Coleção pessoal de Arcise

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Meu avô está doente e internado do Hospital da Unimed, eu estou tristonha, o que não parecia nada demais até ainda a pouco, está se agravando. Os rins estão parando de funcionar.
Eu não consigo pedir a Deus “Seja feita a sua vontade”. Eu sou muito egoísta pra isso. Eu só consigo pedir a Deus “Cura meu Vôzinho, mantém ele entre nós” e ainda negocio “Poxa Deus! Ele é meu único avô, cura logo, não me deixa aflita, preocupada, ansiosa, chorona, me deixa forte, esperançosa e confiante que tudo não passará de um susto”.
Meus amigos peguem na minha mão e rezem junto comigo, vamos pedir com muita fé pela recuperação do meu vô. Estou com o coração tão apertado, tão chateado, tão confuso.

As mulheres não são inferiores se estão menos cobertas, se deixaram de estudar, ou se não trabalham fora de casa, ou se quer optar por prazeres físicos incluindo os prazeres sexuais, ou se retardam o amadurecimento sendo as criancinhas da casa. Não estou condenando nem aprovando, estou apenas levantando uma bandeira de que não somos de estirpe inferior por pensarmos e agirmos diferente do que prega a maioria. Tenho mau-humor e fico com voz rascante quando sinto-me julgada por minha atitudes ou falta delas. No frigir dos ovos, eu sou inteiramente responsável por meus comportamentos sem precisar que alguém aponte o dedo. Tenho convicção de que meus comportamentos de alguma maneira atingem quem está ao meu redor. Você não tem argumento nenhum para me tolher. É fácil esconder as próprias frustrações jogando a culpa nos outros, sendo vítima e a recebedora de golpes, ou então atribuir o peso das suas costas em cima de mim. Sou imediata e impulsiva, minhas verdades são absolutas mas mudo de ideia a cada argumento bem vendido. Custe o que custar sou mutante, não sou a mesma de 10 anos atrás e nem serei a de hoje daqui a mais 10. Se sonhei com véu, vestido branco e grinalda além da festa pomposa, hoje tenho outros sonhos não menos românticos, mas totalmente diferentes.

Para mim não existe nada mais cansativo do que dirigir no trânsito caótico e sempre congestionado, está tão intenso e tumultuado que eu indo trabalhar a pé levo menos tempo que indo trabalhar de carro. Azar o meu e decepção também minha por ter a pior calçada do país prejudicando a locomoção. Ainda por cima tem aquelas mesas e cadeira e camelôs nas calçadas, os pasteizinhos sortidos e oleosos, os acompanhados de gastrite e dor de estômago por ter sido frito em óleo tão velho. Eu sempre faço o que bem entendo e recebo as consequências desse desprendimento, inclusive com a falta de saúde por tamanhos abusos gastronômicos. Mais o assunto é importante e nada confidencial, são 3 mil novos carros por mês, 3 mil emplacamentos, o trânsito não suporta, as ruas não suportam, eu não suporto. Chega de tratar de amenidades, vamos tratar de assuntos sérios, urgentes, importantes, precisamos palpitar, pedir audiências públicas para resolver o problema. Como ação de descongestionamento incluíram-se placas de proibido parar e estacionar, no entanto a cidade inteira carece de estacionamento, se é proibido estacionar e não tem estacionamento próximo a indústria da multa e das sanções imperam e quem paga o pato é o contribuinte condutor, estamos muito bem arranjados. Por muito tempo estive sozinha com meus ideais e posso voltar a ficar assim, porque não suporto a ideia de pessoas ficarem tentando enfiar na minha cabeça que estou agindo errado em reclamar, exigir direitos. Tenho o direito de me sentir lesada e prejudicada.

