Versos de Amor Autor Desconhecido
AVERSÃO
Sentimentos esquadrinha novos versos
Proeza de um não querer
Faz estrofes esbugalha entona e contorna pautas
Frases esventantes leva e dissipa em meu ser
Equilibra minha alma perpetua e congela
Silhueta vai lumiando dureza sem querer
Imploro o mono em uma nota só querer ser
Vai embora sinfonia desafina só quero viver
Se preciso definho meu esboço
Rasgo meu peito para não te ter
Versos de Menino
Tenho versos pequeninos
Troco todos por um doce olhar
Que desperte, em mim, o menino
E te inunde desse mar...
Tenho contos e cantigas
Dou-te tudo pelo puro
E desejo que me sigas
Pra pisar lugar seguro
Tenho versos de menino...
Sobre nós:
Os versos inversos e desconexos nas rimas
Sem som feito um coração que bate, cansado, angustiado.
Me deixas escrever novidades nestas linhas desalinhadas que está a tua e a minha vida?
Me deixas desenhar contornos de sorrisos iluminados nos teus e nos meus lábios?
Só assim me sentirei uma afortunada em meio as tristezas terrenas e as coisas pequenas. Que não tem razão de ser sem você. Gretha Ellen
Versos Para Minha Morte
O tempo na hora, suponho
Traga condolência para o fim
E me cubra com filó e vigonho
Apaziguando os sonhos, enfim...
E nesta batalha vencida, de partida
Levarei os versos para minha morte
Desobrigarei lamentos na despedida
E os deixarei ao contento da sorte
A lágrima fica para os que orem
E os que com minha alma importe
Em cada conta do rosário roguem
Meus pecados, assim suporte
Deus, e que me possa perdoar
Com compaixão, e faça meu transporte
Se desacertei, sempre quis amar
Talvez nesta hora peça aporte
Para o silêncio, para me libertar...
E na rixa do fado, a sorte, da minha morte
Será sem saber como, fico a imaginar.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Data indeterminada
Silêncio do Poeta
O poeta fala e a alma escuta
Teus versos de palavra bruta
Lapidados pelo sentido absoluto
Com as tuas rimas em tributo
Grifam a inspiração em poema
Nodoados de satisfação, dilema
Que teu silêncio inteiro trova
Teus amores, alegra, tua alcova
E quando emudece, se acoita
Nas sobras das estrelas afoita
Versejando os teus lamentos
Lamentando teus sentimentos
Com quimeras de um profeta
Nas falas do silêncio do poeta
E no alarido e silêncio em disputa
O poeta cala e fala e a alma escuta
21/10/2015, 21’22”
(Horário de verão)
Cerrado goiano
Poeta
O poeta fala e a alma escuta
Teus versos de palavra bruta
Facetados na rima absoluta
Que no poema a vida tributa
A inspiração quimera e labuta
No alarido e silêncio em disputa
O poeta cala e a alma executa
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Versos que não fiz...
Já não tenho a transparência dos versos
Deixo-me perder nas marcas ensurdecedoras da vida...
Já não sei brincar com as palavras...
Cerro os olhos quero escrever um poema pra ti...
- Como antes fazia -
Mas já nem lembro mais do teu rosto!
E me perco procurando silabas na palidez
Das horas onde os sons atravessam
Num dançar de melodias... São pássaros
Cantantes que seduzem e que vivem em mim...
Tento descrever meu sentir na leveza das palavras.
Inventando versos onde vivem meus segredos
Na concisão do tempo e na sofreguidão da alma
Silencio… e abandono-me ao furor da brisa
Tenho uma lágrima que escorre na face...e não escrevi!
Minha poeisa é triste
Meus versos não rimados
Meus trechos sem sentido
Até meu nome está errado
Mas quem disse para você
Que o mundo era fácil?
Sem tu...
Tu é perfume e cor,
Sem tu não ha versos nem poesias,
Não há músicas nem serenatas,
Sem tu, as flores são imperfeitas
As rosas não tem perfume,
O vento não toca...não tem brisa.
Sem tu o brilho não reluz, a lua não acende
Sem tu poemas se perdem em prosas,
Sem tu o verde não é verde,
As rosas não são rosas.
Versos
Prescrição médica de Bar (Lenilson Xavier)
Hoje estou doente porque não posso ir ao bar.
Mas não tem problema, o médico veio logo me acalmar.
Me passou uns comprimido, que prometem ser a solução.
Meu coração disparou, o medicamento me chamou atenção.
Foi uma cartela de comprimidos Skol, daquelas que descem redondo.
Me animei logo, tomei logo 2 e fiquei só esperando para tomar os outros depois.
Eita comprimido bom!
Eita comprimido arretado!
Fez logo efeito.
Agora estou Ligado!
Sorrio dos meus versos e das minhas prosas
Sorrio das vontades das minhas loucuras,
Sorrio dos desejos de possuir o impossível,
Sorrio de querer o que sei que não posso,
Sorrio dos meus sonhos inconsequentes,
Quentes...
Sorrio da dança do mar, do jeito moleque do rio
Sorrio do que vejo, crio.
Sorrio das invenções do meu toque,
Sorrio do que penso,
Sorrio da tristeza que cola em mim
Sorrio da saudade que me segue
Sorrio dos momentos que não esqueço
Sorrio da sombra que me persegue
Sorrio,
Sorrio dos pássaros viajantes
Sorrio da música que me canta
Sorrio das letras que me envolvem
Sorrio das folhas que faço cama
Sorrio das pedras que me jogam
Sorrio de quem não me diz nada
Sorrio de quem fala tudo,
Sorrio de mim.
Suspiro em versos...
Divido todos os anoiteceres à placidez de um sorriso
Solvo de uma vez o cálice do vinho
Tão forte...
Que me queimou a alma
Cedi meus sonhos... A quem não conhecia...
Aprisionei meus dias... Numa palavra chamada amor...!
Suspiro em versos e os lanço ao tempo...
Que se demudam em sentidos...
E se perdem nos desejos e sentires...
Nas dores... Na ansiedade... No medo...
... e choram... Este amor que é segredo!
A alma sofre e reclama em sentires confuso
...então a espera se faz breve... Na loucura dos dias...!
Aos acordes que formei
Os lindos versos que ati morena dediquei,
Aos desencantos que enfim ganhei
Por te amar de mais meu bem...
Vamos poetizar o mundo, encher cada esquina com estrofes, cada calçada com pequenos versos, vamos fazer o mundo acreditar na poesia, pessoas compondo suas poesias ao fim da tarde, suas poesias que se tornam músicas, que junto ao som do ar é passado à todo o mundo, e ao fim de tudo as pessoas se tornam um pouco melhores, por estarem convivendo em sintonia com a poesia...
(Vamos poetizar o mundo)
NO TEU SILÊNCIO
No teu silêncio
Sonho e divago
Entre delírios
E versos.
No teu vácuo
Me aquieto
Sentindo o gosto amargo
Da indiferença.
No teu nada
Me lanço, perdida
No ar pesado
Entre galáxias e estrelas.
No teu vazio
Permaneço com o que me resta
A solidão
Carente como sempre fui
Do amor essencial.
