Versos e Rimas
Brilhante Escuridão
Minhas linhas escritas com rimas.
As vezes parecem vazias.
Vazias pela falta de fraternidade.
Que me causam um enorme conflito.
Uma enorme calamidade.
Fazer do frio, calor.
Da tristeza, amor.
Do pequeno tempo, uma eternidade.
Sigo vagarosamente pensando.
Será que vale apena ser autor?
Será que só eu espalho amor?
Será que só eu transformei o meu frio em calor?
Não se esqueça, quando digo frio, não digo do corpo.
Digo do que tens na cabeça.
Digo de toda maldade e superação, de todo medo e maldição.
Sua mente nunca estará em vão, meus versos vieram de uma imensa escuridão.
A saudade arde vazia
Há razões em teus abraços
Neste tempo de asas tolhidas
De rimas repartidas
Nos musgos do tempo há.
Quero
A cor deste amor
O silêncio escondido
No coração Deus verá
Anda
Diga-me onde nasce
Uma nova canção
Sem choro
Sem frio
Com tempo de não te perder.
A saudade
Que arde vazia
Nas nuvens do meu mundo
Louco
Sujo
Caído ao lado do teu.
A ternura
Que invade teus olhos
É o espelho do meu sorriso
Manso
Livre
Com força para se viver.
Livro: Travessia de Gente Grande
Autor: Ademir Hamú
O que me liga a você?
Não sãos os verbos e nem os pronomes
Nem rimas com, ou sem nomes
Somos poetas de sobrenomes
Somos desígnios das nossas ideias
Não são regras com particípios
Nem questões de termos princípios
Nem saber escrever o seu tema
É deixar a escrita na pele ser o seu lema
O que me liga não são sonhos
São devaneios de amigos sinceros
São as humildes garrafas do seu versejar
E a simples palavra de saber amar
E o que me liga? Soa deveras miserável!
Não ligo para me abastar de elogios
Ligo para ser a alma da felicidade de poetas
Se eu sou fácil de ler... Sou fácil de sorrir
André Fernandes
Outras Notícias
Não vou às rimas como esses poetas
que salivam por qualquer osso.
Rimar Ipanema com morena
é moleza,
quero ver combinar prosaicamente
flor do campo com Vigário Geral,
ternura com Carandiru,
ou menina carinhosa / trem pra Japeri.
Não sou desses poetas
que se arribam, se arrumam em coquetéis
e se esquecem do seu povo lá fora.
Não sei se é poesia ou lixo,
as confusões nas rimas que
expresso. Se não foi bom tudo
que eu disse mas eu sei que
fui sincero...
perdulário
gastei todas as rimas ao sonhar...
gastei todos as ilusões ao amar...
me sobrou o poetar.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Noite que te aproximas
Luar que te vem
Palavras que saem rimas
Na escuridão do além.
Aqui me sinto protegido pelas estrelas encobertas,sobre uma guerra de sol e lua,porque a lua nunca espera pelo sol,sempre lhe foge,vento que me crucifica a esta árvore que é a minha âncora,o meu pilar,a sustentabilidade para um amanhã esperando pelo pela luz do amanhã.
Assim vou adormecer
Contando as estrelas no céu
Divagando na solidão temer
Assim me cubro com este véu......
(Adonis silva)09-2019)®
Destino
Nas linhas da minha poesia
leio o teu olhar
com rimas cruzadas, luzidia
sinuosas a poetar.
Interferindo no meu destino.
E assim, eu pus a cantar
tal o badalar de um sino
o coração a anunciar.
E neste som divino
a vida nos seus caminhos
o meu e o seu num continuo
Desejar... íamos sozinhos
até nossas mãos entrelaçar.
E, neste poema marcado
de versos ao nosso dispor
desde então, o fado
juntos, passamos a compor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 23´21” - Cerrado goiano
REGÊNCIA (soneto)
Como quisesse poeta ser, delirando
As poesias de amor, nas rimas afora
O beijo, o abraço que o desejo cora
A solidão assediou e trovou nefando
Vazios estros, de voo sem comando
Sombrios, que no papel assim espora
Os versos, sangrando e uivando, chora
Implora, num rimar sem ser brando...
