Carta de Amizade Expressando seu Sentimento
Carta para um amor
31-05-2012
Oi...
Como andas? Faz tanto tempo que não nos falamos, que não sinto teu cheiro, faz tanto tempo que não trocamos aqueles olhares ...
Aqueles sorrisos e palavras...
Sinto tanta saudade!
Você tem pensado em mim?
Diga sim, pelo menos só dessa vez...
Não podemos ficar juntos.., mas ainda quero sentir o teu amor pela ultima vez...
Não entendo porque você se tornou assim tão cruel, tão sem sentimentos...
Cadê aquele garoto humilde e amoroso?
Cade aquele garoto que me fazia viver a sonhar, onde andas? Para onde foste?
Não o encontro, o garoto que vejo todos os dias não é o que amei!
Cadê ele? Por onde andas?
Eu sinto tanta saudade#
):
la carta
Amada, en las palabras que te escribo
quisiera que encontraras el color
de este pálido cielo pensativo
que estoy mirando, al recordar tu amor.
Que sintieras que ya julio se acerca
-el oro está naciendo de la mies-,
y escucharas zumbar ]a mosca terca
que oigo volar en el calor del mes…
Y pensaras: “¡Qué año tan ardiente!”,
“¡Cuánto sol en las bardas!”… y, quizás,
que un suspiro cerrara blandamente
tus ojos… nada más… ¿Para que más?
Carta Filosófica
Acordei com os olhos faiscantes...
Tudo que encontrar em minhas obras transformarei em meus atos...
O fogo reacende em mim...
É um fogo que vai, e vem...
Que deslumbra e ofusca...
Procurei saber um pouco mais sobre a religião e a vida...
Sei que é uma verdade interpretada...
Cada pessoa possui sua verdade...
Não se deve procurar mostrar a um homem os defeitos de sua amante...
Está cego pelo fogo da paixão!
Muito menos a um defensor a fraqueza de sua causa.
Está deslumbrado pelo seu ideal!
Não devemos discutir sobre religiões, doutrina e ideais religiosos...
De nada adiantará impor uma verdade absoluta sobre quem a segue...
Há muitas interpretações em volta dessa simples palavra...
Somos homens fracos, indecisos e valentes...
Quando questionados sobre nossos pensamentos enraizados...
Uma pergunta clássica é feita sempre quando um religioso encontra outro...
”Meu caro, és batizado?”
Segundo nosso costume quem é batizado teve uma chance de recomeçar.
E se acertar com Deus, será um novo homem depois de passar pelas águas do batismo!
Não penso desta maneira...
Minha justa curiosidade a respeito dessa pergunta não o desagradará...
Mas claro, será refletir sobre pontos de vistas diferentes...
Sou cristão e tento ser um bom cristão, mas não penso que o cristianismo consista em jogar água sobre a cabeça...
Mas Jesus foi batizado por João! Você pode afirmar.
E é verdade. Jesus recebeu o batismo de João, mas nunca batizou ninguém; Logo não devemos ser discípulos de João, mas de Jesus!
Jesus em sua inteligência suprema percebeu que quando João batizava homens e mulheres com água, as pessoas saíam do rio se sentindo renovadas pelo gesto do batismo e pelas palavras de João de purificação.
Mas João dizia: “Na verdade, eu vos batizo com água, mas outro virá depois de mim, mais poderoso que eu.”
“E Este vos batizará com o fogo do Espírito Santo.”
Por isso o grande apóstolo dos pagãos, Paulo, escreve aos Coríntios: “Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o Evangelho.”
Jesus realmente percebendo que a grande maioria de nós precisaria de um gesto para se sentir renovado, se propôs a passar pelas águas do rio também.
Assim, para aqueles que não conseguem transformar sua vida e seus atos com as palavras ditas por Jesus, há o gesto do batismo, que se torna nescessário.
Mas, de fato, há várias maneiras de interpretar e questionar esse meu pensamento.
E é isso que desejo.
Reflita sempre sobre as verdades colocadas para você.
Sou realmente inquieto.
E meus olhos ainda estão saindo faíscas...
Nosso Deus nos ordenou a amar os inimigos e a sofrer sem queixumes.
