Vício
Neste início tenho sonhos risonhos e bisonhos, muito louco, o que é isso que incomoda, controla e consome as minhas horas sou passivo a esse vício.
Debaixo D’Água
Sabe aquele sonho onde você esta debaixo d’água e tem certeza que vai se afogar; você pode sentir o ar deixando seus pulmões e o medo te dominando cada vez mais; você tenta gritar, mas não há ninguém lá para te ouvir, apenas aquela imensidão azul te encarando de volta com um sorriso torto no rosto; você começa a nadar, se sacudir, se remexer para conseguir respirar novamente, mas nada o que faça poderá lhe libertar daquele estado de desespero e tudo o que resta é esperar a morte lhe alcançar.
É assim que me sinto quando, por inúmeras vezes, tento convencer meus pais a pararem de fumar. Sinto que tudo o que eu digo é inútil aos seus ouvidos, não importa o quanto eu fale que eles têm o poder de parar, que eles conseguem fazer aquilo, que podem viver sem aquele ridículo pedaço de papel. Sim, tem vezes que desisto de tentar, não sou tão forte quanto outras pessoas, nem tão insistente, mas cada vez que escuto o barulho do isqueiro ou sinto aquele cheiro nauseante, vejo um pedaço deles sendo arrancado fora. Provavelmente, se eu lhes contasse isso, diriam que eu sou dramática demais ou meu pai faria algo como não dizer nada e acender outro maldito cigarro e minha mãe me direcionaria um olhar triste e falaria que esta diminuindo, me contaria quantos cigarros fumou no trabalho ou prometeria, pela milionésima vez, que pararia com o vício.
O que eu não consigo aceitar é que eles veem e sentem o que isso esta lhes causando e não conseguem ter o mínimo de piedade consigo mesmos, chega a ser revoltante. Mesmo assim, devo confessar que sinto mais raiva de mim do que de meus pais, pois não sou capaz de fazê-los parar, me culpo por ser tão fraca frente a quem eu amo e sinto o ódio a aquele pedaço de desgraça crescendo dentro de mim como um chama envolta por gasolina, me sufocando cada vez mais, me transformando em cinzas inúteis já que chega uma hora que você cansa de ouvir sempre a mesma coisa, cansa de pedir sempre a mesma coisa, e quando se da conta, só há aquela neblina cinza te encarando de volta com um sorriso torto no rosto e tudo o que lhe resta é esperar até que eles se afoguem.
Um dos lemas na propaganda do PT é "novo governo, ideias novas". Será que pode um governo acostumado no vício da corrupção gerar um novo que tenha ideias novas? Do Evangelho lembro a palavra do Cristo que dizia: 'Vinho novo se coloca em odres novos'. 'Se for colocado em odre velho, o odre não o suporta e se rompe'. Ora, o PT é um odre velho. E jamais suportaria qualquer ideia que venha modificar seu modo de pensar e agir. E muito menos conceber ideias novas. Sem dúvida, em um novo período de governo, o que teremos é o continuísmo do que aí está com todos os vícios a que está acostumado. Um vício não se larga de uma hora para outra e portanto, essa estória de 'governo novo, ideias novas' é apenas um mote para conquistar eleitores incautos.
Põe algo pra gente ouvir
Pra me distrair, não quero lembrar
Me obrigue a beber pra eu desmaiar
Pode me trancar
Pede alguém pra te ajudar
Não quero te machucar
Não devo te machucar
Não culpe a si mesma
Peça por nos dois
Fala do depois
Deixa a música tocar
Eu espero que entenda porque aquela foi a nossa última noite, eu sempre quis um homem ao meu lado, aquele com H maiúsculo, que me protegeria e seria meu porto seguro, um homem que pensasse no dia de amanhã e que principalmente me incluísse em seus planos, mas que acima de tudo tivesse ambição de crescer e ser a cada dia uma pessoa melhor. Eu juro que acreditei que com o tempo a tua maturidade ia surgir, que eu te apresentaria aos meus pais como meu noivo, você viria com a notícia de um novo emprego e quando o teste de gravidez desse positivo, ah seria o dia mais feliz das nossas vidas, eu realmente achei que você deixaria de lado o moleque que agia por impulso, fui ingênua de achar que meu amor seria suficiente pra te fazer mudar de rumo, pra te transformar. Eu quero um homem ao meu lado, um homem que não tenha vícios, um homem que faça valer a pena carregar um outro sobrenome, justamente por isso eu resolvi abrir mão dos sonhos construídos e dos sentimentos atrelados a eles, eu não fui capaz de te transformar no meu homem e não seria capaz de perder meu tempo aqui com a ilusão, é egoísmo eu sei, mas eu sempre fui desse jeito, você sabe.
E eu me viciei no teu senso de humor barato, entre um cigarro e outro me vi presa em teus braços, o inesperado cruzou o meu caminho e já não me sinto só.
Evitando amar.
Serão ossos do ofício,
ou serão nossos vícios,
de tudo dramatizar.
Gostamos tanto da dor,
que sempre matamos o amor
achando que não vai durar.
Paremos com esse suplício,
vivamos deste novo vício,
que é simplesmente, o G O S T A R.
