Versos do Luar
Pássaro preso
não canta, lamenta.
Coração acorrentado,
não bate, só vibra.
Roney Rodrigues em "Cativeiro"
Ele escolhe a solidão da praça
para acalmar a mente (inflamada).
O amor, essa desgraça
que tende a se envergar,
ao ponto de estourar,
ao ponto de estragar.
Ela fita ele à distância,
atravessa a rua, apressa os passos.
Ela evita todo tipo de laço,
Foi condenada em primeira instância,
a viver reprisando o gosto dele
todo dia, em todo lugar.
Roney Rodrigues em "Réu"
Meu passo torto e trêmulo,
minha camisa mal passada,
meu tênis sujo,
pedaços de vidro
chovendo do céu,
tudo é tão ruim,
quando não me visto
de você.
Roney Rodrigues em "Intempérie"
A rosa já murcha
perdeu sua voz de clarim.
Pétalas derramadas,
vestida de espinhos,
caiu bem longe do jardim.
O aroma se foi,
a tormenta alcançou a mente.
Ela implorou por carinho,
mendigou pra muita gente.
A sujeira grudou na roupa,
na mente e no coração.
A rosa descobriu aos poucos:
a beleza é nada
além de aflição.
Roney Rodrigues em "Alameda das Rosas"
Lembrei do seu abraço apertado,
falhei ao te manter longe
dos cacos da minha memória.
Hesitei ao apagar
os teus registros de mim.
Não quis jogar
fora teus livros.
Aquele poema de Drummond
que você narrou pra mim
ricocheteia no
fundo da mente e vem
atormentar
meu gole de cachaça,
meu último gosto de amor,
o começo
da minha loucura semanal.
Roney Rodrigues em "Brain Damage"
Faltou algo no meu céu,
o brilho de estrelas mortas
levando anos luz para me acertar.
Eu fico vagando por aí,
sendo golpeado por meteoritos,
cometas e
olhares apaixonantes.
Em uma noite de céu turvo,
olhei no fundo da sua galáxia,
na profundeza que é você,
eu soube nesse instante:
Seu abraço seria meu:
Seu corpo, minha morada;
Seu carinho, a chave dessa jaula.
Eu vou chegar perto da sua pele,
vou me encostar, vou me perder.
você sempre soube,
estive doente aguardando
a cura cair do céu.
Me tornei dependente desde que
me mudei para o seu sorriso.
Em dor eu sempre ofereço:
Meu corpo ao seu lazer;
Minha poesia à sua memória.
Roney Rodrigues em "Lágrima Láctea"
Eu dirigia na estrada da vida.
Lembro que a tempestade rugia lá fora.
O pavor era vibrante, o medo era palpável.
Eu guiava com cautela e temor
sempre a vigiar o retrovisor,
Lia com atenção as placas.
Ao entrar na curva do teu corpo,
eu virei o volante, o corpo não respondeu.
Os pneus não tiveram aderência, eu capotei.
Os estilhaços, o horror,
a dor de saber tarde demais
que o melhor a fazer era ter esperado
o mau tempo passar.
Roney Rodrigues em "Aquaplanagem"
Não quero sucesso
não procuro fama
desde pequeno
eu prefiro o canto do palco
nunca gostei do holofote
eu gostava do papel da árvore
da nuvem ou da estante
eu derramava lágrimas
ao ver Romeu e Julieta
mortos por causa do amor
eu não almejo o mundo
pra mim um banco
de madeira
um bom rock
e uma cerveja
já compensam o stress
que me espancou
a semana inteira.
Roney Rodrigues em "Sou da turma do canto"
OSTENTAÇÃO É UMA MERDA
Isso de mostrar teu ouro
Esfregar na minha cara teu luxo
O vazio do seu caviar
Ao seu Porsche
É imenso e gritante.
É coisa ridícula.
Pendura no teu pescoço
Um livro de Drummond,
Um livro de Dostoiévski.
Recita pra tua morena
A poesia mais luminosa.