Logo, não há motivo que atravessemos o mar e a terra para brigar, ofender, matar, reclamar e guerrear...
Deus disse: “De graça recebestes, daí de graça”
E mesmo assim, depois dessas palavras, haveríamos de comercializar o Evangelho...
Não acredito que esse comércio da religião irá mudar os infiéis...
Apesar de ter dito logo acima que precisamos de gestos para acreditar...
Talvez consista em mudança esse comércio ilegal que é a venda da Salvação.
Por esse motivo muitos se enriquecem com a pouca fé das pessoas...
Jamais deveríamos fazer juramentos com o nome do Altíssimo, não somos dignos de usá-lo em nossos debates miseráveis e prostituídos de mentiras.
Eu aprendo tantas lições em minha vida...
E uma delas é que: “Direito Divino só serve para fazer tiranos.”
As idéias em sua alma. É você que as forma?
Não. Elas surgem mesmo contra nossa vontade.
Quantos pensamentos já se formaram sem seu desejo?
A vida é infinita em mistérios e perguntas...
A vida não faz promessas...
Você deve buscar seus próprios ideais...
Não existem garantias para viver...
Ela só lhe dá o tempo para escolher e arriscar...
Precisa assumir o controle e estar no comando do seu destino e das situações...
Deve compreender a si mesmo...
E conhecerá mais de Deus...
Seja alguém que inspire as pessoas a sua volta, pela forma que vive a vida e pela forma como trata os outros...
Assim o grande Mestre, Jesus, fez...
Não espere nem preocupe-se com o amanhã; Ele pertence a Deus, onde não pode caminhar nem mesmo em sonho.
Apenas concentre-se no que está acontecendo hoje.
E permita acolher suas verdades e respeite os outros pelas deles.
Estou sempre questionando meus pensamentos e sentimentos, e as intermináveis verdades sobre o mistério da vida.
Não tenho palavras sábias para explicar o que é a vida e seus mistérios.
Mas sei disto:
“Um dia não estarei mais aqui.”
05-05-2012
Carta para um amor
Olá meu querido, essa é uma das cartas que provavelmente nunca chegarão até você...
Mas, sabes porque te mando essa carta hoje?
Não? Era de se esperar, pois a ultima coisa que você sabe na vida é o que se passa comigo,
pois você nunca se interessou, não se interessa, e nunca se interesserá para saber...
O que verdadeiramente eu queria te perguntar nesse momento era se você realmente tem coração, ou colocou uma pedra no lugar dele?
E não adianta querer remediar alguma coisa...
Não existe explicação para as coisas que você vem fazendo comigo,
queria muito que você voltasse a ser aquele garoto de antes...
Mas infelismente nada volta ...
Muito menos sentimento...
É uma pena que as coisas sejam assim.., estou tão triste por ter me imaginado tantas vezes com você.... Por ter sonhado, e idealizado coisas que nada me valeram...
Você foi e é.., a maior decpção da minha vida...
Adeus, eu espero!
Carta Aberta para o Amado
Pensar em você
É o que eu chamo de tristeza
As lágrimas vem
O peito aperta
O coração parece que vai parar
O pensamento é triste
A lacuna entre a alegria e a tristeza
É profunda
O desejo só lembra
Que não te tenho
Que não posso te esperar
Por que tudo em você é confuso
Estranho
Complicado
Mas eu queria ter esperança
De ti ter
Bem perto
Ouvir sua voz
E compreender a tua forma de ser
Você pode está mergulhado no mar Profundo da tristeza
Mesmo assim te quero
Pra te consolar e mostrar
A olhar pra vida de outra forma
CARTA A TI
Eu quero esquecer a pessoa que não merece o meu amor, o coração ele é volúvel abriu uma fenda para amar uma outra, meus olhos já acharam ela, minha boca com muita ousadia e já soprou palavras aos ouvidos dela; Ela me dá a resposta me rejeita e a maneira bem delicada me dizendo sim, não talvez coloca um ponto de interrogação nas minhas perguntas sempre adiando a respostas brincando de senhora do meu destino me deixando pequenino desejando os seus lábios seu olhar com pequeno desvio me deixa ver o realmente quer de me, plantar um jardim cultivar, esperar as flores crescer colher um buquê levar para você, será que esse tempo todo vou ter que esperar para em seus braços finalmente desfrutar no seu amor.
