A Fabula da Galinha e da Aguia
A vergonha de ser feliz
Por que você julgou que eu fosse morrer?
Tenho a certeza que era essa a sua maior vontade
Minha verdade?
Estão nos anos que vivi quase morta
de arrependimento e sofrimento
suportando a infelicidade
pela falta do meu próprio eu
da minha autonomia e estabilidade
trocados por um ambiente hostil
Fugi para ter de volta o meu mundo
Continuei por algum tempo a sofrer
sabendo da sua insanidade
revolta, ódio e até onde iria a sua intolerância
E eu te digo, você trabalhou como rato de esgoto
mas, víboras se alimentam de ratos
Como disse o poeta Gonzaguinha
"viver é não ter a vergonha de ser feliz"
Eu sei, você não conseguiu a sua vingança
mas encontrou a bonança
sem a vergonha de ser feliz
Sabe por que o poeta disso isso
sobre a vergonha de ser feliz?
É que a felicidade está no amor que sentimos
e quando não existe amor de verdade
sabemos que a felicidade é passageira
são momentos no arrepio das ilusões
apoio para as frustrações
Sem consciência e em apuros
usa-se e abusa-se incondicionalmente
por um tempinho feliz
Mas, quando consciente
sabe da "incompletude" que tem
e aquilo que completa é incompleto também
É isso que nos causa vergonha
e para suprir a danada
grita-se aos quatro ventos
que não tem a vergonha de ser feliz
por já estar desolado
com a felicidade que tem ao lado
E digo ainda,
não vou morrer por causa da sua felicidade
pelo contrário
ela suscitou a minha independência de responsividade
libertada das suas agruras
e tenho vergonha de dizer
pela falta de carência interior
o quanto sou completamente feliz.
'COGITO, ERGO SUM'
Levanto os olhos ao alto
e só me vem lembranças.
o que vejo não está lá fora!
O que vejo é 'puro
antagônico'.
Das pedras, das brumas,
esperanças.
Está aqui! Vivo na mente,
solto no ar!
||||||||||||| Frases escritas por Daniel da Silva, Carlos Paiva e Risomar Silva. Publicado no Clube Asas da Leitura no dia 05/09/2015. |||||||||||||
'MORFOLOGIA''
Olhar perfurante,
Cabelos negros,
Rio escaldante.
Aproxima essas linhas...
Nesse luar...
Quero você,
Baralhando paisagens,
Misturando essas frases...
Abraça-me com palavras,
Letras dos meus dias,
Metamorfose de magma.
Cria expressões...
Converte o presente:
Dor ausente!
Vem ser: vocabulário,
Meu dicionário de dados!
'CONTINGÊNCIA'
Apreciamos ventos,
Mudanças.
A veemência dos mares,
Raízes,
Esperanças.
O brotar da vida,
Gritos,
Reciprocidades.
O trovoar dos pássaros,
Melopeias,
Possibilidades...
Seguramos estrelas,
Estrelas do Mar,
Quebrando sombras,
Correntezas.
Canções no ar,
Arremessando ilhas,
Pedras vulcânicas,
Mordaz.
Belas canções,
Sutis,
Temporais...
Admiramos sonhos,
Dor diluída!
Coração filete,
Amordaçado,
Papéis em tiras!
Delidos,
Torcemos o presente,
Loucuras,
Criança no asfalto,
Aqui dentro...
Alaridos de ruas!
'AUSÊNCIA'
No terreiro: palmeiras sem ventos, galhos amarelos. Plantas sem
águas, folhas sem elos. Muro caído e o cachorro, fiel e amigo,
resiste na escuridão. Há um letreiro de nuvens discursando a
falta de chuvas ...
Na cozinha, há muito a cadeira está vazia, análogo, o armário
triste lamenta tuas mãos. Uma artilharia de traças ainda
corrói o velho violão solitário, acorrentado, soando inexistência, inutilidade de cheiros ...
No quarto, a cama solitária insiste no silêncio que congela. As dobradiças, as dobradiças resignadas estão emudecidas. As luzes pediram descanso, falta biografia, estão empoeiradas, sem vida, morosas no remanso, mero utensílio, pairando insuficiência, ausência ...
O sentido da Vida encontra-se na razão e não no sentimento.
