Contos Infanto Juvenis

Cerca de 499 frases e pensamentos: Contos Infanto Juvenis

Guarda as declarações decoradas para as menininhas que ainda acreditam em contos de fadas. Comigo, pode vir tranquilo, desarmado, sem os textos decorados desse papel que te entregaram de príncipe encantado. Eu também já me despi de todos os sonhos de relacionamentos perfeitos que a vida me trouxe pelo caminho. Aprendi, na marra, nas caras e nos corações quebrados, que vocês nunca vão funcionar como os príncipes que acordam as belas adormecidas. Depois disso, sempre me mantive bem acordada.
Eu sei seus defeitos. Sei cada um deles. Mania que tenho de observar cada mísera ação das pessoas antes até do primeiro oi. Te analisei enquanto você sorria despreocupado e deixava o sol iluminar seu cabelo castanho. Vi como os traços do seu rosto se suavizam quando sua mãe chegava por perto e descobri no brilho dos seus olhos o que é o amor incondicional. Observei a maneira como você pisca o olho incessantes vezes quando está muito nervoso. E como coça o queixo sem parar quando não sabe o que responder.
Não precisa mesmo saber o que responder. Não quero que responda minhas dúvidas da vida. Talvez, você se veja tentado a questionar o mundo comigo. Talvez você se assuste. Eu sou mesmo alguém cheio de falhas. Tenho buracos em cada partezinha do corpo. Principalmente, no coração. Foram as cicatrizes – no corpo e na alma – que os outros antes de você deixaram aqui. Mas, fica tranquilo, não te quero perfeito. Pode vir cheio de erros.
Vamos nos despir dessa obrigação de fazer o outro feliz. Deixa ali no canto do quarto essa necessidade louca de fazer tudo certo. Eu aceito errar junto. Eu aceito gritos, pratos quebrados, brigas de tirar o fôlego. Basta que você diga que está disposto a errar comigo. E, quem sabe, entre nossos erros, a gente não consiga um ou outro acerto. Mas não te cobro nada não. Meu “felizes para sempre” sou eu que construo. Tô te chamando pra minha vida não pra preencher meus buracos, mas para me dar a mão e me ajudar a tampar minhas feridas. Te ajudo a cicatrizar as suas também, se quiser. E, juntos, rimos disso tudo.
Mas não te cobro nada. Talvez, a gente consiga dar certo. Talvez, a gente acabe, mesmo com uma história bonita. Talvez, você vá embora, talvez eu não queira mais ficar. Mas eu tô aqui, agora: vida e portas abertas pra se você quiser entrar. Porque, sem te cobrar felicidade, sem te cobrar uma história bonita e sem te cobrar amor, talvez, quem sabe, a gente dê sorte e consiga se amar, ser feliz, ter uma história bonita junto. Vai que a vida, o destino, ou sei lá, resolvem dar um empurrãozinho. Quem sabe, até, a gente não se ame até o final dos dias. Até o fim.

Inserida por thaisgama

Eu amava aquele mundo de contos de fadas em que as meninas feias ficavam bonitas, os príncipes salvavam as princesas e as bruxas malvadas morriam no final. Eu queria que as palavras percorressem o mundo todo até me encontrar, até montar uma história que fosse só minha e de mais ninguém.

Puppy Love

Inserida por marylalinha

Em mim nascem histórias contos e poesias
que surgem em solitárias noites quentes ou frias...
Em mim há reflexos de eternas lembranças
que insistem numa triste aliança...
Em mim permanece uma forte saudade
de tempos movidos por felicidade...
Em mim mora uma risonha criança
que desconhece a temida insegurança...
Em mim habita uma mulher forte e guerreira
que contra o adversário faz trincheira...
Em mim faz sol chuva e tempestades
que se adaptam às minhas necessidades...
Em mim nascem flores árvores e ervas daninhas
que comigo convivem em forma de rinhas...
Em mim brotam lágrimas, sorrisos e prantos
que em doses diárias são meus acalantos...
Em mim existem sonhos quase intransponíveis
que me fazem crer que tudo é possível...
Em mim encontro uma alegria constante
que não deixo escapar por nenhum instante...
Em mim existe um amor que extravasa emoção
que a quem eu amo entrego de coração...

