Coleção pessoal de StaWod

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É leve?, sempre leve
Oscila?, sim oscila
Mas é compacto e impenetrável
Com tempo torna-se inabalável

Pesado?, não, apenas grande fardo
Absoluto, até mesmo bruto
De forma delicada se desmancha apenas nos olhos teus
Teu sorriso meu dia vem clarear

Prazeroso e não penoso
Puro não malicioso
Que te levanta e não deixa derrubar
Virtudes de amar

No teu silencio e companhia
Vejo que estás presente que entende
Que meu sofrer já não posso descrever
Que em palavras não cabe

Farias tu mil malabares pra me ver sorrir?
Eu pergunto a ti, e então
Dê-me cá tua mão
Se a resposta for sim

Serei fortaleza, preservarei tua beleza
Em meu pensamento será imagem fixa
Tão raro como o mais puro ouro
Nos gestos, rixa de grandeza e gentileza

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.

Enquanto durar meu corpo
Enquanto me correr nas veias
O rio vermelho que se inflama
Ao ver teu rosto feito tocha
Serei teu rei teu pão tua coisa tua rocha

Poesia em forma de canção
Arte sobre pauta, pentagrama
Feitiço que invade a imaginação
Provoca efeitos impensáveis
Pensamento crítico e reflexão
Inteligível abdução
Do sentido
Dentro em mim metido
Quanto vale a vida de alguém?
Perguntou o cantor
Direciono tal pergunta a meu senhor
Não vela-se a vida de alguém,
Mas a casca vazia de ninguém
Sem essência nem voz, sem bem

Deveria sentir-me viva ao fazer o que quero
Porém tudo o que sinto é repulsa por mim mesma
Aversão a meus novos hábitos

Parte de mim me diz que sim
Mas....., o que se faz
quando temes teu próprio medo?
E temes que o medo te atrapalhe
Que borre, pois bole o pensar

Em parte eu sei que sim
Mas o que parte de mim é não,
pois, não é o que não pode ser,
Muito menos o provável

Alucinação de variante infindável
Coração palpita indomável
Emoção incontida,
transgredida por teu próprio ser

Picha tua ficha
De rubro, de bronze
Vacila

Responda-me, a ti suplico
O silêncio teu espanta e preocupa-me,
A fala tua, mesmo fria, me acalma;
Teu semblante quando entristecido
Conjura-me fadiga
Teu sorriso, puro artifício,
Retorna-me à paciência do esperar;
Esperar este, que deixou-me de ser sóbrio
Para, simplesmente, ser desejo
Desejo, vontade, ideal...
Sim, um falso ideal;
Ideal que me causa mal
Náusea e dores como que de parto
De preocupação, estupefação
Nem sei se isto se adequa;
Mas sinto, e sinto muito por
Não fazer, não poder me opor
Quero ser seu elo com a alegria
Mas apenas se for
Para estar em pura sincronia;
Simplicidade, virtude, coragem
Muitas vezes se tornam banais
Mas não é nada de mais;
Será que é possível viver
Sem poder ter
Alguém com quem ser
Você mesmo e ver
A alegria do aceitar
Sem marginalizar
Com tanto que não vá
Para um lugar que há
A tua ausência.

Se neste verso há sentido
Meu corpo eu agrido
Com pensamentos e aflito
Volto-me a Ti

Não se vá jamais, senhor
Cala meu imperdoável dizer
Com nossa solidão
Guia-me no regresso ao corpo

Se ainda há coração,
Creio que não,
Faça-me sentir o novo

Sou covo
Sou cova
Sou corvo
Estou morta

Como estrovo
Ponho a prova
Teu sentir torvo
Que minh’alma comporta

Despeço-te, me coas
Despertando-me em caos
Descanso em paz
Descaso a mais

Já se perdeu de vista
E desejou, realmente,
que ninguém te encontrasse
Em meio aos teu cacos
teus erros e teus fiascos
Espalhados pela pista

Asco, entejo
Bulimia, solvente
Ojeriza, enojo
Orexia por dissolver sua
própria vida em eutanásia
Sessar a falácia