Vida sem razão é vida sem sentido.
A razão da Vida é o AMOR.
Dói na alma ver se esvair a razão de quem amamos.
Mas persevero, a despeito das minhas percas emocionais e funcionais, na razão e no cuidado de quem um dia teve razão para expressar cuidado e amar sem reservas a todos e todas que viveram ao seu redor.
(palavras de quem tem mãe com DA em estágio avançado)
Seguir é Ordem
Prosseguir é Dever
Portanto, sigamos e prossigamos em conhecer o AMOR de Deus que excede a todo entendimento.
Amemos enquanto temos RAZÃO.
Poderá chegar a ti o Dia em que não terás mais razão para amar, mas com certeza o amor plantado voltará a ti em forma de Cuidado. Cuidado preparado pelo AMOR.
|: Zu Regensburg auf der Kirchturmspitz,
Da kamen die Schneider z'samm. :|
|: Da ritten ihrer neunzig,
Ja, neunmal neun und neunzig,
Auf einem Gokkelhahn.
Refrain:
|: Wi de wi de witt dem Ziegenbock,
Meck meck meck dem Schneider, :|
|: Und als die Schneider Jahrstag hatt'n,
Da waren sie alle froh, :|
|: Da aßen ihrer neunzig,
Ja, neunmal neun und neunzig
An einem gebratenen Floh. :|
Refrain:
3. |: Und als sie nun gegessen hatten,
Da waren sie voller Mut, :|
|: Da tranken ihrer neunzig,
Ja, neunmal neun und neunzig
Aus einem Fingerhut. :|
Refrain:
4. |: Und als sie nun getrunken hatten,
Da kamen sie in die Hitz, :|
|: Da tanzten ihrer neunzig,
Ja, neunmal neun und neunzig
Auf einer Nadelspitz. :|
Refrain:
5. |: Und als sie nun getanzet hatten,
Da sah man sie nicht mehr. :|
|: Da korchen ihrer neunzig,
Ja, neunmal neun und neunzig
In eine Lichtputzscher. :|
Refrain:
5. |: Und als sie dann im Schlafe waren,
Da knispelt eine Maus, :|
|: Da schlüpften ihrer neunzig,
Ja, neunmal neun und neunzig
Zum Schlüsselloch hinaus. :|
Refrain:
Metamorfose por completude
Querer ser é humano
Ser per se stante
Não, é perjúrio introspecto
Professa com imprudência
valores internalizados
avivados de senso comum
Sem moral e com medo
ceifa a consciência
alivia a vergonha, silencia
Apartado de si e sem ser
não persuade
debalde luta pela plenitude
Certo da incompletude
metamorfoseia-se algures
abasta-se com qualquer ser
Sem noção
A vida é assim
A gente vai a todo o vapor
trabalhando que nem cão
do meu conforto não abro mão
até divido o meu pão
e tem aquele que fala mal da minha razão
não tem coração
não aceita o meu casarão
nem o apartamento de magnífica visão
leva um pontapé no bundão
e depois pede perdão
perdão - não
e passa a viver de ilusão
perdido na escuridão
vai se desgraçando para ter satisfação
cai por terra toda a sua condição
perde totalmente a noção
pensa que todos são iguais nessa Nação
sente-se bem em morar num prédio caixão
de usucapião.
A morte do amor
Para que o amor não fique insosso
Não dure somente uma canção
Não passe de uma paixão
Sou capaz de planejar anos e anos em solidão
Multiplicar tudo que for tangível
Segurança à união
Depois, concretar a alma e o coração
Alicerce para uma duradoura relação
Os desatinados não acreditam nisso
Acham que, se existe amor, mora-se até no lixo
Não existe amor que dure
Quando falta o tostão
Dói tanto outros órgãos do corpo
Que se esquece o coração
Morre a afeição.
Abichornado
Se você acha que não te dei
tudo aquilo que queria,
eu digo a você
te dei amor, carinho e poesia
mas não era o que você pretendia
dinheiro era a sua inquietação
minha vida, servidão
não importava a você
o cansaço, o desgaste
no semblante da menina
então eu tomei de você
muito mais do que podia
tirei o seu sono e a sua fantasia
deixei para você
a saudade da mordomia.
