Coleção pessoal de robertoauad

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Pego o ônibus na ida para o fórum trabalhista de terno e gravata, alias, um terno com um corte perfeito e mesmo que não o fosse, pelo meu charme, manequim e veneno, qualquer um serviria e cairia muito bem. Pois então, os passageiros, motorista, cobrador ou trocador como o queiram, ficaram olhando espantados, modéstia à parte, para este, modestíssimo cavalheiro.
Passei uma boa parte do tempo, pensando, pensando naqueles e principalmente naquelas, que não tiravam os olhos deste humilde e sincero homem elegante.

Na volta, eu com um processo de 4 volumes, adentrando no veículo coletivo, automotor, vi aqueles mesmos olhares e eu sei que era pela minha simpatia, magnetismo, sedução, mas como todo bom advogado, ultrapassei a roleta e timidamente, que como sabem é uma de outras de minhas qualidades, gritei a pleno pulmões: Aleluia irmãos!

creio que depois da revelação em que foram todas ungidas, terei que fechar o escritório e montar a igreja da elegância divina. Mas nem ela vai conseguir que algum vereador fale sobre a caixa preta da bh transporte. Aleluia!

⁠Mamãe e Robertinho, discutindo pesada e acaloradamente , vira minha mãe e pergunta:
- quem está certo! Aliás, mamãe sempre muito incisiva, solta a bomba: eu estou certa né!
Robertinho puto, mas que faz direito, replica:
- Vó não vem chantagear com a sua posição hierárquica superior!
- como se a água virou vinho naquele instante, amorosamente, ele pergunta:
- pai, quem está certo?
- eu firme respondo, certo que com alguma cautela.
- em briga de librianos eu não meto a colher e concluo candida e amorosamente, e veio a veia irônica, pois não dá para resistir, afirmei :
- se eu fosse vocês, eu dava a lide por empatada e saio de fininho, deixando os dois putos comigo por pelo menos uma semana.

roberto auad

⁠Não há lugar qualquer que me contente
vejo roupas despedaçadas no chão da sala
os espelhos refletem muticoloridas formas de vida
olho por entre frestas da janela, um corpo, quase ínttimo
movimento-me entre o real, o abstrato
passo as mãos por entre os cabelos, seu rosto, seios, sua anca
por dentro de todo o seu ser.

amanhã ou um dia de tarde termino.

G⁠Olhei para o céu, depois de anos eu havia me enchido de coragem, levantei os olhos e o vi. Estava limpo com um azul que nunca percebi. Ali, eu nunca imaginei, nos meus delirios diários, daquele cotidiano que me massacrava e totnava a vida insuportável. Aquele momento, naquele quanto. Significava muito, muito do insignificante d como uma vida se perde na doidivana e mundana vida, como meus medos, me foi destinada. Estava eu naquele instante frente á morte, um vazio profundo abateu - se é eu apenas ia como o gado em seu último suspiro frente a morte líquida e certa, lembrando do último instante de coragem, tendo o azul profundo,daquilo que se pode chamar de um dia e sempre ao sol do meio dia e por certo de dia, a vida.

Roberto Auad

⁠Acordei, me limpei como todos os dias, este atos eram de um cotidiano amante e massacrante mas o fiz, como fazia todos os dias. Coloquei as escovas no lugar, joguei as toalhas no lixo e naquele momento pensei na idiotice que é ao voltarmos da Rua termos de tomar banho e o por que e a razão do porquê não lançarmos os chinelos e a toalha. É algo que se encontra fora de interpretação de minha vã filosofia.

Me arrumo como todos os dias, visto a cueca, é qualquer uma , mas sempre a primeira avistada, a escolha do terno, é por ordem, mas vai que talvez um dele me sorria e eu o antecipo ou o deixo lá descansando e evitando ,a lavanderia e a lavagem a seco. A camisa, preferencialmente azul ou rosa, o que deixa as brancas com um certo ar de desdém, porém no íntimo de todas as vestes da casa é eu mesmo, é apenas ciúme de adolescente. Escolha a gravata, todas são em tons de azul com detalhes diferentes ,mas para evitar uma rixa ou qualquer desavença, reveso-as. As meias, são como o gado, aceitam seus destino de servirem de anterior e acumulados de suores, bactérias e não se sabe mais o quê.
Os sapatos sempre solicitos , esperam felizes a oportunidade de sairem e tomarem um lustro na proximidade do fórum, é muito simples, mas há de ter sempre cuidado com a vaidade do todo existente no universo.

