Versos e poemas caipiras

Cerca de 103 versos e poemas caipiras

⁠Devaneios de Um Caipira

Ah de haver o tempo
Tempo necessário
Necessário para viver

Viver meu sonho
Sonho simples em ser

Ser o homem que me dou feito

Feito no barro.
Do rio atrás da casa "humilde" de meus pais

Ah de haver o tempo
Tempo necessário.

Para aquela dor suave, mágica e imensa em ser criança

Em minha rua
Em minha escola
Com meus amigos de infância
Com meu amor de infancia
Com meus Padrinhos
Enfim, as cores que me forjaram

Ah de haver o tempo

Do sonho em novamente ser criança
Não qualquer criança, mas aquela criança que ainda sou.

Ivan Madeira
JAN2021

Inserida por marciacristtiane

⁠Pra dançar uma quadrilha
Tem que escolher seu par
Vestir roupa caipira
Saber coreografar
Cumprimentos, balancê
Se o noivo for você
No final tem que casar

Inserida por RomuloBourbon

⁠Certa vez, havia um caipira descascando fumo, sentado, na entrada de uma cidadezinha do interior. E passou um carro com um homem da cidade grande, parou ao lado e perguntou: ôh caipira, como é a próxima cidade, é boa?
O caipira respondeu: "depende, sô!."
O homem do carro retrucou: depende de quê?
O caipira então disse: "depende se de onde você vem era bom..."

Inserida por fabioi

NOIS É CAIPIRA MAIS É ISPERTO

Uai, sô!
Dirma achô,
Que minero era borocoxô.
Mais inganô.

Nem com o vento,
A subida implacô.
No quarto ficô,
Na eleição qui disputô.

Um Pimenter tamem tentô,
Mais longi ficô.
Tamem num implacô.
Agora, com a cumadi Dirma,
Vai fazê companhia pro vovô.

Mais teve um que ficô,
Sr. Neves por poco iscapô.
Essa eleição muito insinô.
Pulitico, tome rumo, faiz um favô.
Respeita nois. Num se brinca com o eleitô.

Um tar Zema feiz bunito,
Na surdina e sem grito.
Anastasia ficô pra trais,
Num aprendeu como se faiz.

Agora é só us dois,
Com muito feijão com arroiz.
A genti dexa pra dispois,
Pra escoiê o miô dus dois.
Élcio José Martins

Inserida por elciojosemartins

Pão de queijo
Frango caipira
Café passado na hora
Singeleza que inspira.

Inserida por wagner_r_oliveira


⁠⁠meu poema é caipira meu verso é matuto minha arte e rústica meus pensamentos são bruto mermo mas pensa num caboclo do coração sereno de índole sincera

na vida tem coisas que não deve se separar a mãe do filho o navio do mar o velho da sua rede e o coração do lugar

O amor é multiforme existe
O amor que é platônico e
O amor que é irônico
O amor que não pensa e
O amor que não compensa

Tem coisa que não cabe explicação apenas aceitação
Deus, a fé a escolha e a orientação
Assim é eu e vc

Na vida onde tudo é efêmero devemos valorizar bem mais aquilo que o dinheiro não compra o valor de cada pessoa não se mede pela grandeza do seu patrimônio e sim pela simplicidade de suas ações

Inserida por YdevanAugusto

⁠Sou resiliente, não abaixo a cabeça, sorriso no rosto sempre.

Nordestina, caipira sim.

Fé é palavra de ordem.

Todo ano a gente vê o milagre acontecer diante dos nossos olhos.

O que não me mata, me torna mais forte.

As vezes eu preciso chorar 🤷
As lágrimas são purificadoras naturais.

Mas... Enxugar as lágrimas e seguir em frente é o que nós faz vencer qualquer coisa.

Sentar e reclamar não combina comigo.

Sou dona do meu próprio destino.

Inserida por Amordealma

⁠⁠O que você prefere?:
Galinha caipira ou de granja?
Rato de esgoto ou de zoológica?


Depende do referencial!

Inserida por MarcosTatsuoAIHARA

Jaracatiá

Uma boa Cocada Caipira
é feita de Jaracatiá,
é tão doce quanto o sorriso
bonito que você me dá,
coisa mais gostosa
neste mundo não há,
Só de lembrar não consigo
parar de te adorar:
Vivo para ter amar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Vaca atolada

Quem viveu a sua vida
caipira ou tem a herança
que dela se orgulha,
Sabe muito bem o quê é
tomar uma Vaca atolada
seja no frio ou até quando
é madrugada no lugar do café.⁠

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Com o seu olhar de caçador
você entrou na roda
para dançar com o teu andor
caipira a Dança do Marimbondo,
Você chegou com aquele charme
maroto sem me dar desconto,
e fez o meu coração arrebatado.

