duna se abre ao Sol
Num verso de amor total
Abre a poesia em festa
Em louvor celestial
É um espetáculo sem igual.
A poesia está escrita
O verso está feito
Ali na duna cuidada com jeito
No intocável ninho da coruja
É sempre o lugar perfeito
A duna cuida do que está feito.
O teu olhar sobre a duna
O teu cuidar do ninho da coruja
O teu amor pelo mar
O teu jeito de preservar
O teu doce sonhar
Escrevem o destino do lugar...
Mujer
Flor de laranjeira
Olhos de coruja
Coração de mãe
Natureza divina
Poeta escurecida
É ela
Mulher
Se o bater das asas de uma borboleta causa o caos, com certeza o abrir dos olhos de uma coruja restaura a paz.
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