Coleção pessoal de Arcise

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Eu sou obrigada parar um pouco e pensar em mim mesma.
Eu sou estimulada a deixar rolar grossas e quentes lágrimas dos olhos, embaciando minha visão, ao mesmo tempo em que soluços incontroláveis começavam a sacudir todo o meu corpo.
Muitas vezes meus nervos estão à flor da pele.
Procuro acalmar o gorila dentro de mim.
Posso ter demorado em encontrar o meu equilíbrio, mas encontrei! E esse equilíbrio é reconhecer meus limites, aceitar minhas mazelas, revidar em palavrões ou abandonar ideias que me faz sofrer.
Depois modifico tudo, recomeço de novo, mudo postura ou melhoro entendimentos.
Não sou de ferro!

A gente põe a vida na net e cito tristezas e emoções, a nossa vida fica um pouquinho exposta com aquilo que queremos comunicar e compartilho com muito orgulho a minha profissão nada muito valorizada pelos outros mas que me fez subir degraus importantes na vida profissional. Tem vários mitos e preconceitos em cima da profissão, eu por exemplo, na época de acadêmica ouvi do meu então namorado que eu estava estudando para sentar no colo do chefe.
Depois de ter me formado no antigo segundo grau passei uma temporada nos Estados Unidos, quando voltei fui prestar vestibular mesmo sem saber o que eu queria da minha vida, o que eu queria ser profissionalmente. Na verdade queria ser piloto de avião, mas era um sonho muito caro, as horas de voo e os treinamentos não estavam dentro dos meus padrões financeiros à época. Meu pais me incentivavam a cursar Direito e eu não sabia o que escolher, peguei o folhetim dos cursos e sentada ali diante da inscrição do vestibular fui ler as grades de cada curso.
O Curso de Secretariado me chamou a atenção logo de cara, a grade era ampla e tinha muitas matérias que me interessava, era um resumo de todas as profissões, eu iria estudar direito, filosofia, sociologia, psicologia, inglês, francês, primeiros socorros, português, ética, economia, estatística, política, recursos humanos e administração aos montes, Fayol e Taylor viraram amigos íntimos o que me tornou uma profissional com visão holística.
Eu apelido a Secretária Executiva como Administradora/Gestora disfarçada, porque muitas vezes me via tomando decisões, dando conselhos, mudando estratégias, dando ideias renovadoras e modernas para alcançar os objetivos da instituição. Eu estava lá ora analisando como parte da equipe, ora analisando como gestora. Não demorou muito para que essa visão macro e do todo me ajudasse profissionalmente e foi de lá pra cá que fui recebendo promoções. Trabalhei como Secretária de 1999 a 2005 e de lá para cá sou Analista de Previdência em cargo de Assessor, juntei o que sabia de forma acadêmia, agregado ao que sabia na prática somado ao estudo. Já dei palestras motivando colegas de formação. A Gerência Técnica tem uma secretária maravilhosa que me auxilia no meu trabalho do dia a dia e com muito orgulho percebo o quanto elas são meus braços e minhas pernas profissionalmente. A Raquel é meu olho a mais, meu olhar clínico, alguém que já percebeu pequenas desatenções de datas, falhas na impressão. A Raquel faz trabalhos por mim quando adoeço e preciso faltar, a Raquel é inteligente, antenada, discreta e aprende com a velocidade da luz.
Parabéns Raquel!
Feliz Dia da Secretária!
Feliz Todo Santo Dia

Sempre penso assim, sempre caio de cabeça, confio, abraço a causa, sonho, planejo, amo, amo, amo, luto, mimo, mergulho no amor, presenteio, faço programas românticos, dou mimos fofos, é a esperança sobressaindo às experiências, sobressaindo às escolhas erradas ou talvez certas, talvez aquele momento era o tempo de estar com aquela pessoa para aquele aprendizado, o famoso nada é por acaso, tudo contribui para o amadurecimento, ou talvez isso seja apenas a minimização das minhas escolhas, minhas carências, meus erros, meus amores que viraram desamores.
O afeto continua, não dá para ser inimiga de alguém no qual você compartilhou grandes intimidades, mas como diz Hipócrates, nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio, pois nem nós somos os mesmos nem o rio será, é bem por aí.