Prossigo para a cozinha, faço meu café, como umas frutas, rodelas de abacaxi , uma maçã e um pedaço de melancia.

Coo o café, passo a manteiga no pão e fixo-me na faça e no preenchimento da fatia de pão.

Há algo de estranho, o pão transborda de manteiga, minhas mãos e a faca estão untadas, fétidas com o cheiro nauseabundo, amoroso, repugnante misturando-se no ar. Miro mais uma vez as fatias de pão, a repugnante manteiga e a faca bezuntada, como se tivesse vida , move-se entre minha carotida, a femural e meus olhos. Naquele momento percebi o quanto Epícuro, estava tão certo sobre a natureza da vida e da morte enquanto você esta vivo a vida não tem qualquer importância, quando você está morto, ela tem menos importância. Aquele talvez tenha sido meu último pensamento, enquanto me divertia com a dança desconexa da faca, o afogamento das fatias do pão e ela a estúpida manteiga derretendo , morrendo e eu não consigo pensar em mais nada, consegui me manter sem pensar em nem um,qualquer pensamento, fugaz pensamento e inútil que seja. Era estranho, mas com uma leveza e liberdade, sem qualquer sentido, mas ainda liberdade.

Roberto Auad

são tempos de perdas
coléricos, ingratos de duras perdas
vulgarmente solitários.
Pandemicos.

roberto auad

Quase era imperceptível o batom carmim, naqueles lábios selvagens.

Auad

Eu quero uma mulher feia.
Já estava cansado de tanta mulher bonita me perseguindo e vi que o meu problema, minha aflição, minha insônia tinha sido as bonitinhas. Desde minha mãe, passando pela Babá, minhas primas, e que prima, tinha uma então, que nem quero falar, pois quero me livrar deste encosto que são as mulheres bonitas. Pois é, desde pequeno só mulheres bonitas em minha vida, só tive namoradas, mulheres, esposas, ficantes, só bonitonas e muito gostosas. Mas como podem ver este excesso me faz ficar só e solitário. Quanto mais as lindas davam em cima deste mancebo. Mas eu me entediava. Fazia tudo direito e tentava, como se diz na propaganda, dar e entregar a satisfação garantida, ou, ou nada, afinal, eu sempre fiquei no meu canto e mesmo assim, era vergonhosamente assediado pelas bonitonas. Parecia um Karma, mas eu ia em frente, até que um dia li uma matéria numa destas revistas de fofocas, tão comuns nos consultórios dentários: Modelo procura homem feio para se casar.Li atentamente a matéria e antes de mais nada notei a semelhança, ela era quse, tão charmosa, bonita, culta, inteligente e modesta quanto eu e ao final da reportagem notei que ela sofria do mesmo mal que eu. Estávamos fartos daquela vida de glamour e sem sentido com as lindas e vi que eu só podeira ser feliz, caso encontrasse uma mulher que fosse feia, tipo assim Camila Pitanga, Dylan Penn, Paolla Oliveira, estas feiosas, que ajudariam muito a acabar com o meu karma e quem sabe eu poderia, pegando estas, no bom sentido claro, poderia acabar com o Karma e passar um pouco de meu charme, lindeza, cultura, inteligência e principalmente o veneno que deus me deu. Portanto à partir de agora, vocês são as úncias que preencherão meu coração e eu me doarei em eterna gratidão.

