Cartas e Prosa de Fernando Pessoa

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Dia do Escritor

[...] A gente começa a escrever por que não pode ou não consegue falar, continua escrevendo por que não quer se calar, daí se percebe escrevendo por que internamente os monstros estão grandes demais, incontroláveis e impassíveis, eles se tornam verdadeiros devoradores de silêncios que nos consomem dia após dia vorazmente.

Inserida por JWPapa

Hoje eu perguntam o que mais me incomoda
andar com a cara fechada não diz que sou hostil
Nessa vida de erro, tudo ficará suspeito,
difícil de se expressar pela arte, mas é o que amo e não tem outro jeito...

Uma hipocrisia sem meio e não se sabe se tem fim
pode ser até desesperançoso que isso parte do próprio povo
Não sei qual os limite que isso ultrapassa,
caminhe ao lado contrario e nunca junto a massa.⁠

Inserida por Batistauer

Eu? nunca deposito todas minhas moedas no ser humano e por esse motivo dificilmente irei me decepcionar com alguém.
Não é porque perdi a esperança, mas porquê sei que todos mais cedo ou mais tarde podem errar, inclusive essa pessoa que vos fala.
Isso acontecer o tempo todo e é exatamente por esse motivo que não devo ficar chateados porque essa ou aquela pessoa não corresponde mais às minhas expectativas..
Estamos todos transitando pelo planeta terra com o objetivo único de aprender através das experiências com o outro.
Esse contato frequente com o outro estabelece laços afetivos envolvidos de muita carga emocional e quando há uma oposição em relação ao que você pensava, geram-se sentimentos contrários, diferente do que fora cultivado no inicio da relação.
Aí você sofre, chora, esbraveja e os elogios cantarolados no inicio são trocados por frases como: você é muito ingrato, falso, infiel, não curti minhas postagens, não responde minhas mensagens e sai gritando aos quatro ventos, em alto e bom som para que todos possam ouvir, ele ou ela não presta.
É como você estivesse se deliciando com uma fruta e ao chegar no estomago você decide regurgitar-lá. Não faça isso como sua saúde mental, façam a digestão porque o que não presta todos sabem exatamente aonde vai parar.
É uma perca de tempo desnecessária e nada como um bom porre acompanhado de uma boa musica para curar.
Doer sempre vai, afinal de conta ninguém é de ferro e bola para frente.
O outro? vai continua a sua caminha assim como você e o que ficou de bom se restabelecera automaticamente, independente do tempo que estiveram afastados.

Inserida por AdmilsonNascSantana

Nós mesmo joga pedra sem querer ser atirado, somos nós mesmo, o próprio
réu sem querer ser o culpado, é tanta hipocresia que até quem é não consegue ficar calado
E eu não me calo, é preciso mais amor pra não poder ver mais um morrer enforcado, ame mais
Ame mais, ame mais, ame mais...

Inserida por sindromesdapoesiaofc

⁠Não é solidão
digo que é solitude
Não é que eu não goste de pessoas
mas sinto que alcancei a plenitude
consegui curar minhas mágoas
sinto-me em boa companhia
e até que gostei muito de ficar atoa
com meus pensamentos
lendo escrevendo,
me amando..
sim, a viver aprendendo
na minha idade isso é fundamental
por que só assim vamos levando
a vida com leveza
e vencendo as incertezas
Já isso é madureza!

Inserida por juliana_rossi

Eu não estudei o português, inglês, irlandês, quanto
Menos matemática, biologia e francês, pra da aula
E querer ser professor, mas fazer oque? Se a rua quem
Me ensinou, eu vim de lá, foi de lá que eu vim doutor

Acredito que, a maioria dos sonhos de um menor um
Dia é ser jogador, acredito que, a maioria dos sonhos
De um menor, um dia é ser jogador.