LAMAÇAL DA HUMANIDADE
Envoltos em lama
Na dor da tragédia
Miséria humana
A morte no rio
De nome Rio Doce
Vida por um fio
Como se não fosse
Poder piorar
Depois da secura
Represas, rejeitos,
Lama quem segura?
Arrasta e destrói
Arrasa famílias
Mata pais e filhas
E enterra na lama
Prenúncio de gente
Há muito enterrada
Em meio ao suplício
Não só em Mariana
Mas em todo mundo
Brasil e na França
Em pesar profundo
Pelas explosões
De bombas e vidas
Gatilho das ilusões
E do extremismo
Da fé assassina
Que encontra otimismo
Na carnificina
Matando em nome
De um deus sanguinário
Ou imaginário
De um povo vazio
E cheio de ódio
Muito intolerante
Com o diferente
Pequenos relances
De uma dor latente
Que afeta a vida
E mancha a moral
Ou só evidencia
Que é imoral
E não se preocupa
Com o ser humano
Apenas se ocupa
Em provocar dano
Usando a tragédia
Em seu benefício
Amando o suplício
Para ter vantagem
Querendo que todos
Fiquem agarrados
Na lama, atolados
Ou que se explodam.
15/11/2015 (18h30)
Beto Costa
Consciência Negra: Há o que comemorar?
Precisamos compreender que fomos educados dentro de uma cultura “branca”, onde a Escola é Branca, o Hospital é Branco, onde o Símbolo da Paz é Branco, onde Deus é Branco! Onde o termo “negrice” é aceito com a maior naturalidade, e o termo “denegrir” é usado em documentos oficiais...
Recentemente foi publicado um estudo intitulado "Mapa da Violência 2015", sobre a violência contra a mulher. Neste mapa destaca-se a acentuada diferença entre a agressão à mulher branca e à mulher negra, no Brasil.
Importante deixar claro que qualquer tipo de violência é abominável! Contra a mulher, contra a criança, contra qualquer Ser Humano, contra animais... Porém, há que se refletir sobre os resultados deste "Mapa da Violência 2015".
Quando pensamos na questão da Consciência Negra, somos, irremediavelmente, remetidos a um passado recente, quando nossos irmãos negros eram espancados até a morte, em praça pública, transformando o dia em feriado, para que todos pudessem assistir à maldade branca, à maldade dos senhores e serviçais desalmados, de ontem e de hoje, sem qualquer consciência sobre sua demência, sem qualquer consciência sobre o fato de que qualquer poder sem amor é loucura, é doença.
E quanto poder sem amor se espalha por este mundão de Deus! E quanta hipocrisia!
Por que não se fala sobre isso nas Escolas Ituanas e Brasileiras? Por que isso não está nos livros de história?
Continuo me perguntando se nas comemorações feitas em Itu, uma cidade aristocrática, de ontem e de hoje, haverá espaço para pedidos de desculpas pelas maldades em praça pública, ou para agradecimento aos verdadeiros construtores dos casarões, das igrejas, e das praças onde eram espancados.
Será que a dignidade, enfim, falará mais alto, e se curvará à verdade, reconhecendo um passado recente, que nos enche de vergonha?
Quando me vejo cristão e me compadeço com o sofrimento do Cristo, nosso exemplo maior, me pergunto se o sofrimento ao qual foram submetidos centenas de milhões de irmãos nossos, não só nas Américas, mas em todo o mundo - e continuam sofrendo, não é digno, também, de compadecimento e reconhecimento público.
Mas existem outros pontos a serem discutidos, a serem colocados “à prova de consciência”, antes de nos colocarmos a defender isso ou aquilo para os nossos irmãos negros.
Por exemplo: Você concordaria que sua filha, branca, se casasse com um negro? Você receberia sua neta, branca, com o parceiro negro, para posar em sua casa, almoçar à sua mesa, com a mesma disposição que a receberia se estivesse com um parceiro caucasiano? Você respeita seu genro negro? Seu chefe negro? Seu comandante negro? Seu médico negro? O policial negro? O pedreiro negro?
Quanta hipocrisia, meu amigo! Quanta hipocrisia!
Aliás, quantos de nós aceitam fazer consulta com um médico negro? Quantos de nós aceitam um professor negro? Quantos de nós aceitam que nossos filhos e filhas frequentem a casa de amiguinhos negros, e vice-versa?