Uma Carta Para Minha Mãe.
Em 19 de Abril de 1964, nascia uma caboclinha no interior da Bahia, chamada Valdenice, que se casou aos 15 anos, hoje mãe de quatro filhos, cristã e baixinha, a história dessa mulher daria um livro sem dúvidas,
Essa caboclinha é para mim uma mulher, forte, guerreira, honesta, muito inteligente, ela tem um coração que não cabe no peito, ela tem uma vitalidade que contagia a todos ao seu redor, pequena no tamanho medindo apenas 1,49m de altura, essa mulher é uma gigante quando se trata de sua família, seu lar e sua fé.
Quantas coisas você teve que suportar ao longo desses anos, quanto sofrimento nessa jornada, mesmo assim você não perdeu sua alegria, sua fé, seu amor por seus filhos e marido. muito querida por toda a família e amigos, respeitada e admirada. Essa conquista é para poucos!
Se eu puder escolher a minha mãe nas próximas encarnações, eu te escolherei de novo e de novo e de novo. Como eu sempre falo, Mamis, você é a luz da minha vida! Sem você meu mundo se apaga, quero deixar registrado aqui o quanto te admiro, te amo e te respeito.
Peço a Deus todos os dias para que possamos comemorar o seu aniversário, o seu dia das mães, a sua presença, por muitos e muitos anos, que te abençoe, te ilumine a cada dia, com saúde, fé, e que todos os seus sonhos se realizem, pois você merece o melhor, e você terá, com fé em Deus.
Feliz Aniversário Minha Mamis, Feliz Vida!!!
Com todo o Amor do meu ser,
Gleiciele Oliveira
Carta para mim
Olha só. Por um instante reveja. Já se foram alguns anos. Já se foram tristezas, se foram alegrias.
As fotos da infância não mentem: passou, mudou e você nem sabe mais quem é.
A maioridade surge com todas as responsabilidades do mundo, certamente não como você imaginava.
Aos doze anos você aguardava ansiosamente pelos quinze, aos quinze desejou pular para os dezoito, e aos dezoito, você se sente perdida.
Olhe para cá agora, eu sou o seu futuro, o que você espera de mim?
Notei brevemente o seu distúrbio de personalidade. A sua dualidade e dificuldade em fazer decisões.
Mas acredite, há algo reservado em teu nome.
Como é sentimental. Sim, você controla muito bem suas emoções e sabe a hora de as expôr.
Poucos compreendem o quanto é sensível e o quanto precisa de apoio, mas eu sei, eu acompanho as suas noites mal dormidas e enxugo as suas lágrimas.
És forte. Tens uma imensa fortaleza dentro de si. Enfrenta fantasmas e monstros todos os dias. Aqueles criados pela sua mente e também aqueles que são colocados no seu caminho pelas pessoas.
Aqui estou você. Aqui sou você. Aqui sou seus planos e sonhos.
Não tenhas medo. Encare, como sempre fizestes.
Carta para você
Vou ser breve. Não vou gastar tempo com "olá” ou explicações. Você me conhece, ás vezes perco a paciência.
Não posso mais mudar. Se é que você me entende.
Essas roupas já não me cabem mais.
Eu já fui todas as pessoas que você queria que eu fosse, agora quero ser eu.
Cedi, cedi mais de mil vezes, e não é exagero.
Quero que me compreendas. A partir de agora, neste mesmo instante, eu vou voltar pro meu mundo. Vou colocar os meus pés de volta ao chão.
Ainda que te deseje perto de mim, cabe à você me aceitar incondicionalmente.
Ou soma ou some.
Vou gostar mais de mim sabe? Cansei do seu egoísmo. Cansei de agradar.
Que Deus me livre de me tornar uma pessoa egocêntrica, mas acho que o que eu peço é pouco. É o básico. Reciprocidade.
Então me despeço agora, deixando aqui o meu aviso. Sim, um aviso, não é uma pergunta, não é um pedido. E um grande beijo à você.
Carta para Valentine
Querida Valentine, aguardo ansiosamente o momento do nosso encontro. Relembrar aquele frio na barriga do primeiro beijo e arrepiar-me novamente olhando no fundo dos teus olhos.