Inserida por sindromesdapoesiaofc

Se muitos de nós tivesse a mesma sintonia, telepatia
Tudo seria melhor, se a gente se colocasse no lugar do
Outro

Mas, só vejo de mal a pior, eu vejo que nunca vai mudar
Nunca vai ser melhor, porque o que está faltando mesmo
Dentro de nós, é mais amor, o que tá faltando dentro de
Nós, é mais amor.

Inserida por sindromesdapoesiaofc

Se em palavras vieste inspirar
Ó Deus, fascínio crias em tuas poesias.
Natureza de beleza ímpar,
Ensinai a viver teus dias.

Se em amor escreveu o poeta
Ó Deus, da-lhe entendimento.
Em tuas palavras destes o encanto,
E em pleno pranto, trazes o lamento.

Se em beleza nos deu a mulher
Ó Deus, estendo as mãos ao céu.
Dedicamos ao doce veneno
Palavras jogadas ao léu.

E a tudo que não provém
Ó Deus, vem nos libertar.
Do riso sem viço
Paixão sem serviço,
Do amor sem amar.

Inserida por MatheusHoracio

As palavras não estão vivas. Em mim não encontram morada, das minhas mãos não saltam ao papel.
As palavras estão fugindo, em êxodo da minha própria mente.
O que era inspiração agora é passado, velado e relutantemente esquecido.
Se para o cientista, o gosto está na descoberta, para o poeta, está na moça que vai e que volta. Quando ela não volta, a tinta da caneta seca, a mente não produz, e o poeta se torna uma estátua de sal.

Inserida por MatheusHoracio

Escrevo pra falar de amor
Expressar a dor,
O que é comum aos alheios
Tem em meus olhos esplendor.

Narrativa da vida
Sem ponto de partida.
Se por aqui tudo finda,
Fica a obra do autor.

O épico é interpretativo.
Deuses, imortais e heróis
Mas falo de meros mortais se amando, sentimentos de um doce finito.

O propósito é alcançar, sim
Alma carente de paixão.
Paixão pela arte, em parte
O que venha a tocar o coração.

Inserida por MatheusHoracio

Naveguei como os melhores navegadores em suas expedições.
Corri como maratonistas corriam por um grande prêmio.
Escalei a maior das montanhas como os melhores alpinistas.
Escrevi como os maiores poetas.
Lutei como os melhores pugilistas.
Me diverti como o maior dos palhaços.
Amei como o mais sublime dos românticos.
Cheguei até onde outros já haviam chegado, e nunca além disso.
Morri, e nada de novo vislumbrei.
Sou apenas um dos outros, somente porque não dei um passo a mais do que eles.

Inserida por MatheusHoracio

Esvai-se o tempo paralelo aos precipícios
seus passos ressoam pelas paredes e correm para longe
ouve-se nada

De olhos escancarados e pernas bambas
cai
fita o esvoaçar das areias no céu crepusculoso
esfria

A noite vem chegando aos poucos
sua anunciação provoca espanto
medo

A possibilidade cada vez mais real daquela garganta vir a tornar-se
a sua tumba
seu eterno descanso
repouso
sem lamúria
de um cadáver que aos poucos derrete
calmamente
sendo apreciado com elegância pelos vermes
de outrora
e sempre

A noite
sem os ventos
traz o ensurdecedor silêncio
que até conforta
O céu
super estrelado
surge na fenda
que se estende por cima dos olhos

Como se estivesse frente a frente com um rasgo na imensidão única do espaço, numa brecha para as estrelas, distantes luzes a vagarem violentamente pelo negro esplendor entre as galáxias emaranhadas nas teias do cosmo. Leve, separa-o do chão flutuando hipnotizado pelo infinito espaço celeste conduzindo seu espírito elevado para além do cânion , para além do vale, percebe-se afastando de si seu mundo deixado para traz, pronto para abandoná-lo à própria condenação. Vai para o eterno abismo escuro onde o mundo ainda está a cair, cercado por distantes pontos de luz flutuando no vazio.
Torna-se ausência...
some
Enquanto seu corpo o perde de vista mergulhando entre os astros, deixa de sentir, morre o tato, olfato e paladar. Como uma pedra qualquer, ignora sua dureza e passa a afundar na areia levando consigo a insensibilidade fria para o passeio petrificado de quem nunca sai do lugar. A partir de agora é vaga lembrança de si, aos muitos esquecida e mil vezes fragmentada em poeira de olvidamento.

