Asas do Vento
Eu quero o teu canto,
Tua asas devolutas,
Tua casa de vento,
Teu repouso matinal,
Teu banho de sol,
Tua incólume elegância,
Raios de uma simplicidade incobrável,
De todas as manhãs outonais,
...
Nas asas do tempo
a tristeza voa.
No rabo do vento
meu disfarce ressoa.
Um discernimento,
meu grito ecoa.
Um ressentimento,
esperança destoa.
E minha felicidade,
aragem escoa.
O anjo da morte abriu suas asas
Trazendo o vento da sua desgraça
Em toda a sua vida só o que plantou
O ódio, a ganância e os que humilhou
Fosse o que fosse -
Fosse o que fosse não era tédio
Nas asas loucas do vento
Uma dor sem ter remédio
Um desejo ou um lamento.
Fosse o que fosse não eras tudo
Temos agora a mão fechada
Na verdade não me iludo
Eras tudo sem ser nada.
Fosse o que fosse o coração
Era mais que a dor sentida
E do tédio à solidão
Damos mais sentido à vida.
E afinal este desgosto
Nem uma lágrima me trouxe
Estava em pé mas estava morto
Fosse lá isso o que fosse.
voar!
Queria poder voar por esse céu infinito meu voo alçar, voaria nas asas do vento, do tempo e ate do pensamento.
Voaria entre flores ,Borboletas e amores ,se eu pudesse como os pássaros voar livremente,lindamentee Como eles o meu grito. de liberdade iria dar.
Desabafo de um pássaro
Nasci para voar nas asas do vento
Para entoar lindos cantos
Para viajar entre os mundos
E fazer lindas poesias.
Posei, mas não para ficar
Preso em gaiolas não é meu lugar
Olho os livros músicas saem de lá
Desaprenderei voar se preso me tornar.
Perco minha essência
E minha chance de ser feliz
Fico fraco, pareço empalhado
Passando por dias de torturas.
Deixe-me ser livre e vida continuar
Não me deixe aqui agonizando
Com as lembranças de um pássaro sonhando
Sou humilde, nasci para lugares explorar.
Nas asas do vento, confesso meu desejo,
Um sentimento verdadeiro, sem receio.
O coração fala, sem pedir licença,
E a poesia revela a mais doce essência.
Não busco controle, apenas confidenciar,
Que em meu ser, um carinho vi florescer.
Respeito seu caminho, seu amor presente,
E, com humildade, minha alma se abre, contente.
Seu sorriso, tesouro raro e brilhante,
Inspira versos, de amor tão vibrante.
A felicidade que em seus olhos reluz,
Reflete a luz do sol, que a alma seduz.
Que essa poesia, simples e singela,
Toque seu coração, em doce sinfonia.
E se não for recíproco o sentimento,
A amizade será nosso belo alento.
Pensamento passa longe
Pensamento vai e vem
Ostracismo ou desalento
Pensar nas asas do vento.
Pensar rápido ou pensar lento
Que importa? Gravar seus pensamentos.
Seja pelo ódio ou amor, vou registrando porque sou um pensador.
Sopro Divino - O Elixir da Vida
Sopro divino, ó vento que renova,
Com tuas asas leves que desfazem
As trevas, o mal, a dor que nos assola,
E trazes cura ao corpo e à alma jazem.
Que bela forma tens de purificar,
Refrescar, restaurar a harmonia,
Movendo as nuvens, o mar a alimentar,
Nutrindo o solo, a terra em sua poesia.
Tu és o vento que inspira e fortalece,
Trazendo vitalidade e a prosperidade.
Sustentando vida em tua grande prece.
E assim, com tua força e eternidade,
Conduzes-nos a Deus, à luz do céu,
Oh, vento divinal, sopro de amor, meu mel.
Apenas o sentir
Lacei as asas do vento.
Na fluidez do momento.
Me deixei levar...
Alcei num voo pleno.
Envolvida em levezas.
Disposta a desvendar
A plenitude do infinito
E toda paz do silêncio.
Fechei os olhos...
Era apenas o sentir.
E o nevoeiro
Se desfez...
Na imensidão
Aconchegante
Encontrei meu lugar!
" Se o pensamento Sentasse nas asas do vento, ele poderia viajar o mundo inteiro em poucos instantes; e se ele observasse bem as pessoas e as suas ações, ele voltaria para casa como sábio."
**Voo de Encontro**
Voa, minha ave, sem hesitar,
Nas asas do vento, por sobre o mar.
