Coleção pessoal de Arcise

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Ando partilhando a vida com os amigos, vivendo de um jeito novo, curtindo o presente, ando me aventurando nas delícias da cachoeira, dos igarapés, do jogo de vôlei.
Não fomos feitos um para o outro, não fui feita para muitos homens, muitos homens também não foram feitos para mim, quero atrair quem me atrai, quero sintonia de corações.
Curto homens que leem livros, grisalhos, cheirosos, aventureiros, homem que sabe o que quer, homem que se adapte ao meu jeito, homens leves, bem-humorados, saudáveis.
Tenho que aprender a amar o outro como ele é, tenho que aprender a não esperar coisas que o outro não pode me dar, tenho que aprender a ser feliz também com o defeito alheio.
A minha melhor opção é enfrentar o medo de frente, abraçar as não garantias da vida, viver com o propósito de ser feliz, estar consciente das coisas que virão, em sintonia com o universo.

Eu tento não reagir as emoções que me trazem ao passado. O que passou passou. O passado trouxe cicatrizes, sonhos desfeitos, mágoas, ressentimentos, mas trouxe também o lado feliz da história do qual não quero me apegar.
Então, como eu me sinto? Eu me sinto com pressa, com vontade de experimentar tudo que ainda não vivi, com uma louca sensação de acreditar que eu devo e mereço viver a intensidade de uma grande amor.
A regra número um é não deixar a carência tomar conta, não se deixar influenciar pelo fato de você está solteira a tanto tempo, não permitir que o coração diminua o seu juízo.
Tento manter a atmosfera de que ainda não chegou a hora, de que mesmo que eu me sinta pronta, talvez eu não esteja tão pronta assim, talvez eu precise curar feridas que acredito estarem curadas.

Eu não me parecia com ele em nada. Era o meu oposto, eu ia na direção sul e ele ia na direção norte, era um alívio quando excepcionalmente caminhávamos na mesma direção.
Eu acho que tomei a decisão certa, a decisão de seguir o íntimo do meu ser, a decisão de deixar pra lá, de esperar do universo alguém compatível, que me agrade.
Eu estava preocupada, ansiosa, nervosa, já estava à espera de um amor, me sentia pronta, feliz, realizada profissionalmente, mas faltava a completude de uma relação de verdade. Algo que nunca vivi.

O amor é para os tolos, há quem pense, mas eu acho o amor algo maravilhoso, uma sensação de bem-estar que invade o corpo e a mente, o despertar dos sentidos.
Procuro relacionamento seguro, são, consensual, afetivo e respeitoso, procuro respeito acima de tudo, procuro amar e ser amada numa relação sem conflitos, procuro um sentimento para crescer a cada dia.

Nem eu mesma sei o que é certo para mim, tenho uma confusão mental em relação ao que quero para minha vida, porém sigo a minha intuição, por mais sentimento que eu sinta eu não posso conviver pisando em ovos.

A teoria nos ensina a viver o luto e até superá-lo, mas na prática tudo fica complicado e saudoso, sofremos, não há opções menos dolorosas, menos traumáticas, menos doídas, nos aprisionamos ao ente querido.
O caixão desceu, areias jogadas em cima, flores, aplausos, homenagens, cartas e desabafos, o melhor enterro fúnebre que posso pagar, mas não conseguimos deixar quem amamos partir.
As perdas são inevitáveis, é o destino certo de todo mundo, a ausência faz sofrer, fica um sentimento de vazio, uma sensação de perigo, os motivos não convencem e começamos a viver de lembranças boas, de apego ao passado, de dolorosas saudades, se já é difícil perder um jogo de tênis, dinheiro, celular, documentos, que dirá perder afetos, perder pessoas amadas, perder a triste experiência de não mais ter.
A morte é passagem, a morte é isso, a morte é aquilo, a morte está longe de ser conceituada, a ausência de vida, o amor que se foi, a esperança de cura que acabou, o luto traz força brotada de dentro, utilizamos a paciência, repousamos com choro e soluços, paralisamos a vontade de viver, a vida fica sem graça, o luto é obrigatório, mas ninguém nos ensinou, aprendemos na marra, deixamos de pertencer a vida do outro que se foi, ganhamos um anjo, uma estrela, um guia.
Luto = Lutar por recomeço