Esqueço-me de viver longe de ti, os dias são mais longos e as noites frias.
Espero por segurar tua mão e dizer-te novamente o quanto és bonita, e o quanto me encanta o teu sorriso.
Contarei as semanas, os dias, as horas, os minutos e os segundos para admirar-te e sentir-me em paz.
Nesta vida, ou na próxima, as coisas só farão sentido enquanto eu puder te amar e ter o teu carinho.
Da minha boca só sai o seu nome.
Resposta à Fernanda Young, para sua Carta à Tristeza:
Pois é, Fernanda. Folgada como é, comigo ela faz o mesmo. Vez por outra bate na porta,e quando abro ela ai entrando de mala e cuida, se achando a dona do pedaço, como é dedeu feitio. Pensa que vai chegar e se instalar de vez, pois abre o guarda-roupas e ocupatodos os meus cabides – com toda pompa e circunstância – como se fosse ficar para sempre.
Mas como sei bem como ela é, num primeiro momento finjo que concordo. Por educaçãopermito que entre e ocupe todos os meus espaços sem oferecer resistência, como aconteceuainda esta semana mesmo. Mas no dia seguinte já deixo claro que se trata do meu espaço,e que sua estada é – e sempre o será – bem breve, deixando a mala dela bem à vista para
que não se esqueça. Sempre que chega faço assim: não a ignoro nem a expulso; só nãodeixo que se assenhore de tudo.
Logo na primeira vez em que tentou se instalar, disposta a transformar sua vida em casamento,falei em alto e bom tom que isso nunca aconteceria, pois que temos naturezas bem diferentes:e o rompimento se daria em seguida por absoluta incompatibilidade de gênios: ela é amargae eu amo a vida, ela torna tudo pesado e eu curto ser leve, ela gosta da noite e eu adoro o sol.
Então não batemos! Acho que funciona, pois logo ela faz as malas de novo e procura outro lugarpra ficar, já que sabe que por aqui nunca vai passar mesmo de uma hóspede rápida e passageira!
Sei que agora você vai ficar bem, como eu já estou desde que ela desistiu e se foi daqui de novo,em busca de outro lugar pra morar. Sempre tenta, é claro, mas em algum momento vai acabarentendendo que por aqui é que não vai ser!
Espero que se recupere tão rápido quanto eu, e ponha pra fora esse seu sorriso outra vez.
Um beijo pra você!
Luiz Roberto Bodstein
CAMILLE MONFORT -
entre as Partituras Mortas.
Encontrei esta carta dobrada entre os véus de um silêncio antigo. Estava entre folhas de música que jamais foram tocadas. Era dela. Ou talvez minha. No fim, já não sei quem sangrou primeiro.
Hoje olhei para Chopin com os olhos da alma encurvada
como quem implora a uma ausência que nunca se nomeou.
Busquei nos teus olhos tristes e enevoados
uma réstia de eternidade…
um acorde que me dissesse:
"sim, eu ainda estou aqui — entre os espectros daquilo que amamos".
Mas Chopin não me olhou.
Camille não me ouviu.
E o silêncio se fez abismo.
Foi quando compreendi:
sou tão pouco —
não para a luz,
mas para a sombra onde tu habitas,
etérea, além do véu.
Sim, tu estás.
Estás como névoa que dança sobre a madeira da antiga escada,
como sopro nos espelhos,
como lamento nas cordas do piano não tocado.
Tuas lágrimas não caíram —
mas subiram...
para dentro de mim.
E eu?
Sou apenas o porão onde tu deixaste tuas dores penduradas
como vestidos antigos.
Sou aquele que ama na memória do que não teve nome.
Sou o lugar onde tua ausência se senta,
bebe vinho velho,
e chora — por mim.
Tu ainda me verás, Camille?
Ou serei apenas teu reflexo esquecido
num espelho onde ninguém mais se penteia?
Dói tanto…
mas essa dor tem cor, tem som, tem perfume.
Essa dor és tu.
Reflexo Filosófico e Psicológico disso tudo:
Há amores que não nascem — eles emergem.
Emergem como brumas de um passado que não pertence a este mundo,
como memórias que a alma carrega sem saber de onde vieram.