Inserida por MelaniaLudwig

Realidade

Acho que nunca acreditei em contos de fadas
Sempre fui uma pessoa realista, vivo analisando os fatos e buscando o porquê de tudo
Essa reação é fruto da caminhada de vida
Mas o que posso fazer pra ser menos dura comigo mesma?
Queria demonstrar mais os meus sentimentos, dizer que sofro e que preciso de carinho, atenção
Mas as palavras e os gestos são travados, algo em mim se perdeu ou nunca realmente tive
O que sinto é a minha alma inquieta, pedindo socorro, pedindo ajuda ...
Não sei onde quero chegar, só sei que aqui e dessa forma eu não fico!!

Inserida por CamilaDudley0106

Uma outra história...
No meu imaginário infantil povoado de contos de fadas criei a imagem de uma linda princesa de vestido de seda azul com uma coroa de pedras preciosas na cabeça. Ela trazia numa mão uma varinha de condão e na outra um bico de pena com a qual assinou uma lei. A partir de então, seres humanos que viviam explorados e açoitados ficaram livres. O ano era l888, o mês era maio (mês de Maria). Na escola, esta data era comemorada com festas e a princesa consagrada , redentora era a heroína. Não me lembro de ouvir nessas comemorações o som contagiante do samba ou o ritmo cadenciado do berimbau marcando os passos de Capoeira.
Naquela época eu acreditava que realmente a assinatura de uma lei houvesse transformado homens e mulheres africanos (as) ou descentes de africanos (as) em seres livres da dominação e exploração. Fui crescendo...
Minha adolescência inquieta fez com que eu começasse a questionar os contos de fadas. Muitas perguntas, poucas respostas...Por quê a madrasta é sempre má? Por quê o príncipe herói é sempre loiro? Por quê o corcunda, o caolho e o “coxo” são os que traziam prenúncios do mal? Por quê a princesa tem a pele branca como a neve e os cabelos como anéis de ouro? Por quê o Saci Pererê é negro e ainda tem uma perna só? Por quê?????????
Procurei respostas .Algumas encontrei em livros que nunca foram lidos nas escolas. Outras fui sentindo, percebendo...O olhar e o peso do preconceito e da discriminação que perpassaram a minha vida foram me ensinando também a obter algumas respostas...
Sofrendo cheguei à maturidade, consciente da ideologia de dominação que manipula a cultura brasileira. Ideologia que construiu valores hipócritas numa gama da sociedade. Ideologia que (des) construiu pessoas que negam sua origem e exaltam “os cabelos de ouro e os olhos claros como o céu”. Ideologia (re)produzida nas práticas (des)educativas. Ideologia que criou a vergonha de ser diferente.
Vivo hoje um outro tempo. Saboreio gostosamente a palavra liberdade. Em cada minuto “Cronos” de minha vida descubro a sensação prazerosa do minuto “Kairós” infinito.
Descubro outras histórias, de príncipes e princesas de pele negra como o ébano, belos homens e mulheres livres no solo africano, aprisionados em terras brasileiras, trabalhando de sol a sol nas lavouras de cana de açúcar e de café. Homens e mulheres produtores da riqueza do nosso país.
Sob a orientação de um Governo Federal, construído com o sonho de dignidade para todos os seres humanos, negando todo tipo de discriminação, o resgate da identidade do povo brasileiro vem rompendo com muitos modelos cristalizados e camuflados de racismo.
Aquela princesa, ao assinar a Lei Áurea e não assegurar qualquer tipo de oportunidade para o negro e a negra se integrarem à sociedade, legalizou a exclusão e a discriminação racial.
Muitas vezes pensei em esquecer o 13 de Maio, mas é impossível porque ele é carregado da dor de meus ancestrais. Comungo então esta data com milhares de outras brasileiras e brasileiros que neste dia aproveitam para denunciar os crimes cometidos contra os negros e negras que viveram e vivem neste solo brasileiro.
Apaixonada pela minha origem negra, referencio o meu avô Adão Passos negro de luta, que trazia um “mucuta” debaixo do braço, carregada de todo o misticismo do afoxé africano. Talvez fosse ele um descendente das princesas e príncipes, dos reis e rainhas arrancados da Mátria Mãe África para servir a um emergente sistema capitalista e que transformou seres humanos em “coisas”produtivas.
Ao meu avô e a todos os negros e negras resistentes, que construíram e constroem a riqueza social, econômica e cultural do Brasil dedico este poema de minha autoria:
REIS E RAINHAS DA AFRICA
Sol escaldante a
Escorrer sobre a terra
Feita de barro e de bronze
Fragmento de um povo
Sob o tórrido ouro
Do continente-Mãe
Lutas
Sangue
Prisões
Reis e rainhas entregues
A brancos mercenários
Cenários de choro e dor
Partida
Navio negreiro deixa o porto
Navega, navega...
Monstros marinhos
Povoam a mente nativa
Marcados por rituais
De magia...
Outra terra
Outro porto
Sons, tons, cores
Passarinhos cantam
Ondas a bater nas pedras
Cantam novas melodias
Gemidos
Coroas arrancadas
Dialetos misturados
Laços de sangue desfeitos
Dor
Dor
Dor
Músicas pipocam
Nas noites das senzalas
São gritos de guerra
Capoeira
Resistência
Lembranças
DA CORTE AFRICANA.

