Bagunça
As notas musicais saindo pelo quarto escuro revelavam a menina escondida no meio da bagunça total, era assim, quase nada, quase tudo. Vivia sempre a beira de sentimentos explosivos, não por condenação, mas por vontade própria, adorava aquele gosto da adrenalina correndo em suas veias, o corpo quente, suando frio, desgastando seu fôlego, a sensação nunca foi uma das melhores, mas isso a saciava por completo. Transgredindo o sorriso que quase por momentâneas vezes aparecia, as escolhas erradas teriam arrancado o sorriso fácil de sua face, o doce que existia se tornara em algo amargo indesejoso, não fazia bem ao estômago, muito menos ao coração. As partituras recém escritas cautelosamente sobre o piano, ainda exalava o cheiro de grafite desgastado, a maçã mordida deixada de lado no canto. Os cachos completava-lhe a face corada coberta pelo sol transcendendo no ocidente, as bochechas tornando apenas manchas rosas, os olhos exaltados marcados por traços retos e obedientes. Contorcia-lhe cada vez mais, a barriga lhe causava dores imcompreendiveis, as borboletas inquietas no esconderijo, voavam para todos as cantos, queriam sair, abandonar o lugar, antes seu lar. As respostas que precisava estavam extintas, as dificuldades havia lhe ensinado algo quase raro, com papel e caneta tudo poderia ser feito, dar vida a qualquer coisa, as palavras fluíam, saiam com facilidade, sem preconceitos, sem problemas, sem defeitos. O quarto mal iluminado trazia pra si um ar de serenidade e dúvida, os raios solares batiam no vidro embaçado da janela. As vozes fracas ecoavam em sua cabeça, uma súplica, pedido de socorro, era voz em uníssono do seu coração junto com a certeza, sonhos e seus medos, era real o que estava acontecendo, pensou que louco seria se fosse ali apenas uma crônica criada entre cafés e muffins, as palavras não ditas, sem entender, as dores compactadas e guardada no coração, o sorriso meigo voltando ao seu lugar de origem, os olhos perolados claros semicerrados focava em algo, em um ponto deserto perdido pelas ruas ensolaradas. Tudo ia ficando mais claro, os pássaros voltavam a cantar pelos girassóis, as árvores fortaleciam-se com vitalidade, as delícias matinais, o sono da tarde, tudo se encaixa, não era perfeito, estava longe disso, mas pra ela, era diferente, era mágico, transitava entre formidável e magnífico. No silêncio inapto do quarto, voltou-se para as partituras, desenhando embaixo, no final da folha, uma pequena gota de lágrima, caída e perfeita, sem tristezas, apenas felicidade, assim pode ser interpretado, criado e entendido, era isso, apenas isso, completa, complexa e destemida.
Minha Vida é Uma Bagunça e Detesto Quem Tenta Arrumá-la Com Palavras, Se a Encomoda, Pouco Posso Fazer.
Sonho abstrato e riqueza insana
Fragmentos de ideias
Bagunca organizada
De cores incolores
Que nao altera o produto
Da ordem dos fatores
Sonho abstrato
E o pleno ignorar
Do eixo em movimento
Na geometria circular
Com seus simbolos pintados
Que nao conhece o odio
E nao sabe o que e amar
Jota Cê nunca enfiou no bolso os papéis dos meus elogios. Sempre leu atentamente a bagunça dos meus exageros, quando arregalo para o mundo todas as suas qualidades. Popularizo palavras, mas não sei disfarçar o que me contagia. Esse amor espevitado é meu. Esse sentimento conhecedor é meu.
Esse amontoado de sensualidade e paquera descarada, que só existe nele... é MEU!
Tudo é MEU, inclusive:
ELE!
Rebeca
-
Tira daqui
Leva pra lá
Paga ali
Veja isso!
Leia aquilo!
Já escreveu?
Arruma a bagunça!
Bagunço o que arrumam.
Onde vamos parar?
O sabão não sai!
E a água que vai...
Meus cabelos? Só caem!
Otimize! Seus pensamentos
Facilite! Sua vida
Resuma! A conversa
Reduza! Seus gastos
Onde mora? Onde mora?
Onde mora o mundo mais devagar?
O tempo voooooa
Muiiiiita gente à toooooa...
Não sei se é a madrugada, o remédio, a sujeira, a bagunça ou a noite mas hoje eu preciso de algo forte para me fazer esquecer deste maldito coração.