Eu sou assim, quando me sinto ofendida, queria ter respondido, queria ter dito isso ou aquilo, queria ter revidado com essas palavras não com aquelas que disse, sempre tenho respostas para tudo, para uma ofensa, para uma calúnia, para um mimimi, sustento a minha versão dos fatos, custo a desapegar que o outro não falou por mal, não quis ofender. Mas consigo desvincular de uma forma perspicaz o bom dia, do mau dia. Todo mundo erra, inclusive nós.
Para mim que tenho respostas para tudo, posso afirmar que parece que queremos ganhar o tempo todo, queremos ser ouvidas, compreendidas, aparentemente soa como necessidade de firmar uma posição, falta às vezes tempo para tentar compreender o outro, perguntar o porquê da discordância, da agressividade, da ignorância cometida, mas ao contrário, escondemos nossas perguntas e nos fechamos em rancor.
De nada serve a coragem das respostas instantâneas, dos conceitos estabelecidos, de tudo fazer sentido, mesmo que só para você. De nada adianta semear dentro de si, cada detalhe exposto em ritmo de câmera lenta. Todo ato gera consequências, garanto que ter respostas prontas traz consequências desagradáveis.
A simples terapia funcionou comigo, ajudou-me a entender meu lado complicado, a assumir o peso da prepotência, a deixar os complexos de lado sem destacá-los, a entender o que de fato é precioso e rico para mim, mas não foi fácil, senti a dor da adaptação, escolhi perder certas estruturas enraizadas na minha cabeça e finalmente entendi as razões das coisas.

Ressalto com alegria o que vem dando certo para mim, hoje vivo totalmente mais feliz e não fiquei milionária, nem namoro o Brad Pitty, Não! Não! Apenas aprendi que se a vida não está excelente, ela pode está boa e se minha vida não é 10, eu posso vivê-la bem com o 8. A intensidade das minhas emoções influencia bastante no meu termômetro de felicidade, sou de natureza intensa, gosto de tudo pegando fogo, nada no “vamos levando” faz meu gênero.
Lembro o início de tudo, tudo no comecinho é mais atrativo e mais gostoso, é tudo mais romântico, mais prazeroso, mais emotivo, mais chicletinhos, mais, mais, mais.
Então as coisas se aquietam, a mediação se instala e precisamos urgentemente pular os obstáculos que são eles: rotina, individualidade, pequenas infidelidades (mentirinhas, situações não resolvidas 100%, grosserias bobas, falta de cooperação, horas de conversas virtuais e nem tchum pra ti...)
Então comecei a tentar enxergar a visão que o outro tem da vida, internalizei que ninguém é perfeito, aceitei com humildade que precisava tornar minha vida mais feliz que não poderia esperar felicidades do outro, vou plantar felicidade sozinha vou viver correndo riscos, vou evitar machucar alguém, vou espiritualizar meu Amor torná-lo eficaz.
Mas parecia euforia de principiante, com receita de vida melhor, tentando transformar o coração, brotar a lembrança de que é possível fazer as escolhas certas, sem posturas antipáticas ou não paralisar a vida acreditando no destino ingrato.
Somos injustos com algumas causas, somos profundos em dramas, compensamos as frustrações com alegria, o acaso nos incomoda, não gostamos de tudo que nos cerca, mas lembranças boas não nos faltam.
E viva a vida e nossa esforço para fazê-la cada dia melhor.

