Aurora
Toda a natureza desde a aurora até o crepúsculo, nos mostra a beleza de ser, de viver e até de morrer para renascer novamente em perpétuo sim...
tem dias que o clarão da aurora não brilha.
dias que a chuva não molha,
que o sol não ilumina,
tampouco a lua.
tem dias que o milho não estoura,
que a padaria não abre,
que o porteiro não sorri.
dias que o ponteiro do relógio não sobe,
nem mesmo desce.
que os carros não engatam,
ou não param.
que os galos não cantam
e a as galinhas não dormem.
dias que as portas não abrem,
dias que o coração não bate.
tem dias que nem são só dia
ou,
são só dias que nem dia tem.
Antes que a aurora se torne clara, há sempre uma densa escuridão.
Nem sempre as metas serão fáceis de serem atingidas mas, se persistentemente nos focarmos no alvo, romperemos a escuridão com um forte clarão de vitória!
Fantasio na surdina,
Revivo na alvorada,
Comemoro na aurora,
Estive ao teu lado,
Embalada pelo beijo,
[Selo] de outrora,
Universo de poesia,
Outrossim, sinfonia.
Prevejo na calada,
Rememoro a neblina,
Esparramada alfazema,
Sensualidade albatroz,
Provocação extrema,
Janela aberta audaz,
Terra de Geraes provada,
Por ti entreguei-me inteira,
Ainda te pertenço sem dilema.
Vento que assobia,
Que desassossega as folhas,
Vento que brinca,
Que desinibe a flores,
Vento que sacode,
Que do livro vira as páginas,
Vento que transporta,
Que leva o meu perfume,
Que faz com que ele penetre
Nas tuas frestas e bata na tua porta.
Sou o vento que balança
A tua janela, espera!
Quem espera sempre
- alcança -
Nunca se perca de nós;
Entenda a nossa cumplicidade
Que vive de esperança
E de pé na Terra.
Amanhece o cerrado goiano
Ah! Aurora no cerrado em sonata
Põe-se a sonorizar o amanhecer
Em doce tilintar em ouro e prata
Num delíquio de ventura e prazer
Bendito és este despertar de cores
Vai-se os devaneios nesta explosão
Mil "bravos “ressoam nos arredores
Em trínula volata pela pasma visão
Amanhece o cerrado goiano. Esplêndida canção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2016, 05'42" - Cerrado goiano
Aurora
Aurora singular refugia-se na mata sombria
Em meio a flores mortas, apenas nela a luz cintila
O sol relutante neste lugar negou-se renascer
Sabia que era meu dever aparecer
Que mal tem fugir da escuridão?
Verdade profunda ali habitava
Coração em meu peito gritava
Porém era meu o dever de aparecer
Oh, Aurora, fique aí!
Me dê mais uma chance
E te alcançarei
Se nesta mata ainda há vida
Ressurgirá comigo em teu canto
minha alma tanto chora
so queria entender o nascer da aurora
de onde e que flui tantos presentes
se eu não mereço, nem toda essa gente?
eu não consigo fingir
talvez, pra mim eu tente mentir
só, é humano Pai aquele que achar
que um dia esse mau todo, ira acabar
mas a verdade é que todos veem
apenas não sabem se creem
o Pai está no obvio da criação
ora, nascemos pra ser todos irmãos.
apenas oque se leva é oque se faz,
então de coração desejo que suas obras
não sejam más..
Impossível ficarmos indiferente diante da aurora boreal, onde esta se acende como um sol á noite, propiciando mais um dos espetáculos inigualáveis da natureza.
Depois desta visão, principalmente se visto pela primeira vez, com certeza nossos conceitos sobre a grandeza Divina
passa a ser mais robusta.
E este fenômeno, como muitos outros, pelo mundo a fora, só poderia nos inspirar a catalogar tais sinais como parte daquilo que Ele quer nos mostrar, como que nos apresentando a imensidão de Sua criação para nosso deleite.
(Teorilang)
A menina selvagem veio da aurora
acompanhada de pássaros,
estrelas-marinhas
e seixos.
Traz uma tinta de magnólia escorrida
nas faces.
Seus cabelos, molhados de orvalho e
tocados de musgo,
cascateiam brincando
com o vento.
A menina selvagem carrega punhados
de renda,
sacode soltas espumas.
Alimenta peixes ariscos e renitentes papagaios.
E há de relance, no seu riso,
gume de aço e polpa de amora.
Reis Magos, é tempo!
Oferecei bosques, várzeas e campos
à menina selvagem:
ela veio atrás das libélulas.
AURORA NO CERRADO (soneto)
Admirar-te enlevado na tua hora
És parida no horizonte do cerrado
És tu oh virginal e formosa aurora
Silenciosa no céu titã e encarnado
Entre nuvens forasteiras, senhora
Alavam-me pensamentos tão alado
Na áurea nascente que me aflora
Anuindo devaneio pro encantado
Num arpejo de harpa por ti sonora
Aos olhos, num observar alumiado
Surgis em glórias e sem penhora
E a emoção neste plural batizado
Saúda, pois ufanar lhe é anáfora
No teu fulgor angelical pavonado
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 17/05, 04'35"
Cerrado goiano
Que Deus nos abençoe e proteja sempre...
Que possamos ver o sol nascer pela manhã aurora... e as manhãs branquinhas de Inverno... e as amenas Primaveras...
INVERNO ATEMPORAL
A aurora veio com os versos do poeta
Trazidos pelo frio invernal
E tudo era festa, porque o ventos
Batiam nos vestidos das meninas nas ruas
E então nas noites, pareciam nuas
Apesar de seus trajes de festas.
