Edgar Fonseca
O desejo de mudarmos o rumo do nosso País, deve ser a tônica da mente dos jovens, mas, temos de olhar para o progresso sócio-econômico como base e garantia de equilíbrio dos nossos actos, pois, quebrar para depois perder tempo a procurar reparar, é o que tem imperrado a nossa bela NAÇÃO.
Os anseios da juventude não são compatíveis com a dinâmica empreendida pelos Governos, por isso, a melhor forma de reduzirmos a ansiedade dos jovens face ao seu desejo de afirmação, enquanto seres socialmente úteis para a Nação, é dar-lhes condições sociais possíveis, para que se sintam valorizados.
As dificuldades dos povos, não podem levar a imensidão de um País a entrar em falência generalizada; pois, caso isso aconteça, o País passa apenas a ser considerado um pequeno lugarejo no mundo.
De todos os remédios que conhecemos na humanidade, capaz de curar todas as enfermidades do mundo, o melhor de todos eles, se encontra no ventre sacro e Santo de uma mulher, que na sua pureza é capaz de trazer ao mundo o ser mais controverso que é o homem.
O sorriso rasgado no rosto de uma mulher, transforma o universo no melhor sítio para se estar, ainda que a tempestade trazida pela pandemia, nos esforce a pensar o contrário.
A mente é um retrovisor da vida que muitas vezes nos parece ingrato, pois, nos traz imagens inesquecíveis de um passado bem vivido, que hoje a pandemia nos impede de voltarmos a viver momentos iguais.
Ontem o abraço era a cura para muitas doenças, incluindo a solidão; hoje o distanciamento físico é tido como o melhor remédio para nos protegermos da COVID, mas, eu vos afago com as minhas simples palavras, para vos dizer que, a cura está na paciência e no cumprimento das regras de biossegurança.
Hoje o distanciamento físico se tornou numa medida aceitável para a nossa protecção, mas, uma coisa é certa, distanciamento sem uma palavra de consolo e conforto, torna-se mais destrutivo que o vírus SARS-COV-2.
A mulher é um segredo que não se revela, é uma chama acesa que não se vê, mas, que aquece com suavidade o mundo frio dos seus filhos, purificando com candura o seu lar e tudo o que está a sua volta.
Celebrar o dia do pobre me parece mais uma aceitação a uma condição tão vil e não conformadora quanto a miséria, portanto, o 15 de Novembro não tem razão de ser, pois, seria o mesmo que celebrar o dia dos ricos.
Celebrar o dia dos pobres, me parece mais um acto voltado a consensializar os desafortunados a admitirem a sua condição e, os afortunados a não se culpabilizarem ou admitirem o peso de consciência pela miséria da generalidade das pessoas no mundo.
Ao invés de celebrar-se o dia do pobre, dever-se-ia instituir o dia do combate à pobreza, como forma de sensibilizar as pessoas a adquirirem a pretensão de tudo fazer de forma honesta e diligênte para atingir a autossuficiência financeira.
A juventude simboliza a capacidade progressiva de um País, mas, para que este simbolismo seja real, é necessário que os jovens demonstrem interesse pelo desenvolvimento da sua pátria.
Quando os jovens de um Estado, não se assumem como elementos fundamentais para o desenvolvimento social, cultural, político e econômico do seu País, estes jovens são meros espetadores do declínio da sua Nação.
Formar jovens em Universidades onde os docentes há muito deixaram de conhecer o valor da ciência para o progresso de uma Nação, é o mesmo que ver o sol nascer, mas, não conseguirmos concentrar o olhar na intensidade dos seus raios durante muito tempo.
Muitos jovens clamam por um emprego, mas, na verdade, muitos não querem sequer trabalhar, querem apenas ganhar um salário no final de cada mês, sem sequer saber justificar o motivo por que ganham tal remuneração.
A juventude precisa de aprender a buscar os seus sonhos, sem que para tal dependa do Governo, pois, o Governo tem de ser equiparado a casa dos nossos pais, onde dormimos, mas, os nossos sonhos são refletidos pela nossa mente, sem haver interferência dos nossos progenitores.
Para se alavancar a economia de uma País, tendo em conta o futuro, é preciso incutir nos jovens, a responsabilidade de aprenderem a conservar o espírito do progresso a longo prazo; pois, os nossos jovens hoje, são mais imediatistas, do que futuristas.
Muitos jovens alegam que as suas vidas não correm da melhor maneira por falta de oportunidade, mas, esquecem-se, que a melhor oportunidade que têm, está no facto de poderem acordar todos os dias com força e, poderem caminhar em busca da realização dos seus anseios.
Sobre a brisa suave do vento trazido do Natal que vem chegando a casa de cada angolano, me sinto esbafejado de alegria em saber que Cristo nascerá no coração de todos os humanos, mas, fica em mim de vela, a preocupação em saber o que fará sorrir aqueles que nada têm para comer hoje e nesses dias de grande depressão.
Dirijo o olhar para a alma cativa de quem a esperança tende a escapar pela solidão vertida pelas dificuldades da vida, mas, fica o meu conforto aos vossos corações, pela magia de amar que ainda sei que tendes, como base da vossa força e motivo para continuardes a viver e a sorrir.
A um passo do mistério do nascimento de Cristo e a minha alma explode de grande emoção pela magia sublime do NATAL, o meu desejo se engrandece, por querer ver a alegria e o sorriso estampar-se no rosto de todas as famílias da minha Angola sofrida.
Uma lua encantada que brilha aos olhos da noite, me ilumina sobre a sombra dos braços dos anjos que me guardam e, me embalam no amor ardente, embebedando-me de prezar, pelo desejo vibrante do Natal que se avizinha, tornando-me mensageiro da paz, do amor e da alegria para os corações desolados.
O eco do choro do Deus Menino já se agudeza na minha mente, sobre o sorrir encantado dos meus filhos, prometo o amor incondicional por tudo de belo que a vida me tem proporcionado, para me solidarizar com os corações de todos os que amam viver em alegria juntos seus entes.
O pequeno mundo dos grandes homens é o seu coração, que nas adversidades impostas pela vida, o consegue amparar sobre os suspiros das suas forças sufragadas pelo sangue puro do seu ser espiritual.