Inserida por crislambrecht

Arco-Iris

-Arco-Iris não quero teu pote de ouro, de dinheiro não preciso, não quero tua beleza, ela já não me encanta, não quero tuas cores, las já esculpem a maioria dos lugares.
- O que queres de mim ousado humano?
-Que responda onde está aquilo que desejo?
- Ora, sou um arco-iris, apenas venho depois da chuva, não sei responder tais perguntas, o que pensas conseguir comigo?
- Não sei, talvez ela esteja olhando para ti e se fazendo a mesma pergunta...
- E eu jamais te responderia, esse é o teu pote de ouro que tens que buscar.
- És sábio como sempre arco iris, ao final, todos temos nosso pote de ouro, é disso que trata tua lenda.
- O que esperas para ir buscar o teu?
- O mundo parece mais fácil ai de cima arco-iris, os humanos não seguem as leis da natureza, são senhores do seu próprio destino!
- Quousque Tandem?

Inserida por lucasfelipe

Apenas mais um texto de amor ...
Tocados pela mutabilidade da vida repentinamente se perguntaram :
_ Onde será que estaremos num futuro próximo à hora em que o crepúsculo nos toca ?
Breve silêncio .
Nada disseram . Sabiam . Uniram-se então as mãos, os corações céleres bateram e permaneceram assim , quietos olhando para o horizonte , onde o sol timidamente se escondia , mas sua luz permanecia visível aos olhos de quem conhece o amor.

Inserida por elisangelabankersen

Era uma vez um sentimento. Era puro, bonito, mas muito exagerado.
E não é que com o tempo o danado alugou todo o coração ? Não havia espaço para mais nada . Só esse constante sentir . Mas era tamanho o barulho que fazia e tanto atentava quem ao lado morava que sem perdão ele teve que ser despejado . Sua bagagem toda pelos olhos foi derramada e só assim o coração pode então respirar aliviado ...

Inserida por elisangelabankersen

Meu Ernesto Azul...


Voltava eu daquelas paragens de Pirapora, dirigindo meu possante Gordini Delfini, carinhosamente tratado por Ernesto, já de cor não muito definida, trazia uns leves amassados em ambas as portas, umas ferrugens no piso, faltava-lhe o retrovisor esquerdo e o para-choque traseiro... nada demais!




Mas aquele Gordini era meu xodó, até carreto o “bravo Ernesto” fazia: meio metro de brita ou de areia pra ele não era nada. Só não se dava bem com subidas, em compensação, nas descidas, ninguém e nem nada o segurava. Um detalhe que não podia de esquecer, no momento de passar a marcha, tinha de ir da primeira pra terceira... em algum momento ou lugar, ele perdeu a segunda marcha, porém, uma certeza eu tinha: um dia, mesmo que não parecesse, sua já havia sido cor foi azul, mas, não um azul qualquer, um de respeito, admirável e solenemente azul. Bem, mas isso se deu em tempos que eu ainda não havia vindo ao mundo.




Dona Orsina, mãe de “Zé Goiaba”, me encomendou um carreto: levar 14 frangos até o sítio de João da Grelha. Em troca de “dois dedos” de pinga, Juvenal aceitou a incumbência de me ajudar nessa empreitada, mas, não deu muito certo, numa curva de chão batido, entre a porteira da Fazenda Craviola e a ponte do Manguezal, meu amigo Ernesto foi, literalmente, atropelado por um boi. Mas, não um boi qualquer! Foi um desses de grande porte, de passos firmes, grandes orelhas caídas, negro focinho, peitoral extenso, parecia ter sido “construído” de concreto e músculos, coberto por uma pele negra, com algumas manchas brancas e outras, em leves tons marrons, reluzentes. Estava selado o destino de Ernesto: faleceu ali, naquela curva e o boi, seguiu em frente... sequer olhou pra trás. Seguiu seu caminho, me deixando apenas com o que sobrou de meu companheiro, dores pelo corpo e vendo os frangos entrando no manguezal.