Sandra Pop e Lu acabaram de nos deixar em frente à padaria do bairro Floresta, estava fechada e àquela hora da noite, era muito pouco o que poderia nos acontecer, comigo e com o Taranto; como disse, era pouco, queríamos muito mais do que aqueles breves encontros. Precisávamos de ter tido, mais que meros beijos e olhares apenas sedutores; queríamos beijos que acalmassem os corações famintos. Atravessamos a Contorno, havia ali um bar antigo, posso dizer tão antigo quanto eu me sentia.
A garçonete era nova, e tive que lhe pedir uma cerveja e um copo, não sem antes lhe perguntar o nome, Fernanda, negra de rosto magistral e corpo ainda a ser desvendado. Era uma mulher linda, me contou que morava em Santa luzia e que havia se perdido de louca paixão, por um homem que hoje cumpria um degredo. Tinha dois meninos e batalhava em dupla jornada, pelos filhos, que pouco via.
Trouxe-nos a cerveja e o copo. Túlio a olhava como se estivesse nua no Saara e só ele e ela, ali naquele mundo lunar. Comecei a despejar no copo inanimado e mirar na beleza que Fernanda irradiava.
Pedi outra cerveja, a anterior pela metade, apenas para vê-la de frente e verso.
Taranto, sem qualquer cerimônia, me perguntava, se eu, algum dia, tivera um copo que passasse por minha boca e não perdesse a inocência! Parei imediatamente de deixar cair o líquido egípcio, que seria naquela noite a mera saideira, encerrar o papo e dormir. Olhei-a e vi seu silêncio, enquanto literalmente ela deslumbrante desfilava com um jogo de ancas e um sorriso sensual, havia um quase que nada da cerveja em seu corpo. Ele já me olhava e eu o percebia, era uma percepção de alguém sarcástico e que me afrontava, com um prazer de um inimigo. Ele tinha me encostado às cordas. mas era um copo, um copo vazio, com algum líquido, que me olhava sereno e ria de meu espanto com Fernanda e Tulio, e Fernanda, com sua voz rouca e erótica, envolvia nossas mentes e dava vida aos objetos.
Transfigurava-se já claudicante, uma e outra cerveja que desciam a cada minuto, éramos vítimas de nossos suaves desejos com aquela mulher que mais parecia uma sinfonia, um desenho do Manara que acabara de tomar vida própria.
Eu, sinceramente, estava estupefato com aquele corpo vivo.
Enchi o copo, olhei, esperei, queria o líquido que convulsionava em desespero, sua amplitude vazia.
Bebi, senti imediatamente sua respiração. Voltou a me olhar. Fernanda, de soslaio, queria amá-la, profundamente, aquela mulher, mas realmente assim ela o deveria fazer, pois algo estava errado. Procurava socorro, me procurava, ele riu de minha tentativa de matá-lo, olhou-me fixamente e como quem sabe de meu desespero disse-me, estou aqui e se não for eu serei outro, toda uma parte de sua história é e será comigo, leve-me para o canto de sua alma, enquanto a observava junto com Tulio, que falava de seus tempos de colégio militar. Eu estava dolorosamente sofrendo, tinha que me livrar daquele diálogo surrealista, a cada minuto via-o de uma forma, mas sempre um copo e com todas as razões que o mundo lhe destinou. Estava numa bad e não podia me desvencilhar, o único porto era Fernanda.
Eu, perdido, e ela com a certeza que tinha me dominado. Meus movimentos estavam sendo vigiados. Ela e os objetos me tinham.
Restava meia garrafa, mas minhas mãos, não se movimentavam. Fernanda, ria, sorria, gargalhava, nos destruía. Num repente, Fernanda, encheu nossos copos enquanto determinava nossos corpos e a nossa consciência. Vi o bar alagado, afogávamos, não ousei resistir, deixei-me, olhava para Fernanda, para Taranto, para o movimento das águas, dos objetos e das luzes, tudo se movia freneticamente. Não tinha coragem de me ver, junto com ele esvaia toda uma vida que me pertencia. Sobrara-nos Fernanda e seu sorriso angelical e sensual. Depois de tudo e de ver-me ante a morte da história que me pertence, ainda me sobrara saber que em qualquer momento veria um sorriso. Parti, como cheguei, parti-o, aquele copo servirá de cacos, para serem pisados, até nada, nada, restar que me lembre esses tempos insanos.

Roberto Auad

Republicado a pedidos.