Minha vida está uma bagunça. A começar pelo o meu quarto. Portas de um armário se abrem. Uma avalanche de roupas. Nada dobrado, completamente amassadas. Cabides despencando. Desvio o olhar pro lado. Uma cadeira, se fazendo torre de tanta coisa amontoada. Livros para um lado, sacolas pra outro. Ah! sem contar os sapatos espalhados por todos os cantos. O computador? Ah, esse nem se fala. Como se já não bastassem os seus problemas de memória, uma zona. Fotos, mais fotos, mais fotos. Infinitas pastas. músicas que não ouço mais, e outras que nem sabia que existiam. Não consigo mais tempo nem pra mim. Depilação, unhas, cabelo, pele. Corpo. Tudo pra escanteio. Acompanhando seu ritmo devido à necessidade e feito às pressas. Nada com seu tempo dedicado. Nossa, quanta bagunça! Talvez pense que sou desorganizada. Não! Eu não sou. Odeio bagunça. Antes material, mas tem sido também sentimental. Minha cabeça gira sem direção. Confusa. Não sei pra onde vou, com quem. O que quero e o que não quero. Uma ciranda ágil e insana. O relógio num tic-tac frenético. Sonhos, enfraquecidos. Sofrendo de pouca esperança. Futuro? Só penso naquele daqui a meia hora. O prolongado, é um sonho que já está mais pra pesadelo. E se alguém me perguntar como estou? Bem. É mentira! Estou levando essa bagunça adiante. Tentando desfazê-la.
Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Hora de deixar ir.
Será mesmo que preciso arrumar a bagunça que insiste em se formar na minha cabeça? Minhas ilusões me permitem ir mais longe que todas as minhas certezas, aliás, são elas que me refazem a cada dia.
Aí você chega
me beija
me faz rir
me bagunça
e vai embora...
... e o que faço com o que ficou em mim e você não levou?
com o que vai ficando...?
Não digo que esqueci,e nem mesmo que tratei de limpar a bagunça que você me causou.Porque ainda que os dias se passem para todos ensolarados,você levou consigo a paisagem mais bonita,o brilho mais intenso,o do seus olhos.Aqueles mesmos que iluminavam o meu quarto,a minha sala,meu coração.Consigo você retirou coisas boas,me fez crescer,levou só para si na lembrança aquela menina de que nem mesma eu me recordo.Aquela que um dia acreditou ser realmente uma princesa,aquela que sonhava com o tão esperado beijo verdadeiro.E é verdade,existem declaradamente beijos,e ''beijos''.A sua chegada me fez ressuscitar e a sua partida me fez morrer lentamente,até me extinguir por completo dentro de mim mesma.Como uma prisão sem grades,um espinho que causa ferimentos completamente invisíveis porém irreversíveis.A noite na cama,eu me mexo daqui e de lá.Mas eu só queria decifrar,o que você levou,pois sei que desde então algo em mim se deteriorou,que voltei a vida porém não a mesma de antes.Sou o mesmo corpo,os mesmos olhos,arrisco dizer que até o mesmo sorriso.Porém alguma essência foi levada de mim,como se minha alma pudesse ser trocada,será? Talvez seria a única explicação,incoerente,porém já é alguma explicação.Vou viver,sorrir,cultivar amigos por onde passar,e amar com toda a força e fervor.Vou querer amar.Mas aquele sentimento incontrolável e incontido só foi a ti pertencido,e ainda espero recuperar essa essência com o passar dos anos.Esse corte foi se tornando aos poucos como um rabisco na parede que aos poucos vai desaparecendo,mas sempre quando voltamos podemos ver os resquícios do que um dia foi um lindo desenho.Assim mesmo como nossa história,como foi nosso amor,pois é eu disse certo ? Como foi...? Ou ainda é,e ainda que pareça distante corro o risco de pensar que quem sabe um dia será novamente e com toda força.Mas então recobro a lucidez e volto a viver assim normalmente sem esperanças de recuperar minha alma.Até que dá para dar um sorrisos aqui de prache.Pois bem até que consigo viver sem te ter. (sobreviver)
Ele não sabe,e nem precisa saber mais, mas apesar de toda essa bagunça, de todo esse sentimento de amor misturado com ódio, ele sempre estará no meu coração, o lugar que ele conquistou aqui, sempre será dele. Só que esse amor que ainda tenho aqui, terei que trancar.. e jogarei a chave fora.
O legal é que quando estamos
esquecendo um certo alguém, ele volta, e
simplismente bagunça tudo o que
levamos tempos para arrumar.
Você me bagunça e não volta pra me arrumar;
Consome minhas energias e não me recarrega;
Aflora meus sentidos e não me traz o perfume que eu quero sentir;
Me faz flutuar e me deixa solta no ar...
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