Indo um pouco além: Em uma Sociedade com 51% de negros, quantos vereadores negros temos, prefeitos negros, deputados negros, senadores negros, promotores negros, professores negros, juízes negros?
Há muito que caminhar, ainda, e esta é a CONSCIÊNCIA QUE PRECISAMOS TER. Precisamos compreender que fomos educados dentro de uma cultura “branca”, onde a Escola é Branca, o Hospital é Branco, onde o Símbolo da Paz é Branco, onde Deus é Branco! Onde o termo “negrice” é aceito com a maior naturalidade, e o termo “denegrir” é usado em documentos oficiais...
Aliás, que tal levantarmos TODOS os termos pejorativos aos negros e pedirmos que sejam retirados dos dicionários de língua portuguesa?
Tenho a honra e a alegria de ter tido, em minha infância, inúmeros amigos negros, de ter recebido, em minha casa, na minha juventude, colegas negros de Ensino Básico e Médio, para estudarem comigo. Tenho a imensa honra de viajar, semanalmente, e trocar impressões, com uma gentil amiga negra, uma mulher de imenso valor, Educadora das mais destacadas. Não cito seu nome aqui, por não estar autorizado, mas ela sabe do respeito que tenho por ela e por todos nossos irmãos negros. Um beijo terno a você, doce amiga, onde quer que esteja agora.
Consciência, negra consciência!
Consciência!
Negra!
Consciência sobre um passado
Negro!
Um passado negro de negras ações
Negras atitudes de um branco com alma negra
Um negro passado!
Consciência!
O negro passado a limpo
O príncipe, negro
Com um passado limpo
Limpando a alma, lavando o espírito
Um príncipe, vários príncipes!
Guerreiros, heróis, crianças e velhos
Homens e mulheres, príncipes e heróis
Fantoches de um branco sem consciência
Consciência!
Consciência sobre a maldade
Consciência sobre o passado
- O passado, passado a limpo!
Feriado!
O passado em praça pública
Para assistir à maldade inconsciente
De um branco onisciente, de um branco insano
Agredindo ao negro
Em praça pública!
Agredindo ao negro de alma branca
Que lhe traz a consciência de sua alma negra
Negra nas intenções
Negra nas ações
Negra nas maldições
Maldições que hoje voltam
Vão e vem, em um vai-e-vem sem fim
Até que haja a consciência, plena!
E a aceitação...
Consciência!
Lavando a alma, trazendo a calma
A esta alma negra
Lavando um passado e construindo um futuro
Consciência!
Em uma só palavra, a ciência, conosco
Conosco o conhecimento, sobre nós mesmos
Sobre o que fomos e o que somos
Consciência, paz, amor
Com ciência!
RIO DOCE
Sou um poeta que ama
Os rios, toda a natureza;
E quando ela reclama
E sofre perdendo a beleza,
Eu também me emociono
Ao ver o estrago da lama.
Ao rio fizeram algo insano
Restando a muitos o drama
De ter a vida atingida,
Trazendo sofrimento e dor,
Com peixes e gente afligida:
Índio, cidadão, pescador.
E agora não tem mais curimba
Cascudo, mandi ou dourado.
Cavar um poço, cacimba,
O estrago será demorado.
E tudo isso pela ganância:
A exploração do minério.
À vida não dão importância,
Não levaram o Rio a sério.
E quando estouraram barragens
Contendo rejeitos de ferro
A seca acabou com as forragens
A natureza dando berro
Gritando, pedindo socorro
E tudo isso deixa tristeza
“Me ajude, ou se não eu morro!”
A fauna e a flora em fraqueza.
Quando será que veremos
A vida em nosso Rio Doce?
E de su’água beberemos?
Achamos que piorar não fosse.
E agora temos que chorar
No velório de nosso rio
E a lama também vai ao mar
Só de pensar dá calafrio.
Agora é viver com os transtornos
Até que tudo isso acabe
Preservar dos rios os entornos
E que mais lama não desabe.
Beto Costa, Baixo Guandu-ES – 19/11/2015 (17h42 e 20h14)
RIO GUANDU
Você merece um poema,
Faz parte da nossa cidade.
Seria maior o problema
Sem água que calamidade!
