Edgar Fonseca
O desejo nos torna escrevos de uma sensação de bem-estar traiçoeiro, que num instante se esfuma no tempo e no espaço.
A pior de todas as loucuras da vida é viver centrado no bem-estar dos nossos, quando estes nem sequer vivem em nós.
A vida nos pune quando somos sinceros e, nos dá a vã sensação de que premeia quem desonestamente age.
A solidão não consome almas preenchidas, porque ela é o fundamento do silêncio e o segredo do vazio.
Quando os objectos humanos deixarem de existir, o mundo nunca mais conhecerá formas de sobrevivência.
Os pés descalços pelo tempo, nunca irão conhecer o motivo porque devem algum dia sentir o sabor de se estar calçado.
Deixo escapar entre os dedos, a ilusão protectora de servente da vida, porque o mundo deseja a cordialidade, quando a crise se agudiza.
Grudamos o nosso sonho em nossas mentes, mas, sofremos o desalento, por não conseguirmos realizar os nossos propósitos com reverência.
Em vão te entreguei o meu corpo, nas noites frias do inverno do nosso sentimento teus beijos me saciaram completamente, hoje não vivo sem te ter ao meu lado.
Respiro entre o sopro das tuas forças nasais e fortifico a minha vivência, mesmo quando não estás por perto.
A minha alma se entrega a ti sobre as trevas trazidas pela noite, quando o meu corpo sem pressa se deixa consumir pela mágica doçura dos teus abraços.
Os tentáculos dos teus seios me sustentam a cada dia, como um pequeno mundo fora do universo, me sinto o único habitante da cidade do teu coração.
Tenho o nobre cabricho de viver escondido no teu peito, onde sobre a força do batimento do teu coração, me deixo apaixonar pela grandeza dos teus afectos amorosos.
Os acordes melódicos dos teus desejos apelam pelos meus lábios, deixando-me docilmente louco por beijar os teus lábios, como se fosse a última vez que os faça.
Os planos micro e macroeconômicos de um País, não passam apenas por sonhar com uma agricultura sólida, pois, se a agricultura não estiver alinhada com a indústria, tudo não passará por uma miragem.
A agricultura como base do desenvolvimento econômico de um País, tem de ter como fim, o combate a fome e a pobreza das famílias.
As armas silenciaram-se como sinônimo de paz e os antigos combatentes, batem as nossas portas clamando por ajuda, para travarem a guerra da desconsideração a que são alvos pelas novas gerações.
Os mártires da Nação, devem ser lembrados por todos, como faróis que nos guiaram para a descolonização.
Todo o povo que se prese, deve reconhecer os seus guerrilheiros, como os zeladores da paz, da estabilidade e da segurança da Nação.
Vergarmos-nos perante a memória dos mártires desta terra que hoje conhecemos, como descolonizada e independente, configura um dever patriótico de todos os angolanos.
Os passos dados pelos nossos mártires, para consolidação da nossa liberdade e independência nacional, representam a firmeza e coragem sublime do povo.