Cidade

Cerca de 3521 frases e pensamentos: Cidade

Apenas viva intensamente,
Para que na sua sagacidade,
Possa explorar cada cidade.
Ou apenas viver ignorantemente,
Te odiar para quê?
Se apenas vendo,
Sei que ao seu lado,
Amo você...

Inserida por DeadfelizorDeadtrist

Pandemia!
Deixando a cidade da uva e do vinho
feito uma pipa vazia
sem graça, ausente de harmonia
A cada dia...
um possível novo caso
alertando a sociedade
com o propósito de valorizar a vida
Nesse outono, que para todos seria
o motivo perfeito, para sair da já existente rotina
apreciar a paisagem, admirar as folhas ao vento caindo
a natureza agindo...
bem como deveria
Porém nossa situação é crítica
a voz da própria alma, num gesto de amor, abraçando a humanidade
... anuncia...
Em tempos dificeis
sejamos mais humildes
colaborando com o aumento positivo
da saudável expectativa
Ajudemos a quem realmente
precisa!

Inserida por fiorinjunior1979

Entimema

Castelo que reflecte o azul,
Cidade vazia que daqui te vejo,
Do chá que tomo fervido no bule.
Sou eu homem que daqui praguejo,
Palavras que das pedras do castelo escorrem,
Que de tão bela que és exercito delas solfejo.

Escore-me da vista da janela o mirar,
Cidade vazia do teu pro meu praguejar,
De onde não mais sou capaz de tragar,
A camomila do meu chá em desgosto só posto.
Sou só porte aqui sentado a tentar solfejar.
Canto pra paralelos rijos que orvalho faz brilhar.

Oh cidade na minha prima esta que foste bera.
Oh cidade que deambular-te tanto eu quisera.
Oh cidade despida de tudo menos da quimera.
Que outorgas tu agora passeios de ninguém,
Por ti na calçada não mais cruzo rostos,
Rostos não cruzam mais por mim também.
Silencio profiláctico na noite em desgostos,
É bera forma de palavra austera que a pedra tem.

No vago e no vão e até no vagão parado,
O carril de ferro é frio pois não mais lá travo,
Não mais lá vejo a engrenagem que faz a viajem,
Que transporta o frenesim que eu outrora ouvia sem fim.
Pregões a vender maresia do outro lado de lá da margem,
Janela onde eu estou só, minha vista alegre arria em mim.

Agora desta janela eu não mais abro mão.
Daqui não me vou, tranco a chave a razão.
Outrora vivi meses à esquadria das paredes,
Vida de janela fechada na mais bela fachada
Da cidade vazia, despida de gente,
Ausente do ruído, que agora se fez silente.
Não mais me escondo, não mais me tranco,
Não mais penso ser doente, nem da vida decadente.
Ouço o vazio do som, augúrio calado,
Vivo uma mescla entre o triste e o desarmado.
Tempos em que debaixo de cobertor vida doía,
Me escondia da alegoria do dia e da orgia dos olhares.

Hoje sou eu na noite que é mais húmida e fria,
Daqui sinto quem da vida se despede e padece,
Sinto aconchego na praça vazia, onde o espírito tece,
Sinto as almas que aqui passam de quem falece.
Cidade parada, sobre o olhar desencanto e me encanto,
Com a telha das casas e alma dos telhados de Almada.
Praça mais pequenina do que nunca, desprovida de vida,
Praça do ardina, do quiosque e da fofoca amada.
Da folia, da disputa, do cheiro a sardinha assada,
Da menina que de tanto rir parece princesa encantada.
Praça do dizer só por dizer nada, do subir por ela a cima,
És agora só minha parte vita da rima.

Lisboa parada, é cidade que dorme.
Sonha à noite o que era enquanto ser dia,
Suspensa dos amores, agora dominam gaivotas.
Dos beijos na boca, da cerveja que tarda,
Dos finais de tarde reunida de actores,
Que encantam quem lhes presta atenção.
Lisboa da criançada, da correria pro nada,
Dos que não se agarram... cidade de vida,
Dos que so andam pela calçada de mão dada,
Dos que pedem pela vida uma esmola
Pra taça de vinho, pró carapau e pra arrufada
Lisboa despida do sonido da vida,
Escorre por tudo que é canto letras... palavra!

