Amor Textos de Luis Fernando Verissimo

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Diga-me

Não diga-me o que queres, diga-me o que desejas. O que desejas?
Não sei, mas posso sentir. Há coisas que não precisam ser ditas, apenas sentidas, vividas.

Um dia, o agora se fará presente, o futuro será o agora. Quanto a isso, só posso dizer que viverei, será memorável, até.
Diga-me, oh joia rara. Quero ouvir. Ouvir o teu nada dizendo tudo.

No horizonte, posso contemplar tua beleza. No horizonte, posso ver o quão incrível és. No horizonte, o fascínio daquilo que poucos verão. No horizonte, a pureza do olhar de outrem. No horizonte, o ente. No horizonte, abre-se precedente.

O horizonte, eu não alcanço; e, isso me desafia, me conforta. Consigo forças para persegui-lo. É essa utopia que me faz pensar além.

Surpresa; espanto,
Sim, não é pra tanto,
Mas é assim, a tua reação
Quando te encanto.

Meus versos, poesias,
Canções, declarações,
Como não vir de você
As minhas inspirações?

Das tuas palavras às minhas,
Misturadas, relacionadas,
Construtivas; enfatiza,
Sem você nada caminha.

Um rumo inesperado,
A jornada perdida,
Assim fui sendo guiado,
Até que por você fui encontrado.

Sei que nossa diferença de idade interfere um pouco, no tempo que temos de vida e na experiência adquirida.
Você me dizia que tinha vergonha de que eu fosse mais nova mas, mesmo assim, tivesse mais histórias que você para contar. Virávamos noites em claro falando de coisas que vivemos na nossa velha juventude até que, em certo momento da decorrida conversa, você dispara: "Tenho inveja por você ter várias histórias para contar, enquanto eu estou aqui, mergulhado na faculdade, nunca fui a sequer uma baladinha... a única coisa que fiz de anormal foi cair de moto com meu tio."
Te contar tudo o que fiz no meu passado e, ainda assim, você me perdoar e estar comigo, me deixa muito surpresa e feliz por ter aprendido a gostar de alguém tão incrível como você.
Alguém que sabe tudo sobre mim e mesmo eu sendo tão errada, você não desacreditou de mim, ao contrário disso, me transformou.
Hoje sou feliz por ter conseguido mudar sua forma de pensar para ficarmos juntos e sermos um só laço. Você, nosso baby e eu!
Demorou... lembra daquela vez que viajamos para Santos, em SP?
Você se dispôs, na correria dos preparativos para o grande SIM, a fazer um ensaio fotográfico de casamento no memorial do CBJR, sobre o qual você não conhecia o suficiente, por apenas curtir rock'n roll internacional, mas mesmo assim topou minha ideia. Isso só aconteceu depois de muitos anos de insistência, você fez com que eu mudasse de ideia e tomasse a grande decisão de subir ao altar e lhe dizer SIM, na frente de todos, todos os que sabiam o quanto sofremos com críticas sobre a distância. Você confirmaria que foi corajoso e honrou o que havia dito várias vezes: "Tenho 10 anos para te convencer a casar comigo".
E eu, achando que você não passaria de mais um ficante, fingia que nem era comigo. Por ter sofrido muitas decepções em minha vida, com minhas histórias "incríveis e bizarras", acabei criando um bloqueio dentro de mim. Acreditava no amor, mas não que ele poderia bater na janela do meu coração. Demorei para aceitar que o amor da minha vida tinha chegado... E esse amor era você.

Ramé

"Levo de você
O jeito calmo,
O olhar sereno,
A atenção.
As vezes que
Me deu colo,
Que me abraçou,
Que me deu carinho
E estendeu as mãos.
Eu tinha que aprender,
Algo em mim
Precisava se equilibrar,
Me mostrar que
As vezes é bom
Frear o desespero
E viver mais calmo.
Mas eu falhei,
Falhei por orgulho,
Falhei por não compreender,
Por não ter feito
Aquela canção,
Por não escrever-te
Cartas e poemas,
Falhei por falar demais,
Por deixar pra trás,
Por ter saído
Por aquela porta,
Por não saber
Te amar...
Mas no fundo
Eu sempre me cobrei,
Achei que o tempo
Me me moldaria
E que eu seguiria
Cada vez mais firme,
Ao teu lado.
Enfim, eu te amei.
Do meu jeito estranho,
Chatão, insuportável,
As vezes brincalhão,
Mas eu te quis
A cada Beijo,
A cada Abraço,
A cada instante,
A cada suspiro teu,
Como nunca quis
De outro alguém.
Eu não sei
Os segredos da vida,
As artimanhas
Dos sentimentos,
Os ofícios do amar.
Mas eu sei,
Que de você
Levo um sorriso,
Um abraço apertado
E um olhar.
Saibas que você
Foi importante para mim
E que sempre será.
E com certeza,
Os dias sem você
Vão custar a passar..."