Em cada rastro que o céu vai pintando,
Em algum lugar, sei, estarás pousando.
Em ti permaneço, inquebrantável laço,
No voo mais alto, no mais belo espaço.
Mesmo na solidão, sinto-te aqui:
É só olhar o céu que me lembro de ti.
Quando te vi, um sonho despertou,
Na luz do teu olhar, meu mundo se iluminou.
Mas seguiste adiante, voaste sem mim,
Em jardins distantes, onde eu findo e começo, enfim.
Anjo, meu anjo tão amado e preciso,
Entre as flores achaste teu paraíso.
E enquanto dormes em brando repouso,
Espero o dia de ver teus olhos sedosos.
O verdadeiro amor, paciente e fiel,
Espera, persiste, além do véu.
Na promessa de um reencontro, sob a luz da manhã,
Voa, minha ave, até que o amor nos una, amanhã.
Você é o vento de um bater de asas,
O voo intenso e, às vezes, inconsequente. Que me assusta e me surpreende.
Seu sorriso me faz arder de paixão.
Seu olhar hipnotiza e acalma.
Tudo em você é admirável, completamente novo e um tanto inesperado.
Como resistir a tamanha beleza e encanto.
A paz do seu nome, é aquela que eu sempre busquei pra mim...
Voo de um Poeta
Voa poeta!... Nas asas da inspiração
Éolo assopra-lhe o vento da impulsão
Dando-lhe atmosfera na imaginação
Voa poeta!... Em teus sonhos infinitos
Nascestes para criá-los sempre mais bonitos
Assim, compor a vida em sublimes escritos
Voa poeta!... Em suas anotações
Morfina necessária aos corações
Não estão ao solo acorrentado suas emoções
Voa poeta!... Em sua imensurável revelação
Sê de fantasia infindável, cheio de intuição
Livre no voo, a domínios não se sujeita não
Voa poeta!... Sem rumo e sem pouso
Rasgando o céu do sobrenatural, indefinidamente
Com sua linguagem que é o seu entorpecente
Voa poeta!...No profundo do seu universo
Voar só ti fará bem na criação do verso
E que teu voo seja de aplauso, de sucesso.
(aplauso, sucesso... voo do poeta).
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Rio de Janeiro, RJ - 08/12/2008, 09’44”.
VOEJAR (soneto)
Como deve ser bom voar, no céu planar
Asas ao vento no cerrado, solto ao léu
Tal periquitos, e sobre corcel no tropel
Fechar os olhos e sentir o paladar do ar
Ir acima dos buritis, ipês, num carrocel
Resvalar nas estrelas, na nuvem pairar
Revoar como as aves, e assim delirar
Em quimeras, qual estórias de cordel
Deve ser uma rara sensação ímpar
Pros sem asas uma falta bem cruel
Que só na ilusão, possível esvoaçar
Só queria voar! Ter asas de papel
Poder ao sonho de Ícaro ocupar
E com ele então: voejar... voejar!...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Soneto da Dor Doída
Nas asas da saudade partiste
Fostes como brisa ao vento
Minha alma ao relento triste
Poeta uma porção de lamento
Na solidão um quarto vazio
Que ainda caminha teu cheiro
Nas lembranças apenas frio
De um chamado ainda inteiro
Contigo levaste parte de mim
Em mim um todo de vós ficaste
Levarei impregnado até o fim
E neste teu momento de partida
Suspiros, foste ao coração engaste
Agora choro eu, por esta dor doída.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
19 de Julho 2015
Cerrado goiano
ao meu pai.
Voo
Voa pensamento
Livre como o vento
A procura do sentimento
Voa imaginação
Nas asas da emoção
Ao encontro do coração
Voa ilusão
Desenhando paixão
Nos rascunhos da solidão
Voa sonhos
Reais e risonhos
Sem ser enfadonhos
Voa felicidade
Sem a brisa da saudade
Flutuando na eternidade
Voa bardo transcritor
Poetando ventura e dissabor
Nos caminhos do amor...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
abril
(mirras)
folhas anunciam abril sem cor
vem vindo nas asas do vento
pássaros em gorjeios de louvor
metamorfoseando ao relento
acorda abril nas manhãs de outono
a natureza no ventre é transformação
espera o inverno pra ceder seu trono
assim vai o tempo em sua concepção
noites mais longas de melancolia
mais um abril passando por mim
suas árvores nuas escrevem poesia
transmudando e nunca pondo fim
(abril, mês de antúrio e estrelitzia.)
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
01/04/2016, 20'20"
Cerrado goiano