Inserida por albawatsonrenault

Pelos contos que eu não conto
Dá um desconto ao meu silencio
Não conto dos versos tristes
Não conto da estrela cadente,
Dos girassóis reluzentes
Que reluzem nos meus contos,
Não conto do meu silencio
Pois assim não o seria,
Não conto da minha alegria,
Que não valem nem um conto,
Pelos contos que eu não conto,
Conto pelos e apelos
Só não conto meus segredos
Pelos contos que eu não conto

Inserida por tadeumemoria

CONTOS E DITOS

Hoje vou escrever
Contos e Ditos
O conto é verídico o dito é fictício
Qualquer semelhança é mera coinsidência
Era uma vez uma vaquinha, que se achava uma dama
A dama vaquinha, convivia com vários boizinhos
E vivia infernizando a mulherada, achando que mulherada
Se interessava pelos seus boizinhos
E assim os dias foram passando, dia após dia
Cada dia a vaquinha dama, infernizava uma mulher
Fazia questão de mostrar que estava na cam...
Com um dos boizinhos
Num belo dia, a vaquinha dama foi infernizar uma mulher
Uma mulher que tinha amanhecido, com fogo nas ventas!
Coitada da vaquinha dama!
Clicou na cam, para mulher ver que ela estava com um dos boizinhos
A mulher ficou tão irritada!!!
Mais tão irritada!
Que abriu o canil, e soltou a cachorrada
Na vaquinha dama e no boizinho
Imagina onde os dois foram parar?
A vaquinha dama correu, e o boizinho foi atrás
Coitado já não era um bom reprodutor
O mandaram para o matadouro!
A vaquinha dama, deve estar se passando por boazinha
Logo ela começa infernizar outras mulheres
Achando que estão interessadas nos seus boizinhos
Imagina que absurdo?
Por hoje é esse meu Contos e Ditos
LáFeOli

Inserida por LaFeOli

Estou sem fome da vida,estou desiludido.
Fui enganado pelos contos de cada romance e poesia.
E agora o que eu vou fazer da vida se sou sou mera ilusão do artista?
Sou homem velho e cansado,tenho minha certa idade para te contar.
Meu nome é Guilherme mas não gosto de afeto,tenho muitos defeitos pois a vida me fez amargo e a sim é a realidade.
Pessoas vêm e vão e não me importo mais com isso,pois é da natureza humana ser "mesquinho".
Ainda me pergunto por quê eu existo?! Vai entender o autor que finge ser apenas o leitor.

Guilherme Arantes. Pseudo Autor.

Jefferson Almeida.

