Coleção pessoal de ranish

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Dizem namoradas mas os namoros acabam.
No lugar, ficam sempre
amizades muito ternas.
Vivemos pedaços de felicidade.
Sem sermos livres naufragamos
no tédio.

É preciso amar a si mesmo, primeiro,
para depois procurar outros olhos
no horizonte.

Nada será como antes.
Pena.
Agora somos outros!
Mas olharei ainda uma vez
no precipício dos seus olhos.
E deixarei que meu corpo caia
sem paraquedas,
nem asas de cera.

Nem bem começo a encher o balaio e a vacada vem correndo me rodear. Assim é todos os dias: vou distribuindo balaiadas e mais balaiadas pras minhas mimosas. Elas adoram mascar mangas. Comum, coquinha, sabina. Elas nem se importam muito. Só ficam lá mascando e me olhando com aqueles olhares ternos e distantes. Todas elas menos Shanti, o bezerrinho baio que comprei da minha prima. Ele ainda está arredio na nova morada. Lindo e receoso com aquele seu lençol de barbela. Converso com ele mas nada: olha para os lados, suspeitoso... É preciso vagar com a lida. No dilatado do tempo tudo se encaminha. Dia desses ele aprende a mascar mangas, dia desses ele vira mansinho. Vida rural: horizontes alongados!

E é assim: Infindáveis horas
em direção ao pôr-do-sol.
Viver, sorrir, chorar...
Tristezas, alegrias...
E lágrimas
e as rugas desenhando
continentes novos
nos nossos rostos:
Universo em movimento.

Contra o vento dos dias
ninguém pode.

O importante não é o que pensamos ser importante...
Pensar nunca diz nada.
O melhor,
o que realmente importa,
é o que sentimos.
Coisas como sabores,
como sons ou arrepios ...
Sentir vale muito mais que valores.
Valores que nosso pensar
nos teima em dizer...
Nossa percepção abraça
o que ninguém quer saber...
mas lembre-se:
Isso,
essa certeza, ...
é o que realmente importa...

Tempo que cura e mata.
Tempo que enruga tudo.
Tempo que nos faz olhar pra trás
quando já é tarde.

E vem o tempo que tudo leva e tudo consome.
Até mesmo deuses e reinos celestiais.
E assim simbolismo e mitos
vão tombando desfalecidos
a cada ano que fica para trás.

Tempo que nos ensina a impermanência do mundo,
dos homens,
das ações e de todas as coisas criadas.

('')

.

Um lamento de saudades
daqueles guarda-chuvas
que ficaram perdidos pelos
cantos da vida
ecoa na minha lembrança.
Novembro chove!
Gotas com cheiros de musgo e de passado.
Metrópoles molhadas
nostálgicas de minha presença.
Minha imaginação passeia
enquanto a água para
o café borbulha lá
na cozinha.

Tudo vai bem no planeta Minas.
Soçobram meus pensamentos afundados no malte.
É isso: just keep walking...
And drinking.

Os pais da desonestidade cínica agora erguem bastiões à moralidade. Olvidados estão de sua década de corrupção e iniquidades?!

Meu sangue é de um rubro intenso,
quase veludo.
Gotas esvaídas na areia de agosto.
E um cheiro adocicado
nas farpas da cerca de arames.

Ignara solicitude a do puxa-saco.
Fantoche sorridente manipulado
ao bel prazer do candidato.
Finda a utilidade: lixo!!!

A lucidez denota equilíbrio,
equilíbrio de conhecer a verdade.
As palavras que sobram
são apenas publicidade

Deixo os deuses para os fracos.
Prefiro acreditar que a vida se faz com atitudes.
Que crenças religiosas servem apenas
para aplacar o medo que nos é impingido
goela abaixo pelos que nos exploram.

Mais ou menos.
É... Parece que foi mesmo uma pá de cal.
Acho que toda aquela magia entre a gente acabou
pra sempre.
Daquela última vez que você esteve por aqui
eu já tinha sentido um gostinho assim
de café requentado,
ou de vulcão extinto,
ou de cumplicidade abalada.
Não sei. Parece que você mudou comigo.
Ou talvez você tenha mudado pra mim.
Não me sinto mais tão seu
como antigamente.
Isso tudo que escrevo não tem nada de triste.
É assim mesmo: os caminhos se cruzam
e depois se separam.
Meu coração agora está melancólico
e vazio.
Sinto que será difícil encontrar um outro alguém como você
que é assim tão parecida comigo,
assim tão importante pra mim.
Mas a vida segue e talvez ela nos seja generosa
de novo.
Porque você é uma figura especial.
Apareça quando você quiser.
Me experimente,
me tente quando você tiver vontade.
Mas acho que nada será mais como antes.
Nós, agora, somos outros.

Na beirada de Barretos bebendo cervejas caras.
Espora sem bota, destino sem freio.
Lembrando tempos de lençóis mais limpos.
4 Févr, 12

Abomino pessoas ignóbeis,
desonestas,
sem ética,
arrogantes.
Sobretudo quando se escondem
por detrás de um roupante
de superioridade.

Na floresta duas alcateias disputam território.
A dos lobos saciados
e a dos lobos famintos.
Enquanto isso nós símios nas árvores
seguimos a grunhir
mastigando insípidas
bananas terra.

Barretos: antes bois comiam cana.
Agora a cana engoliu os bois.
A associação é inevitável: serei eu
abduzido pela cachaça?