Pensei até em fazer o velório e o enterro de Ernesto, mas o Padre Policarpo me aconselhou a não fazer, segundo palavras dele, “seria uma sandice”, na hora, entendi sanduiche, e rebati: “Não sô padre, vô fazê é o enterramento do Ernesto, num é um lanche não”, e o Padre nem respondeu, virou as costas e saiu resmungando: “é cada uma que parecem duas...”.




Voltando àquela curva, onde jazia Ernesto, me deparei com Bento Carroceiro e, entre uma prosa e outra, contei a ele de meu luto e que não ia conseguir enterrar Ernesto. Foi quando Bento me disse: “mas ocê é bobo demais, sô! Hoje, ninguém enterra mais ninguém não, só toca fogo e pronto. Depois, pega as cinzas e joga no rio. Isso é que é coisa chique”.




Pensei, matutei e decidi seguir o conselho de Bento. Toquei fogo em Ernesto ali mesmo e fiquei olhando ele queimar. Chorei muito, doeu fazer aquilo, mas o que mais me intrigou foi o caminhão de feno de Tião Matadô passar ali exatamente na hora que Ernesto queimava. Senti cheiro de mato queimando e, logo que olhei pro fim da curva, vi que o feno que o caminhão de Tião Matadô levava, queimava e a chama já subia pra mais de 10 metros...

Inserida por mucio_bruck

Faça uma viagem, retorne ao começo onde tudo é, onde és só, sozinho mesmo, de malas vazias e nu ...

saiba-te, sinta-te, acolha-te ...

e agora, recomece com tudo aquilo que ali encontrou:
malas vazias, nu e você, tão somente, você.

E se os "por quês" e "não é assim" vos chegar, sinta: estes, estiveram lá com você? Se sim, não haverá perguntas. Se não, não há resposta. Sorria dos moldes, a nudez é para quem viaja por dentro e ver requer esse passaporte.
Permita-se!

Inserida por katia_de_souza

No crepúsculo de um sorriso
o brilho de um olhar se faz presente
quando presente está a segurança
confiança dos passos em Verdade
vestida além das letras
afinal, são estas apenas reflexos
das noites acolhidas pelas manhãs
orvalhadas sintetizam a fluidez
sentimentos que são poesias
contornadas pelas sombras de um poema!

Inserida por katia_de_souza

O que cabe no peito
De maneira indireita
Com sabor contente
Com cheiro de arco-íris
Desejo colorido
Confissões inesperadas
Dados quase revelados
Latente não se afasta
Arquétipo que deflagra
Um tipo recorrente
Vem de repente
Esporadicamente
Não busca por razão
Quer vivência
E também ilusão

Nossa vida nos ensina

Não há grande ou pequeno. Há o generoso e o tacanho. Quem com olhos de bondade ver, não assassina a alma do semelhante. Não há maldade sem planejamento nem afago que não cure.

Somos tão bons quanto nos queiram ser. Somos tão ruins quanto nos imaginem ser. O nosso ser é acalentado pelo calor do amor e ressecado pela frieza do ressentimento.

O mais difícil é mensurar a brisa que acalma o coração e as gotas que caem dos olhos pela alegria ou pela tristeza que o amor provoca diante do sabor ou dessabor da dor.

Não imagino uma vida sem preocupações nem alegrias sem frustrações. A madureza é feita a partir do entalhe que a alegria e a dor esculpem em nossa mente e coração.
Graças às verdadeiras dores que nos ensinam que a alegria é efêmera e mentirosa,embora deliciosa, nos enganam e nos anestesiam e nos deixam inconscientes que a vida é difícil. Mas é isso que alegra o nosso ser, a verdadeira mentira que o mau é bom e que o bom é fútil.

Inserida por Poetaantonioferreira

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