é o tempo, eu sei o tanto que dói
eu sei o quanto o nosso olhar
é apenas por está tela, um perfil
não o se preocupe, é apenas ele, o tempo...
é ele, o tempo...
o nosso eterno tempo e ninguém nos tira
como não nos tira o tanto que nos olhamos
nos abraçamos e sempre nos beijamos
é junto um corpo único, um corpo de um tempo, que só ê meu e você, ê nosso
Será que eu preciso morrer de amor
reecarnar e nús
completamente loucos, sermos um corpo , um só
ou
morrer antes deste todo que é só nosso.
mas... eu sei,
tudo, é o louco tempo que nos deixará eternamente juntos.

Roberto Auad

Todos sabem que advogado, é dentre todas as profissões em que seus profissionais são os mais educados do mundo. Educados só não! mas acima de tudo pacientes, afora serem um amor de pessoas, basta ver por mim mesmo, pois além de um gentleman , paciente, um amor e sem nnnca ter frequentado a socila, é da natureza. Pois não é que um amigo meu teve que numa audiência, levar a undécima potência a sua educação, paciência e seu jeito amoroso, para contornar a situação, que quase deixou seis cabelos brancos e advogado que se preze não tem cabelos brancos, mas grisalhos.
- indefero a pergunta do autor.
- meretissimo porquê?
- está indeferida.
- Protesto MM.
- pra quê?
- quero que conste o protesto.
- consta aí, o protesto do advogado.
- mas eu quero fundamentar.
- pra quê?
- ora protesto sem fundamento é o mesmo que nada, é como decisão judicial sem fundamento, não significa nada. É o dizer do Liebman, só que com uma redação bem mais elegante,
- fundamente, respondeu o mm. E foi lá nosso amigo.
- nos seus fundamentos, refez a pergunta é tasco "venias" e até uma "data maxima venia " , o que na área do direito é quase um insulto.
- outra pergunta é por óbvio o ilustre, indefere.
- repete o advogado seu protesto e o pedido de fundamentar.
- vira o ilustre MM. E diz com voz girme:
- vc pode fundamentar , mas não irá repetir a pergunta, tentando enganar o magistrado.
- porquê? Pergunta o advogado, naquela doçura que só a socila ensina.
- advogado, eu fui militar e conheço a natureza humana.
- antes de completar a frase, o nosso amigo o interrompe, e diz:
- eu também!
- o ilustre se vira e pergunta:
- onde?
- em Cuba e depois em Angola.
- assustado e com os olhos exalando ódio, fitou o nosso ilustre e virou para a escrevente e simplesmente mandou e mandou bravo
- consta aí.

Estava eu no Rio de Janeiro, quando fui comprar água mineral para abastecer o apartamento que estava hospedado e Na fila que era para atendimento do público em geral, uma velhinha de uns 70 anos reclamou com o caixa que o atendimento a ela era prioritário. O atendente explicou que aquele era para todos os fregueses e que havia um caixa para o atendimento preferencial. Não adiantou, o xingamento continuava, o que fez com que uns argentinos que estavam passando suas compras e não entendiam nada do que estava acontecendo, principalmente pelos gritos e palavrões proferidos pela quase septuagenária, ficassem assustados com a situação surreal. Num repente esta senhora do nada, tentando envolver os outros da fila, vira-se rapidamente para uma outra senhora de uns 90 anos que estava na minha frente , olha-a e retorna o olhar ao atendente e opina: - olha rapaz , vc está me prejudicando não só eu, mas esta outra senhora que também espera na fila. Todos olham para a nonagenária e ela em alto e bom som, responde:- olha aqui, eu não te conheço e não me mete em suas confusões, cuida da sua vida e me deixa em paz, encosto.

Sinceramente quando ficar velhinho, quero ficar igual a nonagenária.

Roberto Auad

evento fortuito é aquele acontecimento promovido por ato humano, mas de forma imprevisível e inevitável. Já a força maior decorre de forças naturais, fora do alcance do homem, mas também imprevisíveis e inevitáveis. Advogados dizem que não há jurisprudência consolidada definindo em qual das categorias a covid-19 se enquadra, mas admitem que o impacto da crise é severo e abre margem para discussão sobre as obrigações contratuais.