⁠Eis que surge uma flor de botão no jardim da vida. O caminho que a espera é bem longo, mal sabe ela o que a encontrará nas estações.

As estações se passavam e lá estava o botão de flor, passando pelas chuvas e ventanias do inverno. Logo me surgiu a ideia de que esse botão de flor tinha medo de desabrochar para conhecer a primavera.

Se ela soubesse como a estação das flores desabrochadas é uma das mais lindas do ano... é uma dádiva da vida, do tempo.

Penso que o medo estaria consigo de qualquer forma, mesmo que em botão de flor ou florida. As pragas podem a sufocar, as ervas daninhas podem ser os parasitas que sugam as suas energias, os pulgões podem roubar o seu brilho... tudo isso pode acontecer, vivendo a estação da primavera ou não.

O medo iminente do florescer a impedia de conhecer a primavera. Mal sabe ela que os seus pólens estão em polvorosa para fecundar outras flores, para fazer florir mais ainda o seu próprio jardim.

Vão-se as pétalas, as sépalas... mas fica o desejo insano de florir em meio à primavera que a tanto espera. O botão de flor, florescerá quando menos esperar! É um convite para viver a estação mais bela: a doce e linda primavera que a espera.

⁠Em uma conversa pra lá de produtiva, numa sexta que mais parecia um sábado, eis que surgem altas analogias em meio às palavras que mais pareciam versos em forma de diálogo.

Mesa de bar também é poesia, é prosa, é metáfora.
E que endossa, à medida que as inspirações veem e que vão também.

Papo vai, papo vem...
Me pego falando sobre o amor e como fiz referência dele na teologia.
Diria que no amor de Cristo, para ser mais exato.

Jesus disse que eis que está a porta e bate, se a pessoa abrir a porta, Ele entrará e ceará com a pessoa. Fiquei pensando que algo semelhante ocorre com o amor. Afinal, Deus é amor, e o maior mandamento é o amor.

Em meio a este pensamento, fiquei pensando que o amor não entrará em nossas vidas se a porta estiver fechada. O amor é um convite, é dádiva, é presente, é algo que se apresenta para conosco quando estamos dispostos a abrir a porta e deixá-lo entrar.

Se o amor não chegou ainda, pode ser que a porta esteja fechada.
Se o amor não chegou ainda, pode ser que a casa não esteja arrumada.
Se o amor não chegou ainda, pode ser que o destinatário ainda não seja você.
Se o amor não chegou ainda, pode ser que ele esteja esperando um convite para entrar.
Se o amor não chegou ainda, pode ser que ele já esteja em você, e amor você já é.
Se o amor não chegou ainda, pode ser que a porta está entreaberta, e o amor não fica onde há dúvida. Acredite!

⁠No passo que vem e que vai,
No passo que se enche de energia pela vontade.
Que passos são estes?
Que passos, que passaram, ficaram marcados na areia?
São os passos daqueles que caminharam procurando o sentido da vida,
Caminham como se não caminhassem, mas os passos ficaram retidos na areia.
As marcas que vão e que vem, mostram a história não contada, os segredos não revelados;
São como um mapa de destino, são o conto contido nas entrelinhas de um livro,
Memórias que ficaram presas em um momento, mas que voltam a reviver neste tempo;
O tempo não apagará nossa história, pelo caminho encontramos nestas pegadas o nosso próprio destino.