E eu daqui da minha janela vejo, pois dela não me arredo.
É tão bela esta cidade, por ela não mais medro.
Tão minha, tão nobre vista que vejo desta janela,
Tão imponente fachada que a suspende, bela parede caiada,
Que daqui dou trovas à inspiração e assas à imaginação,
Daquilo que outrora não prestei verdadeiramente atenção.
Ao negro do Tejo que à noite lava na corrente o pesar,
À esperança de poder voltar a abraçar a vizinhança.
Os ferros da ponte que a atravessam, que lhes dão sustentação,
Erguidos outrora por homens à força de braços mil,
Construída pra travessia e para que um dia se volte a formar
Um cordão tão forte como o que um dia formou Abril.
Cordão na consciência humana, libertou-nos da má sorte tirana
E agora nos libertar da morte que por vezes a natureza emana!

Inserida por ruialexoli

Revinda

Vim morrer em Araguari
Cidade sorriso, eterna
Que a mocidade é daqui
E o meu berço governa

Em uma banda a revinda
Na outra a fonte fraterna
Entre ambas a falta ainda
De a história que hiberna

E sinto, sinto: ganas nuas
O sentimento na berlinda
A ternura vagar pelas ruas
E rir. Antes que tudo finda

Vim morrer, no aceitar vim
Cá para as bandas das gerais
Vim. Outrora chama por mim
E, e por fim, não chama mais...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 08’01” – Cerrado mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

a garça voou
sumiu nos telhados do antigo cinema
voou na cidade
às cinco da tarde
me trouxe um poema

Inserida por lasana_lukata

Nossa pequena cidade
Foi afetada com a pandemia
O silêncio dos palhaços
Estampou nossa Alegria
O vírus em cada Avenida
O aperto de mão agora
É um gesto de dor e agonia

Mortes em noticiários
Fome em casa de família
Falta do pão de todo dia
Lotações em hospitais públicos
Pais entrando em surto
Sociedade não respeita
O surdo e chama o
Cego de inútil
Nossa Bandeira manchada
De vergonha e dor
A escravidão terminou
Mas o preconceito só aumentou

Mais o tempo bom nascerá outra vez
Temos que acreditar em nossa nação
Existem pessoas boas
Com um bom coração

O amor tem uma porta aberta
O amor nascerá em plena primavera
O amor será arma contra pandemia
As crianças irão apertar nossa mão
Com harmônia e alegria

Espere por mim ainda
O dia não acabou apenas
É um recomeço vamos voltar
Em Janeiro e pensar Grande
Não briguem apenas ame.

Murilo Soares.

Inserida por Murilo_Soares

Voo

Em plena insanidade me pego a voar sobre celestial cidade, penso com pensamento apenso, meio atormentado e desatento:

Será um sonho da mais alta realidade?

Mentira ou verdade?

Neste momento também revejo meus pensamentos recheados de amores e tormentos, e concluo: A vida às vezes é sonho, às vezes pesadelo. Não devo nada questionar sobre o desenrolar deste mavioso novelo, tampouco, soprar a chama desta santa novela, pois, o grande lance é voar, velejando sobre doce brisa qual a mim me avise: Deixe de ser burro e aproveite esse vôo livre do qual devo tirar esse chapéu, para que haja um voo incrível, contemplando somente essa paz, deixe de questionar, fazendo guerra como a efêmera vida que em si se encerra quando se desfaz na terra.

Ao ouvir Beethoven não sei o que é que houve quando se ouve um estrondo rotundo advindo do mais profundo, além do fim do mundo, muito rápido quando me vejo sobre sagrado céu de anil.

Com abismal calma me pergunto:

Será que minha vida querida desfaleceu após morte batismal?

Enquanto, aqui ouço o glorioso Bolero de um cara chamado Ravel. Essa melodia noite e dia acompanha moribundos santos ou imundos à caminho dos céus quais cada um sua porta abre, sendo céu do amor ou céu das cabras.

Já com Piazzola e sua arte bandoniônica e irônica faz quebrar minhas molas ao dançarilhar um tango diferenciado ao olhar esbulhado de Gardel afrancesado, sentado bem aqui ao meu lado a bocejar seu resmungo afinado em total reclamação, mirando ao Cartola o qual num cantarolar se enrola. Com esse time me vejo morto e revolto apesar de sublimar sublime paz local.

Porém, vou além: Não me ache otário e redundante o bastante, pois, se essas palavras não existiam, agora é só botá-las no dicionário ou numa página de jornal.

O papo está muito bom, mas tenho de ouvir outro canto no meu velho recanto, pois, espero acordar vivo e solto e mais santo.



