As Atitudes Destino
Lembre-se, na vida precisamos para e olhar em direção ao alvo, não adianta trilhar o caminho e perder o foco do destino, o caminho é importante mas o destino é crucial.
NAS ENTRELINHAS
Se alguém pudesse ler a alma da poesia
secreta, onde cada sentimento a traçou
talvez entenderia mais sua terna melodia
os sonhos, os suspiros que elevaram voo
Estar é o destino e, se acaso, algum dia
a condição no sofrer, então, lacrimejou
esse verso não era a poética de alegria
nem tão pouco a emoção que enlutou
É a vida, ilustrada, da direção da gente
tateando a cada momento eternamente
trajando o além dum agrado ou aflição
Nessa prosa, na composição reservada:
um olhar, um sussurrar, a afeição velada...
nas entrelinhas de uma variante sensação!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 março/2022, 14’41” – Araguari, MG
É provável que estávamos destinados a nos conhecer. Agora, o que será que vai acontecer daqui para frente? Sei que criar vínculos não é fácil, mas se estamos destinados a nos conhecer, o que será que pode dar errado? A vida é um jogo de cintura, é dançar conforme a música e chorar conforme as emoções.
Escolhas
Lá estava ele, à beira do abismo. Mente impregnada pelo terror. Vozes gritando, trevas, demônios em chamas, espinhos, lama. Confortavelmente entorpecido pelo medo, olhos esbugalhados, voltados ao horizonte. Uma das mãos no bolso, roçando em um objeto metálico circular e outra agarrada numa garrafa de vidro. Pés descalços. Brisa quente.
Foi tempo perdido?
Pássaros livres voam sem se importarem com o tempo, e mesmo assim não o perdem.
A toda hora, em todos os locais, tempo é gasto, mas não desperdiçado. Pois amorfo como água o tempo é. Toma a forma das nossas dores e passam inevitavelmente dilacerando nossos sentimentos. Mas a dor é fogo que derrete o metal bruto afim de moldar a bela jóia que torna-se o homem que assimila seu sofrimento.
A mão sai do bolso com uma moeda do valor da insegurança e covardia. Por ela será decidido o destino.
Marteladas no peito.
Lançada ao sabor do vento, com o brilho da prata a refulgir a cada giro do medo, ela cai pesarosa na mão que a lançou e esta se fecha relutante em abrir, a mão verte suor e treme.
Na outra mão a garrafa vai à boca, e o fel de fundo adocicado da coragem desce pela garganta queimando a incerteza, aquecendo o coração, fluindo mente adentro, clareando idéias.
Mais uma vez a moeda ganha os ares, e sem revelar sua escolha vai cada vez mais longe para nunca mais voltar. Ao abismo ela se vai e ele escolhe a vida.
Se alguém entra na sua casa você ainda pode fugir,
mas se alguém entra na sua vida como é que se foge de si?
Ninguém pode fugir de si mesmo...
e deve ser por isso que eu tô andando sem/pre texto.
"Todas as manhãs ao me levantar e me dispor pelas coisas em que acredito, sou encoberto pela sensação de gratidão.
Não pelos resultados do porvir, sempre tão sujeitos às intempéries do destino, mas pela íntima convicção do milagre de poder estar ali, vivendo a magia e o mistério desse extraordinário descobrir."
...
A vida é tão lacônica.
Não comporta reprises.
Emendarmos os erros.
Sabotamos os acertos.
Somos forçados a agir.
Reagir por impulsos.
E determinar o futuro.
Somos atores e dublês.
Interpretamos dramalhões.
Com eloquência.
A arte do bem dizer.
Do mal dizer.
Tudo sem ensaios.
E scripts ligeiros.
Somos seres intuitivos.
Sem avaliações prévias.
Validações sequentes.
Somos humanos emotivos.
Sem álbuns e recortes.
Das gargalhadas, cenas amargas.
Sem vestígios da nossa novela.
E aí invertemos sentimentos.
O choro vira riso.
A chuva vira brisa.
O barulho vira silêncio.
A poesia vira eco.
E eu viro folhas em branco.
Eu sei que estou no lugar certo, no tempo certo, vivendo as experiências que a minha alma precisava passar.
Para cada pessoa o Senhor tem uma história, segundo os seus propósitos, e por algum motivo eu precisava aprender não apenas sobre a luz, mas conhecer também a escuridão.
Não acredito na sorte.
Não consigo acreditar que tem alguém lá em cima jogando uma moeda para decidir a minha vida, se sair cara as coisas vão dar certo e se sair coroa tudo vai desmoronar.
Isso quer dizer quer dizer que acredito em destino? Sinceramente não sei.
Mas acredito que não é por acaso, até as coisas mais simples que acontecem nas nossas vidas tem um significado ou um porquê.
A vida tem muitas trilhas
que temos que percorrer...
é como andar no escuro
sem saber o que vai haver.
Se pisar em um espinho,
mantenha o seu caminho
até a sorte aparecer!
Ouvi dizer que você me esqueceu
Então me diz o que eu faço
Se o teu cheiro ainda está em mim
E ainda sinto você nos meus braços
Fico Pensando e ainda sem entender
Quando a gente deixou de ser nós
Qualquer lugar faz lembrar de você
E ainda ouço o som da sua voz
Mas o Universo um dia vai
Se encarregar de responder
Essas perguntas que o destino nos traz
UM SONHO
Quisera ser um pouco de poesia
Pra poder ter expressão diferente
Colocar-me numa prosa inocente
Bem longe da sofrência e arrelia
Com essa tal turra que não sacia
Sinto o agrado vazio e pendente
E, assim, a sensação descontente
Transmigrando d’alma nua e fria...
O tempo vai... e o verso a se calar
Fico a janela a ver a ilusão passar
E a emoção que no curso esvoaça
Uma tristura, aperto e melancolia
Arranca-me o prazer e a fantasia
Dando ao sonho cunho de fumaça
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 janeiro, 2022, 04’17” – Araguari, MG
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