Em 10 de março eu fiz um e-mail e encaminhei as amigas mais chegadas e o título do e-mail foi: "2012, acaba logo", nesse e-mail eu relatava a dificuldade de enfrentar 4 episódios tristes. Foram 4 situações que tiraram a minha energia, alegria e paz de espírito, adoeci emocionalmente, fiquei sem forças. Ao mesmo tempo me fingia de forte, colocava um sorriso no rosto de "não é nada demais" ou como no outro episódio que eu chorei por dentro para passar tranquilidade e força a quem estava ao meu redor. Eu fiquei arrebentada física e emocionalmente, os poucos amigos souberam de tudo, das histórias que pareciam surreais, vindas em cascata, uma atrás da outra. Naquele dia eu já tinha desistido deste ano, um ano par, historicamente feliz. É lógico que levei um monte de puxão de orelha porque minhas amigas não passam a mão na minha cabeça e internalizei que o ano mal havia começado para tanto pessimismo. Porém a minha filosofia de vida do momento era "Afasta de mim esse cálice". O tempo passou e mais fatos negativos continuaram a acontecer e mesmo que eu aceitasse o sofrimento como vontade divina era tudo sem entendimento de propósito, a única coisa que me consolava era a fodofilosofia que consistia em tentar enxergar que apesar de tudo tinham pessoas em situações muito piores do que a minha. Eu me imaginava na festa de fim de ano, o esperado dia 31/12/2012, à meia-noite, com uma taça de espumante na mão, ao som de fogos de artifícios e eu dizendo em alto e bom som "2012, já vais tarde!". Depois vieram mais frustrações, pequenos percalços multiplicados pela minha sensibilidade e por fim o falecimento do meu amado vô João Assis que estava super bem na sexta até as 18h enganando todo mundo, a 'melhora da morte'. O que mais me chamou a atenção foi o testemunho de vida de pessoas tão próximas-não-parentes, de uma igreja lotada com uma missa particular e de corpo presente. O meu avô era um evangelizador nato, um homem de muita fé, um Mariano de carteirinha, talvez a única herança genética recebida por mim tenha sido a arte de falar só. Tem o ensinamento do terço, do terço não, do Rosário. Tem o ensinamento de rezar antes de comer, o meu avô era incapaz de botar 1 dedo de pão na boca sem agradecer. Eu por várias vezes pegava "no olho" quando eu insistia em tratar meu avô como velho, eu dizia: paizinho, lembra de mim? e ele me dava a ficha completa das minhas peraltices de menina até os dias atuais, ou quando eu falava ALTO, quase GRITANDO, e ele dizia, fala baixo, eu não estou surdo, ou quando eu insistia em ler algo e ele dizia: já li, diga-se de passagem que antes da cegueira irreversível em um olho ele enxergava mais longe e melhor do que eu. Quando eu era adolescente eu tinha um grande orgulho do vovô, o orgulho dele pedalar de bicicleta pra lá e pra cá. No hospital era elogiado por não ter ruga, uma enfermeira brincando ou não, perguntou se o papai era pai dele, porque o meu pai tem mais rugas que o meu avô. Aos 90 anos, meu avô veio com uma novidade, queria casar, viúvo por duas vezes, queria subir ao altar e não queria menina nova não, queria alguém da idade dele, poderia ser 5 anos a mais o 5 anos a menos, mamãe alcoviteira como sempre já arrumou a vizinha de prédio, chegaram até a conversar no dia do meu aniversário mas não passou disso. O meu avô roubava cena onde ia, e assim foi no dia do meu ex-casamento em que ele foi extremamente elogiado pelo padre como exemplo a ser seguido. No caixão estava de terno, com a bata de Ministro da Eucaristia, a medalhinha do Apostolado da Oração e o terço, fisionomia pomposa de homem elegante e parecia estar dormindo.
O meu cálice aquele que eu estava rejeitando, hoje teve um propósito, diante de mais uma dor eu percebi o quanto me curei de mágoas e ressentimentos, diante de mais uma dor nocauteei meu orgulho, pisoteei no meu ego e esmurrei a arrogância. Diante de mais uma dor eu percebi que apesar de sangrando, meu coração estava puro e contraditoriamente limpo. Diante de mais uma dor senti o amor do meu avô por mim, esse amor que ficará para sempre, esse amor que hoje machuca com a saudade, com o choro, com a dor de cabeça, mas que amanhã será apenas amor fortalecido de boas lembranças, esse amor que não tem botão de on e off, que vai eternizar, que vai sempre existir no meu coração. Paizinho eu sempre vou te amar.

