Cidades e Lugares

Cerca de 109 frases e pensamentos: Cidades e Lugares

As vezes
Saio à te procurar
pela cidade,
em algum lugar
Em cada esquina,
em cada rosto
busco o teu olhar,
mas não encontro
A saudade me atormenta e
minha solidão aumenta
minha'lma chora
A esperança me consola,
sei que um dia você vem
Então, ta tudo bem
Eu te quero!
Eu espero!
Tudo tem seu tempo, eu sei
e não importa o quanto,
eu ainda tenha que esperar
Acredito nos meus sonhos
Sei que eles vão se realizar...
Estarei aqui!
Estarei assim!
Louca pra te amar!

Inserida por GloriaGor

Esqueçam as cidades perdidas, lugares exóticos e escavações. Não usamos mapas de tesouro, e um "X" nunca marca o lugar certo. Setenta por cento de toda a arqueologia acontece em bibliotecas.

Inserida por pensador

⁠As vezes eu tenho um sonho.
Sonho com um lugar, uma cidade, uma casa.
Odiava aquele lugar, aquela casa.
Tinha cheiro de medo e gosto de morte.
Não morei lá por muito tempo.
Só o suficientes para nunca mais querer voltar.
Sinceramente não fui feliz.
Pelo visto isso ainda me atordoa e raramente quando passo na sua rua.
Fito a fachada, o beco e sua escadaria no final oculta pela escuridão.
Não sinto nada além do vazio.
Do lugar, da casa e das pessoas.

Inserida por renew

A cidade é um lugar difícil. Não é para quem é delicado.

Inserida por pensador

Deviamos fazer isso mais vezes,sair da cidade e respirar ar puro,ir pra um lugar que não tem net e nem pega celular,esquecer do salto alto,das maquiagens,do secador de cabelo,esquecer do estresse da cidade,do barulho e só escutar os pássaros e cachoeiras...ao lado da família jogando muita conversa fora e dando muitas risadas...Ha e comendo muiiiiiiiiiiiiiiiiiito,pq nesses lugares o que mais tem é fartura de comida...Impossivel fazer dieta hahahaha

Inserida por Renatapaes

como se coleciona pôr do sol?
Vá em cada cidade, estado ou pais e procure o lugar mais lindo onde o sol se põe.
Fotografe,coloque o nome do lugar e eternize em algum lugar.
Na memoria a gente esquece a grandeza dos detalhes e os tons exatos das cores.
Por isso fotografe!

Inserida por biapeace

‎"E mesmo em uma cidade tão solitária torna-se cada vez mais díficil encontrar um lugar para ficarmos sozinhos"

Inserida por diegosinais

Ficamos deitados por toda a noite na grama mais esverdeada da cidade. O céu estava lindo, o lugar era lindo, o momento era perfeito, mas de certa forma não era o céu, o lugar ou o momento que me impressionava, e sim aquele doce sorriso que em mim despertara o mais puro amor.

Inserida por allanmarinho

Sabe do que eu preciso ? Preciso mudar de cidade , estado ou país e assim ir para algum lugar distante em que não exista ninguém para mencionar seu nome e acabar com meu dia . Preciso limpar a fuligem que ficou nas beiradas do meu coração , conhecer gente nova , reaprender a rir e lembrar da pessoa incrível que eu era antes de você entrar na minha vida e deixar tudo bagunçado .

