Cheiro

Cerca de 4591 frases e pensamentos: Cheiro

Maçã em receita

Nada mais tentador que maçã do amor
Com canela tem cheiro de beijo
Nas tortas saliva gosto com fulgor
Assada derrete e da desejo
Maçã tão bela e de delicada flor
Na salada traz o seu azedume
Tem vermelha ou verde na cor
Inconfundível é o seu perfume
Enigmático é o seu lado pecador
Como réu se tornou incólume
Uma por dia evita o doutor
Numa simples mordida é revelação
E te leva na vida ser longevo
Na culinária de distinta sensação
Maçã por maçã que aqui escrevo
Vilã dos contos, símbolo da sedução
Eterno fruto da paixão

Inserida por LucianoSpagnol

A lua fica calada...
No cheiro da madrugada

Inserida por LucianoSpagnol

Cheiro das palavras

Garatujam saudade
Rabiscam felicidade
Desenham amor
Borram a dor
Traçam sorte
Riscam a morte
As palavras... Imortais palavras... Cheiro
Dando vida e aroma ao coração forasteiro.

Luciano Spagnol
07'50", agosto, 2012

Inserida por LucianoSpagnol

As palavras... Imortais palavras... Cheiro
Dando vida e aroma ao coração forasteiro

Inserida por LucianoSpagnol

Lamparina...

Tu, ateia luz à lembrança
Gerando cheiro de criança
E fuligem na nostalgia
Evolando memória e poesia
De um tempo que não volta mais
Sentado no silêncio do ontem, das gerais
Tão perto e tão longe, porém
Fazendo a existência ir além
De um dia ter dado partida
Na juventude já perdida
Entre ventos a soprar
A alma pôs-se a chorar
Esta solitária iniquidade
Que arde as cinzas da saudade
Na chama da lamparina
Onde não mais tange a rotina

Luciano Spagnol
Rio, 23/10/2010
19’29”

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto da saudade tua

Não consigo ficar sem te escrever
cada cheiro teu que comigo ficou
tornou versos que comigo chorou
aqui nesta ditadura no meu viver

São sonetos que a paixão poetou
São momentos de amor sem ter
perdidos nesta dor, dói pra valer
latejando no coração, ali aportou

Sem o teu sorriso a quem recorrer
o teu olhar a recordação eternizou
os meus retalhos, estou sem coser

Por fim, vagueio, não sei onde vou
é trilha sem som, sem como finalizar
é tal saudade, que ainda não passou

Luciano Spagnol
2016, 07 de junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SAUDADE

No vazio da penumbra da solidão
teu cheiro tornou-se guia,
ti via no luar, nas folhas caídas ao chão;
que no bailar do vento, escrevia,
as saudades poetadas pelo meu coração.
E no anoitecer, ainda existia
parte de você na minha emoção.
Tão presente e tão sem argumento,
que a falta tornou-se imensidão.
Infinidade...
E nada de você no momento...
Só saudade!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PEQUIZEIRO EM FLÔR

De floreado amarelado
no sertão enfatiotado
o pequizeiro, tem cheiro
goiano, é o jasmineiro
do cerrado...

Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Saudade é quando o cheiro permanece com a gente, mesmo que tenhamos tomado banho...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

APENAS QUERO

Apenas quero, o cheiro da maresia
pisar descalço nas areias, de Piratininga
gesto recompondo a adolescência, alegria

Quero apenas, o meu eu, ser apenas eu
evolar o silêncio do meu deserto, na ginga
da rima, tecendo versos de um plebeu...

Apenas quero..

Luciano Spagnol
2016, 15 de novembro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

EXÍLIO

A saudade que suspira, separada
Do teu cheiro, nos olhos a chorar
Me vejo, com a dor ali estocada
De um coração sufocado a gritar

Não basta saber que pude amar
Nem só a paixão ter sido alada
As amarguras tomaram o lugar
Dos gestos, a alma está talhada

Na ausência, de teus beijos, dor
As desventuras que fazem sofrer
Me consomem neste torto poetar

É um exílio cheio de amargo clamor
Em ter a emoção distante pra valer
Neste silêncio de não poder te tocar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18 de maio, de 2018
05’30”, Cerrado goiano.