Não importando o resultado,
mas sim o vivido, o gostado,
de cada minuto do Amar.
Grande pessimismo. Afeta a todos em uma enxurrada de palavras malditas. Executa os seus sobreviventes como algo desnecessário, faz de si próprio algo forte, rolando feito pedra, descendo como foice na garganta de doentes por afeto. Quando de repente, tudo se interrompe, e ao tempo certo, retorna em seu ciclo vicioso. Voltando aos poucos a realidade humana, sem sua mente o traindo a cada passo.
Eterno vício em si. Palavras, gestos, objetos, pessoas, sentimentos, privilégios... o ser humano é feito disso! Sem delongas, sem muito ou menos. É apenas um animal solto, sem sentido ou completo saber. Desconhece a si mesmo, desconhece ao seu mundo, e simplesmente, pertence ao nada.
" Os homens são mais bons que maus, e, na verdade, a questão não está aí. Mas ignoram mais ou menos, e é a isso que se chama virtude ou vício, sendo o vício mais desesperado"
Nosso corpo não pode ser culpado por nossos acessos de ira e outros vícios, afinal todas as virtudes e defeitos são originados em nosso espírito.
Flertar com o erro é algo viciante, ele nos deixa mais experientes e nos tornamos mais maduros. Por vezes, o erro costuma bater na mesma tecla, até parece algo cíclico. Há quem diga que se pode escrever – aqui leia-se errar – certo em linhas tortas, o torto ou o erro se torna prazeroso, de certa forma. O que me intriga nesta caminhada é a marca indelével que a caneta é capaz de fazer ou quem sabe a intensidade que eu coloco ao escrever, ao rabiscar, ao desenhar. O papel a qual tanto escrevo é sensível para tantas tentativas de erro e acerto. A tinta indelével com força de expressão, de tanto focar em uma única situação, acaba por perfurar a penumbra daquilo que um dia foi forte. Perfuram-se os papeis! Um buraco se abre e me dá acesso para outra dimensão. Será se ali estaria o lugar o qual eu poderia flertar com o acerto? Este buraco negro que me consumiu ferozmente está me mostrando que aqui o vácuo da intensidade é bem melhor quando é escrito com emoção. Nesta outra dimensão todos os meus erros tornam-se, automaticamente, em acertos. A dimensão do jogo da intensidade prevalece nesse emaranhado de flertes escondidos atrás do desenho feito com a tinta indelével da minha força de vontade de viver o acerto que um dia julguei que era um erro. O que seria dessa dimensão sem os tão sonhados erros que nos fazem melhores a cada linha que pintamos do lado de cá? A resposta está no erro que não pintei ainda.
Horas Oras
Duas da manhã
Tentar dormir
Não conseguir
Ligar o celular
Olhar outra vez
Rolar as notícias
Trocar de joguinho
Ver mais outro vídeo
Já passaram meia hora
Três da manhã
Já passou muito rápido
Não consegue dormir
Precisa estar acordado
Não consigo mentir
Quero logo dormir
Mas não consigo sair
Estou viciado
Já são três e trinta
Tempo voa bem sumida
Quatro da manhã
Ainda estou aqui
Preciso dormir
Tenho que acordar cedo
Amanhã tenho aula
Vou perder meu recreio
Eu não vou ter mais tempo
O tempo passa rápido
Não aproveito o momento
Cadê o Carpe Diem
Se eu não aproveito
Cinco da manhã?
Não é possível
É intangível
No que eu me tornei
No que estou sucumbindo
O que fiz com minha vida
Não estou progredindo
Estacionei no tempo
Não penso direito
Seis da manhã
Nem deu tempo
De eu dormir
Alguém já acordou
É o carro saindo
Meu pai vai trabalhar
E ainda estou fingindo
Estar dormindo
Pera mas já?
Sete da manhã?
Já se passou outro dia
Mas que bela porcaria
Nossa mente é tão pérfida a ponto de mascarar a fatalidade de nossos vícios com a sensação de plenitude.
"Como em outras drogas, é possível viciar-se em tristeza. Viciar-se em chorar"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
Menina...Mulher...Muleca
Quando você chegou confesso que nem notei, mas você foi se achegando de mansinho com esse teu jeitinho, que quando percebi... fui arrebatado pelo teu sorriso, já havia me perdido em teu olhar...
A única canção que conseguia ouvir era a tua voz...
Ai...menina...mulher...muleca...
Tua gargalhada é aquele êxtase que minha vida, meu coração precisava pra sorrir, pra delirar... posso ouvi-lá repetidas vezes e jamais me cansar...vicei...posso me afogar neste vício...no teu sorriso...na tua gargalhada...na tua voz...no tua olhar...
Como pode uma mulher tão menina? Uma menina tão mulher? Como pode ambas tão muleca, tão faceira?
Ai...menina!
Ai...mulher!
Ai...muleca!
Não sei em que momento tudo isso começou, só sei que quero ficar aqui...alimentando este vício que me dá vida...
E se for pra eu morrer...que seja em teus braços, por overdose de te amar... minha menina...minha mulher...minha muleca.
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