Inserida por audreyponganborteze

Aos poucos, tudo vai ficando no lugar, embora tenhamos mudado de cidade, de caminhos, de objetivos. Os passos param em paisagens diferentes, mas não dentro de mim. Os pensamentos voam por aí, porém não sai daqui, do que se construiu. E, de repente, a gente percebe que se andou em dias dos quais se repetem em nossa mente; que voltam a vidas que nunca saiu de nós. E tudo começa e recomeça sem jamais ter acabado. A gente observa que os dias se vão e que lutamos contra ou a favor do tempo, e que sempre estamos, com ele, num eterno embate. E sem nos escutar, o tempo segue invencível, fazendo-nos vencidos. Vamos para algum lugar onde o sol queima, onde a chuva refresca, onde o fim inicia-se no começo e que, do começo, volta-se ao fim, num ciclo do ficar.
Corre-se pra quê?
Pra viver!
E nas andanças da vida, na peregrinação do existir, fragmenta-se o ser. Somos pedaços de nós mesmos e de tudo que encontramos,
de tudo que perdemos, de tudo que conquistamos
e de tudo que nunca tivemos. Somos até mesmo o que não sabemos e nem pra onde iremos. Mas se insiste em perguntar: Quem sou? Prolixamente, em mente, responde-se em voz, de pronto: apenas sou... e nada mais!

Inserida por GilBuena

Em algum lugar do mundo (ou até mesmo da sua cidade) tem alguém que vai se encantar (ou já se encantou) pela sua cara de nada. Alguém que vai querer te encarar até descobrir a cor dos teus olhos e decorar o ritmo das suas piscadas. Vai enxergar tua beleza, mesmo se você não estiver nem perto de ser um Ian Somerhalder ou uma angel da Victoria's Secret. Alguém que vai achar que pode te ajudar em tudo e que não vai te deixar em paz até descobrir se está mesmo tudo bem. Alguém que trocaria uma pizzada com a galera por algumas horas falando com você.

Esta pessoa não vai querer ditar regras; vai te aceitar com os seus defeitos, seus medos, suas falhas e todos as suas manias irrecuperáveis. Vai entender quando você quiser um momento de silêncio e vai te ouvir quando você quiser falar sobre guerra, dramas, música, tempo ou simplesmente sobre o seu dia. Vai sentir que precisa cuidar de ti tanto quanto cuidaria de um filhotinho abandonado e vai se entregar a ponto de se ferir caso você não corresponda.

Este mesmo alguém vai achar graça da sua piadinha boba, vai tentar entender suas mudanças de humor, vai te dar apoio sempre que você precisar e vai se apaixonar pelo seu sorriso, pelo desenho da sua boca e, principalmente, por você... ou já se apaixonou, quem sabe?

Você pode achar que é loucura, mas existe alguém que te admira exatamente por causa do seu jeito único, alguém que não está nem aí se você está dentro ou fora dos padrões de beleza, alguém que quer estar ao seu lado nos melhores e nos piores momentos. Talvez tu ainda não tenhas percebido, mas esta pessoa é aquele alguém que gosta de você.

Inserida por lilliancruz

Na Cidade do Rio de Janeiro, quando você pergunta a uma pessoa, qual ônibus passa em tal lugar. Eles tem a mania de responder assim: você pega ou o 315, o 418, o 711, o 224, ah! O 977 também passa lá...
Pronto! Já me embaralhou a mente e não gravei nenhum...

Inserida por RoneiPortodaRocha

Ontem eu tive um sonho. Estava com um garoto na Europa. Em qualquer cidade daquele lugar, num lugar bem lindo. Garoto inteligente, falava bem o inglês e eu mal sabia de português. Eu mal sabia quem eu era, sabia só que queria viver, e ao mesmo tempo tinha medo das lembranças que ficariam para trás...Não tinha medo do futuro, nem do presente, apenas medo das lembranças que aflorariam quando eu estivesse longe...
Nós viajávamos o mundo, e nesse lindo sonho eu perdi pessoas que deixei para trás, pessoas que um dia foram tudo o que tive. Eu perdi contatos, amizades e momentos. E eu aprendi que a vida vinha no auge de sua sabedoria, e que em breve fim teria. E que agora eu era livre, e literalmente sozinha. O mais triste é morrer só, sem ninguém para chorar minha morte. Sem ninguém que vá cuidar de meu corpo, que tudo nessa vida sentiu. Nesse sonho eu era feliz e triste ao mesmo tempo. Eu havia conquistado o que queria, porém não aquele amor, não exatamente aquela vida. Estava nos lugares mais bonitos que a Terra criou, porém a felicidade não me acompanhava, mesmo estando em paz e em boa companhia. E eu não sabia se a tristeza era a família, os amigos, ou aquele amor. Eu só parecia saber que a tristeza estava sempre presente dentro de mim, independente da pessoa que estava comigo e do chão que eu pisava. Por fim, não havia conquistado nada além de um sopro de vida!