Inserida por LucianoSpagnol

bendição
o chão molhado
de um perfume ímpar
no sertão do cerrado
exala por todo o ar
o cheiro sagrado...
chove chuva, é salutar!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/09/2019
Araguari, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO CAIPIRA

Fogão de lenha na poesia a poetar
Panela a chiar, vastidão pela janela
Cheiro da noite no negror sem tramela
Desprendendo olor na roça aformosear

O entardecer se tingindo de canela
No céu estrelas soturnas a navegar
Em uma sensação de paz, de amar
Amassando jeito matuto na gamela

É só silêncio, cigarro de palha a pitar
Saudade esfumaçada na luz de vela
Arando sensos num canoro devanear

Depois, uma pitada de solidão donzela
Acalentando as lembranças a revigorar
Ah, gostoso a vida caipira na sua tutela

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CHOVE... (soneto)

Chove... que sussurro no humedecido
Cerrado molhado. O cheiro se enleva
Em nubladas nuvens, o temporal leva
O dia, perfumado, no chão lânguido

É a poesia! Palpita a vida num alarido
E nos meus versos a saudade eleva
Na chuva, e que vai caindo em treva
A melancolia de este tempo chovido

Chuva, lá fora, cá dentro um roteiro
De solidão. Encharcando a emoção
Doudejante, em um silêncio inteiro

Entre os tortos galhos nus, troveja
E a enxurrada numa doce canção
De um latente gotejar, a terra beija...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 9 de novembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

EM UMA MANHÃ DE CHUVA NO CERRADO

Verão. Defronte o cerrado. Chove além
Abro a janela, o cheiro de terra molhada
A melancolia... na imensidão, me provém
Invade a minha alma, e ali faz pousada

Sobre o pequizeiro as gotas, e também
O meu olhar, que pinga lágrima mastigada
Suspirando o ar úmido que dor contém
E no vaivém, do vento, lembrança alçada

Olho o céu gris e vejo o meu poetar triste
E o pranto do silêncio por onde sumiste
Encharcando de sofrência a vil inspiração

As águas cantam. Rolam, caem. Um vazio
E na enxurrada um padecer tão bravio
Que vai arrastando a saudade e a ilusão

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

[...] lá vem a lembrança
gerando cheiro de criança
saudade e nostalgia
evolando memória e poesia...
eterna dança...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

a pintura tem cheiro
respiram
das cores do tinteiro
suspiram
inspiram da textura
do abstrato saíram
gravura
teu silencio é saudade
ternura
passado e presente... eternidade!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/02/2020 - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

TEIMA (soneto)

Ó agonia! À alva, quando, sem teu cheiro
Eu vagueio ermo, pelos becos do cerrado
O chão cascalhado, o sentimento alado
E o vento perturbado me levando ligeiro

Toda a saudade é pesar no peito magoado
A lua, fria, pesa n’alma e da tinta do tinteiro
Da dor, trova a sofrência, assim, por inteiro
E nas mãos vazias, continuas sem o agrado

E na minha insônia a hora é de vil lerdeza
Sofrente é o silêncio na escura madrugada
O desespero escorre dos dedos pela mesa

Ó solidão! Cadê toda a emoção camarada
Ninguém me ouve, ninguém, só despreza:
E a tíbia madrugada continua apaixonada!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020, 05’08” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PASSOU...

Os versos para ti, cheios do teu cheiro
Que me faziam sentir teu doce palpitar
Não mais estão na prosa como roteiro
Nem a tua privação faz o verso chorar
O soneto restaurado, canta por inteiro
Sem se interessar com o árduo pesar
De outrora, e não mais um prisioneiro
Do poema doloroso, o sofrente poetar

Passou... e hoje, refeito, tão satisfeito
Com a tal alegria que faz a gente crer
Que aquela paixão, já não dói no peito
A sensação do tempo parar, acabou
Ser teu já não mais tem algo para ter
Fica a certeza do amor por ti, passou!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 março, 2024, 16’42” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RESÍDUOS

Levou-me o pensamento até a saudade
da que tomou conta da minha sensação
do cheiro perdido e mesclado de emoção
deixando o soneto tão cheio de vontade
Uma jornada aflitiva que a alma invade
pondo a inquietação dentro do coração
que diz: sou eu quem te deu tal paixão
então, acalme, pois o amor é divindade

O bem entende a humana compreensão
a ti, este sentimento que amaste tanto
guardando na ilusão e na tua lembrança
Por que o que foi teu, será só sua adição
a estes resíduos, ternura e doce encanto
e para o tempo o desígnio e a esperança...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 maio de 2024, 16’39” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

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