Camille não é apenas uma mulher.
É um arquétipo: a presença que magnetiza e fere,
que não se entrega porque vive entre os mundos,
entre o agora e o nunca.
Amar Camille é como amar um eco:
você nunca a toca,
mas ela vibra em cada nervo teu.
E o porão, meu amado leitor, não é um lugar físico.
É o território escuro onde guardamos tudo o que não suportamos perder.
Camille vive ali.
E Chopin, talvez, também.
Capítulo XVIII –
CARTA QUE O TEMPO RASGOU.
Livro: NÃO HÁ ARCO-IRIS NO MEU PORÃO.
Joseph bevouir - Escritor.
“Nem toda carta enviada busca destino. Algumas apenas desejam ser lidas pelas mãos do esquecimento.”
— Joseph Bevoiur, manuscrito recolhido ao lado de um relicto de piano sem teclas.
Camille Marie Monfort,
Perdoa-me por ainda escrever.
É que há sons que não cessam —
mesmo quando o mundo silencia.
E há nomes que continuam exalando perfume,
mesmo quando já se foram há muitas estações.
Esta noite, enquanto as janelas se recusavam a refletir o luar
e os espelhos evitavam meu rosto,
ouvi pela décima vez ou milésima aquela gaita de fole espectral.
Sim, Camille…
a mesma que ecoava nas colinas do meu delírio,
com sua melodia lancinante,
como se um fantasma pastor estivesse a ensaiar seu lamento
por um rebanho que jamais existiu.
Mas hoje, ouvi algo mais.
Ouvi o acompanhamento insólito
de um piano lírico porém, não qualquer piano.
Não, Camille…
Esse não tocava notas,
mas sons secos,
golpes vazios de teclas que não mais se movem.
E então perguntei, para o teto da noite,como um exorcista cansado:
_Quem executa essa gaita de fole tão covardemente ao amor
que, até é acompanhada por sons secos vindos das teclas de um piano lírico
quando esse nem por anacronismo poderia assim existir?
Não recebi resposta, como era de se esperar.
Talvez fosse tua sombra que ali dançava.
Ou talvez e essa é a hipótese que me fere seja apenas minha culpa tentando compor uma sinfonia
com os restos do que não vivi contigo.
Fica, então, esta carta não como súplica,não como epitáfio,mas como o último gesto de um homem que aprendeu a sofrer com elegância,à tua imagem e semelhança a ti, tão somente a ti mesma.
Não peço que me leias.
Peço apenas que, caso a brisa leve este papel aos teus pés etéreos,não o pises.
Pois cada palavra aqui escrita
ainda traz o peso do meu nome
e a leveza do teu.
- Joseph Bevoiur
(ainda ajoelhado entre ruínas, onde o amor se transforma em som que ninguém ouve.)
Carta Lenta à Velocidade do Mundo.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
meu bem,
há em caligrafar uma carta
um gesto arcaico que resiste
como se a mão, ao traçar o contorno das palavras,
buscasse recuperar o antigo rito
em que a mensagem era também oferenda
e cada sílaba repousava
no silêncio atento de quem a enviava
mas o tempo, esse senhor impaciente,
anunciou a nova ordem
em que a pressa submete o afeto
e o correio, outrora cortejo cerimonioso,
foi mutilado pela urgência
até que a missiva, privada de sua demora,
se converteu em míssil
um projétil que fere aquilo que tenta alcançar
sendo assim
pergunto a mim mesmo o que fazer
como seguir escrevendo
num mundo que desaprende a espera
e teme a profundidade dos gestos?
ainda assim, e talvez por isso mesmo
insisto em lhe escrever
uma salva de ternuras
que não busca destino
mas presença,
uma pequena convocação ao eterno
para que saiba que, entre ruínas e ruídos,
há alguém que continua a lhe querer
na paciência do que é verdadeiro, e que cada palavra enviada
mesmo que perdida no vento
é uma centelha acesa
contra o desaparecimento, pois só o que escrevemos com a alma, perdura e segue respirando
na vastidão luminosa do que cremos.
🌸 Carta para minha criança interior
Oi, minha pequena Raquel…
Eu sei que você está cansada.