Inserida por SabrinaNiehues

Encontrar o Meu Lugar
é também me Encontrar

Pra viver na cidade é preciso estar em harmonia com o ambiente

Pedalar e caminhar por aí para ter a consciência

Porque para me achar eu preciso estar em movimento e me perder na dança da vida

Achar o Meu Lugar
www.acharomeulugar.com.br

Inserida por acharomeulugar

Um sorriso encantador
que me traz felicidade
me inspira a compor
em qualquer lugar da cidade

Quando to contigo não me importo com nada
é alegria completa
eu e você juntos pra qualquer parada
amor na medida certa

Você não é perfeita e eu também não
Musa dos meus pensamentos dona da minha emoção
Liberdade pros meus sonhos a qualquer hora
Único minuto ruim com você é quando você fala que vai embora

Me dá aquele beijo que só você sabe dar
Beijo com gostinho de quero mais
olho nos seus olhos e peço pra você ficar
Meu ponto de equilíbrio, meu ponto de paz

Acordo já pensando
no seu rosto que me fascina
inevitável não se apaixonar com seu jeito de menina
que a cada dia vem me conquistando

Eu que não sei falar de amor
coração quebrado por causa de uma decepção
do seu lado esqueço a dor
e vivo a vida com alegria e restaurando meu coração

Inserida por PatrickDuarte

Quando mudamos de casa, cidade, pais ou emprego é porque o nosso tempo nesses lugares terminou. Aprendemos tudo o que tínhamos que aprender, ensinamos tudo que tínhamos para ensinar, conhecemos todas as pessoas que tínhamos que conhecer, ajudamos a todos que precisavam de ajuda e recebemos ajuda de quem precisávamos, quem sabe, prejudicamos a todos que quisemos prejudicar. O tempo não para.
Precisamos acreditar que vamos encontrar outro emprego e, quem sabe, até mudar de profissão. Vamos conhecer outras pessoas, ensinar e aprender, ajudar e ser ajudado, e coisas boas vão acontecer. Embora, muitas vezes não acreditemos nisso, Deus está no comando da nossa vida e, só ele, sabe o que é verdadeiramente bom para a nossa vida e aprendizado

Inserida por LuPAComunicacao

Sempre busquei a felicidade.
Mais nunca com humildade.
Só em lugares errados da cidade.
Onde será que esta essa tal felicidade
Será que existe um lugar certo na cidade
Que lugar é esse que eu possa procurar
Será um lugar de festas (um bar)
Ou um lugar de reflexão e paz
Quem sabe é lá que eu possa achar
Diga-me, por favor.
Eu busco sem cessar
Essa tal felicidade que tende a me mudar.
Preciso ser feliz, antes que eu vá.
Vai pra onde você pergunta?
Sei lá. Você pode me ajudar.
Será que é lá que ela está
Aonde você pensa que vai já
Se nem sabe onde fica esse lugar
Por isso te peço um auxilio
O indique alguém que possa me ajudar
Porque a felicidade eu tenho que encontrar.
De tanto procurar, conseguir achar.
Ela estava tão perto
Não conseguia enxerga
Era aquela linda garota que sempre eu via passar
Mais nunca tive coragem de me apresentar
Essa tal felicidade
Mora no seu coração
E por isso é minha solução
É minha felicidade
Amor meu grande amor
Por toda a eternidade...