Eu sou boa?
Tenho bens suficientes?
Vivo a vida com desprendimento?
O que quero?
O amor é sentimento eterno?
Aprendo com as perdas?
Existe dor universal?
Meias verdades são verdades?
Mãe só muda de endereço?
Os vínculos são sólidos?
Há caminhos alternativos?
Sou arrogante?
Sou apática?
Sou fria e impessoal?
Aprendi a amar?
Dependendo de quem responde e como responde as respostas variam muito, inclusive se você responde hoje e vários meses depois refaz o questionário, nossa percepção de nós mesmos muda, depende de como nos sentimos por dentro, como está o nosso dia, como andam as coisas dentro de mim, os meus pesos nas costas, se o mundo anda simples ou complicado, se o meu coração tem mazelas, se estou de pé ou me mantenho em pé, se fui honesta no questionário ou boazinha, se tinha conhecimento do assunto ou estava preparada para a verdade.
O mundo e seus relativismos, encontrados nos combustíveis que nos alimentamos, na raiz de nossas crenças, nos ensinamentos que recebemos.

Hoje passei o dia relembrando e sorrindo à toa, lembrei de ter conhecido o primo da minha amiga que virou meu melhor amigo e companheiro de viagens, lembrei de um dia inesquecível no shopping do Rio de Janeiro, lembrei de dividir meus quilos de ovos de páscoas ganhos com os amigos chegados, lembrei daquela amiga carioca petrolina que converso no mínimo 87 minutos ao telefone numa ligação ddd, e lembro dos amigos sobrinhos, amigos irmãos e amigos afilhados e comadres que a vida nos uniu ainda mais.

Lembro dos colegas de trabalho que viraram amigos, são poucos e ótimos e da chefe que virou vice-mãe, lembro das risadas e choros e dos desabafos do cds palco de infinitas amizades, lembro da Dani e da Tati, do recanto de amigas e dos pitacos nosso de cada dia, lembro de troca de e-mails, lembro de ainda não mães que ou estão grávidas ou estão com recém-nascidos, lembro dos amigos de infância, dos melhores amigos que caíram posições mas que continuam amigos, lembro de nunca ter tido só um melhor amigo e sim vários, lembro que a vida me afastou de alguns e me agraciou com outros. Lembro dos conselhos de que o nojinho que eu tinha da Tiffany ia passar, lembro de ter ficado amiga-filha da professora de português, lembro de inúmeros conselhos que não ouvi e quebrei a cara, lembro de amar mais e receber menos ou de amar o mínimo e receber o máximo. Lembro que meus amigos são tesouros raros, lembro das amizades de mais de 30 anos e dos amigos que sempre serão, dos amigos íntimos que me sinto livre para fazer o que eu quiser em suas casas, inclusive dormir e tomar banho.

Lembro das amigas irmãs caprichosas que as amo, lembro das amigas chatinhas que admiro ad eternum, lembro de todas as recordações felizes, dos colos, lembro de exercer o perdão com os amigos que pisaram na bola comigo por maldade ou ignorância, lembro de ter sido perdoada também, lembro de ritualizar na festa de fim de ano e ao brinde de champanhe e ao som de fogos de artifício falar o nome de todas as pessoas que eu quero bem e desejo felicidade e prosperidade, lembro das amigas do lindo, do cdb, lembro de ter mais amigas que amigos mas os poucos que tenho valem por 1 milhão de amigos, lembro de engolir o choro diante daquela amiga que teima em te criticar, lembro de chorar da felicidade alheia e alegrar-me como se aquela felicidade fosse uma conquista minha, lembro de me sentir amada a cada instante por um amigo que não vejo, mas o sinto tão fortemente em minha vida, lembro de ter pais amigos, lembro de ter micos compartilhados.

Lembro de ter recebido cartinhas e fotos de amigos que moram longe antes da era e-mail, lembro das amigas de Luminosa, lembro dos amigos primos, da amiga de facul que de tão íntima virei amiga de toda sua família, lembro da facilidade de fazer amigos dos amigos e amigas do Café Cancun. Lembro de ter amigos que amam comidas exóticas como eu e são verdadeiros chefs, lembro de ser feliz com o que tenho de melhor, Sou privilegiada por ter amigos, lembro das minha madrinhas queridas, dos meus ex que se transformaram em amigos, lembro de amigas defensoras dos animais, amigas humanas e que me inspiram. Amigos, ainda bem que fui agraciada com inúmeros sentidos a minha existência.

