Versos de Melancolia

Cerca de 1158 versos de Melancolia

⁠Digo uma coisa, e entendem outra.
A vida é um jogo de espelhos
onde cada um vê apenas a sua própria sombra.

Falo com intenção limpa,
mas o outro ouve com o peso do seu mundo.
E assim, entre a verdade e o engano,
o que era claro torna-se nevoeiro.

Talvez nada seja realmente dito.
Talvez apenas fingimos comunicar
enquanto cada um se perde na solidão
das suas próprias ideias.

⁠Digo palavras como quem lança
pedras num lago:
espero apenas que as ondas
toquem outra margem.

Mas nem sempre chegam.
Ficam presas na sombra
de quem as ouve.

Queria que tudo fosse claro,
como um rio ao meio-dia,
mas há sempre a névoa
dos dias difíceis.

No fim, talvez reste apenas
um eco perdido,
uma sílaba breve
na boca do vento.

⁠O Eco do Silêncio

Lanço palavras como quem atira pedras
num lago sem margens,
esperando que o silêncio as devolva
sem distorção.

Mas o mundo é um espelho partido,
onde cada olhar lê o que já esperava ver,
onde cada voz se perde
num labirinto de ecos esquecidos.

Não sou feito de aço,
nem de pedra erguida contra o vento.
Sou a sombra de um pensamento que passa,
o reflexo de um instante que já se foi.

Se digo, não ouvem.
Se calo, suspeitam.
Mas sei que a raiz cresce no escuro
e a verdade não precisa de nome.

No fim, talvez reste apenas um vestígio,
um traço de luz na poeira do tempo.
E quem escutar, quem souber ler as entrelinhas,
saberá que sempre estive aqui.

⁠⁠Choro em nosso dia.
Choro porque sinto, choro por nós.
Choro porque sangra, mas não respingar-te.
Choro em nosso dia, como se fosse chuva.
Choro porque nada vai mudar, mas temo as mudanças.
Choro em nosso dia, como se fosse segunda-feira.
Choro porque não há mais nada a fazer.
Choro porque é o início do fim.

Inserida por emellypetrenko

Não há solução na poesia, apenas o aconchego do que já se sabe.
É um encontro entre quem perdeu, quem vai perder e quem já morreu.

Inserida por Diarmuid

⁠Não te culpo por não ficar.
Eu mesma nunca fiquei inteira.Sempre fui metade sombra, metade sonho.
E talvez por isso, amar em silêncio tenha sido minha forma mais sincera de viver você.

⁠“Amar é virtude dos fortes.
Só os que carregam a alma firme sabem permanecer mesmo quando não são vistos, nem valorizados.
E por isso eu amei sem jamais ser amado.
Cuidei de corações que jamais cuidaram do meu.
Fiz morada onde fui apenas passagem.
Fui ternura, mesmo quando só recebi dureza.
Fui leal, mesmo quando me ofereceram mentiras e traições.
Sabe por quê?
Porque o verdadeiro amor não depende do retorno — ele nasce da grandeza de quem sente.
E só os fortes sabem amar, mesmo quando isso significa sangrar em silêncio.”

— Maycon Oliveira – O Escritor Invisível

Esse poema foi escrito por Maycon Oliveira – O Escritor Invisível, autor do perfil ‘O_Escritor_Invisivel’ no site Pensador.

Inserida por O_Escritor_Invisivel

⁠Para um melancólico, o detalhe não é excesso. É a alma da perfeição.

— Maycon Oliveira

Essa frase foi escrita por Maycon Oliveira – O Escritor Invisível, autor do perfil ‘O_Escritor_Invisivel’ no site Pensador.
@o_escritor_insivel

Inserida por O_Escritor_Invisivel

⁠Aplaudidos sejam aqueles cujo os olhos não enxergam a cor cinza e pálida ao seu redor.
Louvados sejam aqueles que tenham contemplado muitas experiencias satisfatórias em sua vida, e assim preenchido o seu vazio com algo significante, para lembrá-los de agradecerem por estar vivos.
E que sejam poupados, os miseráveis que viram a verdadeira face desta terra, de viver está vida novamente.

Inserida por koaker

⁠Ser melancólico é ser moldado pela dor e lapidado pela profundidade.

— Maycon Oliveira

Essa frase foi escrita por Maycon Oliveira – O Escritor Invisível, autor do perfil ‘O_Escritor_Invisivel’ no site Pensador.
@o_escritor_invisivel

Inserida por O_Escritor_Invisivel

⁠Quando a mente está doente
A consciência fica dormente
Não quero que meu medo me atormente
Mas vagando pelo meu subconsciente
Estou inerte à dor
Mesmo que nada sobreponha meu ódio, raiva e rancor
No coração não há mais calor
A tristeza emerge
Sinto minha alma deteriorar-se
Derretendo lentamente, como um iceberg
Pensamentos devoram o psicológico
Então, seria só não pensar? Quem dera se a na vida tudo fosse tão lógico
Ainda que sufocado, suspiro
Sem ar, mas respiro
Ao meu alter ego, apenas suplico:
Devolva-me, aonde estou? O que restou?
Uma caixa de Pandora?
Quando todo mal passar, irei voltar?
Outrora estava vivo, o que sobrou?
Espero que ao final, haja um paraíso
E meu espírito eu reencontre
Ainda que só um resquício.