Estamos superfelizes, alegres, de bem com a vida, curtindo a melhor companhia de todos os tempos e de repente o amor nos invade.
E parece ser recíproco, um encantamento, uma vontade louca de estar junto em cada momento, um desejo para que o tempo congele pra sempre, mil planos, mil coisas, o outro faz parte da tua existência...
E depois de certo tempo você se descuida de você, das coisas que gosta. Você não sei por que, quer agradar, não decide o filme que poderiam assistir, a decisão é sempre dele, você não escolhe restaurantes interessantes, a decisão é dele, até a cor do seu cabelo e o novo corte seu amor que decide.
Você até pede autorização para qualquer coisa que deseja fazer.
O seu coração não pulsa sozinho, não tem graça, não tem cor, o coracion só pulsa com ele.
Ele esfriou um pouco, ele anda desanimado, ele diz que você não é a mesma.
Mesmo inconsciente você jogou muita responsabilidade nos ombros do amado, você indiretamente disse, eu não vivo sem você, eu não respiro sem você, você é minha fonte, meu tesouro e meu porto, meu oxigênio.
Acontece que o que era amor, carinho, respeito, virou obrigação, gratidão, cobrança.
Eu faço tudo por você, eu me anulo por você.
Quanto mais você não andar com as próprias pernas mais vai sugar quem está ao redor. Você vai ser aquela pessoa que suga todas as energias, suga sangue.
Vale à pena ter sua individualidade, vale a pena se concentrar naquele projeto antigo, entrar numa aula de dança ou caminhar no quarteirão.
Não se esqueça de ser quem você sempre foi, foi àquela pessoa pelo qual seu amor se apaixonou.

Quanto mais nova, mas cobrada para ser bela, linda, esplendorosa. Eu me lembro que aos 60kg, totalmente dentro do peso ideal era chamada de gorda, mesmo usando roupa tamanho médio. Entrei numa neurose aos 20 anos para ser magra modelo, deixei de comer, tomei remédio proibido pelo Ministério da Saúde e tantas outras loucuras, me tornei magra, mas pouco saudável. Alguém tinha o poder sobre mim, alguém me fazia me sentir feia, gorda, fora dos padrões de beleza da época. Eu não era linda nem bela.
Por incrível que pareça eu aos 60 kg comia bem mais e melhor do que hoje aos 78kg, eu comia bastante, mastigava bem os alimentos, e o meu organismo era uma verdadeira máquina. Depois de tantas extravagâncias, eu fiquei com organismo lento, com o triplo de fome e tentando recuperar aquela fórmula mágica de comer e não engordar. Eu era linda e não sabia. Eu fui impulsionada por achismos particulares. Eu me olhava no espelho e via a imagem refletida do que os outros queriam ver e não a minha imagem verdadeira de uma magra saudável. Tenho pena das adolescentes de hoje que estão trilhando o mesmo caminho que eu trilhei, como me sinto burra por ter entrado na moda dos quase anorexos, dos jovens em busca de satisfazer o outro e não a si mesma. Hoje me sinto linda para a minha idade, me sinto bela com meus quilinhos a mais, estou tentando emagrecer, não ando satisfeita, mas não deixo de comer, incluo frutas e verduras na alimentação, mastigo cada garfada 30 vezes e ando no trilho certo desta vez.

Ex é ex em qualquer esfera.
Todo mundo sabe disso...
Menos o Lula.

Percebo a dependência de muitas mães em cima dos filhos. Pais não são descartáveis, pais não são laranjas que você come o sumo e joga o bagaço, mas chega um momento para os filhos que eles precisam mais deles mesmos que dos pais. Eles se sentem pressionados por si mesmo a andar com as próprias pernas, a adquirir liberdade financeira, a se desprender de quem os gerou, a criar asas e voar. O amor não acaba, o carinho, o respeito, não acabam, apenas o ciclo muda seu rumo, a gente vai ao encontro do que nos espera. A gente fica livre para ser quem somos, para tombar, cair, levantar, cambalear, tropeçar e acertar. Às vezes a gente dá dois passos para frente e um pra trás. Outras vezes andamos na contramão do politicamente correto pelos pais. Os pais precisam aprender a respeitar nossas escolhas, nossas mancadas, nossos erros. Precisamos cair e levantar, precisamos fortalecer os ossos, o corpo, o espírito. Precisamos deixar de ser bichos primitivos. Não falo só de pais não, falo de amores, de cônjuge, de pessoas envolvidas de amor, mas que inconscientes cerceiam a liberdade de mim mesma.