Tenho por hábito ficar triste
é tristeza, inexata, que lembra saudade
que atravessa as tormentas da boa esperança.
Tenho por vezes, ver-te a mulher, meiga, leve sorridente e lhe querer
é sonho que se perdeu no mar
é estrela que guia por entre tormentas, o contorno das índias.
Tenho por outras fingir que não a vejo
todas as minhas atenções estão no astrolábio
nas constelações da ursa maior ao findo horizonte.
tenho por mim que deveria morrer
morrer de sede, febre e escorbuto
por cada dia de não lhe ter tido em meus braços.
roberto auad
Tenho por hábito ficar triste
é tristeza, inexata, que lembra saudade
que atravessa as tormentas da boa esperança.

Tenho por vezes, ver-te a mulher, meiga, leve sorridente e lhe querer
é sonho que se perdeu no mar
é estrela que guia por entre tormentas, o contorno das índias.

Tenho por outras fingir que não a vejo
todas as minhas atenções estão no astrolábio
nas constelações da ursa maior ao findo horizonte.

tenho por mim que deveria morrer
morrer de sede, febre e escorbuto
por cada dia de não lhe ter tido em meus braços.

Conselhos de mãe Auadina.

Minha cara e meu caro, venho aqui para lhe dar um conselho:
Caso, você esteja encalhada(o), eu tenho a solução para o seu problema, e é simples, basta você seguir minhas orientações.
Você que está ai na seca, deixa de frescura e procure imediatamente um templo, pois ali é comum termos um local exclusivo para os encalhados. o meu amigo Roberto , é que me contou, que deram certo minhas orientações em 6 vezes sem juros e eu aceito ELo, aliás, só eu. Ele andava numa seca terrível, sua situação era tão grave, que quando tentava acessar o xvideos, dava erro,vê vinha filha, vírus e nem o zucberg dava jeito, era um caso sem solução, até que ele em 6 vezes sem juros, um dia, quando ele ia ali pelos lados do baixo belô, quando avistou, um outdoor meu colado num poste e tinha uma batida da PM justamente quando ele ia comprar as revistas em quadrinhos suecas, mas ele parou, leu e marcou a consulta em 6 vezes sem juros. Felizmente, pois ele pode fazer sua consulta, naquela banca, famosíssimo entre os alunos da faculdade de direito nos anos 80 e 90, tinham acabado. Só para relembrar ao amigo Braga da Rocha , a banca continua ali em frente ao Maleta e por mim , faria uma homenagem no salão nobre da faculdade, afinal, salvou muitos vestutianos de um destino cruel. Voltemos, retornemos, ddizem até que o nobilissímo Dailton Pedro Ribeiro, frequentou este esconderijo dos proletas, mas é só boato. Portanto voltemos ao culto...Nosso herói, passava por uma crise tão brava, que Ciro e Gleisy, perto daquele aperto, eram irmãos siameses, pensando bem... Mas a coisa estava tão braba que ele só andava com a barraca armada. Já sem esperanças, ele acessou o meu site e pagou pelo cartão de crédito em 6 vezes sem juros e o conselho valeu. - Você encalhado(a) que saber né? - pois eu vou contar. Eu o mandei num templo, mas só pode ser sextas, sábados ou domingos, esteja bem vestido, barbeado e pode ser qualquer horário nestes dias. Vá no culto e chegando lá, procure o setor sentimental/coração e na hora que os pastores chamarem para aconselhar as ovelhinhas, vá rápido, com toda a pressa do mundo, sem qualquer discrição, mas com elegância, entre soberbo e saia mais lindo(a) ainda do que entrou. Ao final do culto, quando a obreira passar com a sacolinha de arrecadação, dê uma nota de no mínimo cem reais, afinal, como diz meu primo Ricardo Antônio Lucas Camargo, aliás brimo , eu sei o que você fez no verão passado, você pode ser pobre, mas não precisa fazer estardalhaço e nem procurar a Junia Turra, para expor sua situação e você virar pauta da Deutsche, depois deste mimo, volte na outra semana e faça o mesmo.
Ele fez o que mandei em 6 vezes sem juros e so eu aceito o cartão....e na terceira semana, na hora que chegou e sentou na última fila, qual foi o resultado? - O resultado, é que MÃE AUADINA não falha. sentaram-se várias moçoilas e não paravam de olhar e tentar puxar uma conversinha básica sobre o dilúvio e o Genesis, não a banda segundo Tulio Santos Taranto, terraplanista, que é, . Eu sei que ele até virou virgem, se bem que é mesmo, afinal nasceu em 10 de setembro.
procure-nos, mas não se esqueça da senha do cartão de crédito e o código de segurança, pois sua vida vai se tornar um dilúvio, se me entende.