Levei tanto tempo pra entender
Só dá pra se perder em alguém quando se sabe exatamente onde está.
Tive que aprender a me amar
Tive que aceitar que primeiro sou eu, sem antes ser seu

Posso ser meu e de mais alguém
Posso amar a mim e amar alguém

Cai dentro de mim, me esborrachei
Mas por fim encontrei o que faltava

Faltava um olhar
Faltava eu me admirar
A dor era por não me conhecer
Aceitar ser o que eu achava que tinha que ser

Não adianta rimar, tem que praticar
Tem que respeitar o de dentro, pra querer amar o de fora.

⁠Possibilidade Em Ações

De toda previsão
As inconstantes
És tu.

Que me arrebata?
Que me toca?
Que, me tens e suga...

Perdendo-me em constante
Fins de sua boca
Suma de mim, o desejo que dói

Sumos que se desvaem
Dando espaço de estrelas se chocando
Em seu suco, com sons brutos de amor?

Desejo de findar?
O fim, é o começo
De trêmulas belas peles

E no começo, desejo mais
Embaraçado pensamento em si
De ser.

O valor, de validar
O momento
O toque

Intrépida palavra
Que por detrás da nuca
És blasfemado
Se toque, em vozes, em harmonia
Hã, com si, de fins firmados
Em massas, em toques
De rubra rosada
De vapores, de suor

Se tudo isso pudesse permanecer
Em eras,
Só milésimos
De se's
Puro amanhecer
Já faria
O dia valer

O Poeta

Att. Aurora N. Serra de Mendonça

Eu só quero ouvir sua voz
Pra que meu dia comece bem

Eu só quero sentir seu beijo
Pra matar um desejo
Que sentindo seu beijo
Eu me enlouqueço
De mais eu quero esse seu beijo

Do sorriso eu te quero
E mais perto eu espero

Mesmo que a distancia é grande
Não mata as nossas lembranças
O amor é grande
e o coração pequeno
mais eu e você mais forte que um vento

e de mil palavras tão escritas
num papel com uma poesia
doce como o céu

e de mais te quero nesse pedacinho de mel ...

Inserida por Mailliwnworb

A poesia nos uniu

Não procurei mas te achei
Nas entrelinhas da poesia
nos versos,
na linda poesia de amor...

Me apaixonei nas palavras
Carregadas de sensibilidade,
na reflexão dos sentimentos
na forma delicada de se expressar...

Não precisei te procurar
mas você estava ali
era só esticar a mão
e te tocar...

Anjopoesia

Inserida por Anjopoesia

Hístórico das violências cometidas contra as minorias


Começaremos essa retrospectiva dando ênfase ao quão atrasados se encontram os seres humanos, moralmente, desde as primeiras e remotas civilizações “organizadas” das quais temos registros. É importante observar a ótica pela qual a humanidade enxerga, desde a antiga suméria, o conceito de desenvolvimento: do passado ao tempo contemporâneo, seres humanos exploram outros seres humanos para adquirir o tão almejado e ilusório equilíbrio social. É ilusório, pois que, pelo ponto de vista do conceito de justiça, não há distribuição de oportunidades justa e proporcional à condição de capacidade e circunstâncias nas quais cada um se encontra. Descartando a explícita realidade de que todos somos iguais, os que concentram o poder “espremem” cruelmente os menos favorecidos, através da exploração exacerbada, ignorando e privando essas minorias das mínimas condições dignas de sobrevivência. Fazem isso com o único intuito de conservarem seu podério e massagear seus respectivos egos. Através dessa maquina social injusta, os monstros do poder direcionaram às civilizações em avanços intelectuais, tecnológicos e arcaicamente culturais. Entretanto, prevalecendo a exploração e a desigualdade, nossa sociedade continua carente de desenvolvimento moral. O que mudou “de lá, pra cá”?
Iremos abordar, a seguir, o histórico dessa exploraçao que é cometida contra as minorias, analisando vagamente os fatos, no que tange o contexto mundial, e, dando destaque, no final, aos fatos ocorridos no Brasil. Comecemos pelo primeiro povo conhecido pela fundação de cidades-estado, construções dos primeiros templos e palácios explêndidos e, a descoberta da escrita, os sumérios. A hierarquia social era dividida entre escravos, “cidadãos” e “monarcas”, como existe ainda hoje, mascaradamente, na estrutura de alguns países. Observemos que de 6 mil anos atrás, até os tempos atuais, o sistema de exploração continua nítido, camuflado em direitos fictícios que não alcançam, na prática, os menos favorecidos. Esse pseudo-desenvolvimento das civilizações arcaicas, com base na exploração da escravidão, perpetua nas civilizações posteriores, como: Egito, Grécia, Roma etc. Ainda no desenvolvimento do início de nossa civilização contemporânea, encontramos o uso do trabalho escravo como principal fonte de rendimento das classes que concentram o poder e, de desenvolvimento das duras e básicas funções das civilizações.