Em meu íntimo, a amargura insiste em se instalar, será que fui relegada a um plano inferior?
Com toda pachorra eu finjo não ouvir a vozinha que deseja me diminuir. Eu tenho a característica de me adaptar a situações adversas e abraçar com força bons e maus momentos, acho descabido esse tipo de protecionismo as coisas ruins. Quando me sinto assim, gasto a rodo, com disciplina para não meter os pés pelas mãos. Essas fases me deixam inclusas no meu próprio eu, cumprimento amigos e conhecidos, troco meia dúzia de palavras e dou atenção necessária que uma boa educação obriga, mas nada além, afinal não consigo ser ótima por fora estando péssima por dentro, se fosse passar disso, com certeza acabaria me irritando. Pode acreditar que sou grata e sempre soube manifestar minha gratidão por todos a minha volta e tenho esse princípio como altíssima responsabilidade para com os que amo. Quando me sinto muito pra baixo, observo as pessoas que admiro e vem em mim o espírito de imitação, no sentido de ser daquele jeito, ser gentil, amável e cordial, não transparecer minhas fraquezas e minhas limitações, o outro só precisa do meu melhor. A experiência vivida é tão frustrante que causa até inibição num ser tão falastrão. Para fugir de tudo isso, fico farrista e me relaciono facilmente com estranhos, aumentando assim minhas amizades e as trocas de ideias, afinal inibida não é minha forma pontual. Sinto o sangue subir com mais facilidade, às vezes me sinto no automático e isso é terrível e desmoralizante, parece que eu não sou eu e fico dizendo a mim mesma, é uma fase, apenas uma fase que logo logo passa. Nesse estágio fico ruborizada mais facilmente e minhas mãos tendem a suar, dores de barriga estômago aparecem. Essa não sou eu, e não vou acreditar ser no que não sou. Não serei um autêntico poço de complexos de inferioridade, não vou alimentar meu ego de forma tão negativa. Tudo isso sempre passa e vai passar mais uma vez.

Às vezes o melhor lado da pessoa ela demonstra para estranhos, a pessoa é tolerante com o desconhecido, tolerante com colegas de trabalho, engole sapos com o chefe, engole bois com meio mundo, Mas...
Em casa eu grito, xingo, humilho, me revolto. Com os meus eu não consigo me calar. Com os meus eu não engulo sapos. Com os meus eu não sei contar até 10. Eu sou agressivo, sou mal-educado, sou irônico, sou sincero ao extremo, sou eu. Se o vizinho põe o som nas alturas eu posso reclamar entre os familiares por está ouvindo aquele brega mas não vou brigar, mas se meu irmão põe o som alto, aquele brega não entra na minha garganta e se preciso for quebro até o mini sistem.
Estranho Né! A gente magoa quem está próximo, nos acolhendo, nos amando, nos apoiando, a gente trata bem ou aguenta pessoas que não quebram nem a unha por nós, que talvez nem nos ache qualquer coisa, talvez isso aconteça porque fora de casa existe um holofote te olhando e dentro de casa ninguém está vendo. Fora de casa você é julgado e apedrejado, dentro de casa você é compreendido. As pessoas se sentem seguras suficientes para fazer com os outros o que quiser porque não é politicamente correto ter raiva do pai, da mãe, do irmão, da irmã, não é politicamente correto sentir um amor imenso por um amigo em detrimento ao amor morno por qualquer familiar seu. E aí todo mundo vive e sobrevive como se o amor fosse uma mágica que não importa o que aconteça ele sempre existirá, como se o amor não merecesse ser cultivado.

Eu perdi a conta do número de mimos que ganhei este ano, eu me emociono a falar disso, ganho cds, dvds, caneca, ovo de páscoa, chocolates, vinhos, shambala, jóias, perfumes, cremes, maquiagem, tapetes e uma infinidade de Natura, Top, Boticário e Mary Kay. Sempre fui generosa em palavras e afetos, nada que faço exijo recompensa. No meu ex-casamento não teve lista de presentes porque não gosto do “parecer obrigatório” está no convite de casamento a lista de presente, sei que facilita a vida dos convidados que pensam em te presentear, mas foi a maneira que encontramos para dizer: “não precisamos de presente, precisamos de você para partilhar esse momento de felicidade conosco”. Esses presentes todos vieram fora de hora, sem datas especiais, vieram como forma de agradecimento por um ombro amigo, por uma palavra de carinho e conforto, por um telefonema, um apoio, um conselho. Recebi o vinho, marquei um almoço com 5 pessoas para tomarmos o vinho. Reuni 4 amigos para dividir os quilos de chocolates recebidos. Reuni amigos para sessão cinema após ter ganho dois quilos de milho de pipoca, foi pipoca pra mais de metro. Obrigada amigos por sinalizarem que eu ao menos consigo fazer alguém feliz.

