Descer do salto às vezes é... Arcise Câmara

Descer do salto às vezes é obrigatório!

Não acredite em mim se eu estiver muito calma em determinados momentos, tipo: paciente ao esperar por horas mesmo sabendo que combinamos de sair às 19h em ponto; dirigir o casamento sozinha porque sempre que eu pergunto algo sai um: sei lá, resolve você, decide você, de qualquer jeito serve; Ser babá de maridex porque ele não sabe onde fica as meias, as cuecas, o uniforme, o crachá, não lembra onde guardou o contracheque ou a apostila para estudar para a prova. Ou quando resolve beber demais virar um chato de galocha ou ainda quando resolve eleger os amigos para o lazer e a esposa para a guerra.
Quando a desatenção toma conta, a falta de carinho, os beijos na boca cada vez mais escassos, ou quando nenhuma palavra é elogiosa apenas críticas ofensivas e brigas por bobagem.
Cuidado com pessoas que engolem sapos e pererecas, cuidado comigo quando ao invés de lutar brigar, xingar, exigir o mínimo de respeito e dedicação eu ficar indiferente, porque quando chega ao ponto do “tô nem aí”, é porque já foi pro espaço com autenticação em cartório e nenhuma lágrima de sangue vai dar algum jeito.
Não se espante com meus surtos espontâneos, eu ainda luto por você, eu ainda luto por nós, eu ainda luto...