Inserida por PH1011

A INEVITABILIDADE

A vida, um palco iluminado sem luz
Um amanhecer obscuro
Um falso sol "entardescente" com sinfonia de morte
A queda que deveria fortalecer, renascer, vem juntamente com um ciclo vicioso, sem sentido, com múltiplas quedas a seguir.
Nascer para morrer
Levantar para decair
Sorrisos que "sobreescrevem" a dor, tentando mascarar aquilo que jamais será esquecido, superado.
Chorar lágrimas diamantadas
Um riso que tenta editar uma chuva de dor
Olhar sincero de quem não tem nada a perder, de quem não pretende seguir adiante
Pois, é isso!
O dançar sem música, na valsa do desfiladeiro da inevitabilidade da vida, a morte.

(A.C) -> 22/08/2024

Inserida por SrAnonymous

A Penumbra do Âmago Melancólico.

⁠Novamente volto à penumbra, um local onde meu âmago melancólico, que um dia virá a ser eu novamente, como uma força brutal da natureza, me obriga repetidamente a ser aquilo que mais me causa náuseas. Essa força me compele a contemplar gritos tenebrosos presentes em signos e códigos indecifráveis que ecoam aflitamente na imensidão oca que habita em mim.

Em vão, tento buscar uma alternativa, mas como Drummond disse, "os muros são surdos". Sinto-me forçado e aprisionado em um quarto decaedro que me puxa em direções opostas o tempo inteiro. No centro desse quarto, onde os gritos dão espaço ao vácuo, aquele ser tão deplorável dá lugar a apenas uma imagem: o "POR QUÊ?".

Inserida por Lagrimas_de_Sophia

⁠A vida que leva sentido pela dor,
e que somente a dor pode nos tirar,
mesmo que sem vontade ou razão,
nosso último sopro de ar.

Dentro dessa contradição,
jaz no buraco vazio do teu peito,
onde devias ter um coração,
um nó de forca para o desavisado.

Onde amargo fim chegou e,
sem ser considerado por motivo algum,
amor, desvaído, sem força ou vontade,
no peito do condenado.

No fim, apenas o silêncio,
e uma alma pura em sua elegância,
queima no fogo sem fim,
destroçada e sem esperança.

Inserida por FlavioBorges

⁠Ei garçom, me traga mais um gole de veneno,
Algo forte, que apague o pouco de paz que ainda tenho.
Ajude-me a morrer por dentro, aos poucos,
Pois viver assim tem sido um jogo louco.

Ei, espere... por que servi apenas de entretenimento?
Parece que meu sofrimento é apenas passatempo.
Todos olham, mas ninguém realmente vê
Que cada risada esconde o que um dia deixei de ser.

Traga outra dose, mais amarga que a última,
Quero apagar o que resta da minha luta.
Se essa vida é só palco para a dor,
Que o veneno me leve, sem cor, sem sabor.

Ei, garçom, não pergunte, apenas sirva o final,
Pois o que sinto já não é normal.
Mate-me por dentro, em silêncio e devagar,
Que essa seja a última vez que eu precise implorar.

Inserida por gabriel_oliv

⁠Quando eu parei de temer os dias ruins,
eles começaram a perder seu poder sobre mim.

Inserida por carolmilters

UTOPIA⁠

revê-la depois desta longa separação
e encontrar, intactas, a conexão e a ternura
dos velhos tempos, feito alguém que
se depara com uma música na rádio
após vários anos sem escutá-la
e percebe que ainda a sabe de cor
e sente a avassaladora emoção da descoberta
no ato de redescobrir.

Inserida por heberluciano

⁠SONETO PRIVADO

A tarde no cerrado cai, aquosa
Silente, e o pôr do sol rubente
A chuva, em gota lustrosa...
lacrimeja melancolicamente

Nesta languidez, a sensação
Duma aflição, vou suspirando
Enternecido, cheio de ilusão
E, lá fora o pingar em bando

Sinto o coração palpitando
Na solidão, e no devaneio
Assim, o tempo passando
Em um suplicante floreio

Nostálgico sinto arrepio
Demanda o pensamento
E a saudade no seu feitio
Cata poesia pro momento.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 dezembro, 2024, 17’43” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Pare de se odiar por quem merece desprezo.
Pare de sentir pena de si mesmo.
Pare de parar no meio do caminho,
Pare de acompanhar quem está a esmo.

Pare de fumar cigarros baratos.
Pare de mergulhar em amores rasos.
Pare de criar expectativas.
Pare de ficar pasmo.

Pare de duvidar das coisas.
Pare de duvidar das pessoas.
Pare pra entender a si próprio
Pare pra tomar um café, porra!!!

Inserida por psik

Talvez

⁠Podemos ser mais do que dois mortais em casa, isso se eu conseguir segurar a minha alma.

Inserida por psik

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