Inserida por JeffersonAlmeidaSilv

Tô me sentindo sobrecarregada.
De sonhos não realizados
De contos inacabados
Histórias mal contadas
Lembranças que ferem demais
E de ideias que não saem da cabeça
Nem do papel
De problemas acumulados
De tantos nós ainda atados
De dores que mudam de lugar !
De ver o tempo se escorrendo pelo ralo
E não poder segurar
De ver guerras que não possuem tréguas
Mortes prematuras
Saudades
E a esperança que sempre insiste em me Levantar
Tal como canta todo dia o passarinho na gaiola
Tô cansada dessa fé inabalável que não descansa
Cansada dos cosméticos que não devolvem o tempo
Dos remédios que não curam
De vistorias no DETRAN
De reclames aqui e ali
Do desejo de Trocar as coisas por coisas novas
Mudar de casa
De rua
De bairro
De carro
De TV
Recomeçar . Quem sabe traz sorte nova? !Notícias novas?! Ares novos?!
Sem deixar pra trás quem eu amo e os livros .
Ah! Os livros. Esses abandonei no caminho. Pra pesar menos a bagagem de quem ainda não encontrou o seu lugar
E já não cabe mais onde já coube
Cansada de gente implicante. Provocante.
Cansada de não sair do lugar!
Da vitória secret que não acontece
E das verdades secretas...

Inserida por Serenodeluz

Carta ao falecido

Nesse corredor jaz uma história; sobre ela contos tristes, mais morta do que viva. Mais a dor, que a alegria, tal que foi assassinada antes mesmo de nascer, que por ti foi abortada antes mesmo de parir.
Tal que foi menosprezada em fraqueza misquinha e calculada, tal que despiu teu egoísmo, em face cuspida de avareza.
História que me fez afundar no mar enquanto eu queria nadar, história que apagou meu Sol, assassinou meu sono. História que me desconstruiu e me destruiu.
Diante dessa tempestade que invade…
Espero que o amargo acabe
Que o sono volte a ser prioridade
Espero que a escuridão cesse e que eu enxergue novamente o brilho do Sol.
Espero que as lágrimas sequem no soprar do vento e que meu baleado sentimento seja transcrito e usado da forma mais bonita.
Que os anos passem, que o amanhã seja mais meu.
Espero que essa dor que defunta fez-se eu, defunta faça tu, cemitério ambulante de vida! Espero o mar debruçar no ritmo da correnteza, espero voltar a observar o silêncio, conversar com o vento enquanto em minha pele soprar.
Espero encontrar-me novamente em corredores sinceros, espero gente que saiba do princípio ao fim regar o elo.
Espero gente de verdade, que saiba o valor da palavra e também do silêncio, quando invade.
Espero o brilho no olho e mais ainda o olhar sincero.
Espero gente que ame e se entregue sem prender sentimentos alheios, gente que segue sendo sincero.
Espero corredores verdadeiros, não mais os disfarçados.
Espero reciprocidade e gente que não faça como o Ainda é cedo do Renato.
Espero vida que valha a existência, vida que vive sem o medo de se entregar, vida que respira vida, não apenas este ar.

Inserida por HiastLiz

Eu não acredito no amor.

Eu costumo acreditar
Em contos de fadas,
Em criaturas inexistentes
Em tudo o que me contam
Ou deixaram de contar

Eu acreditei nas promessas
Que a moça ali me fez
Eu já me deparei com muros
feitos para serem escalados

Já vi flores crescendo no cimento
Tantas árvores floridas
Já ouvi e vivi sonhos impossíveis
Mas eu não acredito no amor

Porque o amor, é complicado
Os poetas escrevem, os poetas suspiram
Os contos retratam os felizes finais
Mas, hoje em dia, alguém realmente ama de verdade?

Inserida por Myukii-Yukishiba

POR QUE UM LIVRO?

Porque um livro parece casa
onde habitam todas as histórias
e contos de fadas
e poesias e lendas…

por que um livro tem vida
tem luz própria que brilha
e ilumina o caminho dos que querem
sair da escuridão

Por que um livro é pra ler
é pra brincar… é pra sorrir e sonhar
é pra fechar os olhos e ver o sonho se realizar…

Por que o livro traz emoção
por que ele te tira do chão
Por que não existe sozinho
precisa ler… tratar com carinho

Por que um livro parece casa….
Por que um livro me dá asas
Porque um livro é um tesouro
que enriquece meu coração.