Ainda no descobrimento do Brasil, observamos a exploração e dizimação dos índios. Vimos que, do Brasil colônia aos tempos atuais, ainda que abolida a escravidão, os menos favorecidos continuam atados e fadados ao trabalho duro e incessante, que mais favorece a concentração de Poder do Estado e a concentração econômica das classes dominantes, do que aos próprios trabalhadores. Nesse desfecho egoísta, de ciclo vicioso, onde o homem explora o outro homem, essa exploração continua explícita até os dias de hoje. Não seria uma pseudo-escravidão? Também devemos abordar os grupos de minorias que sofrem outros preconceitos, como os covardes crimes cometidos, ainda hoje, contra os indígenas e indigentes(moradores de rua), por concepções preconceituosas de cunho cultural e interesses econômicos possuidos pelas classes dominantes. A classe burguesa, como sempre, massacrando e oprimindo os menos favorecidos por motivos estritamente fúteis. Absurdos como estupros cometidos contra jovens moças e mulheres da classe pobre, por burgueses, também são um exemplo de violência contra as minorias, visto que em vários casos os burgueses sofrem penalidades brandas, com várias regalias, recebendo rapidamente, de volta, a liberdade para transitar livremente nas ruas e exercer suas egóicas concepções de liberdade. Vivemos a cultura do isolamento, onde, de geração em geração, os burgueses continuam em cima, e os pobres submissos, sem chances justas de ascenção econômica e cultural. Também há relatos de discriminação contra alunos que ingressaram na faculdade por meio de bolsas destinadas a estudantes de pouca renda, além de vários outros absurdos. Impera também o preconceito contra os homossexuais, como temos visto, em atos agressivos, físicos e morais, de nítida homofobia. Não devemos deixar de expor, também, a intolerância religiosa nas quais minorias lutam contra outras minorias, resultando em desastres físicos e morais. É importante enfatizar que os próprios indivíduos que fazem parte das minorias, acabam, por vezes, influenciados por ideologias que os abastecem de preconceitos e atitudes rigorosas contra outros grupos de minorias. Está expresso e saliente no contexto atual que, vítimas da ignorância que decorre da falta de oportunidades de progresso educacional, financeiro e cultural, os oprimidos e menos favorecidos tem se confrontado, ao invés de se unirem. Isso também é incentivado pela maquina parasita em que as classes dominantes transformaram o Estado, onde o sistema continua espremendo todos os recursos físicos e intelectuais das classes inferiores, a fim de preservar de forma egoísta o seu podério burguês, econômico e político. Por fim, a burguesia estruturou a sociedade de tal forma que, os pobres ficam isolados entre si e são ludibriados por pseudo-ideologias(injetadas por burgueses) que os mantém na escuridão, lutando entre si, e, indiretamente, favorecendo, engrandecendo e zelando pelo egoíco podério das classes maiores.

Inserida por ArthurMelo

POEIRA DO VENTO

e de como a luz se tornou trevas
o raio de sol se fez trovão
cada vez mais
a solidão adentra em meu coração
como uma flor a secar
o lobo a parar de uivar
e as rajadas de vendo pararem de soprar

de meu companheiro melhor amigo
para um alguém desconhecido
sendo separados cada vez mais
pelos quais não se importa mais
me deixou milhas além
por alguém que não valia cem

mas se assim tu queres
assim será feito
meu eterno amor imperfeito
traidor desbravado
com perfume na flor do olfato

mas de amor foi ao pó
feito por um só
poeiras do amor
seja para quem for
o vento levará
e hás de cuidar
pois amor mais puro não há
de quem só queria amar.

Inserida por ClaraMachado

Não há fim...