Um brinde à vocês!

A Pat era uma garotinha cheia de pensamentos filosóficos, ela dava significado a tudo que pensava, transformava desejos em realidades, refletia sobre os impactos do lixo nos meio ambiente, analisava as manifestações políticas que atravessavam o país. Amava o Brasil e tinhas as melhores perspectivas para um futuro onde todos se amam e se respeitam sem guerras ou violências, sem desigualdades sociais.
Pat era uma menininha de apenas oito anos de idade, mas iluminava o caminho por onde passava como luzes de LED azuis, era chamada pelos colegas como a pequena cientista, recebia a ordem dos pais, de sempre amar, sempre procurar fazer o bem.
O seu lado crítico ficou aflorado, não eram julgamentos, eram os olhos da realidade, Pat se incomodava com o mundo que enxergava e queria mudá-lo, começou a alargar seus horizontes e percebeu que tinha que começar dando o exemplo de mundo melhor, ou seja, o seu mundo deveria ser melhor a cada dia.
Oferecia seus biscoitos às coleguinhas de escola que não tinham recursos para comprá-los, estava sempre pronta a ajudar, respeitava o papai e a mamãe, mesmo discordando de algumas coisas, ia dormir na hora ordenada, mesmo que quisesse ficar acordada só mais um pouquinho.
Acolhia com amor seus avós quando iam lhe fazer uma visita, ouvia as histórias repetidas da vovó Tat como se fosse a primeira vez que estivesse ouvindo na vida, ao contrário, já havia decorado a história de como vovó Tat conheceu vovô Tau.
Desejava ardentemente ter um cachorrinho, até que um dia sua professora Cacá lhe deu um lindo vira-lata de duas cores marrom de pintas brancas que a tornou ainda mais feliz.
Praticar o bem a tornava mais feliz a cada dia e todo mundo notava, inclusive as coleguinhas de escola, que perguntavam que sorriso tão radiante era aquele e que olhos mais luminosos ela tinha.
Todo mundo ao redor da menina começaram a explorar a arte de amar, o relacionamento com todas as pessoas ao redor ficou mais bonito, mais luminoso, uma chama que se acendia no coração, porque o amor que ia voltava, o amor ia mais forte e voltava mais forte e a felicidade parecia não ter fim.
Humildemente o amor foi invadindo todos os corações, até os adultos foram tocados, uma corrente do bem foi semeada e esse amor nunca foi falado, foi apenas vivido.

Atitudes do outro em nós mesmos

Eu pesava 84 kg (já pesei 86) e estou com 76 kg sem dieta e apenas 90% “fazendo a coisa certa” e 10% fazendo a coisa errada.
Mas vou transcrever em que consiste minhas conquistas contra a balança para atingimento do peso normal, diga-se de passagem que eu já eliminei o nível obesidade grau 1 e estou no sobrepeso e daqui a pouco estarei com o peso normal, ou seja 64kg ou menos.
Várias coisas me fizeram tomar atitudes vou lista-las abaixo:

Efeito sanfona: Ganhei duas estrias horrorosas que mais parecem cicatrizes de cirurgias de recuperação em acidente de trânsito e isso me deixou completamente fora de mim, porque apesar das minhas inúmeras celulites (covinhas charmosas), milagrosamente não tinha estrias.
Fazer dietas restritivas, cortar doces e outras delícias radicalmente, não usar o “coma moderadamente” e poucos dias depois matar o desejo comendo o triplo do que renunciei.
Conscientização pela minha irmã que eu era determinada para todas as coisas. Conseguia e lutava por tudo que eu queria, salvo a determinação em emagrecer.
Ver um amigo recém-engordado e não reconhecê-lo de prontidão, gordo e irreconhecível, parar e pensar se ele era realmente ele, me fez refletir sobre a minha gordura, porque quando a gente engorda a gente se transforma e eu conheço vários casos de pessoas que fizeram cirurgia bariátrica e me falavam que as pessoas não as reconheciam e eu levei uns 3 minutos para ter certeza que ele era ele.
O mais determinante neste processo foi analisar o comportamento das pessoas magras e das pessoas gordas e eu me choquei vendo atitudes “horrendas” dos outros em mim mesma. Observei que gordo come sem parar, a sensação para quem observa é de que a comida vai acabar, gordo não desfruta uma caixa de chocolate belga com validade até 2014 aos poucos, ele acaba a caixa na mesma hora, gordo quer tudo para ontem, faz uma reserva no estômago de comida como se fosse passar fome por meses. Gordo só se contenta em parar de comer quando aquele bolo ou sorvete acabam e fica provando e comendo de 5 em 5 minutos até não ter mais nada. Os magros comem devagar, conversam na mesa, não estão preocupados com o prato, se deliciam mais com o bom papo do que com a refeição, preferem um delicioso chocolate fino a uma caixa de bombons garoto.
Incorporei atividade física, jogar tênis de mesa, caminhar, pedalar, deixar de ir na padaria e no supermercado de carro, fazer compras em pequenas quantidades para trazer as sacolas carregadas por mim.
Comer verduras ou legumes em todas as refeições e frutas no café da manhã e lanches. Comer tudo de 1, um pão com queijo, uma fatia de bolo, uma fatia de pizza, 1 copo de suco e me esforçar para não repetir (às vezes que repito e não consigo deixar de ser gulosa deixo de jantar). Caso eu coma uma fatia de pão naquele dia não como mais pão de jeito nenhum. Comer peixes, frutos do mar, carnes magras e pouco frango (tenho a impressão que todos os hormônio injetados nos frangos se transportam para o meu corpo).
Abolir rodízios de qualquer espécie.
Aprendendo a cozinhar: Cozinhar comidas saudáveis e transformá-las em gostosuras é impagável.
Tomar um copo d’água a cada 1 hora e ter muito saco de ir ao banheiro toda hora para fazer xixi.
Incorporar arroz integral, farinha de trigo integral, pão integral, trocar o queijo por creme de cottage ou ricota, trocar o suco por água, deixar de tomar toddynho (trocar as calorias líquidas por sólidas), comer doces apenas em aniversários, não comprar doces para ficar no armário. Como sou gulosa e quero sempre servir 4 dedos de bolo, pedir para a aniversariante me servir uma fatia fina e me contentar com ela. Fazer um prato com proteína, carboidrato, legumunosa, verduras, grãos e azeite. 1 carboidrato é suficiente se eu faço questão do purê, não como arroz.
Não se culpar por vez ou outra meter o pé na jaca e não sentir culpa em comer, o importante é não exagerar mesmo que suas escolhas não sejam tão saudáveis. Mas vale, uma fatia fina de bolo do que passar jejum e comer o dobro depois.
Descobri o quanto meu intestino funciona melhor quando eu como de 3 em 3 horas, o estômago fica trabalhando o tempo toda e não fica preguiçoso.


Espero que eu possa ter ajudado alguém e eu confesso que não estou em busca de perder peso e sim de eliminá-los para sempre.