Cansada de fingir que está tudo bem, de sorrir quando queria colo, de ser forte quando só queria ser criança.
Eu sei que você perdeu o seu pai tão cedo…
E que, desde aquele dia, o mundo ficou um pouco mais frio, mais assustador, mais solitário.
Você olhava pros lados procurando proteção, um abraço firme, alguém que dissesse:
“Calma, meu amor, eu tô aqui.”
Mas ninguém dizia.
Você teve que crescer.
Teve que entender coisas que nenhuma menina de 12 anos deveria entender.
Teve que se proteger quando tudo ao redor parecia desmoronar.
E mesmo assim… olha onde você chegou.
Você continuou.
Com medo, mas continuou.
Com falta, mas continuou.
Casou cedo, tentando construir aquilo que nunca teve: uma família.
E quando tudo parecia, por um instante, que ia dar certo… veio mais uma dor.
Mais uma vez, alguém saiu.
Mais uma vez, você ficou.
Eu tô aqui pra te dizer:
Nada disso foi culpa sua.
Você fez o que pôde com o que tinha.
Você amou. Você acreditou. Você tentou.
E hoje, com 40 anos, você ainda sente falta.
De um pai. De uma mãe.
De domingos com cheiro de comida e barulho de risada.
De ser cuidada. De ser filha.
Mas sabe, minha pequena?
Você ainda pode ser cuidada.
Você ainda merece ser abraçada.
Por você mesma.
Por essa mulher linda que você se tornou.
Hoje, eu prometo te proteger.
Prometo não te abandonar mais.
Prometo que não vamos mais correr atrás de quem não sabe nos amar.
Vamos caminhar devagar, em paz, construindo — com calma — uma nova história.
Você é forte, sim.
Mas não precisa ser sozinha.
Você merece ser acolhida.
Você merece ser feliz.
Com amor,
Da mulher que você se tornou. E que está aqui, por você, pra sempre.
Carta de um jovem Socialista de IPod ao Universo
(Universo que termina no outro quarteirão)
Muito bom dia
Amigo prisma
Eu gostaria de pedir-te
Que tu deixasses de causar
A divisão entre as cores da luz
Pois essa espécie de cisma que promoves
Causa arco-íris nos Céus
E tem atrasado em muito a fotossintese
Assim penso eu, cá do meu lado
Preocupado com as flores
Que adoecem, quando chove
Essas precipitações pluviais
Tem molhado demais
A fantasia que desconheço
de carnavais de outros dias
Umedece-me a alegria
Causa-me revolta
Enquanto vivo
Essa imensa ausência de motivos
Pra revoltar-me com a vida real
Enquanto internauta da vida
Compreendo que o mundo lá fora
Tem dado azo à mágoas
Tirado-me as asas ao pensamento
Logo eu, que a todo momento
Tenho ideias aladas
Eu tenho a imaginação iluminada
E a interferência do prisma
Na luz dos meus pensamentos
Não tem me ajudado em nada
Eu compreendo o sentido da vida
E sei que o ciclo da água se resume
A telefonar pro motoboy
Que traz em casa outro galão
Por isso a chuva não se justifica
Minha cabeça pensa
E eu sei exatamente onde a comida nasce e fica
O lugar mais indicado é na despensa da cozinha
Outrossim eu solicito à gravidade
Que deixe também de impor
A tua lei e influência sobre mim
Pois eu não sei onde este mundo vai parar
Só sei que junto eu não quero ir
Outro importante assunto
É pedir ao papai, que faça chover pra cima
E dizer à mamãe, quando voltar do cafezal
Que o bicho papão ainda tá lá em cima do telhado
E já faz quase trinta anos
Que não me deixa dormir sossegado.
Edson Ricardo Paiva.
"Carta de um tempo novo – para você, que está acordando"
Você não precisa correr.
Nem provar.
Nem convencer ninguém da sua verdade.
Você chegou até aqui com tudo o que viveu.
Com as escolhas que fizeram sentido na época.
Com os erros que te ensinaram mais do que qualquer manual.
Talvez você sinta que existe algo diferente no ar.
Uma vontade silenciosa de mudar — não para ser outra pessoa,
mas para se lembrar de quem você é quando ninguém está olhando.