Inserida por marciabello

Minha princesa de contos de fadas real.
Minha filha Theodora Anthoniella Mountbatten, minha filha amada, minha doçura recheada de encantos que fazem meus dias repletos de travessuras encantadas com aromas de vanilla.
Parece um sonho doce cor de rosa com nuvens de algodão doce.
Um doce presente divino que fui abençoada a 3 anos, 3 meses,3 dias e 5 horas, um presente de valor incalculável, um presente que vai além da vida e da morte, um amor de tamanho indescritível, extraordinário e imensurável.
Eu à presenteio com as maiores riquezas do mundo...
Dou à ela um amor que vai além da vida, e ensino à amar.
Dou à ela meu respeito, e ensino à respeitar.
Dou à ela minha dignidade, e ensino à ser digna.
Dou à ela minha honra, e ensino à honrar.
Dou à ela minha benevolência, e ensino à ser benévola.
Dou à ela minha bondade, e ensino à ser bondosa.
Dou à ela minha força e garra, e ensino à buscar suas vitórias.
Dou à ela delicadezas, e ensino à flautar ao falar e ao andar.
Dou à ela diálogos, e ensino à dialogar.
Dou à ela doçuras, e ensino à ser doce.
Dou à ela encantos, e ensino à encantar.
Dou à ela tranquilidade, e ensino à tranquilizar.
Dou à ela alimento, e ensino à alimentar.

Inserida por AlineCairaG

Ela não acreditava em contos de fadas,
E acreditou no que você falava!
A decepção foi tão grande ao descobrir que o que você falava era mais fictício do que os próprios contos,
Que naquele instante ela silenciou.
E guardou suas cartas forjadas junto com os livros de histórias inventadas,
E não mais as leu.

Inserida por IsabelaMota

Chamo-te de bela pelas minhas esferas
de contos românticos, a seus encantos
Em lugares perdidos encontro-te em minha busca.

Seus olhos fechados sempre abrem os meus
Protejo meu cálice juntos aos seus.

Bebo do calor que você me faz
Possuo seus desejos, seu amor.

Linda que me fascina, que me desorienta
Desse jeito eu sei que você não aguenta.

Inserida por ricardoteixeira

Na Europa, nas antigas civilizações, os contos de Fadas constituíam uma forma de entretenimento tanto para crianças como para adultos, contadas principalmente entre as comunidades agrícolas, na época do inverno, chegando a dizer-se que "os contos de Fadas representam a filosofia da Roda de Fiar".
> (Marie-Louise Von Franz em "A Interpretação dos Contos de Fadas"; citada por Bárbara Vasconcelos de Carvalho em "A Literatura Infantil - Visão Histórica e Crítica")

Inserida por alvalux

A real mentira dos contos de fadas

Passamos a maior parte de nossas vidas imaginando que existe alguém no mundo feito para você, seu príncipe encantado ou alma gêmea, mas isso é a maior mentira. Assim, acreditamos que temos a obrigação de casar, ter filhos, formar uma família. Mas na realidade, só fazemos isso para continuarmos mascarando esse sonho irreal, e porque temos medo de ficarmos sozinhos no final de nossas vidas.

Inserida por NarinhaLya

Eu sonho com dias melhores
Onde o amor não exista só nos contos de fadas
E as guerras sejam apenas tristes histórias passadas
Onde ninguém seja dono de ninguém
E das trivialidades não existam reféns
Onde ninguém precise vender sua alma ao diabo
E nem se tornar um invisível na calçada implorando um trocado
Onde quem jurou o povo servir e proteger
Finalmente honre suas palavras e cumpra o seu dever
Onde a voz que grita por mudança por uma questão de consciência
Não seja mais atacada nem reprimida com violência
Onde a liberdade de expressão corra livre e solta
Onde só os beijos nos calem a boca

Inserida por MagaiverW

AUGUSTO BRANCO & MANUEL DE FREITAS

Eu comecei escrevendo contos
- e um contista precisa ter grande poder de síntese.
Mas logo passei a escrever poemas,
e nos poemas o poder de síntese tem que estar aliado
a uma boa melodia.