Tenho medo de pessoas muito calmas e controladas, pessoas que engolem todo e qualquer tipo de sapo. Não preciso numerar tantos acontecimentos bárbaros vindos de onde menos esperamos. Mortes, mortes e mais mortes. Que tipo de vingança sem sentido é essa? Que tipo de obsessão é essa? A vida perde o valor. A frieza inunda certo corações. Se não pode ficar comigo, não fica com mais ninguém. Se não pode ser meu, não será de mais ninguém. Se mata por amor ou por dinheiro?
A agressividade humana retroagiu a era pré-histórica do olho por olho, dente por dente. Estamos no mundo em que não suportamos sofrimentos, nem nossos sofrimentos, tampouco alheios sofrimentos. Recorremos a antidepressivos, calmantes, terapia, análise. O mundo perde o sentido e parece que nossa alegria só é suportável para as pessoas que nos amam de verdade, eu não posso ser feliz plenamente sem que isso atinja alguém que não torce por mim. Odeio agressividade gartuita e vou explicitar: Aquela pessoa que nem fala contigo para elogiar, mas é a primeira a falar contigo para criticar, aquele serzinho que só abre a boca para magoar, os donos das verdades absolutas. A violência se espalha por n motivos, há violência até por fatores religiosos, isso é uma perda da civilidade humana. Existem emoções pouco nobres, que não há como não tê-las. Muitas vezes ficamos felizes em ver aquela pessoa que nos magoou quebrando a cara, parece a resposta do universo, temos sentimentos mínimos e ruins, mas isso é o nosso pólo negativo, também temos o nosso pólo positivo que deve sobressair no nosso eu. Devemos alimentar o nosso melhor lado sempre!

Nunca um jargão caiu tão bem como este: "Para os amigos os favores da Lei. Para os inimigos os rigores da Lei". Tão antigo e tão atual.

Não entendo a diversão que possa existir em assistir uma tourada, vibrar com a selvageria diante do touro, por mais cultural que isso possa parecer, o ser humano evolui e os tempos remotos de guerras, inquisições e maus tratos como escravidão já passou. Isso não deveria apenas ser refletido entre as pessoas, mas sim relacionar o novo comportamento com os animais e o meio ambiente.
Também não compactuo com a diversão dos caçadores, muitos deles apenas como prática de matar, matar animais por esporte, por entretenimento. O que passa na cabeça de um ser humano desse? Às vezes nada, o comum virou normalidade, de tanto se bater no martelinho por décadas, não se questiona se existe fundamento ainda para certas práticas, o famoso sempre foi assim, quando nasci já era assim, meus colegas se divertem assim, esse é nosso jeito, nossa cultura, nossas raízes. Precisamos rever regras e rever exceções, precisamos transformar alguma exceções em regras, como na política, por exemplo, precisamos de jovens íntegros, honestos, moralizando o desacreditado congresso, precisamos banir culturas que diminuem a mulher, o índio, o ser humano, os animais.

A inveja é uma praga, acho que a pior praga que o ser humano pode cultivar, o invejoso ele não quer o sucesso, os bens, o dinheiro, a promoção, o que ele quer é que o outro não tenha sucesso, bens...
O invejoso tem a autoestima tão baixa que qualquer holofote em cima de terceiros minam sua energia, ele não gosta de aplausos a terceiros, reconhecimentos alheios, ele quer brilhar ofuscando a luz do outro, sobe degraus empurrando quem está em cima, às vezes quem tá em cima cai em cima dele como resposta do eco da vida.
A vida precisa ser inventada e precisamos nos munir de todas as forças para não termos esse sentimento tão mesquinho, tão pequeno.
O invejoso pensa tão em si que ele algumas vezes diz: antes ele do que eu, quando algo dá errado, ainda bem que deu errado pra ele não para mim.
Para mim sucesso, dinheiro, glamour, prazer, para ele nada, ou azar, má sorte, encrenca e tudo de ruim, quanto mais baixo o outro estiver, mas por cima eu me destaco.
Vários homens em pé eu sou apenas mais um, vários homens caídos no chão e apenas eu em pé, eu sou o vitorioso, triunfador dos exércitos.