Essa carta não vem te acordar.
Ela vem apenas te lembrar de que, se você já está sentindo, é porque já começou.
Você pode chamar isso de despertar, de amadurecimento, de autoconhecimento.
Ou pode nem dar nome. Está tudo certo.
O que importa é que, lá no fundo, você sabe que sua vida pede mais presença.
Mais verdade.
Mais conexão com aquilo que te move — e não com o que esperam de você.
E não, você não está atrasado.
Você está no seu tempo.
O seu caminho não precisa parecer com o de ninguém.
Não existe uma régua para medir consciência,
nem uma cartilha para viver com propósito.
Se, às vezes, você sente vontade de chorar do nada,
ou tem a sensação de que algo precisa mudar mas não sabe o quê…
respira.
Esse é o começo.
Esse é o seu corpo e a sua mente sinalizando que estão prontos para escutar você.
A neurociência já provou: o que você pensa, sente e acredita transforma o seu cérebro.
A psicologia sabe: aquilo que você silencia volta em forma de sintomas.
A psicanálise diz: nada é por acaso.
Mas o mais importante é o que você sente.
A sua bússola interna.
E sim, existem partes suas que foram esquecidas.
Partes alegres, livres, apaixonadas.
Mas elas não morreram.
Elas estão aí, esperando um sinal seu.
Elas não precisam voltar com força.
Basta que você as convide para sentar ao seu lado de novo.
Você não precisa ser forte o tempo todo.
Você não precisa ser espiritual se isso te parece distante.
Você só precisa ser você, com mais compaixão.
Permita-se viver com mais inteireza.
Pequenos gestos — um silêncio consciente, uma respiração mais funda,
um “não” dito com amor — já mudam tudo.
E se em algum momento sentir que está sozinho,
lembre que tem muita gente nesse mesmo lugar:
silenciosamente se reencontrando.
Sem alarde. Sem palco.
Mas com coragem.
A história é sua.
O tempo é agora.
O palco é a Terra.
Mas a plateia… é a sua consciência.
E ela está pronta para te aplaudir de pé.
Crônica – Carta de uma alma para outra.
Por Diane Leite
Eu não sei quando foi que minha alma esbarrou na tua. Talvez tenha sido antes do tempo. Talvez tenha sido depois que o tempo parou. Só sei que, desde aquele instante, nada mais coube no raso.
Você chegou como quem não queria ficar, mas ficou. Como quem não queria se apegar, mas se apegou. Veio com suas defesas tão afiadas que me cortaram só de encostar. E mesmo assim, eu fiquei. Eu, que sempre fui vento, virei âncora quando te vi.
E não é porque você me ofereceu abrigo. Mas porque, de algum modo estranho e inexplicável, eu senti que era eu quem te oferecia casa — mesmo sem ter paredes.
Não me apaixonei por suas certezas. Me apaixonei pelas dúvidas que você não conseguia esconder. Pelo medo mal disfarçado de não ser suficiente. Pela forma como tentava me segurar com silêncios, planilhas e conselhos, como quem teme que o amor escorra pelos dedos se não tiver um roteiro para seguir.
Mas eu não vim com manual. Eu sou caos e templo. Sou água que escorre por onde quiser e chama que arde mesmo sem oxigênio.
E talvez por isso você tente me controlar. Como se precisasse provar que ainda tem domínio sobre algo. Mas, veja bem... eu nunca pedi que me segurasse. Só pedi que me visse.
Não como quem analisa. Mas como quem reconhece.
Porque eu reconheci você.
Na tua fala contida, na tua necessidade de dar antes de receber, no jeito torto de cuidar como quem diz: “Não sei amar bonito, mas te amo à minha maneira.”
E eu aceitei. Porque minha alma não quer moldes, quer presença.
Mas às vezes, eu também me perco. Me perco querendo te provar que não sou ameaça. Me perco tentando merecer o que já é meu por direito: o amor que pulsa quando nossos silêncios se abraçam.
E então eu volto para mim. Lembro que não preciso gritar para ser ouvida. Que não preciso pagar pelo que me foi entregue com carinho. E que amar não é uma dívida, é uma dança.