Inserida por eliasteles

Cinderela suburbana
''Era uma vez em um lugar muito distante( do centro da cidade).





Uma moça também muito distante, tinha sonhos mais distantes ainda ( da sua realidade).







Como a prima original,





tabalhava (pra caramba),









mas ao contrario da outra tinha sim,





uma familia(nao que as irmãs deixassem de ser megeras).





Não era prisioneira ( a não ser da sociedade),





Não era tão pobre ao ponto de não possuir uma coroa( no R$ 1,99 tem vários modelos).





O seu problema era o espelho(aquele maldito era seu desalento),





Aprendera a ser princesa européia ( mas sua genética era de outra etnia).





À sua volta o mundo ansiava pela sua decisão de aceitar o pretendente( nada principesco),





que a vida pudesse lhe oferecer.





E ela sempre a esperar '' O encantado''( pode ser aquele mesmo do filme sherek).





E nem sequer qualquer um se aproximava dela.





Na busca pelo principe criou uma lista de exigências impossivel de cumprir.





Mas nem foi preciso noite de festa e sapatinhos de cristal.





Um dia destes tropeçou no que não sabia que existia ( e não era primcipe, não era nada, nem era lindo aff).





Como nos desejos infantis coraçõezinhos flutuaram de sua cabeça (oca).





Pena que o tal ''Semi- encantado'',





fosse distraido e também já tivesse desenvolvido suas proprias exigências(ele nem notou sua existencia).





A nossa ''Cindy'' da multidão tentou de tudo(provavelmete se tivesse um sapatinho de cristal atiraria na cabeça do ''meio principe).





O fim historia está no espelho ( onde ela enxerga o ''porque'' do desinteresse do ''nada encantado'').





Quem disse no entanto que ela desiste (só pode ser brasileira mesmo),





qualquer distração do en-can-ta-do





e ela leva seu coração, o corpo e todo o resto ( e só vai devolver depois do ''felizes para sempre'').''

Inserida por Starr

oh , quando as luzes se apagarem na cidade , você estará no mesmo lugar iluminando tudo com o seu brilho , você é uma estrela e o céu é o limite , estarei do seu lado quando precisar , você não é invisível para mim , você sabe que não é invísivel...