roberto auad

Hoje passando no centro da cidade, em frente à uma lojinha, destas que vendem roupas a preços eextremamente módicos, que usam alto falante, um sujeito que anuncia as promoções e sempre convida os transeuntes para visitar "o loja". Não sei se pelo fato de estar de terno e gravata e ou por duas moças de calebos exageradamente compridos e de saias longas ou talvez pelos dois fatos, me vira o garoto propaganda e me solta está pérola "

Olha a saia para a obreira e a fiel, eu olhei, dando um sorriso meio tímido, as moças que estavam á minha frente viraram e eu voltei a olhar para ele e naquele milésimo de segundo, ele completou.
- ... e o pastor vai adorar.
- adorei.

roberto auad

Todo mundo sabe que minha mãe é cruzeirense, nascida no bairro barro preto, a família do lado da mãe dela, era toda cruzeirense, tendo ao tempo do palestra Itália, o João Fernandes, que era cartola e jogador. Depois veio o Nonô , jogador, nos anos 50 e nos 60, o Ildeu, que dizem foi um dos bons jogadores daqueles anos, é o que sempre ouvir dizer Ela já conhece o novo independência, mas não conhecia o mineirão e insistia que eu a levasse. Mas, sabe como é, eu sempre enrolando, mas tudo na vida tem seu dia. E teve. Joguinho horroroso e eu lá tendo que aguentar a zoação, mas ao final, tem sua recompensa, mas como sempre, alguma coisa, vai sobrar pra mim. Já na sua casa, servindo um chá com bolachas, me veio com esta: foi muito boa esta noite, mas faltou uma coisa? Pergunto e não sei por que perguntei, pois sempre vem alguma coisa, nestas indagações repentinas. Veio a resposta e numa singeleza me responde - vc deveria ter me comprado uma camisa do maior de minas! - do cruzeiro? - de quem mais! ? - e tem de ser a número 8! uai pq. - Não é possível que você não sabe. !? Respondeu - me com aquele carinho de torcida organizada. - 8 é a camisa do tostão, o único jogador do mundo que chegou perto do Pelé. Eu não sabia qu não sabia que ou tostão, jogava com a 8, sempre pensei que no cruzeiro ele era o 10 e na seleção o 9, mas quem acompanha o time há 80 anos é ela é não vou discutir. Agora, eu americano roxo e ir na sede do cruzeiro para comprar camisa e ainda por cima oficial, é muito Vandalismo e aí não dá. Resultado, vai ganhar a camisa, mas do Shopping Oi.

carrego um rosto coberto de lama , marcas indeléveis do ser.
guardo nos cabelos desgrenhados a lama do dia a dia, sulcando letargicamente o cérebro.
levo nos olhos um cisco, pequeno grão que retrata a solidão e a Tristeza.
trago no coração a leveza dos momentos vividos, um sorriso breve, palavras lacônicas ditadas , por vezes gravemente.
conduzo-nos por dimensões, onde só a alma pura e determinada podem esquecer estrelas, iluminar a lua e aquecer o coração.

roberto auad

-sabe doutor, a sua profissão não dura muito.
- a de advogado meretissimo?
-sim! A de advogado.
-vc não viu que nos EUA e na Inglaterra, já tem robôs fazendo serviço de vocês?
- vi .
-pois é, vão acabar.
- sabe que eu concordo com vossa excelência !
- sério?
Sim . Deu muito certo na Coréia do Norte e o país vive muito bem, sem juiz, advogado promotor...
' escrivão, chama a próxima audiência.

um dia o menino, acordou e queria ser bombeiro
um dia outro, queria eu ser jogador de futebol
Outro dia, queria ser um revolucionário na grande marcha.
Em qualquer dia , eu queria ler e saber sobre o tudo e muito mais sobre o nada.
No dia a dia, eu só queria escreve e te ver
No dia que te beijei, queria ser seu, por todos os tempos do universo e apenas ser seu eternamente.