Não adianta correr atrás, paquerar um, paquerar outro. O amor acontece quando menos se espera, quanto mais procuramos mais demora, não sei que ligação é essa mas confesso que é a plena verdade.
Não procure por um amor, viva normalmente, seja você. O universo tem olhos e acredite alguém está sempre te observando, observando seu jeito, suas atitudes, seu encanto e você também pode observar à vontade até o cupido atirar sua flecha.
Não abandone a sabedoria e o bom senso e para as mulheres o feeling, se você não gostou, se alguma coisa te diz que não, não insista, vai por mim. Não deixe que a carência transforme um não, num talvez, um péssimo, num vai mudar, vai melhorar.
Não diga sim só porque você está há 2 anos sozinha, ou porque se você desperdiçar essa chance você desperdiçará a última chance da tua vida. Isso é balela. Seja exigente, exija o melhor, se o melhor não vier não se contente com menos, como o melhor vai chegar se a cada mais ou menos que aparece você se compromete.

Toda Separação tem um Luto

Hoje foi um dia histórico, não me ligo a datas, não guardo roupas importantes que marcaram a minha vida e tenho o desapego como ferramenta.
E hoje rememorei um histórico de vida que me levou ao casamento e me enquadrou ao divórcio.
Sofri, chorei, neguei, tive crises de raiva, mágoas, ira, não aceitava o fato de ter perdido o homem a quem tinha prometido amor eterno. É incrível como a separação e a morte faz de seres imperfeitos, verdadeiros mártires e santos. Não estava feliz, olhando para trás era uma relação desfuncional, era uma relação de competição e imposições, erramos juntos, fomos por caminhos tortos, esburacados e escuro, nos desencontramos e nos perdemos. Eu tinha uma vida pesada, com brigas, com mandos e desmandos, com faça assim, faça assado.
No entanto, eu estava amando a vontade de estar acompanhada, eu estava amando o amor eterno, o convívio eterno e o até que a morte nos separe.
Virava e mexia falava dele e não me culpava, falava dos momentos bons e dos momentos ruins. Sentia saudade de tudo que foi belo, intenso, verdadeiro.
Fui refletir sobre o passado, o presente e o futuro, fui reviver a minha história já vivida e entendi que meu luto terminou. Não há mágoas, não há raivas, não há respostas para perguntas e nem perguntas para obter respostas. Não me interessa o que ficou por resolver, não me interessa o vácuo, o vazio. Não me incomodo com mais nada, não dói, não sinto, não quero. Passou! Hoje me sinto preparada para um novo amor.

Hoje Tenho Preguiça!

Tem dias que tenho preguiça de mim.
Preguiça de levantar cedo, de ter bastante trabalho, de reuniões sem fim, de trânsito, de ver televisão.
Tenho preguiça de entender entrelinhas e indiretas.
Tenho preguiça de mudar quando não quero e acatar o que não me convence.
Sou metade negociadora e metade política, não mudo de opinião se não me convenço, mas também não sou um burro empacado.
Tenho preguiça de tomar sol, tenho preguiça de discussões que não levam ninguém a lugar nenhum, tenho preguiça de tudo que azeda relacionamentos.
Tenho preguiça de tudo que me cansa. Tenho preguiça de ouvir A Voz do Brasil e tenho preguiça de propaganda-político-partidária. Prefiro julgar meus candidatos através dos projetos e resultados. Tenho preguiça de chorar e tenho preguiça de usar calça jeans. Tenho preguiça de salão e de esperar. Tenho preguiça de ouvir disse-me-disse, de fofoca e leva e trás. Tenho preguiça da maldade e do julgamento. Hoje, tenho preguiça