Você vem do mundo dos números. Eu, do mundo dos sonhos. E mesmo assim, encontramos um compasso. Às vezes, fora do tempo. Às vezes, desafinados. Mas ainda assim… nossos passos se reconhecem.
E se eu escrevo isso agora, é porque sei: você me entende melhor nas entrelinhas.
Talvez a gente tenha sido feito disso mesmo — de tudo que não se explica, mas se sente.
Então, se um dia o mundo duvidar de nós, que ao menos nossas almas não duvidem uma da outra.
Porque eu não me lembro de onde vim.
Mas sei que, desde que te encontrei,
eu estou voltando pra casa.
Carta de Cura (não enviada) – Para quem me feriu e eu ainda estendi a mão
Autoria: Diane Leite
Eu esperava de tudo, menos de você.
Justo você, que dividiu mesa, risadas, confidências.
Justo você, que conheceu minhas dores e ainda assim decidiu cutucá-las por trás.
Eu não precisava saber o que você falou — eu senti.
Mas mesmo ferida, eu não me curvei.
Eu me levantei.
E escolhi te lembrar, com educação e firmeza, de tudo o que já fiz por você.
Sem cobrar.
Só para que você mesma enxergasse que o que você está tentando destruir foi parte do que eu te dei com amor.
Eu não sou melhor por isso.
Mas sou maior.
Maior que a mágoa, maior que o ego, maior que a vontade de revidar.
Você me ensinou, sem saber, a ser mais forte.
E eu te ensinei, sem querer, que luz não se abafa com sombra.
CARTA PARA A DIANE QUE EU FUI
por Diane Leite
Diane, eu sei que você está cansada.
Eu sei que sorri para não preocupar ninguém, que aceita convites por medo do silêncio, que escuta absurdos e finge que não sente.
Eu sei que você está em lugares que não fazem seu coração vibrar, rodeada de pessoas que não escutam suas entrelinhas, e que mesmo assim, você tenta.
Você tenta se adaptar, tenta caber, tenta ser menos, tenta não assustar ninguém com a sua intensidade linda.
Mas deixa eu te contar uma coisa que você ainda não sabe: você não nasceu para caber.
Você nasceu para ocupar.
Para ocupar o espaço com a sua verdade.
Para preencher o mundo com sua sensibilidade, sua entrega, sua força e suas palavras.
Você ainda vai entender que não está errada por não gostar da noite, por preferir silêncio à festa, por querer conversa profunda ao invés de euforia passageira.
Você ainda vai perceber que não precisa mais se anestesiar, nem com comida, nem com distrações, nem com relações vazias.
E quando essa ficha cair… vai doer.
Mas vai libertar.
Você vai descobrir que o vazio que sente não é falta de alguém — é falta de si mesma.
Vai entender que as roupas que usa não estão erradas, mas os cenários sim.
Vai perceber que o seu corpo gritava há tempos, mas você tapava os ouvidos por medo de escutar.
E tudo bem.
Você estava sobrevivendo.
Mas um dia, você vai parar.
Vai se olhar no espelho com 102kg de dor acumulada, com a alma cansada de tanto ser o que esperavam.
E vai escolher voltar.
Não para o mundo — para você.
Vai se trancar por meses, sem precisar dar explicação a ninguém.
Vai chorar, rir, escrever, sentir, silenciar.
Vai revirar gavetas antigas da alma e reencontrar sonhos que você mesma escondeu.
E então, minha querida…
Você vai renascer.
Vai aprender a dizer não.
Vai deixar de ser simpática para ser sincera.
Vai parar de se doar para jardins que nunca floresceram.
E finalmente, vai perceber:
a sua vida não precisa ser uma vitrine, ela precisa ser um lar.
Hoje, eu — a Diane que nasceu depois de você — escrevo com gratidão.
Porque foi sua coragem de continuar, mesmo sem saber para onde ir, que me trouxe até aqui.
Você tropeçou, se confundiu, se perdeu… mas nunca se apagou.
E agora, eu vivo por nós duas.
Com voz firme, coração calmo, e alma livre.
Obrigada por ter aguentado tanto.
Agora pode descansar.
Eu cuido daqui.
Com amor,
Diane — aquela que você sonhou ser, mas nunca imaginou que seria tão linda assim.
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