Volto a sonhar a vida de meros mortais.



jbcampos

Inserida por camposcampos

O Virus do Vazio -
(Covid-19)

Vou sozinho p'la cidade ...
Nao há nada!
As ruas estão vazias tal qual os corações
dos homens ...
Não sinto nada! Nada se ouve, nada se escuta,
só o vento que anuncia o vazio das ruas e
dos corações dos Homens ...
As janelas estão fechadas, as portas também!
Não se ouve nada! Só há gestos partidos
cheios de noite e escuridão!
Passa a solidão ... lenta e absorta.
Évora está deserta!
Deus fechou as Portas!
Os Homens estão despidos!
Não há nada! Não sinto nada! Não vejo nada!
Um só desejo me veste o corpo neste instante,
abraçar-te novamente, óh Évora Encantada!

(O Poeta, caminhando sozinho, por Évora vazia, na solidão das ruas desertas ...)

Inserida por Eliot

⁠Cada palavra tinha sua magia. Eram como pinceladas pintando a paisagem da cidade, cada uma ajudando a construir uma imagem do todo.

Inserida por pensador

⁠O sol traz a claridade
o dia começa bem
no sertão ou na cidade
no nordeste sempre tem
um cuscuz de qualidade
que alimenta de verdade
e que não falte pra ninguém.

Inserida por GVM

⁠Mais um dia
cinzento começa
na cidade onde
as pessoas não
poupam fingimentos.
Conheci poucas pessoas,
a maioria destas,
era insuportável,
falavam demais,
vangloriavam-se demais.
Das poucas pessoas
suportáveis que restaram,
o mundo encarregou-se de
tomá-las de mim.
Desta forma sombria,
mais uma vez sobrou,
o que ainda restava de
mim.

Inserida por SamuPsycho

⁠No interior.

Eu nem conheço a cidade
dizem que lá tudo tem
mas não tem tranquilidade
e nem todos vivem bem
aqui não tem modernidade
mas amor e amizade
não se nega pra ninguém.

Inserida por GVM

⁠NOTA
-
Nasci numa cidade empresarial, desde pequena condicionada a trabalhar pra alguém. Entre tantas multinacional, quero ir mais longe, quero que a vida seja mais que produzir algo que seja consumível. Quero que a minha produção seja permanente, quero que fique, quero que saia, quero que liberte essa minha gente.

Inserida por renatacorrea

⁠Viriato


Oh Lamego!
Cidade das partes de Viseu,
Onde Viriato, sem medo,
Morreu, pela sua coragem, mas venceu,

Os algozes romanos,
Ao morrer, sem perder as convicções.
Que não eram emoções!
Nem tão pouco enganos.

Oh terras de além e aquém Douro!
Lutai ao meu lado,
Com nossas espadas de ouro!

Contra a gente daquela terra,
Que como a Viriáto,
NOS QUEREM MATAR NA GUERRA!!!

Inserida por Helder-DUARTE

⁠O dia nasce
mais uma vez
nesta cidade.
Neste dia
me sinto bem,
o dia começa e
o sol já entra pela
janela.
Os pássaros cantam,
os motores roncam,
o sons dos passos
começam a movimentar.
A brisa gelada
da primavera
corre pelos braços,
o arrepio percorre
o corpo.
Neste dia,
me sinto mais vivo,
não está escuro,
está claro demais,
claro demais para
ver.

Inserida por SamuPsycho

⁠UM CUSCUZ.

No sertão ou na cidade
o cuscuz é uma raridade
que nasceu na natureza...
não conheço um nordestino
que no café matutino
não sirva um desse na mesa.

Inserida por GVM

⁠Vento bom.

É normal ter na cidade
festa e aglomeração
trânsito e velocidade
edifício em construção
sossego e tranquilidade
vento fresco e liberdade
a gente encontra no sertão.

Inserida por GVM

⁠O homem do campo tem como meta do amanhã ser melhor que o hoje; o homem da cidade tem como meta do hoje ser melhor que o ontem.

Inserida por MBomfimBarreto

⁠Eu, tu e mar
Tu, eu e cidade
Eu, tu e paz
Tu, eu e guerra
Eu, tu e fé
Tu, eu e separação
Eu, tu e amor
Tu, eu e desencontro
Eu e tu
Tu, eu

Inserida por Ulfo

⁠Luzes e cores, a iluminar o céu dessa cidade. Mas por aqui um vazio a me consumir e me leva sobre essas nuvens carregadas de pensamento e lembranças, prestes a cair uma tempestade de lagrimas de saudades, que certamente me inundaria de tamanha saudade que estou de você. Por onde anda você.

Inserida por jose_felipe_1