Um Pouco de Cada Coisa

Sorriso, teimosia, gargalhada...
Valorizo amigos, pessoas e todos que me fazem feliz.
Penso diferente, sou antiga, de costumes simples.
Quando me convenço concordo com número e grau.
Sou de atitudes, mas me iludo com desejos, expectativas e anseios
De vez em quando me ofendo outras vezes digo "mera opinião".
O tempo para mim é sempre o senhor da razão, o curador.
Apesar de ter consciência de que o passado já foi e o futuro virá, esqueço de viver bem o momento presente.
Fico indignada com falta de argumentos e mesmo assim querer que eu mude com base no além.
Hoje acredito no ser humano, no amor, na paz, na bondade, mas já me magoei tanto a ponto de perder a fé na raça e desconfiar de tudo.
Amo doces e penso neles de vez em quando.
Estou bem mais paciente, diluindo problemas com mais facilidades.
Busco amor sincero e principalmente recíproco.
Tem dias que morro um pouquinho de tanta decepção.
Sou incrivelmente afetuosa com quem amo, acho que amo demais.
Ter dias cansativos e cheios de trabalho me enchem de entusiasmo.
Acredito na fidelidade de homens e sei que isso é questão de caráter e princípios.
Acredito em anjos, santos, mártires e pessoas do bem. Acredito em pessoas iluminadas e com missão de tornar o mundo melhor.
Eu não sei se te vejo da forma que realmente você é, mas muitas vezes te vejo com os olhos do amor.
Deveríamos pensar mais antes de agir por impulso ou reagir, deveríamos nos propor a não incendiar corações.
Amo abraços de urso, apertados e que quebram o esqueleto com cafuné no cabelo.
Me sinto gigante com amigos verdadeiros e com quem posso contar, pedir socorro e gritar por ajuda.
Não existe ser inferior, existe pessoas que se sentem assim.
Quem é leal consequentemente é fiel.

Os Frutos das Minhas Escolhas

Dormir tarde e acordar cedo e ficar com sono o dia todo é só um pequeno exemplo de que muitas coisas que nos acontece é fruto de nossas escolhas.
A gente se dá mal quando se precipita, a gente se dá mal quando projeta que o outro vai mudar e namora com o dever ser e não com o ser propriamente dito.
Muitas vezes os frutos são ótimos, aquele vestibular concorridíssimo em que eu abdiquei minhas madrugadas de sono, aquele trabalho dos sonhos do qual estudei e passei através de concurso, aquela promoção, aquele pedido de aumento que argumentei com a minha produtividade.
Aquela coragem de terminar um namoro meia-boca e ficar livre para o novo.
Suporte suas escolhas e perceba os seus frutos doces e amargos.
Escolha seguir adiante, se precisar. Escolha o bom, o amável, o puro, o limpo, o harmonioso.
Nem sempre o fruto é bom, mas uma das minhas escolhas que nunca me arrependi foi ser sempre movida pelo coração. Tem que pulsar! Tem que acelerar! Tem que palpitar senão perde o sentido.

Boca de Mãe

Quase sempre achava que a boca da minha mãe era a concretização de uma praga ou de um sonho.
Bastava ela dizer, menina, desce daí senão você vai cair, bater a cabeça e se machucar e não é que se a teimosinha aqui insistia, aquilo tudo acontecia.
Lembro de ter desabafado mágoas e minha mãe dizia, filha, um dia você vai rir de tudo isso.E não é que é verdade! Tudo verdade das mais verdadeiras.
E o sexto sentido de mães, quando ela encasqueta com uma coisa, quando acha aquele seu namoradinho fiasco, quando não é pura implicância ou dominação, o namoradinho quase sempre é fiasco mesmo.
Acho que tem sempre anjos perto das mães e assim que elas terminam de falar os anjos passam e dizem: amém. E puf tudo acontece igual previsão. Quantos choros teria evitado se tivesse ouvido minha mãe. Quantas coisas poderia ter aprendido sem quebrar a cara, sem choro, sem traumas, sem desilusões. Parece que elas vivem há cem anos luz na nossa frente. Mas às vezes vale a pena aprender com os próprios tropeços né, evita aquela sensação de "e se eu tivesse tentado", "e se tivesse falado", "e se tivesse beijado" e, e, e...

Rejuvenescendo 10 anos

Ando me sentindo 10 anos mais jovem, dentre as minhas programações estão corrida e caminhada na ponte sobre o Rio Negro e vôlei nas sextas à noite como happy hour. Uma diversão só. Incrível como voltei a ser feliz em plenitude. Não foi fácil deixar a tristeza para trás, não foi fácil aceitar os fracassos frutos de minhas escolhas, não foi fácil dizer alguns nãos a pedidos de namoros mesmo estando carente. Não foi fácil...
Eu merecia primeiro ser feliz sozinha, merecia gostar de mim, da minha companhia, merecia recuperar a vontade de sair mesmo sem companhia, merecia curtir a minha companhia sem me achar solitária, sem me importar com a opinião alheia. Precisava estar inteira, completa, cheia, transbordante.
Fora que atividade física é acompanhada daquela droga chamada serotonina que dá um prazer danado, uma disposição ímpar e uma animação que só vendo.