Estranho lampejo, assim compungido
Que dói o peito, sem nenhum carinho
Quando a prosa era para ser de paixão
Então, neste turbilhão me vejo perdido
Onde o prazer se faz tão pequenininho
Vão... e a desilusão é quem regi a mão!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
O GRILO ANOSO
Um grilo cantador, de rimas cheio,
Canta as dores de mim, em plena mata.
Sabe ser companheiro, enquanto canta
O que existe em minh’alma de mais feio.
Lá sarcástico, carpe o pranto alheio
Dos amores, dos sonhos… do que resta!
Faz mais bela a canção, demais funesta,
Do desdenhado amor que trago ao seio!
Por calvários da vida, lastimoso,
Quem me alegra é somente o grilo anoso
Que a cantar me traz paz, embalo e sorte!
Bem-fadado é este grilo venturoso
Que mais nada lhe importa para o gozo…
E em paz canta aguardando a doce morte!
.....
António Chaúque / 2007
(In: Fímbrias do Mar de Amor)
Podem tentar, e até conseguir, levar as minhas letras, as minhas rimas, as minhas cores... mas há algo aqui que é intransferível e impossível de copiar:
a transparência da minha alma...
Rimas criando climas, no ritmo que nós tira da rotina. Abram as cortinas, já é a hora de você ver o sol queimar a sua retina!
BN1996
20/08/2020
Percepção dentro do compasso
Honro a missão, com rimas em aço
Microfone na mão, buumm, estardalhaço
O riso e o choro do nobre palhaço
Meu suficiente são rimas no pente
Assim represento toda minha gente!
eu não sou um Drummond
e nem tão pouco um Pessoa
mas gosto de fazer semi-poesia
mesmo sem rimas
assim à toa
não importa é a maestria
com que o semi-poeta
descreve :
o que sente
o que pensa e
o que ver
e apesar das batalhas
no meio disso tudo
EU NÃO ME CANSO
Do livro E5PELHO5 POEMAS
DE CINCO AUTORES
ESTA SEMI-POESIA
É De : Lúcio Cleto Paiva Uchôa
Para a coleção lúcius éon
Ah se tu soubesse!
Da festa que meu interior faz
Ao viver cada chegada.
Das rimas que estão no peito
Em poesia quando te vejo,
Do afago ao ver teu jeito
No acalento desse teu riso,
Do amanhecer que é teu brilho,
E da brandura que é teu toque,
Se tu soubesse um pouco
Da paz que tua presença traz,
Tu chegarias mil vezes mais,
Como quem chega devagarzinho,
Sem pressa para ir embora,
Esquecerias até, da existência das horas.
Toda a inspiração, rimas e pensamentos advêm de tua vontade.
E não a quem mais dedicar tal tema com tanto furor.
Meu DEUS és tu minha maior fonte de inspiração a quem devoto minha adoração.
Naquela Campa -
Há um poema cansado
Nas rimas do meu sofrer
Mais um momento marcado
Pela vontade de morrer.
Há um silêncio que agito
No fundo dos meus sentidos
E o meu poema é um grito
São meus sonhos perdidos.
E o que ficou do que fomos
Está preso ao fado, à poesia
P'ra mim seremos e somos
Aquele amor que eu sentia.
Aquelas horas tão nossas
Só eu as guardo no peito
Talvez também 'inda possas,
Lembra-las tu ao teu jeito.
Naquela campa tão fria
Deixo uma rosa e um beijo
Que a Musa desta poesia
Fica virada p'ro Tejo.
(Poema escrito pelo Poeta junto ao túmulo da sua sua Inspiração, Celeste Rodrigues, no Cemitério dos Prazeres em Lisboa, no talhão dos artistas, virado para o Tejo)
O CONTO E O PRANTO
No conto pode haver rimas,
no pranto às vezes coincidência.
O conto tem limites,
no pranto eu ando ao infinito.
No canto sinto a alma,
no pranto ela agoniza.
O conto é eufórico,
o pranto melancólico.
A ribalta do conto é em palco iluminado,
a do pranto é um vale nublado.
O conto elucida perspectivas,
o pranto é cego.
No conto posso mudar o final,
o desfecho do pranto é imutável.
No conto escolho os personagens,
o pranto não importa se estou pronto.
Do conto posso esquecer detalhes,
dias de pranto são memoráveis.
Um conto pode não ter valor,
todo pranto fortalece vencedores.