Ela vai amar o que você
Carrega por dentro.
Não essas coisas
Externas e breves.
Passei a vida inteira
colhendo:
Sonhos.
Delicadezas.
Sorrisos.
Abraços e morangos!
Hoje distribuo
tudo isso em versos,
para emocionar
o seu coração!
Eu sou poeta
Momento de plena felicidade
É quando me sinto poeta.
Eu sou poeta.
Eu sou poeta.
Eu sou poeta.
E é a melhor coisa que sou, sendo para mim...
Não para ninguém, mas para mim.
Ser ou não boa poeta,
Isso fica para o amanhã.
Hoje EU SOU POETA.
Eu teço versos... Com meus sentimentos.
Roubo do ar... Momentos.
Solvo das pedras... Sentimentos.
Descubro paixão... Disfarçada de escuridão.
Eu sou poeta, que ri enquanto chora.
Que renasce a cada aurora.
Que risca em si a fonte de seu existir.
Eu fui poeta sem saber
Eu sou poeta por querer
E serei poeta depois que morrer.
Enide Santos 23/06/14
raiva de amor -
sinto raiva
a o me olhar,
sinto raiva a
o ouvir aquela
pessoa falar.
nao me prendo,
mas a raiva
me mantêm
se até
o amanhã.
eu nao for
a mesma,
quero
somente sumir.
por não ser
aquela novamente!
eu queria mudar.
relativamente,
descansar em paz.
quero tirar a
tontura, a ternura,
o peso.
a tristeza, a raiva e
a mágoa.
seus olhos
se enchem
de lagrimas,
seu corpo está
lutando sobre
a vida.
a saúde,
a vontade,
quero voltar
a ter a raiva de amar.
quero ele,
e mesmo assim
quero paz.
eu sinto tanta raiva
que amar parece errado.
"Me invadiste com ternura e amor,
em seus braços me fez morar .
com minha alma vestida de dor,
me despiste até conseguir me encontrar ".
Venho com a singela poesia,
aquela mesma de sempre,
desejar a todos, bom dia
e força para seguirem em frente!
Que amor estamos procurando?
Um amor que passamos incontáveis horas à procura?
Um amor de rolar perfis quentes, mas que no final passemos noites frias sozinhos?
Um amor incerto, ilusório e que nem sabemos se há chance de triunfar?
Estamos em uma procura incessante por amar pessoas, mas não amamos a nós mesmos.
Amamos perfis atraentes na Internet, amamos corpos perfeitos.
Amamos tudo e ao mesmíssimo tempo não amamos nada.
Amamos fingir nutrir o que não pode ser saciado pela superficialidade que consumimos como válvula de escape.
Tem muito cabra queixudo
que tem a língua afiada
se acha forte e parrudo
só usa roupa alinhada
as vezes é sem conteúdo
mas que reclama de tudo
e não ajuda com nada.
Tem casarão com piscina
carro de luxo importado
tecnologia da China
e muito dinheiro aplicado
nada disso me fascina
prefiro essa paz divina
e o sossego do meu roçado.
A roupa que a gente veste
vem do couro resistente
pelas matas do agreste
corre só quem é valente
eu sou filho do nordeste
neto de cabra de peste
do sertão de terra quente.
Guardas na tua vívida essência, a sutileza de uma arte bastante calorosa, certamente, alguma típica da renascença, a qual é muito admirada por ser criada a partir de uma inspiração sincera e gloriosa, externada numa obra simples e intensa.
Por este prisma, podes muito bem ser tratada como uma composição harmoniosa de cores quentes, a verdade expressada pelos teus olhos com a delicadeza da tua boca, o aspecto belo do teu rosto, a elegância dos teus cabelos, fragmentos primorosos de grande esmero.
Assim sendo, na tua estrutura, uma exposição respeitosa de detalhes serenos e cativantes que denotam um dos talentos de um Deus único e verdadeiro,então, com muita franqueza, percebo que és uma de suas criações primorosas que agora abrilhanta estes meus versos.
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