Os laços do amor

Os laços do amor não se perdem, sou nostálgica e gosto de lembrar da infância feliz, da juventude feliz, do ensino médio feliz e dos afetos felizes e dos momentos felizes. A minha lucidez não me permite rotular o que passou ou não deu certo em péssimo, ruim. Fui feliz e sou feliz, muitas coisas mudam na nossa vida, mas aqueles momentos únicos vividos independente de ter passado ou não foram maravilhosos!

Mulheres que não gostam de cozinhar

Cozinha é talento, dedicação, arte, amor, sazon...
Fico incrédula com maridos, namorados, companheiros que ficam exigindo que você seja cozinheira, quituteira, chef e seja forno, microondas, liquidificador e fogão.
Talvez essa educação machista de muitas mães que criam seus filhos para serem servidos, para serem agraciados com tortas, bolos, lasanhas, e similares especiarias.
Não sou adepta do faça você mesma para agradar, se você não curte, não leva jeito, não acerta no tempero, pague uma cozinheira ou coloque o senhor reclamação culinária no comando do fogão, aliás se sabe reclamar, sabe fazer melhor. Acho inconveniente também a esposa dedicada e dona de casa não receber nem um muito obrigada, assim como se fosse mera obrigação. Acho sim que dá para transformar uma mulher em uma cozinheira, mas para isso é necessário atendê-la em outras áreas do relacionamento para que ela possa se motivar e recompensar os momentos incríveis aprendendo a cozinhar. Mas se o seu foco é apenas criticar, se o seu relacionamento falta afeto, carinho e até respeito, fazer essas exigências e lamentações é apenas atirar no próprio pé. O que acho interessante nas propagandas de margarina é que ao redor da mesa tem sorriso, tem alegria, tem comida boa, sucos, fartura e todo mundo está feliz e conversando. Isso sim é uma motivação para futuras cozinheiras, cozinhar para um bando de preguiçosos ou resmungões, cozinhar para alguém que vai servir o pratinho e comer bem longe de você e bem perto do computador ou da televisão, cozinhar para todo mundo comer quieto sem trocar nenhuma palavra é algo pra lá de desmotivador.

Coisicas de Vovó e Vovô

Dia dos avós é o ícone de pessoa querida, nos transporta para momentos inesquecíveis vivenciados por tão ilustres seres amadurecidos de amor.
Minha vó é da época desse desenho, quituteira, prendada e carinhosa. As avós de antigamente eram lindas enrugadas, com voz aveludada, cheiro de alfazema, batas ou vestidos estampados com fita na cintura, colocavam sua dentadura dentro do copo para descansar durante o sono. Batalhadoras desprovidas de preguiça, rainhas do lar e parideira, minha vó teve 13 lindos filhos. A profissão de uma avó de antigamente era CASAR.
Meu avô se preocupava com o sustento da casa, era o único provedor, trabalhava muito e ajudou a fazer os filhos supracitados. Tinha uma maneira rígida de educar, não impunha respeito e sim medo, os 13 filhos tinham medo do meu atual meigo vovô.
Falar de vó e de vô é sentir saudade, sentir cheiro de infância, sentir vontade de voltar ao tempo, valorizar com juros e correção cada momento vivido, cada emoção.
É lembrar de superstições que você acha engraçada, mas impossível esquecer: ao ver um chinelo emborcado, porque alguém vai morrer; um garfo, colher ou faca que cai no chão, porque tem gente chegando; a vassoura atrás da porta para sintonizar a visita de que é hora de partir.
Tudo se curava com chá, com ervas, com remédio caseiro, com copaíba, andiroba, crajiru, com garrafada, ninguém ia no ortopedista antes de ir no senhor que põe os ossos no lugar, ou na rezadeira.
Os avós de hoje são jovens, bonitos, antenados e internautas, lutam, buscam, materializam seus sonhos e comemoram conquistas. Os avós são mães e pais açucarados, com receitas inéditas de mimos, paparicos e proteções.
Feliz Dia dos Avós

Coisas do Coração

Ando muito saudosista, lembrando dos tempos bons, de tudo que já vivi, do saldo positivo da minha vida, dos desejos realizados, dos sonhos de ser feliz, da infância, da juventude, de um passado não tão passado e do presente.
Lembrando do quanto sou sincera, do quanto admiro pessoas otimistas, de bem com a vida e de pessoas que você sente a energia do amor de verdade e daquelas que curtem o seu sucesso e te amparam no teu fracasso. Lembro de um passado não tão distante em que me incomodava com as pessoas que falavam de mim pelas costas. Nunca é tarde demais para aprender a ser feliz, a determinar novos objetivos, a sonhar novos sonhos e usufruir de novas energias e buscar a paz com plenitude.

