Coleção pessoal de ranish

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Sempre que venho nesse boteco
me sinto na áfrica.
Girafas, hipopótamos...
Uma gazela acaba
de passar do meu lado.

Colírio pro terceiro olho é supositório!

Tem mais água nos meus poros
que esse arremedo de chuva.
Parece que São Pedro não toma mais cerveja.

Na rede.
Entre o coqueiro e o pé de mangaba:
a cidade aos meus pés.
O vento sopra como um sussurro de amor.
Sonoro,
cálido.

Isso ele aprendeu com a égua de meu pai,
lá na barra do piancó.

Meus olhos abriram
como fossem portas de aço.
Sol já alto,
alongado.

Vou cerrar meus olhos
como se faz com a porta de um empório.
Levantei com as galinhas,
hoje.
Agora o quilo me pesará mais.

Agosto: ventos sibilam em rodopios.
Vou falar pro Miroldo trocar
o caiaque dele
por uma prancha de windsurf.

Não adianta escovar a dentadura: seu mal hálito vem do cérebro!

Estômago roncando.
Parece alguma língua estrangeira.
Da cozinha vem um vento
com vapores de assado que envolve
e fustiga.

Água de amolecer o cérebro.
O cérebro virando água.
Aguardente.
A noite se esvaindo
sob o farol da lua cheia.

Como dizia o - finado João Cruiz: 'Meu fii... tem coisa que é mió nem num prusiá'.

Agora a seca que faz aqui me inunda
todos os poros
e também os meus olhos marrons.
Ventos agustinos sopram o diabo.
Dezembro tão longe.

Brilham também os olhos do meu amor.
São de um âmbar dourado, quase meus.

Era noite.
O bóreas não soprava.
O céu de púrpura que estava
parecia uma aurora surreal.
Chovia estrelas.

Como dizia meu avô Mané Nega: -Êhee buraco...
Se for fundo eu tapo,
se for raso eu cavaco!-.

Queijinho fresco, goiabada cascão... - É bão, é bão! -.

Bons tempos, antigamente!
... - o sem destino daquelas noites dilatadas.

A reza de mais valência: Orelha em pé,
olho vivo
e bico calado..

Eleições ainda tardam
mas não seria má idéia
aproveitar os perdigotos dos pré-candidatos
para irrigar a lavoura comunitária.