Mais um homem que eu amei

Eu me encanto com muita facilidade, gosto de sorriso fácil, gentileza, generosidade e simpatia.
Curto civilidade e altruísmo e não tenho vergonha de admitir que já amei homens errados, já me apaixonei por homem casado, entre gostar e ficar tinha uma linha abismal jamais quebrada por mim, não sou de fazer aos outros aquilo que eu não gostaria que fizessem comigo, muita gente diz que coração é terra que ninguém anda e que eu não tive culpa em me apaixonar, mas eu garanto que minha cabeça sempre será o meu guia e que eu não conseguiria encostar minha cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente sabendo que estava desejando o homem da próxima.
No mundo moderno vale de tudo, vale o olho por olho, dente por dente, vale o se ele apareceu na sua vida, se vocês se encantaram é porque o casamento acabou faz tempo. Não! Não! Não! O casamento não acabou, ele está lá firme e forte, necessitando de uns reparos, de manutenção e de força de vontade, casamento é igual a todas as áreas da nossa vida, um dia nos cansamos do inglês, do piano, da natação, da hidro, da dança, um dia estamos sem saco para trabalhar, para vender rifas ou para ir ao retiro, um dia estamos desistindo de nós mesmas, dos outros e da vida, mas basta perseverar para que aquele encantamento dos primeiros tempos volte com força total, basta eu me lembrar que a força do amor supera os obstáculos, basta eu ter certeza que não estou lutando sozinha, vale sempre o esforço, se descobrir amando a mesma pessoa a vida toda deve ser uma delícia, afinal é uma história.
O que fiz quando eu me apaixonei (nem sei bem se me apaixonei, mas me pegava pensando nas nossas conversas com mais frequência do que o normal e chegava a sonhar com ele) fugi, fugi com força, corri para bem longe, não atendia ligações, não estava disponível no bate papo, não estava nem aí para a história do Brasil e tudo foi voltando à normalidade porque não alimentei o monstrinho da discórdia que queria reinar no meu planeta.
Vale ressaltar que ele nunca deu em cima de mim, nunca me fez propostas de traição, nunca me desrespeitou ou a sua esposa, o que aconteceu foi à carência misturada aos hormônios acumulados mais pensamentos constantes.
Que lição tirei de tudo isso: quem domina a sua vida sou eu, não vivo de desculpas, eu estou no comando, eu sei a diferença entre o certo e o errado, o justo e o injusto.

A conversa prosseguiu

E eu omiti tudo que estava sentindo, eu sei que não fui honesta mas pra quê ser sincera se isso só causa mais discórdia. Eu sabia o que realmente ele queria ouvir, resolvi poupá-lo além de poupar a mim mesma. Chega uma hora que não dar para discutir a relação, o outro nem tem uma unha de vontade em te entender, de tentar ao menos compreender, de enxergar o seu ponto de vista.
Os trechos mais comprometedores e raivosos de uma discussão que viria eu apaguei da memória e relevei, relevei mais por mim mesma confesso! Relevei por medo de me decepcionar ainda mais, por estranheza falta de vontade de surtar por coisas que tanto me magoavam.
A bendita memória que é muito boa por sinal, fica latente igual pisca-pisca em períodos natalinos, lembrando o que não é para esquecer, que você se apaixonou por alguém com aqueles defeitos pequenos e irreconciliáveis, não porque é o fim do mundo, mas sim porque só você deve mudar e ceder, sempre você!
O besouro da curiosidade me picou e não vou desistir de tentar entender o porque, pelo menos comigo os homens só dão valor quando me perdem por completo.
Nada é mais sem sentido do que ser valorizada e amada no tempo errado, no tempo em que o coração não bate mais forte, a emoção se transformou em indiferença e você descobriu que consegue ser feliz e muito feliz sozinha.
Fiz papel de tola inúmeras vezes, já perdi as contas de tantas preocupações com o passado, o presente e o futuro, me enclausurei e me limitei a observar meu mundo, meu ego, meu eu e o meu umbigo e lutar para que eu consiga ser feliz por mim mesma a fim de não colocar esse dever na mão do outro.