Decidi que após o almoço eu iria jogar tênis de mesa e assim eu fiz. A única mulher entre os 7 homens, colegas de trabalho, mas tinha várias variáveis para o meu péssimo desempenho: ferrugem, aprendiz, salto alto, maquiagem, vestido sem shorts por baixo, bolinha que vivia no chão, meu despreparo para jogar e a implicância de todo mundo. Ouvi piadinhas do tipo “vai ler um livro”, “tua gerente está te chamando”, “vai dormir”, “sai daqui”, “você viu alguma mulher?”. Implicavam até com a maneira que eu pegava na raquete porque eu seguro de forma diferenciada. Eu lá firme e forte, rindo da situação e adorando perder de 0, 1 e 2, aliás perder de 2 pontos era lucro para quem estava aprendendo. Quem é que nasceu sabendo alguma coisa? Hã? Quem é que não passou por críticas? Isso aí, rum! fichinha das leves. Por fim, decidimos que tinha gente suficiente para jogar de dupla e no meio de tantas risadas decidiram que para ser justo eu tinha que ser par com todo mundo, melhor pra mim, jogava mais, cada um teria que me carregar nas costas segundo conceitos pré-determinados. Foi curtição atrás de curtição. Teve um colega que jogou comigo como se eu fosse retardada e só parou quando eu empatei no 4 a 4. Mas não é que fui melhorando, não é que foi fluindo e mesmo que eu perdesse de 7 a 2 na dupla, os 2 míseros pontos foram feitos por mim. Essa é a evolução da Srta. Teimosa, muito prazer! Mas sabe o que mais gostei, foi de passar a imagem da Arcise brincalhona, bagunceira, chamadeira de palavrão, essa Arcise sem o esteriótipo de Assessora, sem o ar autoritário, metido, exigente, de alguém que cobra e pressiona, essa Arcise sem a carcaça do cargo, porque infelizmente as pessoas confundem o profissional com o pessoal, o meu jeito Bernadinho das quadras é totalmente diferente do meu jeito Arcise de ser.

Quero ir pra casa, dormir de conchinha imaginária.

Esta semana eu me dei ao direito de sentir pena, senti pena de uma “amiga” que nunca fala comigo e no meu in Box me acusou de esbravejar pragas, senti pena de saber que eu não me deixo conhecer, senti pena em refletir que essa pessoa não me conhece suficiente, que meus discursos são assumidos in Box e fora Box, que essa pessoa aqui reconhece suas mazelas, seu destempero, seu horror a atitudes tão feias de outras pessoas e próprias, porém pouco fanáticas. Nem um pouquinho me incomodou suas acusações (mentira!), eu me incomodei sim, não com o que ela disse por que de consciência limpa, declaro que nunca desejei mal a ninguém, nunca praguejei ninguém, aliás, eu nem tenho pessoas para praguejar, porque sou de fácil perdão e porque me sinto amada e querida pelos que me cercam, basta uma desabafada, 3 linhas de escrita para que eu me sinta mais leve que uma pluma e acredito que quem faz isso se autopragueja, a vida e seus ecos, a colheita da vida. Mas confesso que de tudo que ela escreveu eu fiquei paralisada na parte do texto “estava no bus” e automaticamente eu pensei putz, calor, ônibus lotado, engarrafamento, sensação térmica de 50 graus, ninguém merece! Nem ela! Porque eu conheço o transporte público, eu presencio pessoas penduradas nos ônibus passando pela minha avenida todos os dias, eu já utilizei ônibus e sei que está cada dia pior, eu já corri atrás de ônibus sem que o motorista parasse para eu entrar, gastando calorias à toa. Eu desejo à ela prosperidade e amor, mas principalmente amor.