Compromisso Comigo

Faz anos que venho buscando bem estar físico e mental. Já me enquadrei nos exercícios físicos 5 vezes por semana, já adquiri o hábito de comer salada diariamente e de não repetir, já cortei e descortei o doce (meu calcanhar de aquiles). Fui magrela até o 17 anos, tomava Biotônico Fontoura, era fresca para comer, não gostava de morangos, nem iogurtes, nem outro monte de coisas, tudo era muito salgado, ou muito doce, ou muito sem graça, ou eu tinha preguiça de mastigar e de comer propriamente. Pesava 49kg para 1,63 de altura e manequim 16, 34, 36 e 38 dependendo da forma e do modelo. Meu ganho de peso eu atribuo a minha tardia menstruação. Menstruei aos 17 anos e junto com os hormônios veio à tona a vontade de comer. Parei de frescuras, comia 5 x-burguer na hora do recreio. Até os 24 anos eu pesava 64 quilos, dentro dos padrões da normalidade, manequim M mas me achava imensamente gorda, obesa, fiz várias loucuras, perdia 10 ganhava 20, perdia 5, ganhava 10 e assim minha oscilação e luta contra balança iniciou. Nunca associei peso a falta de namorado porque sou e sempre fui devagar quase parando, sou exigente, tenho que sentir o coração sair pela boca senão não me serve e isso só acontece a cada ano bisexto. Mas agora resolvi fazer um compromisso comigo, pesando 79 quilos para 1,63 decidi tomar café e jantar herbalife, os famosos shakes. Não passou minha fome, enquanto fazia hidro sentia o shake subir e descer, cheguei em casa e a mana tinha feito mini-quibes de forno e eu não resisti e comi 6 ou 8, mas comi sem culpa pois acredito não ter ingerido nem 500 calorias hoje. Analisando o que se propõe o shake percebi que gastei $$$ à toa, não estou duvidando da eficácia do produto, tenho absoluta certeza que o shake funciona, mas não é nada milagroso. Veja bem se alguém que estiver lendo esse post se propuser a tomar 150 cal no café, 150 cal do jantar e no máximo 400 cal entre almoços e lanches intermediários é claro que vai emagrecer sem precisar gastar 1 centavo com produto nenhum, emagrecer é pura matemática, se o seu corpo gasta 1500 calorias por dia, trabalhando, andando, dirigindo, dormindo e recebe 2000 calorias, engordamos, se comemos menos, emagrecemos e se comermos a mesma quantidade de calorias, mantemos o peso. Se eu não me boicotar, se eu não atacar a geladeira (pensa bem, eu amo comer e comer tem a ver com mastigar e tomar líquido em 2 refeições é matar qualquer cristã como eu), mas reza a lenda que a herbalife te dá nutrientes necessários para que eu não desmaie e isso é muito importante, aliás importantíssimo. Sou adepta a quase desmaios. Então assumo o compromisso público comigo mesma de que irei tentar estar na casa dos 60 (60 a 69) até meu aniversário em 30/01/2013 onde completarei 36 anos linda e esplendorosa.

Memória Ativa: Tempo Bom

O brilho das recordações é ofuscante aos nossos olhos, relembrar e sorrir de todos os momentos felizes e únicos é adquirir as mesmas sensações vividas lá trás. A sua memória guardou coisas boas e apagou as não tão boas, você selecionou as melhores cenas da sua vida para relembrar. Não desista do seu cérebro, não insista em apagar momentos bons. Leia, guarde, rememorize, alimente-se bem, seja crítico, não apague o passado doloroso, ele serve para as escolhas do seu futuro. Não se martirize, mas não o exclua de sua memória.
Dê risada, ria sozinho, ria de si, ria dos fatos. Seja gentil com a vida, agradeça tudo que veio e virá, não se fruste, não crie expectativas, mas também não viva no que vier é lucro, sem anseios, sem desejos, sem saber o que quer e como quer. reconheça-se feliz pelo cheiro, pelo gosto, pelo tato, pelos sentidos e recorde sempre da felicidade, são esses momentinhos que tornam nossa vida espetacular.