Na zabumba você pendurou
a casa do danado,
Espantava o bichinho por
todos os lados,
Trocamos olhares apaixonados
e não importamos se seremos
por quem quer que seja reprovados.

Sim, dessa vez você deixou a garrafa
para equilibrar na cabeça de lado,
Sei que não dá para disfarçar,
que você está apaixonado,
que quer ficar comigo colado
e anunciar o orgulho de bem amado.

Neste mundo quase perdido
que a cabeça da gente pira,
Para viver o amor profundo
tenho certeza que chegou
a nossa tão esperada vez;
Nos meus braços você encontrará
o teu refúgio e toda a calidez,
e segura nos teus encontrarei
a sensatez e toda a magna poesia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não nego o meu
sangue caipira,
A minha poesia
catira dança
do Centro-Oeste
ao Sudeste,
E deste coração
jamais se tira.

Inserida por anna_flavia_schmitt

SONETO CAIPIRA

Fogão de lenha na poesia a poetar
Panela a chiar, vastidão pela janela
Cheiro da noite no negror sem tramela
Desprendendo olor na roça aformosear

O entardecer se tingindo de canela
No céu estrelas soturnas a navegar
Em uma sensação de paz, de amar
Amassando jeito matuto na gamela

É só silêncio, cigarro de palha a pitar
Saudade esfumaçada na luz de vela
Arando sensos num canoro devanear

Depois, uma pitada de solidão donzela
Acalentando as lembranças a revigorar
Ah, gostoso a vida caipira na sua tutela

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CHÃO CAIPIRA, CERRADO

Calmo, entre os arbustos, num éden
Em lufadas de silencioso espavento
O cerrado, do horizonte passa além
Cantos sussurrante, pássaros ao vento

Quimeras sobre o chão aqui tem
As flores em um divino advento
O sertão é periódico, também,
É vida em regular renascimento

Ardes, em uma secura tão bravia
E da ternura o verão é clemente
É terra de gente da roça, caipira

Mas deste povo só se tem valeria
Cantoria que já vem na semente
De muita fé, desfastio e pouca ira

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠INFORTUNO

Falas de solidão, eu ouço tudo e calo
Ó saudade! Rude e regateira caipira
É. E é por isto que o vazio me imbuíra
A alma, no silêncio, infortuno vassalo

Viver! Quando virei por ter intervalo
Entre a dor e o sofrer que não espira
No tempo, e me põe nesta mentira
Da esperança dum amor para amá-lo

Pois é agridoce sentimento sagrado
Que leva a noite insone no cerrado
Messalina sensação, refutado fulcro

Falas de amor, e eu me desalento
Paixão na minha sorte é tormento
Intento para eu levar pro sepulcro

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/09/2020, 13’43” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

Sobre o roceiro:
Dizem que nóis é Jacu
E até que nóis é burro
Burro tem muita serventia
Labuta por todo dia
Não tem tempo pra frescura
Trabaia de sol a sol
Pra sustentar os cheios de "Curtura"
Porque se nóis num trabaiá
Sua barriga vai roncar
Vai ficar cheia de ar
E ocê vai pra sepurtura.

No calendário da roça, vida e morte são
como mudanças de estação.
Um dia a gente floresce,
no outro, aduba o chão.
Já se sabe o bom caipira
que para tudo se fez um tempo.
Desde o sol, que nasce bem cedo,
até o sopro do vento.
Mazzaropi nasceu, viveu e morreu.
Cumpriu o ciclo da semente.
Deitou-se na terra,
abastado de riso e de vida,
e descansou de ser vivente.
("Mazzaropi, um jeca bem brasileiro")

É o cheiro de folhas molhadas na mata depois da chuva, a simplicidade da conversa de um homem caipira na roda de Tereré, uma estrada de chão batido, a lida atrás de um boi perdido, um campo florido, um fogão à lenha com um cuzido, é o doce de leite com queijo e da morena, quem sabe um beijo?
É a simples vida no campo, é isso que gosto é isso que amo.

Inserida por Acropolle

Beijo bão é o roubado qui vive disisperado nu canto do lábio.
Agora, feche o zoinho....e imagina

Inserida por muiecolores

Flor do Silêncio
Ocê passou púraqui e deixô
Aquilu quinú pôdi ser ditu
Muito menos iscrituai
Pumodiqui é semeadu Nuoiá.
Nu Fundo a Menina Ama
Silenciosa Incanta
Disperta desejos
E continua Sardadi

Inserida por muiecolores