As pessoas importantes não são as bondosas, caridosas, honestas, justas, define-se quem tem mais ou menos importância pelo dinheiro, pela beleza, pelo poder.
O dinheiro e o poder até se palpam, mas e a beleza, quem definiu o que é belo e o que é menos belo?
O mundo anda com vontade de ser perfeito tipo assim, eu sou perfeita, tenho um namorado perfeito e vivo num mundo perfeito.
Fala-se o que deve e não o que sente. Fala-se o politicamente correto, o que se quer ouvir, o que não se sente.
Temos preguiça em nos conhecer, em reconhecer nossas fragilidades, nos admitimos como bons e íntegros, nos admitimos muitas vezes como melhores que os outros, aparentamos o que agradamos. Temos medo de nos conhecer em profundidade, temos medo de reconhecer que no fundo, lá no fundinho queremos que o outro se ferre, desejamos o mal, desejamos coisas ruins, que ele sofra tudo o que eu sofri multiplicado por 2. Falta iluminar nós mesmos.
Não é ruim ter pensamentos mesquinhos, menos nobres, egoístas e menos inteligente, eles servem para refletirmos e nos conhecermos, o ruim é tornar praticável esses pensamentos.
Vale a pena pedir desculpas, se essas forem sinceras.
O mundo tá doido
É dolorido se descobrir um bichinho ruim, mas eu posso mudar o que sou, se me conheço, se não uso máscaras. Quem não sabe como é jamais se modificará.
Muitas vezes culpamos o outro, é muito mais fácil né? O outro é a causa do seu fracasso, é responsável pelas suas quedas, pelas suas derrotas, pelos insucessos. Nada disso!
A vida é um eco, o que volta para você foi de alguma maneira encaminhado ao universo.

Encontros e Desencontros
Na vida, na arte, nas telas, nos contos, na ficção ou na realidade a vida está repleta de encontros e desencontros.
Amores verdadeiros ou sentimentos projetados? Amores sinceros ou conveniência inconsciente? Silêncio e solidão ou palavras e multidão?
Chorar o tempo certo e partir ou chorar a vida toda sem desistir?
Compreender que o outro não nutre o mesmo sentimento por mim ou ir em busca de alguém que me ame de forma igualitária?
Convenço-me que não é obsessão lutar por um amor respeitoso, feliz, recíproco, leal, fiel, generoso.
Ter alguém com quem dividir o cobertor, as lutas, as dúvidas, as dívidas, os anseios, os projetos, os sonhos.
Será que amar sem medidas é amar por primeiro?
Será que amar por primeiro é amar verdadeiramente?
Será que amar sem lágrimas é amar?
Será que já amei na vida além dos meus pais, irmãos, sobrinhos, amigos e meu próprio umbigo?
Amar não é competir, destruir, possuir, desprezar, tolher.
Amores, invasivos, dominadores, atrapalhados, interesseiros, que visam apenas o prazer, a dedicação que podemos proporcionar, esses amores nascem mortos, foram cultivados em desertos, na seca, sem chuva, sem vento, sem calor. Nem chegam a ser amor.
É preciso tomar conta do coração, deixar guiar, deixar sentir, deixar viver.

Na internet pode tudo?
Não, não pode, para tudo nessa vida deve ser usado o bom senso, você não pode usar a internet para denegrir, magoar, humilhar, ferir, maltratar. Você não pode se esconder atrás de um nick (entreguei minha idade) para vomitar meias verdades que muitas vezes são apenas a sua verdade. Eu morro de rir de algumas coisas, sim eu me emociono com a internet, internalizo problemas alheios, torço, choro, vibro. Mas se tem uma coisa que eu morro de rir é de gente que acha que pode me matar via web, pessoas que pensam que seus venenos ultrapassam a tela do computador e como num passe de mágica, entra na minha veia. Eu simplesmente morro de rir, não que eu não leve a sério o que me escrevem, levo sim, penso, reflito, mas a gente sempre sabe quando não é para ajudar, a gente sempre sente a maldade florescendo da rede, a gente percebe o poder maligno de algumas pessoas. Se eu sentir que o seu super conselho é camuflado de ironias e péssimas intenções eu vou apenas rir.

Estamos inaptos a vínculos duradouros
Queremos que o outro seja a satisfação de nossos projetos. Somos intolerantes com seus erros, suas manias, seus pontos de vista, queremos paixões avassaladoras, desejos saciados. Estamos sempre com sentimentos à flor da pele, com raiva contida ou explodida. Estamos sempre recomeçando com novos amores.
Antes eu sem a "infinita" sabedoria achava que bastava o amor para que a relação ficasse segura e eternizasse, hoje penso completamente diferente, acho que pessoas que pensam parecidas tem muito mais chance de dar certo, e pessoas que pensam diferentes devem respeitar a opinião do parceiro e manter o diálogo a mais.
Gosto de compreender o amor como um jogo de ganha ganha, onde o respeito é sagrado, onde o amado é único, existindo fidelidade. O casal dispostos as aventuras que levam ao crescimento de cada um individualmente. Ambos precisam estar comprometidos, com as exigências mínimas para que a relação dê certo. Ambos tiveram a liberdade da escolha, ninguém os obrigou a assumir tais compromissos, então vamos amar de verdade, com vontade, garra e luta, porque a amar as imperfeições do outro é dureza.