...olhando para o céu de todos.
onde encontramos um canto nosso,
iluminado pela lua,
a clarear nossos olhares, risos e silêncios,
testemunha de todas as promessas e renúncias,
em especial a de nunca deixar que o amor se perdesse,
mesmo que nossos caminhos
nos levassem a caminhos opostos ou
fosse abreviada uma das jornadas,
então, peço agora que siga e quando olhar para o nosso lugar,
esteja certa, lá estarei, com o mesmo amor...

Inserida por pauloafonsobarros57

Deixar partir...

Ante o sofrimento daqueles que amo, quando todo o possível já tiver sido feito, por amor eu clamarei, não sofras mais, de nada adianta ver definhar alguém que amo, rogarei a Deus a libertação das amarras que a matéria simboliza.

A morte física é prenúncio de uma nova vida, verdadeira e plena, afinal, o que nos impede de continuarmos nos amando?

A ausência não deve nos remeter à dor sem fim, ao vazio ou ao desespero do não desapego.

Sentiremos a falta um do outro em todos os cantos por onde tenhamos andado, revivendo nossos cheiros, afagos e nossas lágrimas compartilhadas.

Permanecerá vivo o sabor de nossos lábios.

Ao lembrarmo-nos do mar, do por do sol, e daquela vez em que a chuva repentina nos fez correr às gargalhadas teremos a certeza, será egoísmo não deixar partir.

Para que prolongar um sofrimento sem razão?

A escolha não pertence a quem quer sair de cena na frente, ao chegar à nossa finitude que saibamos estar com aqueles que mais amamos, os que nos antecederam e os que ainda precisam continuar.

Compartilharemos nossas lágrimas mais uma vez, sem desespero...

Inserida por pauloafonsobarros57

Flores do mundo...


mentalize todas as flores do mundo,
das menores às maiores,
de todas as cores,
com os mais diversos perfumes,
orvalhadas a cada novo amanhecer,
iluminadas pela lua cheia,
porto seguro de abelhas e pássaros,
tem uma vida breve,
mas não morrem jamais,
afinal,
ninguém as esquece após um único olhar,
receba-as,
contém o maior amor do mundo...

Inserida por pauloafonsobarros57

Carta aos filhos...

Sua vida como filho não havia sido fácil, perdera a mãe muito cedo, ele uma criança, ela uma jovem senhora de 37 anos, seu pai, então um jovem adulto aprisionou-se no seu luto e nas suas culpas além do remorso por não ter-lhe oferecido uma vida mais digna, sentimentos esses que o perseguiriam pelo resto de sua vida.
Cerca de sete anos depois da morte da esposa querida, ainda enlutado, deprimido e doente, o pai sofre o primeiro de dois "derrames", restavam agora além das sequelas emocionais, as físicas, não menos limitantes.
Assistência médica possível, más experiências com cuidadores não profissionais, melhor seria acolhê-lo em casa com a imediata concordância da esposa e filhos pequenos.
Sua família, de pronto, também abraça o cuidar, mas começam a vir a tona as mágoas passadas, questões não resolvidas do coração do menino que na mente adulta insistia no que não entendia.
Três anos e meio após sua chegada, cansado e pedindo perdão, o filho se dirige ao pai e pede que consinta em ir para uma casa de repouso.
Num sábado, conforme combinado, avô, filho, nora e netos, ao final da tarde, banho tomado, compromisso a ser cumprido, no porta-malas do carro uma cadeira de rodas e uma pequena mala com seus remédios e algumas mudas de roupa.
Dona Helena, responsável pela nova casa, os recebe à porta, feitas as últimas recomendações, beijos, lágrimas e um último pedido, "perdão meu pai" e às 19h00min deixam-no naquele bom, mas para ele estranho lugar.
As crianças querem ir passear e o shopping é o destino, logo após chegarem em casa, por volta das 22h00min os pequenos sossegam e dormem e, não mais que 30 minutos, o telefone toca, D. Helena se desculpa e avisa, seu pai se despedira dessa vida.
Os laços fortes e confusos de amor e mágoas, graças ao distanciamento por breves instantes, relaxaram e propiciaram a partida.
Tudo a seu tempo, para certos desígnios não há ainda verbos que expliquem, somente a fé de que assim foi preciso.
Já muitos anos passados, em carta aos seus filhos, hoje homens criados lhes escreve, ponderando:

Pode parecer exagero mas, em relação às opções profissionais, preocupo-me com o caminho que cada um venha a escolher, acredito que atualmente está até mais difícil que no meu tempo, com idade equivalente.
Tomo a liberdade de fazer essa consideração não só em relação ao trabalho mas na vida como um todo, uma decisão precipitada pode trazer dificuldades maiores um pouco mais à frente, razão pela qual lhes peço que, na dúvida, pensem um pouco e que possamos conversar sobre quaisquer assuntos que se façam necessários, sem nenhuma restrição.
Vocês muito me orgulham com suas realizações e conquistas, bem mais do que os eventuais problemas que fazem parte de nossas vidas.
Ninguém é obrigado a acertar sempre e, tampouco ser auto-suficiente, a propósito, esse é o maior e mais comum engano em que nos enredamos na vida.
Nada em nossas vidas é por acaso, peço que reflitam a respeito, nos amamos e somos uma boa família.
Que Deus os guie e proteja sempre, intuindo-lhes ante as dúvidas dos caminhos a seguir, sei que farão o melhor possível, não se cobrem além da conta.

Inserida por pauloafonsobarros57

Há sim para sempre...


Vivemos uma era onde tudo se faz rápido, consumimos com todos os sentidos e fazemos várias ações em paralelo nessa existência frenética.

Com tanta pressa deixamos muito passar sem bem dimensionar e pouco ou nada saborear no complexo milagre da vida.

Vamos repensar um pouco, olhar no retrovisor do tempo e constatar, do primeiro segundo de vida até aqui, quanto já foi sem que nos déssemos conta?

Horas há em que é preciso correr, mas não podemos desprezar sorrisos, afagos e colos sinceros, esses momentos, cada vez mais raros, compõe nossa trajetória individual que, mesmo se juntando ao coletivo, é a história de cada um.

Olhando para os ontens, recupero sensações de mãos e dedos delicados abrindo caminhos em meus cabelos, sussurrando entre beijos mágica melodia, sem pensar no amanhã, mesmo após adormecer sei que ela, minha mãe querida, minutos mais ali permanecia.

Dividimos apenas 37 anos, nada ela deixou de fazer, seu amor, que continua, faz parte do que é para sempre.

Inserida por pauloafonsobarros57

Já não há...

- Por favor, diz-me, agora, quanto você quer de felicidade?
- Ah, assim, do nada, sei lá...
- Por favor, diz-me, agora, quantas pessoas você quer bem?
- Tenho tantos amigos...
- Por favor, diz-me, agora, quando foi que disse amar alguém?
- Hoje mesmo, quando...
- Por favor, diz-me, agora, quando sentiu amor por alguém?
- Gosto de tanta gente...
- Por favor, diz-me, agora, dizer e sentir amor é igual?
- Acho que...
- Por favor, diz-me, agora, aceitaria não pedir nada em troca?
- Não sei...
- Por favor, diz-me, agora, quando foi que chorou de amor?
- Não me lembro...
- Por favor, diz-me, agora, o que te faria renunciar?
- Abrir mão assim, sem...
- Por favor, ouça-me, agora, não tenho dúvidas, amo você desde sempre, não senti-la e ouvi-la, longe ou ao lado, por um minuto, por um dia, por toda uma noite, seria um desafio e nem quero pensar nisso, acredito que nada é por acaso, não podemos tomar posse de pessoas, mais ainda de quem gostamos ou, em especial e de verdade, amamos, quando pedirmos provas de amor ele já não há...
- Por favor, diz-me, quando puder...
- Ah...

Inserida por pauloafonsobarros57

Sabe aquela lágrima fina e leve que escorre bem no cantinho do olho?! Pois é.
Lágrima de desabafo. De tormenta. De indecisões. De insegurança. Da pessoa se sentir um lixo por ser quem é.
Um descaso. Um grande descaso. O coração grita. A boca fala. Os olhos dizem. E as lágrimas revelam aquilo que ninguém pode dizer. O indecifrável. O sonho surreal.
As lágrimas, sim as lágrimas. São elas que gritam mais que o silêncio. São elas que dizem o que a boca não consegue dizer. São elas que sentem o que o coração não consegue sentir. Sim, sim. São elas.

Inserida por Robkenede

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