Depois da morte do rio
O grande Doce, caudaloso,
A vida ficou por um fio,
Mas Deus é muito generoso.
Pois deu-nos grande privilégio
Possuir dois rios que beleza.
Baixo Guandu que sacrilégio:
Ficar sem água que tristeza.
Antes para tudo era o Doce;
Agora o Guandu nos inunda.
Imagina se pior fosse
E em crise pior tudo afunda?!
Meu Deus nosso muito obrigado!
De coração estamos gratos
Por dar-nos esse rio amado,
Como é bom quanto estamos fartos.
Precisamos dele cuidar.
A água é um bem precioso.
Matas e rios preservar,
Isso, sim, é um bem valioso.
É um vem e vai ou um vai e vem?
O serrote nas mãos do operário
Num vai e vem
Dá forma à obra
Pela porta do bar,
que pode ser de pinho, laminado ou aglomerado,
ipê ou imbuia
Num vai e vem passam o mocinho e o bandido
O balanço que encanta crianças e adultos,
Pode ser de corda ou de metal
Num vai e vem coloca, quem balança e
Quem embala, num sonho irreal
Da mesma sorte a rede na varanda
Num vai e vem lento ou acelerado
Embala a mocinha ou o casal
E os leva a uma viagem sem igual.
O vai e vem do vento passa pelo canteiro
Tirando das folhas da roseira, a sua poeira
E ao mesmo tempo espalha seu polens
Oferecendo assim mais cores no jardim
As ondas do mar bailam
Em um vai e vem sincronizado
Conquistando admiradores e até os enamorados
Na busca pela sobrevivência
As aves migram num vai e vem infinito
Seja inverno ou verão
Outono ou primavera
O Sol vai. O Sol vem
A Lua vai. A Lua vem
Todos os dias é um vai e vem constante
Tem gente que vem pra ficar
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai pra nunca mais voltar
Tem gente que vem só pra olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
Na Vida tudo vai e tudo vem
Mas as coisas mais importantes
Ficam guardadas para sempre no nosso coração..
Sobre você
Eu queria escrever sobre você
Já me disseram que não sou boa com as palavras
Talvez seja a minha ironia que desmantela a minha escrita
Escrever sobre você é demasiado complexo
É como arrancar da cartola um coelho
zombar e criar ilusões com o nada
Com essa mágica, a mim, devem respeito
Descrever as partes físicas, as mãos pequenas
nariz pontiagudo, corpo roliço
andar da preguiça
algum encanto sempre fica
As palavras que sussurradas, saídas dos finos lábios
têm leve doçura, mesmo embaladas pela língua ferina
Os olhos não se fixam, sempre olhando de menesgueio
com certo galanteio
buscando solicitude de alguém por perto
não do meio
Em você todo o brilho do físico se perde
perante o seu interior, a civilidade, o zelo
O carisma como se doa e comunga socialmente
amparando, franqueando os necessitados
sem "cobiçar", como se estivesse em Calcutá
voluntário do bem com posses alheias
Um perfeito filho, sonho de toda mãe, homem com "H"
garanhão de pasto
Com as noras, não deixa água aos sedentos, faltar
Relutante às datas comemorativas
mas não falta pro jantar.
Eterno Vergel
Sente-se bem?
Ganhou com o que fez?
A adrenalina deixou o seu sorriso mais sarcástico?
Falou para os amigos e família o que você fez?
Sentiu prazer em pisotear o meu vergel?
O meu vergel é de bits
Ele é apenas a minha arte em fotografia
O meu sentimento em código
O meu delírio mental
É incumbência do tempo fazer desaparecer
o que é material
Vamos cair no esquecimento
Só o meu vergel não irá sumir
E você, lá na sua cerração em ostracismo
Atributos levados da terra, inveja e ciúme
Assistirá o meu vergel brilhando na nuvem.
MUITO ANDEI PARA CONHECER...
Autor: José Ultemar da Silva
Ano: 1996
Editora: Autônoma
Muito andei para conhecer.. a vida, o trabalho, a saudade,
a tristeza, a fome, a maldade e a felicidade.
Também conheci a noite, os amigos e os falsos amigos, que tanto me admiravam e me elogiavam, depois me passaram uma rasteira e desapareceram.
Todos os dias agradeço a Deus...melhor assim.
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