Ontem fui à missa na São Sebastião e sempre que vou lá, cumprimento com olhar de cumplicidade e poucas palavras de bom dia, boa, tarde, boa noite, como vai, meu quase irmão a quem admiro e acompanho sua evolução. Quando eu era pequena o papai encasquetou que queria adotar um menino de rua, esses que cheiram cola e fazem pequenos furtos, a mamãe desaprovou de primeira, disse que ele tinham 2 menina
s e que era perigoso porque ele era vivido, disse também que o adolescente era difícil de convivência porque já estava com a maldita personalidade formada. Nós os filhos não opinamos. Então o papai com seu jeito teimoso de não-desisto-nunca começou a levar o Francisco lá pra casa, ele tomava café com a gente todas as manhãs, almoçava, lanchava. Muitas vezes não ia porque preferia o vício de cheirar cola e assim passamos a conviver com o Francisco. O papai foi um verdadeiro detetive, descobriu que o garoto tinha família, tinha um comportamento ruim e os pais deram um ultimato, se era para ser marginal que saísse de casa e essa foi a escolha de Francisco, um jovem que queria vida fácil, desregrada, vivendo de favores, pena e furto. Depois que o Francisco finalmente conquistou a minha mãe, o meu pai todo feliz foi perguntar do Francisco se ele queria fazer parte da nossa família e a resposta foi: Não Tio, eu não me adapto com disciplina, obrigado por tudo. Começou naquele dia, mesmo que o Francisco não soubesse, uma adoção a distância, o papai não servia como pai, mas servia com amigo, como conselheiro, como mesadeiro, como alguém que acreditava no valor e nas mudanças de um jovem infrator. O Francisco tomou jeito, casou, tem filho, trabalha na redondeza onde morou a vida inteira, largo de São Sebastião, seu trabalho digno é guardador/lavador de carro, usa roupas limpas, é o mais bonito e o mais educado guardador e lavador de carro do pedaço, um bom pai, um ótimo esposo, mora de aluguel e tem responsabilidades de pagar água, luz e comprar comida. Quando eu vejo o Francisco todo lindo, todo trabalhador, eu tenho certeza que o papai faz parte dessa conquista porque ele acreditou e valorizou o Francisco como ninguém. E o Francisco sempre reconheceu isso. Um certo dia, mamãe e eu levávamos nossas joias pra missa e um amigo do Francisco olhou para nós com aquele olhar: vou-te-furtar e o Francisco disse: Não mexe com elas, até aí tudo bem, éramos protegidas, mas finalizou: nem com mais ninguém. Chorona e emocionada pela atitude e mudança do Francisco eu nutro um sentimento gostoso de irmandade.
Eu sempre tive pessoas que acreditaram e acreditam em mim e eu vou citar 4 pessoas em pé de igualdade: Aldenora, irineu, Ceres e Mariangela, essa pessoas me tornam confiante, bonita, capaz, essas pessoas acreditam que esse broto aqui é capaz de desabrochar.

Queremos que o outro seja a satisfação de nossos projetos. Somo intolerantes com seus erros, suas manias, seus pontos de vista, queremos paixões avassaladoras, desejos saciados.
Estamos sempre com sentimentos á flor da pele, raiva contida ou explodida.
Estamos sempre recomeçando com novos amores.
Antes eu sem a "infinita" sabedoria achava que bastava o amor para que a relação ficasse segura e eternizasse, hoje penso completamente diferente, acho que pessoas que pensam parecidas tem muito mais chance de dar certo, e pessoas que pensam diferentes devem respeitar a opinião do parceiro e manter o diálogo a mais.
Gosto de compreender o amor como um jogo de ganha ganha, onde o respeito é sagrado, onde o amado é único, existindo fidelidade. O casal dispostos as aventuras que levam ao crescimento de cada um individualmente.
Ambos precisam estar comprometidos, com as exigências mínimas para que a relação dê certo. Ambos tiveram a liberdade da escolha, ninguém os obrigou a assumir tais compromissos.