Nada é como antigamente
A aurora chega fremente
Com gosto de noites mal dormidas
A face um tanto amanhecida
De quem a esperou para olhar
Pela janela e ver no varal
Os vestidos da menina
Que não dançam mais pelas ruas.
Cansou-se, desbotou-se no inverno atemporal!
É na aurora boreal que meu olhar busca encontrar por um resquício do nosso passado, que foram muito além desse presente...
Minha Itabaiana , minha pedra que dança
Na aurora , com sua claridade as vezes avermelhada e outras um tanto amarela , minha mãe alertava :
" Olha a hora menino !!! "
Pronto , era o bastante pra levantar da cama cheirosa , macia e começar mais um dia ...
Ainda sonolento eu ouvia minha mãe cantarolando enquanto meu pai escutava Narrima Xavier, no rádio despertador , dando as notícias políticas e polícias.
Eu tinha um ritual particular , todo meu ...
Já com a escova de dentes na mão , contrariando minha mãe , eu me dirigia a porta da cozinha de nossa casa no alto dos currais , descia os batentes que ladeavam a cisterna e junto a uma bananeira eu iniciava a escovação e aproveitava aquele tempinho para contemplar o amadurecer dos cachos de banana .
Aquele momento mágico , emoldurado pelo muro chapiscado de cimento grosso que trazia do lado esquerdo , meio que encoberto , o sol que esquentava o clima frio do amanhecer , trazia prazeres que nunca vou esquecer . Mal terminava o escovar e eu já era dominado pelo cheiro do café feito em um bule de alumínio comprado a Zé de Belo , cheiro que se confundia com o do cuscuz que jogava na cozinha uma fumaça de fofura e sabor, um pratinho com fatias de queijo de coalho assados e um copo de coalhada adoçado com açúcar mascavo .
Banho tomado , alimentado , agora era hora de vestir a roupa com cheiro de mainha , passada a ferro , irretocável . Era a farda do Colégio Nossa Senhora da Conceição onde terminei o primeiro grau .
" Aqui quem menos anda , voa !!! " ( Irmã Deuzuita )
" Podemos vermos " ( Suzete )
E o violão de Cornélio nas aulas de inglês !!!
Agora era hora de voltar pra casa , mas antes e religiosamente uma parada para tomar um sorvete de Mário , ou de côco ou de morango , aliás , o de morango era o mesmo de côco , só que Mário acrescentava um corante e mexia .
Em frente ao carrinho de Mário , um fiteiro, onde comprava um salgadinho em saquinho de dindin, frito em óleo , que dava o contraste com o doce do sorvete .
Casa , banho , almoço e hora de trabalhar no escritório de emplacamento e auto escola de meu velho pai. Localizado na rua do pau grosso , por traz do fórum , na " beira do rio Paraíba" . Uma máquina de datilografia onde eu habilidosamente preenchia os documentos dos carros , e digo habilidosamente sem nenhuma falsa modéstia , afinal de contas eu havia sido diplomado no curso de datilografia pela escola de Beto de Zé de Paula , com a professora Pití.
Fim da tarde , ao som de Ave Maria , tocada nas cornetas da difusora de Zé do bode , era hora de voltar pra casa .
Passávamos na padaria de seu João , onde comprava , além dos pães , o bolachão ( pão de festa ) e umas variedades de biscoitos de engordar qualquer um .
A noite , já perfumado com Mens Club, vestido com camisas de seda javanesa , chegava ao cinema de propriedade da família de George gatão , onde deliravamos com os grandes filmes de Bruce Lee e o repetido e tradicional " paixão de Cristo ".
Fim do filme , a parada obrigatória no cachorro quente de Biu , uma passada no pirulito , vizinho a igreja matriz e algumas paradas na casa de dona Nel, mãe de Nói , ou em Biu de Nequim.
Em alguns casos sonhos se tornam realidade, no meu , minhas realidades se tornaram sonhos !!!
Sonho meu , vai buscar quem mora longe , sonho meu ...
A noite se aproxima carinhosa, vagarosa, vigorosa, Ditosa ela vem surgindo sobre a aurora - ansiosa espera saborosa.
RUÍNA
Aurora,
Obsecro à mente sublime
Que está a atordoar
Um frágil corpo carnal.
Crepúsculo,
Suplico à mente celeste
Que está devastando
Um frágil corpo carnal.
Enoitecer,
Imploro à mente extensa
Que assassinou
A ruína restante acolá.
Tinta d'ouro
A vida sorri no milagre de uma aurora.
Presente de mão divina
Iluminando os nossos pensamentos
O sol ainda adormecido.
Depois de uma noite, escondido
espreguiça os seus primeiros raios
que espalha-se como pó de pirlimpimpim
Flutuo nos meus pensamentos…
Na leveza da sua magia
Quimeras do meu sentir!
Raios de sol que vem com a alvorada.
Pujantes de brilho e cor
Rei supremo do firmamento
Senhor de tantos encantos!
Com fulgor lança o seu manto áureo
que cobre o imenso mar
Numa exibição sedutora
de lusco-fusco, puro êxtase!
Os seus raios de vida beijam a terra
e transbordam raios de amor
Ardente carícia de um toque
que aquece a rosa orvalhada
Que brilha linda e viçosa!
Espalhando perfume de amor.
Os raios de sol na relva
desenham uma trilha dourada
escrita com tinta d'ouro
pelo mais nobre poeta do universo!
A noite faz parte da vida.
mas a escuridão não é eterna
Que tem fé sempre alcança!
A esperança de um novo amanhecer
-
Feliz Dia!
"...amanheceu, e à aurora vem despindo o sol de mansinho, tímido a raiar, traz consigo um brilho de luz para iluminar o seu dia! E que este dia seja de amor e paz, fazendo você recomeçar e refletir o quanto é bom viver a vida incondicionalmente."
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