Mas um certo tipo de texto bastante curto e melódico
que está presente em boa parte de minha obra literária,
eu devo a um exercício ao qual me submeteu meu editor,
Manuel de Freitas.

Antes de publicar meu primeiro livro,
ele tinha a ideia de lançar
uma coleção de livrinhos de pensamentos,
que precisavam ser curtos e bonitos.

Então eu comecei escrevendo mini-poemas com até 12 versos,
daí ele lia e respondia: ainda está muito grande, faça menor.
E assim passei umas duas semanas
tentando chegar ao ponto em que Manuel de Freitas queria.

Por fim, veja que ironia,
a coleção de livros que ele concebeu nem foi lançada
- ele preferiu publicar livros com poemas inteiros
que eu já tinha feito,
mas o estilo que ele lapidou em mim ficou pra sempre.

Inserida por AugustoBranco1

Um menino chamado...

E tentando – ela milésima vez – ter um pouco de ti nos meus contos, percebo que o perco a cada maldita palavra, as mesmas que, por birra ou consentimento, fazem um carnaval em minha mente todos os dias. Percebia então a minha falta de respeito com o destino não aceitando outras linhas tortas no meu caminho, justamente por me adaptar em tua linha, tão confusa, e conseguir me aninhar nela. Desespero, talvez. Ver-te assim, tão vivo, tão morto, tão seco, fingindo prazer no nada, letargia óbvia, consciência adormecida, olhar vazio, consegui distinguir do sonho qualquer zelo que a ti já dedique, qualquer adoração maluca que, por milhas do tempo, me acompanharam feito uma máscara de porcelana. Tinha uma boca na tua boca que não era a minha. Você provou outro gosto, outra espessura. Você arruinou qualquer possibilidade do nosso par – por mais sem sentido que fosse -, e todos os afetos que algum dia pensei em te presentear num embrulho dourado. Eu não chorei, porque, veja bem, por mais que sentisse a enxurrada de lembranças me dando pontapés no estômago, a fuga das borboletas, a vontade de verter tudo que um dia escapou junto com o sol naquele fim de tarde. Apesar das pernas bambas, do caos me consumindo, do impulso insano de sair correndo e não ver, de ficar parada e aplaudir. Apesar da inveja de quem não conheço, do sentimento de sorte por cair à ficha. Eu descobri que eu alimentava um monstro aqui dentro, o alimentava com a tua presença, que num piscar de olhos pareceu morrer. E ao final de tudo eu ainda conseguia sentir pena daquele menino ali tão amedrontado, tão vazio. Ele era só um menino. Ele era um menino tão só. Contemplei a inexatidão dos olhos que há muito me acompanhavam nas mais diversas formas de sonho. Eu admirava o medo transcendendo em silêncio, e posso até ousar ao dizer que eu sentia o cheiro do teu desespero e ele fedia. Compreendi então, num lapso, que não precisaria mover um dedo, encontrar um significado para tanto desalento ou um conforto para a tua desordem. Percebia através da nuvem negra no contorno do teu corpo que tua desconsolação iria te matar aos poucos e você iria seguir se depredando. Sumindo. Virando o pó de uma biblioteca com livros sem história alguma. E até me atrevo a dizer que Gabito Nunes lhe dedicou a frase:“Você mal deve ter uma alma, quanto mais gêmea de alguém.”. Caiu a ficha de que eu não preciso querer o mal de quem faz isso sozinho, sem precisar de alheios.Acho que você vai me acompanhar pra sempre a cada loucura, a cada gargalhada alta. Porque você preencheu um vazio em mim que eu nem sabia que existia, e agora eu me sinto vazia também. Vazia de nós. Depois de tudo, eu ainda te desejo um novo recomeço e uma nova perspectiva. Eu te desejo um infinito mais bonito, mesmo que nunca o tenha visto. Desejo nunca mais te ver de novo. E pode passar quanto tempo for, eu acho que ainda vou te dedicar os meus melhores versos.
Um menino chamado...
Desculpa, mas eu acho nem sei o teu nome direto.

Inserida por AmandaSeguezzi

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