Inserida por maany

Em meados dos anos 50, em uma cidadezinha pequena, em algum lugar do Brasil, onde os detalhes não importam e as pequenas coisas prevalecem. Encontrava-se Antônio, mais um trabalhador árduo desde jovem, sempre trabalhou na roça, em condições humildes. Ele nunca se importou com as coisas de maior valor, assim como muitos que vem de cidade pequena. A família nunca se importou com ele. Não sabia ao certo o que significava família, nem de longe. E Judith, uma jovem da cidade, que assim como Antônio, trabalhava desde cedo. E que vivia por conta própria. Todos nós estamos cansados de ouvir essas histórias de nossos pais ou avós. De como antigamente trabalhavam desde pequenos e tinham que ter independência. Não era diferente com eles. E inevitavelmente, eles se conheceram. Antônio encontrou a parte que lhe faltava em Judith. E Judith encontrou a paz que lhe faltava em Antônio. Essas coisas de sempre. Vem à amizade, a paixão e o amor. Ambos não sabiam o que era ter alguém ao seu lado, não sabiam o que era ter alguém para contar, para conversar, para cuidar. E foi exatamente por isso que eles se deram tão bem. Trabalhavam cada vez mais, e também se apaixonavam cada vez mais. Antônio fazia questão de todos os dias, levar uma rosa que roubava de um dos vizinhos da região para ela. Era algo errado, pelos motivos certos. Em certo dia, ele comprou um radio, e eles passavam as noites ouvindo musicas do Elvis Presley, cantando e dançando. Judith nunca se importou que ele não soubesse dançar. E Antônio nunca se importou que ela não soubesse cantar. Mas eram as noites mais felizes e bonitas de ambos. Em uma dessas noites, Antônio havia esperado Judith, como fazia todos os dias, e lhe disse que tinha uma surpresa. Levou até um dos lagos da cidade, entregou a rosa do dia, mas com uma diferença, um bilhetinho pequeno, escrito com a sua letra, um garrancho, melhor dizendo. E nele estava escrito “Sei que não um cara charmoso, rico ou maravilhoso, mas deixa eu te mostrar que posso te fazer feliz? Eu não vou precisar de nada disso para isso. Foge comigo e vamos construir a nossa família? Deixa eu te cuidar? Se você quiser, se meu amor bastar.”. Judith, sem palavras, olha fixamente para frente, quando vê Antônio dizer — Aceita casar comigo? — Ela, quase que imediatamente, responde — Eu aceito. Algumas semanas depois, estavam os dois, juntando suas malas, e o pouco de dinheiro que tinham, e indo embora para a cidade grande. Eles mal sabiam por onde começar. Foram para a igreja, e mesmo que sem familiares, trataram de logo casar. Assim que o padre terminou a pequena cerimônia, ele chegou à parte “Judith, você aceita Antônio em casamento, prometendo amá-lo, respeitá-lo e ser fiel, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias de sua vida, até que a morte os separe?”. — Eu aceito — Repetiu o processo com Antônio, terminando com ele respondendo — Eu aceito. E o padre terminou dizendo “Eu vos declaro, marido e mulher, pode beijar a noiva.”,. Antônio beija Judith intensamente, ela olha para ele e diz — Até que a morte nos separe Antônio. Eu te amo. E Antônio, sem pensar duas vezes, diz — Até que a morte nos separe Judith. Eu também te amo. Aos poucos, eles foram se acertando, passaram por grandes dificuldades, é verdade. Mas o amor forte e intenso que sentiam um pelo o outro, parecia superar qualquer barreira e dificuldade que fosse. Logo Antônio conseguiu um bom emprego, trabalhando em uma fábrica famosa de carros, e em pouco tempo, já estava comprando um terreno e construindo a casa que tanto sonhara ter com Judith. Assim que terminaram a construção da casa, venho o primeiro bebê. Eles nunca tinham ficado tão felizes. Ele cuidava melhor do que nunca de Judith e do bebê, comprava tudo que ela tivesse vontade, e se dedicava cada vez mais no trabalho. Com o nascimento e a alegria que o bebê trouxe, eles olharam para si mesmos, e descobriram, finalmente, o que era realmente uma família. Um encontrou no outro a resposta para o que ambos haviam buscado. Família era ter os seus sonhos, medos, desesperos e dificuldades compartilhados e, acima de tudo, ter um ao outro. Mesmo que tudo lhes faltassem, o importante eram eles se completarem. Dois anos depois, o segundo filho chegou. E dois anos mais tarde, o terceiro. Eles eram uma família humilde, porém de um caráter admirável. Criaram os filhos de uma forma justa e correta. Embora tivessem passado por coisas difíceis, os filhos cresciam