Edgar Fonseca
A nossa vida não passa de um livro escrito a lápis, sobre o qual, existem letras em ouro que apenas os deuses conseguem decifrar o conteúdo aí contido.
Cobramos a nossa existência, aquilo que não nos conseguimos proporcionar, por sermos apenas imagens admiradas pelos olhos de quem nos contempla, sem alcançar a essência do mundo que carregamos sobre os ombros.
Lapidamos em nosso ser a versão da honestidade que habita em nós, mas, nem sempre conseguimos ser puros, quando as circunstâncias exijam.
Formar opinião sobre o mundo que nos rodeia, muitas vezes parece ser mais fácil, a tal ponto que, nos esquecemos, que o mais fácil na vida seria formarmos uma opinião concreta sobre nós.
Um amigo torna-se um irmão, não por aquilo que nos tornamos ou temos, mas, pela capacidade de nos termos com críticas construtivas e, com o indicar de um caminho certo que devemos seguir.
A religião celebra hoje o ADVENTUM, símbolo de esperança, que traduzido significa tão - somente, aquele que vem, que vem para nos encher de paz, alegria e prosperidade.
Transforme-se em artista para os teus filhos, pois, a velhice chega amanhã e os melhores observadores e críticos do que criamos durante a vida, são os nossos filhos.
A competência é uma virtude que nos leva ao sucesso, mas, quando aliamo-la a promiscuidade, não passa de uma mera fantasia.
O insucesso é censurável, mas, muitos hostilizam os bem sucedidos, por entenderem ser injusto apenas alguns alcançarem o pico do sucesso.
Mais sensato que o tempo, são as nossas convicções, que nascem num tempo e espaço determinado, mas, morrem conosco no dia do nosso último suspiro.
O maior desafio para todos os humanos é alcançar a meta da felicidade, mas, poucos são os que conhecem o ponto de partida para aí chegar.
Batalhamos para encontrar um palco que nos faça sorrir a cada cena real da vida, mas, encontramos entre o público que nos acompanha nesta jornada existencial, alguns elementos que nos querem destruir, mesmo que não haja motivo aparente.
A nossa vida não permite reciclagem; ou vivemo-la hoje intensamente ou morremos na esperança de voltarmos num novo corpo humano no fim dos tempos.
O povo que ama o seu País, transforma o destino dos seus co-cidadãos em marca de reconhecimento da sua existência.
A nossa pátria é o lar mais confortável, que justifica a nossa existência, enquanto seres pensantes e úteis para o mundo.
Os laços que firmamos com os nossos antepassados, devem significar o caminho para o desenvolvimento da nossa cidadania e do nosso compromisso com a nossa terra.
O assobio natalício já se ouve ao longe, entre o desejo do amor e da aurora em pleno amanhecer, as famílias anseiam vibrantes por viver mais um natal em harmonia.
O tempo marca o princípio de muitos finais e, o Natal, com a sua doçura, traz sobre as suas asas mágicas os sonhos que muitas famílias querem realizar à luz de um novo ano que em breve se iniciará.
Os cantos do Natal já ecoam nas nossas mentes, a nostalgia das alegrias e tristezas vividas durante o ano se refletem a cada passada das horas dançando nas nossas esperanças, mas, um silêncio se esconde nas nossas falas e, nos lembra que seremos felizes no novo ano que nos renova.
O resto de nós nos lembra que somos perfeitos na nossa imperfeição de vida, mas, o muito que desejamos ser para o mundo, nos julga por não saber quem realmente somos no universo.
As horas vão passando, trazendo o novo dia, sobre o sorriso do sol nascente, o Natal se vai mostrando e, traz consigo a melodia da vitória que iremos alcançar no início de mais um ano que se renova na vida de cada família.
A caneta tornou-se a minha cultura, a minha arte, embora não sendo pintor, tornei-me escultor de letras, escondido no meu casulo me esforço para voar pelas labaredas dos meus pensamentos.