Quando o ex reaparece

Sou de ciclos, acredito no virar a página, trocar o livro, seguir em frente. Tenho muito medo de recomeços com ex. Fico ligada a tudo que não deu certo, ao porque não deu certo acompanhado do não era pra ser.
Não deu certo porque não tinha que dar certo. Não me sinto mal resolvida com ninguém, o que passou, passou, a etapa encerrou, a vida mudou e eu continuei seguindo com dor, sangrando, chorando até o ponto que deixou de doer, que não incomodou mais, até o ponto de perceber que ambos estão felizes ao seu modo e da sua maneira. A vida continua, nos reencontramos, nos desejamos bem e algo fica no ar como se precisássemos completar algo que ficou pela metade, pode até ser que isso me confunda e que tenhamos algo mesmo para resolver, já que ele sumiu às vésperas de um concurso importante, muito importante para mim o que me desconcentrou quase atrapalhando meus planos de aprovação. Tive que deixar o choro para depois, tive que ser mais racional possível para que ele não atrapalhasse meses de estudo e madrugadas acordada. Também tem o fato de que nunca me senti de fato namorada dele, me sentia como se ele estivesse comigo para não estar só. Como se eu fosse uma companhia agradável, eu não me encaixava nos seus projetos de curto, médio e longos prazos, não me encaixava nem nos seus projetos de namorada. Não me sentia valorizada, querida e amada. Agora o vejo refletir sobre as "possibilidades", que possibilidades? Tem muitas coisas que me fazem refletir, porque que os potenciais homens da minha vida só me valorizam depois que me perdem? Porque viro sumidade, suprassumo, grama linda e cheirosa só depois da ausência? Porque o meu lado independente e firme não é valorizado e após um tempo o mesmo lado vira fascinação? Bom, minha cabeça racha e eu não encontro tais respostas. Eu continuo seguindo em frente sem você. Pode até ser que um dia o cuspe caia na cara e eu te dê alguma chance, mas para isso você vai ter que me conquistar e começar do zero, não de onde parou, porque daquele jeito não me contentou, não me satisfez, não me fez feliz, por isso acabou.

Casa Arrumada

Arrumo a casa para ter um ambiente gostoso e harmonioso não somente para mim, para ele e para todos do meu convívio.
Eucalipto, cloro e pinho.
O cheiro de limpeza me transporta para uma época de felicidade, época em que me sinto culpada por ter sido tão feliz! Tenho dó de ser feliz quando penso em muitos que sofrem, não sofro do mal de Gérson, daquele mal que eu posso me dar bem nas costas de outro alguém, a felicidade para mim é cara e culposa, coisas de poeta mesmo que eu não seja. Saber que estou num momento mágico e que a minha amiga tão próxima está com filho doente numa cama de hospital, saber que tenho trabalho, saúde, lazer, enquanto tantos nãos os têm.
Sempre peço a Deus que não haja guerra mundial por causa de muitas coisas, no meu pensamento pessimista acho que vai acabar cedo ou tarde acontecendo, as pessoas estão cada dia mais intolerantes, mais impacientes, mais egoístas. Não podemos generalizar e colocar todo mundo no mesmo saco. Rezo sempre pela paz, precisamos encontrar uma solução para que não haja tanta violência, tanto descontentamento, tanta inveja e tanto mal.
Eu espero poder ajudar de alguma forma sendo um pouquinho de amor a quem me rodeia.

Estudos do IBGE Comprovam

- Quanto mais desarrumada você estiver mais pessoas lindas irá encontrar.
- A noite anterior, véspera da sua doação de sangue é a noite que você mal consegue dormir.
- Autoestima é um santo remédio para um monte de coisa.
- Todo mundo mente, às vezes só para agradar, outras para fugir de perguntas invasivas.
- Não se pode escolher o que se sente e como se sente.
- Hits chicletes não saem da sua cabeça, parece uma praga.
- Há sempre um culpado. Muitas vezes é você mesmo.
- A vida é minha, mas insistem em se meterem.
- Virar a página faz bem a saúde, estar presa ao passado faz mal.
- As pessoas se incomodam demais com a opinião alheia.

Descer do salto às vezes é obrigatório!

Não acredite em mim se eu estiver muito calma em determinados momentos, tipo: paciente ao esperar por horas mesmo sabendo que combinamos de sair às 19h em ponto; dirigir o casamento sozinha porque sempre que eu pergunto algo sai um: sei lá, resolve você, decide você, de qualquer jeito serve; Ser babá de maridex porque ele não sabe onde fica as meias, as cuecas, o uniforme, o crachá, não lembra onde guardou o contracheque ou a apostila para estudar para a prova. Ou quando resolve beber demais virar um chato de galocha ou ainda quando resolve eleger os amigos para o lazer e a esposa para a guerra.
Quando a desatenção toma conta, a falta de carinho, os beijos na boca cada vez mais escassos, ou quando nenhuma palavra é elogiosa apenas críticas ofensivas e brigas por bobagem.
Cuidado com pessoas que engolem sapos e pererecas, cuidado comigo quando ao invés de lutar brigar, xingar, exigir o mínimo de respeito e dedicação eu ficar indiferente, porque quando chega ao ponto do “tô nem aí”, é porque já foi pro espaço com autenticação em cartório e nenhuma lágrima de sangue vai dar algum jeito.
Não se espante com meus surtos espontâneos, eu ainda luto por você, eu ainda luto por nós, eu ainda luto...