felizes e sempre sorrindo, todos eles. Cada filho foi crescendo, se tornando homem ou mulher, e aos poucos, foram atrás de fazer o próprio futuro. Antônio e Judith haviam criados filhos maravilhosos e se orgulhavam todos os dias por isso. Eles também, de certa forma, criaram os netos que viriam a seguir. Porque muitos passavam mais tempo na casa dos avós do que em suas próprias casas. O que era natural, vendo que os dois tinham jeito para isso. Antônio sempre soube que Judith era o amor de sua vida e era algo encantador de se ver. Mas assim como o tempo passa, a velhice chega. E é claro, com ela vêm os problemas de saúde. Judith sentiu isso na pele. Vítima de um AVC, mais conhecido como derrame, que normalmente, deixa sequelas em quem as têm. E não foi diferente com Judith, que havia perdido os movimentos do braço direito e da perna direita. Ela, que sempre ousou de cuidar de sua casa sozinha, lavar as roupas, fazer comida, uma mulher incrivelmente independente. Agora, se via tendo que depender de outras pessoas para arrumar a casa, cozinhar e lavar roupa. Até para andar precisava de ajuda. Antônio sofreu junto com ela, cada dificuldade e problema que ela passava. Ele chorou junto, cada lágrima que ela derramava. Ele esteve com ela todo o tempo. Levando-a para a fisioterapia, todas as tardes, mesmo que estivesse cansado para muitas coisas, ele sempre estava disposto para ela no momento em que necessitasse. E aos poucos, ela foi melhorando, e quem pensa que ela desistiu de cuidar de seus afazeres? Pouco a pouco, ela foi voltando às rotinas de sua casa, da sua maneira, mas ela limpava, cozinhava e lavava. Usando apenas um dos braços e uma das pernas. Com alguma ajuda de vez em quando e para algumas coisas. Ela era um exemplo. Que mesmo depois de passar por tempos difíceis, ainda assim, lutava para não perder a capacidade de ser independente, para não se sentir inútil. E com certeza, isso ela não era, nunca foi. E assim foram nos últimos dez anos. Antônio levava Judith para a fisioterapia, para o médico ou simplesmente media sua pressão. Ele estava lá. Pronto para socorrer a qualquer momento. E nunca deixaram de estar juntos, nunca deixaram de se amar e se respeitar. Até que em um certo dia, ela foi hospitalizada, mais uma vez, com um segundo derrame. E o estado dela foi se tornando cada vez mais grave. Antônio tornou a levar uma rosa para Judith todos os dias em que passara no hospital, assim como fazia quando roubava uma rosa do vizinho, mas dessa vez, ele apenas fazia algo certo por motivos mais certos ainda. Aos poucos a situação de Judith foi piorando, e em uma das noites em que estava no hospital com Antônio, ela disse que não aguentava mais, mas tinha medo de deixar ele sozinho, porque ela sempre havia se preocupado mais com ele do que consigo mesma. Antônio disse para que não se preocupasse, mas sim, que se fosse chegado a hora dela, apenas vá em paz. Ele mesmo, não aguentava mais ver a esposa sofrer todos os dias. Ela olhou para ele, apesar do olhar enrugado e mais velho, ainda assim, o mesmo olhar apaixonado de quando se conheceram e disse — Eu te amo Antônio, sempre amei e sempre vou amar. — Ele segurou em suas mãos, beijou a sua testa e disse — Eu te amo Judith, sempre amei e sempre vou amar. Para todo o sempre. — Minutos depois ela sorriu, e adormeceu. No dia seguinte, chegava à notícia que Judith havia falecido. Junto venho o velório e o sepultamento. E enquanto Judith era enterrada, Antônio se aproximou do caixão e disse alto, acreditando que de alguma forma, ela o escutaria — Você foi a melhor companheira que eu poderia ter, durante mais de cinquenta anos. Você foi tudo para mim e sempre vai ser. Uma parte de mim está indo embora com você, a melhor parte. Nada do que eu tenha feito por ti, foi o bastante. Eu te amo, Judith. — Naquela mesma noite, Antônio estava em sua varanda, em meio a um céu estrelado. Ele se lembrou da frase do dia de seu casamento “Até que a morte nos separe.”. E ela havia separado. Pelo menos durante a vida, pelo menos por algum tempo. Mas a mesma morte que um dia os separou, seria quem um dia os faria se reencontrar. O amor momentâneo viverá por certo tempo, mas o amor verdadeiro viverá para sempre. Ele tinha certeza que ainda não era o fim. E quase sem pensar, olhou para o céu, com os olhos cheios de lágrimas, e disse — Até que a morte nos reencontre, meu amor.

Inserida por umalagrima

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