Voz do Silêncio

Sinto tua presença, vejo o teu olhar, ouço tua voz e o teu silêncio sussurra frases soltas, onde todas me chamam. E eu vou! O teu rastro seguirei e, sem demora, saltarei das alturas a te abraçar. E eu estou! Encoberto por nuvens brancas de amor, eu sou a te amar. Vês as estrelas no céu? Todas sorriem pra ti, enciumando a lua que te espreita há anos, querendo-te enamorar. Deixe-me ao menos flutuar, sonhos livres que colore a minha vida em ti, liberdade de ir e vir de um doce sentir. Saio de mim pra te encontrar; entro em ti, faz-me respirar.

Só em silêncio conseguimos ouvir a verdadeira voz do coração.

A música expressa tão bem o que a voz cala, os olhos escondem e o corpo sente.

O silêncio dispensa palavras para nos dizer o essencial. É uma "voz" única, que se dissipa do todo, para nos levar a uma reflexão sobre tudo

Na minha memória frágil, eu guardo no silêncio do meu coração sua voz suave me falando de paz

Secarei meu pranto com as notas agudas da tua voz.

Eu gosto do silêncio porque é através dele que consigo escutar a voz de Deus.

"No silêncio das noites e na escuridão que habita o coração é que ouvimos a voz de Deus que nos acalenta a alma." Luiza Gosuen

Vou respeitar teu silêncio e ouvir somente a voz do coração.

Pensamentos são emoções em forma de silêncio... a voz se torna inaudível e o caminho mais traiçoeiro escolhido é o das atitudes fragorosas e tempestuosas. Por essa razão, ter prudência é precioso ao proferir, pois uma vez lançadas no calor do momento tem a chance de congelar o coração de quem o ama.

Entre o silêncio e a solidão, prefiro viver em voz alta.

O silêncio

Assim, como do fundo da solidão
O silêncio emudece
A voz da saudade cala o coração
Com mutismos que a alma conhece
Nas lembranças que a dor adelgaça
O amor, a angústia, a emoção
Onde o caçador torna-se caça
Desembocados no vazio
Da esperança, da ilusão
Engasgados no arrepio
Do abafado ruído da interiorização
E o silêncio se faz sombrio...

Enquanto as coisas
Mudam,
Eu fico aqui,
Muda.

... e, no silêncio
dessa minha voz,
a vontade de gritar:
Surda!

Ouço a voz do silêncio e o calar da noite. Sobre lua e estrela, procuro-te. Sobre o mar e o ar, sinto-te. Faço festa quando a tua imagem, a mim, vem. Defino traços, tatuo espaços, vastos, sobre tudo que de ti há em mim. E sobre tudo que és, nada sou em tua ausência, além da tua presença vivida em canto espectro do meu ser.

Para se fazer ouvir, abaixe o volume da voz.

Eu ensinei bem mais e aprendi quando estive em silêncio. Descobri que a insistência da voz é o que cega a sinceridade dos atos.

Mesmo em silêncio, nada me impede
de fala com Deus.
E mesmo sem ouvir a sua voz,
sei que ele ouve as minhas preces.

Meu silêncio é mais barulhento que minha voz. No entanto, é raro os que ouvem meu silêncio.

A VOZ DO SILÊNCIO

Os degraus são da dor e do sofrer,
Só os calam as vozes da virtude,
Mas o lodo da vil vicissitude
Faz o tolo, de início, esmorecer.

Quem se prende a esta lama sem saber,
Gasta muita beleza e juventude,
E, depois da total decrepitude,
Se despede da vida sem viver.

O brotar dos sagrados germes n’alma
Do andarilho, na dor e paz, o acalma
Entre os juncos do ser que é sua senda.

Cada vício é o riso de uma hiena,
E a virtude é a voz meiga e serena
De quem forja na queda a própria lenda.

Negar nossa divindade é ferir o pássaro canoro que habita em nós, é silenciar sua voz para não ouvir o que nos diz nosso ser mais profundo: que cada ser humano é seu próprio mestre.