Dia Maçante, Enfadonho e Cansativo

Atrapalha um bocado quando estamos tão cansadas ao ponto de tudo ser entediante.
Que ele fizesse o que bem entendesse, ora bolas!
Exatamente esse tema tinha sido motivo de todas as desavenças e exasperações do fim de semana, ele já não fazia tudo mesmo do seu jeito, sem consultas prévias, sem interesses comuns, sem vontade de me agradar ou ao menos me respeitar.
Resmungando que não estava de mau humor e que não precisava que eu cuidasse dele como se fosse sua mãe, aliás adorava me comparar com a mãe dele, acho até que tinha um devoção pela “madrecita” e me via como uma “mãe melhorada” aquela que lava, passa e cozinha e ainda o satisfaz sexualmente. Reclamava sempre, mas exigia a mesma dedicação exclusiva e serviçal.
Quando as oportunidades se transformam em ameaças os minutos não passam, o dia se torna chato, cansativo e enfadonho, além de todo o tédio pré e pós-existente. A respiração ajuda e muito a manter o controle mesmo que nada estivesse controlado.
O coração pulsa por um desconhecido, um ser que um dia foi apaixonante e que hoje nem sei mais, as crenças insistem em martelar na sua cabeça de que aquele relacionamento é coisa séria e que os votos perpétuos mesmo que o pacto firmado seja mais unilateral que a própria solidão.
Eu não sabia o que era casar, mas acreditava que sabia, aliás me achava a PHD no assunto, tipo: fórmula de amor perfeito = amor, hoje acho tudo diferente, acho até que as relações viraram um troca, uma moeda, um escambo que vale sim o sentimento mas que ele sozinho não sustenta a casa toda, (não é só uma viga que deixa a casa de pé). Então o cansaço + tédio + sentimentos estremecidos geram interesses próprios e egoístas, a gente não se suporta, não se entende, não se ama, mas estamos juntos, fazer o quê.

Ele é muito egoísta

Enquanto eu fico aqui, pisando em cima de espinhos, roendo-me de preocupação, cuidando da casa, do cachorro, do gato e do papagaio, pensando e planejando as contas, a reforma, o lazer, preservando a imagem negativa de algumas pessoas que presenciam grosserias constantes...
Enquanto eu me viro nos 30 pisando em ovos para você não magoar, não quebrar, não se ferir eu muitas vezes estou juntando os cacos de mim mesma, estou apoiada em bengala e gritando em silêncio.
Enquanto eu faço tudo para não brigar, para relevar a sogrices da mãe dele, para entender que o cansaço toma conta na hora de divisão das tarefas ou da saída com os amigos sem ter hora para voltar.
Enquanto eu choro, sofro e luto, não sinto a menor sensibilidade e crença no nosso amor, nas coisas que podemos melhorar naquilo que podemos renunciar para que ambos sintam-se felizes.
Enquanto eu abro mão da minha felicidade ao seu lado e penso que você vai partir, percebo tristemente que você já tinha ido há algum tempo e só eu não tinha notado e que o recomeço para você havia sido mais rápido e menos doloroso.
Enquanto encharcava meu travesseiro com lágrimas e lembranças do passado, com a ideia fixa do que poderia ter sido, se eu mudasse, se eu o aceitasse, se eu deixasse de opinar, e se eu realmente fosse aquele poço de ruindade que levava nossa relação para o buraco e o amado carregando a firmeza do culpa zero, do eu não preciso mudar, quem quiser que se ajuste a minha existência.
Enquanto eu...