Eu estou viva,
por qual azo não sei
Incomunicável é Kairós
E Cronos não precisa a margem
de meu dias, óh, rei

Suma das minhas vidas
Faça a dor parar
Não desejo isto de fato!
Mas é incontestável pensar
Amotina-se minha mente contra mim mesma
Escuta(o) meus gritos sem som
E esquece-se das palavras ditas
Fato, sou besta entoando novo tom

Engoli o acaso de estar viva
Sorvi a vicissitude de vivente
Absorvi a casualidade de eu existir
Desprovida de mente para me omitir

Existem coisas que não professo nem em meu pensamento
Coisas indizíveis a meu próprio coração e ao vento
Permanecem coisas que deviam ter ido a muito tempo
E a consequência é bizarra, é árduo tormento

Onde está a alegria de sábado atrás?
Antes não precisava de alguém para ser
Mas agora sou dependente.........

Dependente psíquica
Dependente da reação química que você me provoca
Droga massageia meu ego, torna presunçoso meu “EU”

Aprendi a duras penas que devo deixar partir
Pois se fica cria fungos, bolor, odores indescritíveis

Pungente
Asco
Pisoteado por teu casco
Intransponível casca
Sentimento amargoso
Sabor ferroso deste licor rubro, rugoso

Conjurado está!,
Desconjurado estará
Se coragem não me faltar...

Somos, simplesmente, aliens sentindo coisas absurdas e estranhas. Por que digo que somos aliens?
Porque, meu corpo senti coisas que não respeitam as leis de física nas quais nosso universo é constituído e nem o seu. Tanto os meus sentimentos como os seus respeitam leis diferentes.

Leis de outro universo quem sabe?...

Engasgar com a própria saliva
Perder o sorriso de Monaliza
Com a frase que desmoraliza
todo o sentir que cultivei.

Não quero mais um apaixonado,
Não quero mais alguém enamorado,
A vida não é como um dado,
E eu não sou este tipo de jogadora!

Hoje foi um dia sem encanto de poesia
Hoje inspiração seria anomalia
Mas em contradição
Ainda sei fazer rima
O que é, fatidicamente, mania
Para o meu cansado coração
um imã!

Essas dicas que de nada me descomplicam,
e as dúvidas se aglomeram
Penetram,
encafifam a resposta de se achegar!

Eu gosto de gente
Que sente o sentimento aguado do cotidiano
Sente sua arritmia
Inventa novos tons
Se arrisca a sair do aconchego da hipocrisia
E toca a alma líquida dos que estão ao seu redor.

Chegará o dia em que eu não terei de achar,
mas que serei achada?
Pararei de decifrar, para ser decifrada?
Porque infelizmente minha transparência não passa disto,
Sinceridade transborda, mas…
Realidade?
Naturalidade?
Passar isto ainda não consigo,
é bem mais fácil me manter atrás
de um bom português polido.

Se meu desejo é te tocar, eu peco?
Se anseio te enxergar com as mãos,
Se aspiro ver teu rosto com meus lábios,
Se almejo discernir tuas formas
num abraço apertado, eu peco?

Se detesto a distância, é possessão?
Se te quero na palma de minha mão,
Se desacordo dentro de você e…,
Se quero que a mesma coisa
aconteça contigo, é prisão?

Não que eu vá te amordaçar!
Nunca lhe proibiria de ter outras ternuras,
De sentir outros sabores
De ver novas cores…

Quero apenas gravar-me em ti
Porque estais gravado em mim
Quero te fazer perambular por meus desertos
Te mostrar sonhos incertos
Criar juntos nosso mérito

Se desejo não te deixar partir
Por que não fica aqui?

Nunca fecharia a porta da gaiola,
Aprisionar almas não é meu ofício,
Nunca cortaria tuas asas,
A impossibilidade me assombra

Só te peço que fique mais um pouco
Pois minhas asas não sabem voar
Minha maldição: é não poder te acompanhar

Extinguir, dissipar, cessar, desligar, desaparecer, parar

Qualquer botão que escolher
terá a mesma função,
Então some sem deixar marca!

Eu não sou similar a arca
Onde todos entrão, se espalhando pelo chão
Anteponho a sinceridade do ser!